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introdução

funcionamento cognitivo.

A partir das reflexões fornecidas pelos estudos citados, fica evidente que os adultos
autistas enfrentam uma série de desafios significativos durante a transição para a vida
adulta, especialmente no contexto acadêmico. A falta de compreensão e apoio adequados
pode resultar em dificuldades de comunicação, interação social, processamento de
informações e adaptação a novos ambientes.

A pesquisa sobre os desafios enfrentados pelos autistas adultos na vida acadêmica é


crucial para informar práticas educacionais mais inclusivas e apoiar o desenvolvimento
pleno desses indivíduos. Compreender as necessidades específicas dos autistas e
implementar estratégias de apoio adequadas pode promover a inclusão e o sucesso
acadêmico desses alunos. e ciências. No entanto, para os autistas, essas habilidades
podem ser mais desafiadoras de desenvolver e aplicar devido às características do seu

Portanto, este estudo tem como objetivo investigar os desafios enfrentados por autistas
adultos na vida acadêmica, buscando compreender suas dificuldades específicas e
identificar estratégias eficazes para promover sua inclusão e sucesso educacional. Por
meio de uma revisão sistemática da literatura e análise crítica dos resultados, esperamos
contribuir para um maior entendimento sobre essa temática e oferecer subsídios para a
melhoria das práticas educacionais voltadas para autistas adultos.

Ao reconhecer e abordar as necessidades dos autistas no contexto acadêmico, podemos


criar ambientes mais acessíveis e inclusivos, onde todos os alunos tenham a oportunidade
de desenvolver todo o seu potencial. Este estudo não apenas ampliará o conhecimento
existente sobre os desafios dos autistas adultos na vida acadêmica, mas também fornecerá
diretrizes práticas para educadores, profissionais da saúde e formuladores de políticas,
contribuindo assim para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.
de pensamento podem ser essenciais para o sucesso acadêmico, especialmente em
disciplinas que exigem análise crítica e criatividade. No entanto, para os autistas, essas
habilidades podem ser mais difíceis de desenvolver e aplicar devido às características do
seu funcionamento cognitivo.
A partir dessas discussões, torna-se evidente que os autistas enfrentam uma série de
desafios únicos na vida acadêmica, que vão desde dificuldades de comunicação e
interação social até sensibilidades sensoriais e processamento de informações.
Compreender esses desafios é fundamental para desenvolver estratégias eficazes que
promovam a inclusão e o sucesso desses indivíduos no ambiente educacional.

Diante desse contexto, o presente estudo propõe-se a investigar profundamente os


desafios enfrentados por autistas adultos na vida acadêmica, visando compreender suas
dificuldades específicas e identificar estratégias e recomendações para promover sua
inclusão e sucesso acadêmico. Por meio de uma revisão sistemática da literatura e análise
crítica dos resultados, busca-se contribuir significativamente para um maior entendimento
sobre essa temática e oferecer subsídios para a melhoria das práticas educacionais.

A relevância deste estudo reside na necessidade premente de criar ambientes acadêmicos


mais inclusivos e acessíveis, que reconheçam e atendam às necessidades dos autistas. Ao
promover a compreensão e sensibilização sobre os desafios enfrentados por esses
indivíduos, espera-se fomentar mudanças positivas nas políticas e práticas educacionais,
garantindo que todos os estudantes tenham oportunidades equitativas de aprendizado e
desenvolvimento acadêmico.

Em última análise, este trabalho não apenas ampliará o conhecimento existente sobre os
desafios dos autistas na vida acadêmica, mas também fornecerá orientações práticas e
empiricamente fundamentadas para educadores, profissionais da saúde e formuladores de
políticas, contribuindo assim para a promoção de uma educação mais inclusiva e justa
para todos. O mascaramento, ou "camuflagem", como é chamado por alguns
pesquisadores, é de fato um fenômeno complexo e significativo na vida de muitos
autistas. A pesquisa destaca como essa estratégia de adaptação pode ser desgastante
emocionalmente e mentalmente para os autistas, pois envolve a supressão de quem
realmente são para se encaixar nas normas sociais predominantes. Isso não apenas pode
levar a um aumento do estresse e da ansiedade, mas também pode prejudicar a saúde
mental a longo prazo.

A compreensão do mascaramento e suas implicações é fundamental para proporcionar


um ambiente mais acolhedor e inclusivo para os autistas, especialmente no contexto
universitário. Estratégias que promovam a aceitação da diversidade neurodiversa e
incentivem a autenticidade podem ajudar a reduzir a pressão sobre os autistas para
mascararem sua verdadeira identidade.

Além disso, a criação de espaços seguros e de apoio, onde os autistas possam se expressar
livremente sem medo de julgamento, é essencial para promover o bem-estar emocional e
o desenvolvimento saudável. Isso pode incluir grupos de apoio, serviços de
aconselhamento e iniciativas de conscientização sobre o autismo e suas diversas formas
de manifestação.

Ao reconhecer e valorizar a diversidade de experiências e necessidades dos autistas,


podemos construir uma comunidade acadêmica mais inclusiva e solidária, onde todos os
alunos tenham a oportunidade de prosperar e alcançar seu pleno potencial. A
interseccionalidade da identidade é um aspecto crucial a ser considerado ao discutir as
experiências de mascaramento e estigma entre os autistas. Os desafios específicos
relacionados ao neurotipo, como dificuldades no processamento sensorial e na supressão
de estímulos, são apenas uma parte das complexas experiências dos autistas. Além disso,
fatores adicionais como gênero, raça/etnia e orientação sexual podem influenciar
significativamente como esses desafios são vivenciados e enfrentados.

A pesquisa destaca a importância de reconhecer e abordar essas interseções de identidade


para entender completamente as experiências dos autistas. No entanto, é importante
reconhecer as limitações da pesquisa, como a predominância de participantes do sexo
feminino na amostra, o que pode restringir a generalização dos resultados. Além disso, a
falta de dados demográficos detalhados dificulta uma compreensão abrangente das
complexidades envolvidas.

