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Relatório Lac1
Relatório Lac1
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Relatório LAC 1
Imunologia e biologia molecular
Bauru
2024
SUMÁRIO
Fonte: Pebmed,2023
1.1.1 Metodologia
a. VDRL
Princípio do método: Quando a suspensão antigênica é misturada com a
amostra que contenham anticorpos, as partículas de antígeno floculam e o
resultado da reação é observado ao microscópio. A ausência de floculação
indica resultado negativo.
Procedimento teste qualitativo:
1. Pipetar 50µl dos soros controles nas cavidades da placa escavada.
2. Pipetar 20µl da suspensão antigênica homogeneizada nas mesmas
cavidades das amostras e soros controles.
3. Agitar a placa durante 4 minutos a 180rpm.
4. Imediatamente após 4 minutos, observar ao microscópio.
Fonte: Autor
b. FTA-Abs
Princípio do método: Os anticorpos presentes no soro ligam-se ao antígeno
fixado na lâmina e são revelados por uma antigamaglobulina humana marcada
com isotiocianato de fluoresceína.
Procedimento:
1. Diluir os soros desconhecidos 1/5 com a solução absorvente.
2. Colocar a lâmina em câmara úmida.
3. Pingar 1 gota dos controles positivo e negativo nas áreas 1 e 2 da lâmina, e
do soro desconhecido, nas áreas restantes, evitando transbordar as áreas.
4. Incubar na câmara úmida por 30 minutos, em temperatura ambiente.
5. Lavar com 10ml de tampão PBS. Colocar a lâmina em uma jarra de Coplin e
lavar 3 vezes com PBS, 5 minutos cada vez.
6. Remover a lâmina do Coplin e tirar o excesso de PBS, sacudindo sobre o
papel absorvente.
7. Retornar à câmara úmida. Pingar 1 gota da antigamaglobulina marcada em
cada área da lâmina, tendo o cuidado de recobri-la totalmente.
8. Incubar em câmara úmida por 30 minutos, protegendo do excesso de luz.
9. Repetir a etapa 6.
10. Remover a lâmina do Coplin tirar o excesso de PBS, sacudindo-a sobre
papel absorvente. Secar em torno das áreas reativas e ir para a etapa 12 para
não secar o local da reação.
11. Pingar glicerina tamponada entre as áreas reativas. Cobrir a lâmina com
lamínula, evitando a formação de bolhas. Secar o excesso de glicerina com
papel absorvente. Limpar o dorso da lâmina.
12. Ler em microscópio de fluorescência. 3
Fonte: Autor
1.1.3 Resultados e discussão
a. VDRL
Dada a metodologia, foi feito teste qualitativo do controle negativo e positivo,
para verificar a confiabilidade do teste, amostra e reagentes, além de analisar o
efeito pró zona.
Chamamos de efeito pró zona quando há um excesso de anticorpos na
amostra, causando uma relação desproporcional entre anticorpo-antígeno,
resultando em um falso negativo.
A partir disso, o controle negativo teve ausência de floculação e o positivo
apresentou floculação, sendo compatíveis com o teste, sem efeito pró zona.
Seguindo os testes, foram realizadas análises semiquantitativas na amostra
pura, diluída 1/2, 1/4, 1/8, 1/16 e 1/32.
Em relação a floculação, foi observado as seguintes reações:
Nesta análise, o passo mais importante é a lavagem, que deve ser feita
rigorosamente, para evitar um falso positivo. Na lavagem os anticorpos que não
foram ligados são retirados da lâmina, assim o marcador vai flourescer apenas
os anticorpos de interesse clínico que reagiram com o antígeno apresentado no
teste. Caso a lavagem não seja feita da maneira correta, anticorpos presentes
na amostra, mesmo que não estejam ligados com um antígeno, vão se fixar na
lâmina e durante a leitura o resultado será positivo.
1.2.2 Metodologia
Princípio do método: Baseia-se na ligação de anticorpos presentes no soro e
hemácias sensibilizadas com antígenos. Os anticorpos presentes no soro ligam
aos antígenos que estão nas hemácias, resultando na hemaglutinação.
Procedimento:
1. Colocar uma gota de 25 ul de Diluente de soro em todas as cavidades da
microplaca.
2. Tomar uma alíquota de cada soro, ensaiar com microdiluidores de 25 ul e
colocar nas cavidades da coluna 1.
3. Realizar diluições a partir da coluna 1 (diluição 1/2), passando os
microdiluidores à coluna 2 (diluição 1/4) e assim sucessivamente até a coluna 6
(diluição 1/64). Se forem processados mais de 8 soros, utilizar as colunas 7 a
12, realizando as diluições da maneira descrita anteriormente.
4. Colocar nas colunas 1 e 2 (diluições 1/2 e 1/4) uma gota (25 ul) de GR não
sensibilizados, para controle de heterofilia. Fazer o mesmo nas colunas 7 e 8
no caso de sejam utilizadas.
5. No resto das cavidades, adicionar uma gota de 25 ul de Antígeno.
6. Agitar a microplaca, golpeando com os dedos nas paredes laterais durante
30 segundos no mínimo.
7. Deixar em repouso, ao abrigo de vibrações, durante 90 minutos.
Fonte: Autor
1.3 ELISA
1.3.1 Introdução
É uma técnica imunoenzimática amplamente utilizada em laboratórios clínicos
e de pesquisa biomédica para a detecção e quantificação de substâncias
biológicas, como antígenos, anticorpos