Para avançar nessa área, são necessários estudos adicionais que explorem o
mascaramento e o estigma em uma variedade de contextos e populações, levando em
consideração fatores interseccionais e desenvolvimentais. Compreender essas
complexidades é essencial para fornecer o apoio necessário e desenvolver intervenções
eficazes que atendam às necessidades específicas dos autistas em sua vida cotidiana.
Além disso, é fundamental garantir que os autistas sejam incluídos de forma significativa
em todas as etapas da pesquisa e intervenção relacionadas ao autismo. Isso significa não
apenas consultar os autistas sobre suas necessidades e preferências, mas também envolvê-
los ativamente no planejamento, execução e avaliação de programas e políticas que os
afetam.

Os grupos de apoio desempenham um papel vital nesse processo, fornecendo um espaço


seguro para os autistas compartilharem suas experiências, necessidades e preocupações.
Eles também podem desempenhar um papel importante na advocacia por mudanças
sistêmicas que promovam a inclusão e o bem-estar dos autistas em todos os aspectos da
vida, incluindo a vida acadêmica.

Segundo "Aging Out: Autism and the Transition to Adulthood" (2017) por Maureen E.
Nevers e Philip M. Ferguson.O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição
neurológica que afeta a comunicação, interação social e comportamento de indivíduos
diagnosticados. Embora muito se discuta sobre o diagnóstico e intervenção na infância
pouco se explorou sobre os desafios enfrentados pelos autistas adultos, especialmente no
contexto acadêmico. A transição para a vida adulta é um momento crítico para os autistas,
pois eles precisam lidar com novas demandas, expectativas e ambientes desconhecidos.

As dificuldades de comunicação e interação social são desafios significativos enfrentados


pelos autistas na vida acadêmica. Esses desafios podem afetar diversas áreas do seu
envolvimento acadêmico, desde a participação em aulas até a colaboração em projetos de
grupo. Para desenvolver esse item, podemos recorrer a autores e citar situações reais que
ilustrem essas dificuldades.
Segundo Baron-Cohen (2008), a dificuldade de compreender e interpretar as pistas sociais
pode levar a uma falta de conexão com os colegas e professores. Isso pode se manifestar
na dificuldade em interpretar o tom de voz, as expressões faciais e o uso de sarcasmo, por
exemplo. Essas dificuldades podem prejudicar a capacidade do autista de se envolver em
discussões em sala de aula e interagir de maneira adequada em contextos sociais. Também
pode ser levada em conta que para melhor aprendizado de um autista, é aconselhável uma
abordagem direta no aprendizado, rodeios na fala elevar para o lúdico pode ser ineficaz
na hora de se passar um ponto, é sempre importante ressalta que um autista não entende
nas entrelinhas, sedo assim dos motivos em que falha a comunicação na hora de uma
abordagem sobre algum aspecto acadêmico em grupo.

Uma situação comum pode ser observada durante as atividades em grupo: os autistas
podem ter dificuldades em compreender e seguir as regras não explícitas de interação
social, o que pode levar a mal-entendidos e conflitos. Por exemplo, um autista pode ter
dificuldade em entender os turnos de fala em uma discussão em grupo, acabando por ser
interrompido ou se sentindo excluído. Social Communication and Language
Characteristics Associated with High Functioning, Verbal Children and Adults with
Autism Spectrum Disorder" (2015) por Catherine Lord, Eva Petkova, Lonnie
Zwaigenbaum, et al.

Outro desafio é a expressão verbal das ideias. Muitas vezes, os autistas podem ter uma
riqueza de conhecimento e ideias, mas enfrentam dificuldades em expressá-los de forma
clara e coerente. Isso pode impactar sua participação em apresentações orais, debates ou
na escrita de trabalhos acadêmicos. Alguns autistas podem preferir a comunicação por
escrito, onde têm mais tempo para organizar seus pensamentos. É sempre importante
ressaltar que o TEA muitas vezes vem acompanhado de outras comorbidades, como visão
granulada, TDAH, síndrome do pensamento acelerado, por vez isso em autista mesmo de
nível 1 de suporte com a fala supostamente preservada, isso observando em primeiro grau,
mesmo com a fala e a intectualidade preservada, em uma situação de stress, o acadêmico
portado do transtorno pode não funciona, sendo assim, é importante que o ambiente de
uma apresentação, seminário, ou prova seja tranquilo e não imponha nem um tipo de
pressão, visto que algum autista não funciona sobre pressão, é sempre importante destaca
que se trata de um aspecto, e o transtorno pode se comporta diferentemente em cada
pessoa, levando sempre em conta seus diagnósticos, personalidade, e ambiente, é algo
muito complexo que engatinha no ramo da neurologia, para se tentar entender. Supporting
Students with Autism Spectrum Disorder in Higher Education: A Guide for Faculty and
Support Staff" (2019) por Whitney E. Hill, Catherine W. O'Callaghan, e Michael J.
Diliberto.

Pode ser utilizada para enfrentar essas dificuldades é a implementação de estratégias de


apoio à comunicação, como o uso de comunicação alternativa e aumentativa, ou a
disponibilização de materiais escritos que auxiliem na compreensão dos conteúdos,
levando em consideração de que forma o acadêmico com TEA absorve melhor
aprendizado. Além disso, a sensibilização dos colegas e professores sobre as necessidades
de comunicação dos autistas pode criar um ambiente mais inclusivo, se for o caso
disponibilizar monitor para o acadêmico, em caso de problemas sensoriais como
hiperacosia, fornecer microfone conectado ao head set /abafador do acadêmico isso pode
trazer uma melhora na interação Supporting Students with Autism Spectrum Disorder in
Higher Education: A Guide for Faculty and Support Staff" (2019) por Whitney E. Hill,
Catherine W. O'Callaghan, e Michael J. Diliberto.

Esses são apenas alguns exemplos de como as dificuldades de comunicação e


interação social podem impactar a vida acadêmica dos autistas. É importante lembrar que
cada autista é único, e as dificuldades podem variar. O reconhecimento dessas
dificuldades e a implementação de estratégias de apoio são essenciais para promover a
acessibilidade no espaço acadêmico, uma das dificuldades do acadêmico autista poder
em muitos dos casos a De acordo com Grandin (2013), sensorial, sensibilidades sensoriais
são amplamente reconhecidas como um desafio significativo enfrentado por muitos
autistas na vida acadêmica. Pesquisadores e autores renomados têm discutido esse tema,
fornecendo insights valiosos por meio de suas pesquisas e estudos. Vamos explorar
algumas situações citadas por esses autores para ilustrar como as sensibilidades sensoriais
podem impactar a vida acadêmica dos au
Grandin (2013), uma renomada especialista no assunto e autista diagnosticada, os
estímulos sensoriais podem ser avassaladores para os autistas. Por exemplo, uma sala de
aula com luzes fluorescentes brilhantes pode ser extremamente desconfortável para um
autista sensível à luz. descreve em seu livro autobiográfico "Emergence: Labeled
Autistic" como a luz intensa pode causar distorções visuais e afetar sua capacidade de
concentração durante as aulas.
Baron-Cohen (2015), outro autor conhecido no campo do autismo, explora o
impacto das sensibilidades sensoriais no aprendizado acadêmico. Ele descreve um estudo
em seu livro "Autism and Asperger Syndrome" no qual crianças autistas relataram
dificuldade em se concentrar em tarefas acadêmicas devido a ruídos de fundo, como
conversas paralelas ou o som de uma ventoinha. Esses ruídos podem sobrecarregar o
sistema auditivo do autista, tornando o ambiente acadêmico um desafio para a
concentração e o aprendizado.
Outra situação comum é a sensibilidade tátil, discutida por Dunn (2001) em sua pesquisa.
Ele enfatiza como os autistas podem ter uma reação negativa a certas texturas, como
roupas ásperas ou materiais escolares desconfortáveis.
Essas sensibilidades táteis podem ser extremamente perturbadoras e podem afetar
a capacidade do autista de se concentrar nas atividades acadêmicas. Dunn ressalta a
importância de considerar essas sensibilidades e fornecer alternativas adequadas para
promover o conforto e a concentração durante o estudo.

Segundo Happé e Vital (2009), o processamento de informações pode ser um desafio para
muitos autistas. Eles destacam em seu estudo "What aspects of autism predispose to
talent?" que alguns autistas podem ter dificuldades na interpretação e integração de
informações, especialmente em contextos complexos. Por exemplo, um autista pode
encontrar dificuldades em compreender textos acadêmicos densos ou em acompanhar
explicações orais detalhadas em sala de aula. Essas dificuldades de processamento podem
afetar a assimilação e a retenção de conhecimentos.

,Murray e Lesser (2011) discutem em seu livro "Practical Solutions for Stabilizing
Students with Classic Autism to Be Ready to Learn" como os autistas podem apresentar
desafios específicos em relação ao raciocínio abstrato e à resolução de problemas
complexos. Essas habilidades cognitivas podem ser necessárias em várias disciplinas
acadêmicas, como matemática, filosofia e ciências. Um autista pode ter dificuldade em
compreender conceitos abstratos ou em aplicar estratégias de solução de problemas em
situações complexas, o que pode afetar seu desempenho acadêmico nessas áreas.

Em relação à organização, Zentall (2010) aborda em seu estudo "Executive Functioning


in Autism Spectrum Disorders: A Historical Perspective" como os autistas podem
enfrentar desafios na administração eficiente do tempo e das tarefas. Por exemplo, um
autista pode ter dificuldade em priorizar as atividades, estabelecer metas realistas,
planejar o tempo necessário para a conclusão das tarefas e gerenciar os prazos. Essas
dificuldades de organização podem levar a atrasos na entrega de trabalhos acadêmicos,
falta de preparação para provas ou dificuldade em cumprir os requisitos do curso.

Esses exemplos baseados em estudos e pesquisas de Happé, Vital, Murray, Lesser e


Zentall (ano da obra)destacam os desafios cognitivos e de organização enfrentados por
autistas na vida acadêmica. Compreender essas dificuldades é fundamental para
desenvolver estratégias de apoio, como o fornecimento de suporte específico para o
processamento de informações, a adaptação dos métodos de ensino para facilitar o
raciocínio abstrato e a implementação de estratégias de organização e gestão do tempo.
Essas abordagens podem ajudar a promover o sucesso acadêmico dos autistas ao atender
às suas necessidades individuais, assim necessitando de recursos, suporte pedagógicos
diferenciados , não necessriamente um portador de tea se comporta como outro portadado
r é necessário ações diferentes para cada aluno , os mesmos alunos ocupando o mesmo
espaço de aprendizado, Ao discutir o acesso a recursos de suporte e adaptações razoáveis
para autistas na vida acadêmica, é fundamental abordar as contribuições de autores e
pesquisadores renomados que têm estudado esse tema

Algumas experiências educacionais com alunos com TEA


Citaremos a seguir algumas situações citadas por esses autores, quais? para ilustrar os
desafios enfrentados pelos autistas em relação ao acesso a recursos de suporte e
adaptações adequadas.

Dawson e Soulières (2009), em seu estudo "Autism at the Crossroads: Challenges and
Opportunities for Transition to Adulthood", destacam como muitas instituições
acadêmicas ainda têm uma falta de conhecimento sobre as necessidades específicas dos
autistas. Isso pode resultar em uma falta de recursos de suporte e adaptações razoáveis
disponíveis para esses estudantes. Por exemplo, um autista pode ter dificuldade em
encontrar apoio educacional especializado para lidar com suas necessidades individuais,
como estratégias de aprendizado personalizadas, suporte para habilidades sociais e terapia
ocupacional.

Grandin (2010), em seu livro "The Autistic Brain: Thinking Across the Spectrum",
também destaca a importância das adaptações de materiais e tecnologias assistivas para
os autistas na vida acadêmica. Ela menciona situações em que um autista pode se
beneficiar de recursos como livros em formato acessível, uso de softwares de
comunicação assistiva ou tecnologias que ajudem na organização e no gerenciamento de
tarefas. No entanto, a falta de conhecimento e acesso a esses recursos pode dificultar o
pleno aproveitamento dessas adaptações.
Essas situações mencionadas por Dawson, Soulières, Grandin e Shore Ano da obra?
evidenciam os desafios enfrentados pelos autistas em relação ao acesso a recursos de
suporte e adaptações razoáveis na vida acadêmica. É essencial que as instituições
acadêmicas sejam proativas na busca de conhecimento sobre o autismo e na
implementação de estratégias inclusivas para garantir que os autistas tenham acesso
igualitário a recursos e oportunidades educacionais. Isso pode garantir uma melhor
aprendizagem do aluno portador do TEAe pode tornar a experiência acadêmica menos
traumática.
Uma das ações que pode ser tomada é a desistgmação , Estigma e preconceito: O
autismo ainda é cercado por estigmas e preconceitos na sociedade, o que pode levar à
discriminação e à falta de compreensão por parte dos colegas e professores. O estigma
social pode prejudicar a autoestima e a confiança dos autistas, afetando seu desempenho
acadêmico e bem-estar emociona
ao abordar o tema do estigma e preconceito enfrentados pelos autistas na vida acadêmica,
é necessário considerar situações reais e estudos que destacam esse desafio.

No estudo "Understanding the Stigma of Autism" (Understanding the Stigma of Autism,


2014), Derguy e seus colegas analisaram as experiências de autistas em ambientes
acadêmicos. Eles descobriram que muitos autistas enfrentam estigmatização e
preconceito devido à falta de compreensão sobre o autismo por parte dos colegas e
professores. Essa falta de compreensão pode levar à exclusão social, piadas depreciativas
e até mesmo bullying. Essas situações prejudicam a autoestima e a confiança dos autistas,
afetando seu desempenho acadêmico e bem-estar emocional.

Outro estudo, realizado por Moore e seus colegas e( 2017,) intitulado "Perceived Stigma
Among Parents of Children with Autism Spectrum Disorder: An Exploratory Study,"
destaca como o estigma também afeta os pais de crianças e jovens autistas. Os pais podem
enfrentar discriminação e julgamentos de outras famílias, professores e até mesmo
profissionais de saúde, o que pode impactar negativamente seu envolvimento na vida
acadêmica de seus filhos autistas. Esse estigma adicional colocado sobre os pais pode
dificultar a busca de recursos e apoio adequados para seus filhos no ambiente acadêmico.
Essas situações, apoiadas pelos estudos de Derguy e Moore (ano da obra), evidenciam os
desafios enfrentados pelos autistas e seus familiares em relação ao estigma e preconceito
na vida acadêmica

A fase de transição na vida acadêmica do aluno com TEA e seus desafios

A transição do ensino médio para o ensino superior é uma fase complicada para qualquer
estudante, e para os autistas, pode ser ainda mais estressante. Além das pressões
acadêmicas, há a transição para a vida adulta, na qual os autistas enfrentam desafios na
tomada de decisões e na adaptação a um ambiente menos flexível e na escolha de um
curso superior

Ao escolher um curso, é essencial levar em conta as habilidades individuais e considerar


o impacto na saúde mental do estudante autista. Além disso, é importante verificar se a
instituição oferece suporte a alunos com necessidades especiais e se possui uma estrutura
de mobilidade adequada. A compreensão dos fatores ambientais, que podem afetar as
sensibilidades sensoriais dos autistas, também é relevante na escolha do local de estudo.

Nesse sentido, as Universidades ao redor do mundo desenvolveram programas e


iniciativas para apoiar os estudantes autistas. Exemplificando, o Rochester Institute of
Technology (RIT), em Nova York2018, implementou, um programa que oferece
treinamento em habilidades de gerenciamento de tempo, socialmente satisfatório, acesso
a serviços de interesse e autodefesa. Além disso, a preparação prévia ao início do ano
letivo tem sido adotada por algumas instituições para ajudar os alunos autistas a se
familiarizarem com o ambiente acadêmico. Autism Society
Ano: 2020

Assim os grupos de apoio são essenciais para coletar informações relevantes e


desenvolver programas que facilitem a vida universitária dos autistas. Esses grupos
desempenham um papel fundamental na disseminação de informações aos docentes, na
promoção do respeito, na sugestão de flexibilização da grade curricular e na
disponibilização de espaços tranquilos para estudo.
No Brasil, também existem exemplos de iniciativas inclusivas em universidades. O
Incluir, Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), promove debates e capacitação para alunos e professores lidarem com os
desafios do autismo. A PUC Paraná, por meio do Serviço de Apoio Psicopedagogo

2.2 Os Desafios da Vida Universitária para Indivíduos com Autismo

Sob essa perspectiva a transição do ensino médio para a universidade representa desafios
significativos para indivíduos com autismo. Este período envolve não apenas demandas
acadêmicas, mas também a navegação em novos contextos sociais e ambientais. Ao
contrário da educação primária e secundária, onde pode haver algum nível de apoio e
acomodação, as universidades muitas vezes carecem de programas personalizados para
alunos com autismo. Consequentemente, esses alunos devem se adequar ao modelo
educacional padrão, seja em ambientes presenciais tradicionais ou por meio de ensino a
distância online.

Embora as universidades em todo o mundo estejam em vários estágios de adaptação às


necessidades dos alunos autistas, é imperativo que as instituições tomem medidas
proativas para apoiar e aumentar o sucesso desses alunos. Várias universidades
implementaram programas e iniciativas inovadoras destinadas a fornecer suporte
abrangente. Por exemplo, o Rochester Institute of Technology (RIT), em Nova York,
desenvolveu um programa com foco em gerenciamento de tempo, habilidades sociais,
acesso a serviços e autodefesa. O RIT também oferece um programa preparatório para
alunos autistas que chegam, facilitando uma transição suave para a vida universitária. O
projeto intitulado "A Inclusão de Alunos com Autismo: Um Olhar da Faculdade
Educacional de Colombo à Luz da Legislação e de Nossos Profissionais" é conduzido por
profissionais da área pedagógica da Faculdade Educacional de Colombo (FAEC), situada
na cidade de Colombo, Paraná. 2020

O projeto visa refletir e atuar na inclusão de alunos com necessidades educacionais


especiais, especialmente os autistas, no ensino básico. Os profissionais da FAEC
reconhecem a importância desse tema e buscam instrumentalizar tanto o corpo docente
quanto o discente para promover a inserção desses alunos nos meios educacionais, tanto
em escolas públicas quanto privadas.

Para embasar suas ações, o projeto utiliza como referência a Lei Berenice Piana nº
12.764/12, que reconhece o autismo como deficiência e estabelece a política nacional de
proteção dos direitos das pessoas com transtorno do espectro autista. A metodologia
adotada inclui pesquisa bibliográfica, visando a alcançar os objetivos propostos e
desenvolver intervenções pedagógicas adequadas.

Ao longo do desenvolvimento do projeto, são discutidos diversos aspectos relacionados


à inclusão escolar de alunos autistas, como os desafios enfrentados pelas escolas regulares
na implementação de estratégias de ensino adequadas e a necessidade de uma abordagem
pedagógica que considere as especificidades desses alunos.

A Faculdade Educacional de Colombo assume, assim, um papel importante na promoção


da inclusão escolar, buscando contribuir para o desenvolvimento e a socialização desses
alunos, bem como para a formação profissional dos educadores
envolvidos.Conforme destacado por Miller, Rees e Pearson (2020), o
mascaramento, um fenômeno extensivamente investigado em contextos autistas, tem sido
cada vez mais reconhecido como uma estratégia de adaptação utilizada por uma
diversidade de indivíduos para se ajustarem a ambientes sociais neurotípicos. A
complexidade desse fenômeno e suas implicações foram examinadas em um estudo
qualitativo que analisou as vivências de mascaramento em adultos autistas e não autistas.

Os autores revelaram que o mascaramento implica na supressão consciente ou


inconsciente de certos aspectos do eu verdadeiro para se conformar às normas sociais e
expectativas externas. Essa adaptação pode envolver ajustes na expressão facial,
linguagem corporal e comunicação verbal para se alinhar com os padrões predominantes
em determinados ambientes sociais. Os participantes descreveram o mascaramento como
uma estratégia de enfrentamento para lidar com situações sociais, embora tenha sido
associado a diversas consequências negativas.

Uma temática recorrente nas narrativas dos participantes foi o impacto adverso do
mascaramento na saúde mental. Indivíduos autistas relataram aumento do estresse,
exaustão e burnout associados ao esforço contínuo de manter a máscara social. Essa
exaustão pode resultar na supressão de mecanismos saudáveis de enfrentamento,
potencialmente exacerbando problemas de saúde mental, como ansiedade e ideação
suicida. Além disso, o mascaramento foi identificado como um obstáculo para o
desenvolvimento de conexões autênticas com os outros, levando a uma sensação de
desconexão do eu verdadeiro e sentimentos de invalidação.Outro aspecto relevante
discutido na pesquisa é a interseccionalidade da identidade e como isso influencia as
experiências de mascaramento. Participantes autistas destacaram desafios específicos
relacionados ao seu neurotipo, como dificuldades no processamento sensorial e na
supressão de estímulos. Além disso, os autores reconheceram a importância de considerar
fatores adicionais, como gênero, raça/etnia e orientação sexual, ao examinar as
experiências de mascaramento e estigma.

Embora o estudo forneça insights valiosos sobre o mascaramento, há limitações a serem


consideradas. A amostra do estudo foi predominantemente composta por participantes do
sexo feminino, o que pode restringir a generalização dos resultados. Além disso, a
ausência de dados demográficos detalhados, como raça/etnia e orientação sexual, dificulta
uma compreensão completa das interseções entre diferentes aspectos da identidade e as
experiências de mascaramento.

No entanto, os autores destacam a necessidade de estudos adicionais que explorem o


mascaramento em uma variedade de contextos e populações, levando em consideração
fatores interseccionais e desenvolvimentais. Compreender o mascaramento e suas
implicações é crucial para fornecer apoio adequado e intervenções eficazes para
indivíduos que enfrentam esse desafio em sua vida cotidiana. Também podemos incluir
os clubes e atividades extracurriculares nas universidades que podem desempenhar um
papel significativo na criação de relacionamentos saudáveis e promissores para os
estudantes autistas. Esses clubes oferecem oportunidades de interação social em um
ambiente mais descontraído e podem ser especialmente benéficos quando organizados
em torno de interesses compartilhados, como clubes de leitura, jogos de vídeo game,
RPG, dança, música, poesia, entre outros. Quando não existem clubes que atendam aos
interesses do estudante autista, é possível sugerir à administração da universidade a
criação de novos clubes para atender às necessidades específicas dos estudantes.

Considerações Finais

Portanto, investir na inclusão de estudantes autistas nas universidades é um investimento


na construção de uma sociedade mais igualitária, onde todos tenham a oportunidade de
desenvolver seu potencial e contribuir para o progresso coletivo.

, um fenômeno amplamente estudado em contextos autistas, tem sido cada vez mais
reconhecido como uma estratégia de adaptação usada por uma variedade de pessoas para
se adequar a ambientes sociais neurotípicos (Miller et al., 2020). A complexidade desse
fenômeno e suas ramificações foram exploradas em um estudo qualitativo que examinou
as experiências de mascaramento em adultos autistas e não autistas.

A pesquisa revelou que o mascaramento envolve a supressão consciente ou inconsciente


de certos aspectos do eu verdadeiro para se conformar às normas sociais e expectativas
externas (Miller et al., 2020). Isso pode incluir ajustar a expressão facial, a linguagem
corporal e a forma de comunicação verbal para se alinhar com os padrões predominantes
em um determinado ambiente social. Os participantes descreveram o mascaramento como
uma estratégia de enfrentamento para navegar em situações sociais, embora também
tenha sido associado a uma série de consequências negativas.

Um tema recorrente nas narrativas dos participantes foi o impacto negativo do


mascaramento na saúde mental. Indivíduos autistas relataram um aumento do estresse,
exaustão e burnout associados ao esforço contínuo de manter a máscara social (Miller et
al., 2020). Essa exaustão pode resultar na supressão de mecanismos saudáveis de
enfrentamento, potencialmente exacerbando problemas de saúde mental, como ansiedade
e ideação suicida. Além disso, o mascaramento foi identificado como um obstáculo para
o desenvolvimento de conexões genuínas com os outros, levando a uma sensação de
desconexão do eu verdadeiro e sentimentos de invalidação.

Outro aspecto importante discutido na pesquisa é a interseccionalidade da identidade e


como isso influencia as experiências de mascaramento. Os participantes autistas
destacaram desafios específicos relacionados ao seu neurotipo, como dificuldades no
processamento sensorial e na supressão de estímulos (Miller et al., 2020). Além disso, a
pesquisa reconheceu a importância de considerar fatores adicionais, como gênero,
raça/etnia e orientação sexual, ao examinar as experiências de mascaramento e estigma.

Embora a pesquisa forneça insights valiosos sobre o mascaramento, há limitações a serem


consideradas. A amostra do estudo foi predominantemente composta por participantes do
sexo feminino, o que pode limitar a generalização dos resultados (Miller et al., 2020).
Além disso, a falta de dados demográficos detalhados, como raça/etnia e orientação
sexual, dificulta uma compreensão completa das interseções entre diferentes aspectos da
identidade e as experiências de mascaramento.

No entanto, a pesquisa destaca a necessidade de estudos adicionais que explorem o


mascaramento em uma variedade de contextos e populações, levando em consideração
fatores interseccionais e desenvolvimentais (Miller et al., 2020). Compreender o
mascaramento e suas ramificações é crucial para fornecer apoio adequado e intervenções
eficazes para indivíduos que enfrentam esse desafio em sua vida cotidiana.

Espaço de Aprendizagem, respectivamente, abordam em seu estudo a problemática da


falta de estudos sobre autismo em adultos e mulheres autistas, com foco em estudos
brasileiros, além da tendência de não incluir os autistas nas decisões de pesquisa e
intervenção.

Eles destacam que, embora o Análise do Comportamento Aplicada (ABA) seja


reconhecida por sua eficácia e validade científica no tratamento de autistas, muitos
estudos se concentram em intervenções com crianças, deixando de lado os adultos e
mulheres autistas. Eles também observam que os autistas geralmente não são consultados
durante o planejamento e a avaliação de pesquisas e intervenções.
Para lidar com essa lacuna, os autores sugerem a realização de estudos sobre análise do
comportamento clínica no atendimento a mulheres e adultos autistas, bem como a
inclusão dos autistas na escolha de temas de pesquisa e na definição de metas e na
avaliação da eficácia das intervenções. Eles também destacam a importância de colocar a
ética como aspecto central em cursos e discussões sobre análise do comportamento
aplicada ao autismo.

Além disso, o estudo fornece uma visão geral do Transtorno do Espectro Autista (TEA),
suas características e prevalência, destacando a importância de considerar fatores como
gênero e idade na pesquisa e intervenção relacionadas ao autismo. Os autores enfatizam
a necessidade de ouvir e incluir a população autista nas discussões e decisões relacionadas
ao tratamento e pesquisa sobre o autismo, destacando a importância do protagonismo
autista e da ética na abordagem do tema. Táhcita Medrado Mizael e Cíntia Cristina
Ferreira Ridi, autoras do ensaio "Análise do comportamento aplicada ao autismo e
atuação socialmente responsável no Brasil: Questões de gênero, idade, ética e
protagonismo autista", abordam de forma crítica e reflexiva a aplicação da Análise do
Comportamento Aplicada (ABA) ao autismo, destacando a escassez de estudos voltados
para adultos e mulheres autistas, tanto no contexto brasileiro quanto internacional.

O ensaio destaca a importância de uma abordagem ética e inclusiva na intervenção com


autistas, ressaltando a necessidade de envolver a comunidade autista nas decisões de
pesquisa e no planejamento das intervenções. As autoras apontam para a falta de consultas
diretas aos autistas sobre suas necessidades e preferências, o que pode resultar em
intervenções incompletas ou até mesmo danosas.

Além disso, o texto aborda a falta de disciplinas específicas sobre ética nos cursos de
especialização em ABA voltados para o autismo, evidenciando a necessidade de incluir
discussões éticas de forma mais transparente e abrangente nesses cursos.

Por meio de uma análise preliminar, as autoras também apresentam dados sobre a
quantidade limitada de estudos sobre autismo em adultos e mulheres na literatura da área,
assim como uma amostra de profissionais que trabalham com ABA no atendimento de
autistas. Esses profissionais expressaram interesse em aprender mais sobre temas como
sexualidade, qualidade de vida na perspectiva do autista e ética na intervenção.
No final do ensaio, são apresentadas sugestões para ampliar o escopo da ABA no
atendimento de autistas adultos e mulheres, incluindo o aumento de pesquisas sobre
clínica analítico-comportamental, a investigação dos fatores que contribuem para a
vulnerabilidade à violência na população autista e a consulta direta aos autistas sobre suas
necessidades e preferências.
Além disso, os grupos de apoio desempenham um papel vital na coleta de informações
essenciais para desenvolver programas que facilitem a experiência universitária para
indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esses grupos devem disseminar
informações ativamente entre os membros do corpo docente, defender uma maior
flexibilidade no design do currículo e criar ambientes de estudo propícios com o mínimo
de interferência externa.

A vida acadêmica apresenta uma série de desafios para todos os estudantes, e os autistas
adultos não são exceção. No entanto, suas necessidades específicas muitas vezes não são
reconhecidas ou atendidas adequadamente pelas instituições de ensino. Compreender os
desafios enfrentados por autistas adultos na vida acadêmica é fundamental para promover
a inclusão e desenvolver estratégias que auxiliem seu sucesso acadêmico. Esse
conhecimento também pode informar a criação de políticas e diretrizes que visem à
igualdade de oportunidades para todos os estudantes.
Considerações finais
Esses exemplos citados por Grandin, Baron-Cohen e Dunn ajudam a ilustrar como
as sensibilidades sensoriais podem ter um impacto significativo na vida acadêmica
dos autistas. Essas situações reais ressaltam a necessidade de abordar essas
sensibilidades no ambiente educacional, criando estratégias de apoio e adaptações
razoáveis para garantir que os autistas tenham um ambiente de aprendizado mais
inclusivo e acessível, não é so a questão sensorial tratando do tratorno do espectro
autista, pode ter varias combinações com outras comorbidades tornando o portado
tea único como neurodivergente, Ao abordar as demandas cognitivas e de
organização enfrentadas pelos autistas na vida acadêmica, podemos nos basear nas
contribuições de pesquisadores e autores renomados para enriquecer nossa
compreensão do tema. Vamos explorar algumas situações mencionadas por esses
autores para ilustrar esses desafios. Consideraçoes finais.Colocar o ano da obra dos
autores referenciados acima.
é importante destacar a necessidade de promover a conscientização e a educação
sobre o autismo nas instituições acadêmicas. Isso inclui a implementação de
programas de sensibilização, treinamentos para professores e colegas, além de
fomentar uma cultura de inclusão e respeito. Essas medidas são essenciais para criar
um ambiente acadêmico acolhedor e livre de estigma, permitindo que os autistas
tenham uma experiência educacional positiva e igualitária. Considerações finais

É fundamental que as instituições acadêmicas estejam cientes das necessidades


específicas dos autistas e trabalhem para fornecer os recursos de suporte adequados.
Shore (2011), em seu livro "Understanding Autism for Dummies", enfatiza a
importância da colaboração entre educadores, especialistas em autismo e famílias
para identificar e implementar adaptações razoáveis. Isso pode incluir a
disponibilização de informações e treinamentos sobre o autismo para os
profissionais da educação, o estabelecimento de equipes de suporte
multidisciplinares e a criação de planos individualizados para atender às
necessidades de cada autista, Outra iniciativa de destaque é o Serviço de Apoio
Psicopedagógico (SEAP) da PUC Paraná. Este programa se concentra no apoio a
alunos com transtorno do espectro autista, transtornos específicos de aprendizagem
e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O SEAP oferece workshops,
treinamento em comunicação, apoio psicológico e programas de desenvolvimento
pessoal e acadêmico. Além disso, o Projeto Focinhos da PUC Paraná oferece
interação terapêutica com cães em períodos de alto estresse, com o objetivo de criar
um ambiente de apoio e tranquilidade para os alunos. Colocar acima
Decidir revelar ou não um diagnóstico de autismo durante a matrícula é uma escolha
pessoal com a qual muitos alunos lutam devido a preocupações sobre possíveis
atitudes negativas de colegas de classe. Experiências negativas durante a infância e
adolescência podem contribuir para essa apreensão. Alunos com autismo muitas
vezes se perguntam se o acesso a serviços de apoio pode prejudicar sua capacidade
de fazer amizades e se integrar ao tecido social da vida universitária. A inclusão de
estudantes autistas nas universidades destacam a importância de reconhecer suas
necessidades e desafios específicos. É crucial que as instituições de ensino superior
assumam a responsabilidade de criar um ambiente inclusivo, onde os estudantes autistas
possam ter acesso igualitário às oportunidades educacionais.

Para alcançar essa inclusão, é fundamental desenvolver programas de suporte adequados.


Isso pode envolver a disponibilização de recursos, como tutores ou profissionais
especializados em autismo, para auxiliar os estudantes autistas no planejamento de suas
rotinas, organização do trabalho acadêmico e desenvolvimento de habilidades sociais.

Além disso, as universidades devem promover a conscientização e a compreensão entre


os estudantes neurotípicos. Isso pode ser feito através de campanhas educativas,
workshops e treinamentos que abordem o tema do autismo, seus desafios e maneiras de
criar um ambiente acolhedor para todos os estudantes.

Adaptações também são fundamentais para a inclusão efetiva. Isso pode incluir a
disponibilização de materiais de estudo em formatos acessíveis, como áudio ou texto
ampliado, e a disponibilização de espaços de estudo tranquilos e livres de estímulos
excessivos. Além disso, a flexibilidade na avaliação e nos prazos pode ser importante
para acomodar as necessidades individuais dos estudantes autistas.

Por fim, é necessário destacar que a inclusão de estudantes autistas nas universidades não
apenas beneficia esses estudantes, mas também enriquece a comunidade acadêmica como
um todo. A diversidade de perspectivas e experiências enriquece o processo de
aprendizado e contribui para um ambiente universitário mais inclusivo e dinâmico.

Considerações finais O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do


neurodesenvolvimento caracterizado por desafios persistentes na interação social,
comunicação e padrões restritos ou repetitivos de comportamento, interesses ou
atividades. Indivíduos com TEA geralmente experimentam dificuldades no
processamento de informações sensoriais e podem exibir pontos fortes e desafios
únicos em várias áreas de funcionamento. À medida que mais alunos com TEA
buscam o ensino superior, é crucial abordar os desafios específicos que eles
enfrentam no ambiente universitário e promover práticas educacionais Autism
Speaks 2019
OBJETIVO
Objetivo do Trabalho:

Este estudo tem como objetivo investigar os desafios enfrentados por autistas
adultos na vida acadêmica, buscando compreender suas dificuldades específicas e
identificar estratégias eficazes para promover sua inclusão e sucesso educacional.
Por meio de uma revisão sistemática da literatura e análise crítica dos resultados,
espera-se contribuir para um maior entendimento sobre essa temática e oferecer
subsídios para a melhoria das práticas educacionais voltadas para autistas adultos.

Ao reconhecer e abordar as necessidades dos autistas no contexto acadêmico,


podemos criar ambientes mais acessíveis e inclusivos, onde todos os alunos tenham
a oportunidade de desenvolver todo o seu potencial. Este estudo não apenas
ampliará o conhecimento existente sobre os desafios dos autistas adultos na vida
acadêmica, mas também fornecerá diretrizes práticas para educadores,
profissionais da saúde e formuladores de políticas, contribuindo assim para a
construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos. às suas necessidades
específicas e proporcionar um ambiente de aprendizado mais inclusivo e acessível.

Além disso, é importante reconhecer que cada autista é único e pode enfrentar
desafios cognitivos e de organização de maneira diferente. Portanto, é fundamental
adotar uma abordagem individualizada e flexível ao oferecer suporte acadêmico aos
autistas, levando em consideração suas habilidades, preferências e áreas de
dificuldade.

A implementação de estratégias de apoio também pode se beneficiar da colaboração


entre educadores, profissionais da saúde e familiares, trabalhando em conjunto para
identificar as necessidades individuais dos autistas e desenvolver planos de suporte
personalizados.
Por meio dessas abordagens centradas no aluno e da conscientização sobre os
desafios cognitivos e de organização enfrentados pelos autistas na vida acadêmica,
podemos criar ambientes de aprendizado mais inclusivos e capacitadores, onde
todos os alunos, independentemente de suas habilidades neurodiversas, tenham a
oportunidade de alcançar seu pleno potencial acadêmico.

Justificativa:

Este estudo visa abordar uma lacuna significativa na pesquisa acadêmica, que é a
compreensão dos desafios enfrentados por autistas adultos no contexto educacional.
Embora haja uma quantidade considerável de literatura sobre o autismo, a maioria
se concentra em crianças e jovens, deixando uma lacuna de conhecimento sobre as
necessidades específicas dos autistas adultos, especialmente no ambiente acadêmico.

A justificativa para este estudo reside na importância de reconhecer e abordar os


desafios únicos enfrentados pelos autistas adultos na vida acadêmica. Esses desafios
incluem dificuldades de comunicação, interação social, processamento de
informações, organização e adaptação a novos ambientes, entre outros. A falta de
compreensão e apoio adequados pode levar a um ambiente acadêmico hostil e
excludente para os autistas, prejudicando seu bem-estar emocional e seu
desempenho acadêmico.

Além disso, este estudo é justificado pela necessidade premente de desenvolver


práticas educacionais mais inclusivas e acessíveis, que reconheçam e atendam às
necessidades específicas dos autistas adultos. Ao compreender melhor esses desafios
e identificar estratégias eficazes de apoio, podemos promover a inclusão e o sucesso
acadêmico dos autistas, proporcionando a eles oportunidades equitativas de
aprendizado e desenvolvimento.

Além disso, a justificativa para este estudo também reside na importância de


promover uma maior conscientização e sensibilização sobre o autismo na
comunidade acadêmica e na sociedade em geral. Ao ampliar o conhecimento sobre
o autismo e suas diversas manifestações, podemos reduzir o estigma e a
discriminação enfrentados pelos autistas, criando uma cultura de aceitação e apoio
mútuo.

Portanto, este estudo não apenas contribuirá para o avanço do conhecimento


acadêmico sobre o autismo, mas também terá implicações práticas significativas
para educadores, profissionais da saúde, formuladores de políticas e, mais
importante, para os próprios autistas. Ao reconhecer e abordar as necessidades
específicas dos autistas adultos na vida acadêmica, podemos trabalhar em direção a
uma sociedade mais inclusiva e justa para todos.

Referência:
Mizael, T. M., & Ridi, C. C. F. (2022). Análise do comportamento aplicada ao autismo e
atuação socialmente responsável no Brasil: Questões de gênero, idade, ética e
protagonismo autista. Revista Perspectivas, Ed. Especial: Estresse de Minorias,
Referência:
Miller, D., Rees, J., & Pearson, A. (2020). Autistic and nonautistic adult perspectives on
masking. Autism in Adulthood, 2(4), 328-338. https://doi.org/10.1089/aut.2020.0058
Táhcita Medrado Mizael e Cíntia Cristina Ferreira Ridi, da Universidade de São Paulo
(USP) e da Clínica Reinventar – Referência:
Miller, D., Rees, J., & Pearson, A. (2020). Autistic and nonautistic adult perspectives on
masking. Autism in Adulthood, 2(4), 328-338. https://doi.org/10.1089/aut.2020.0058o
mascaramento.,

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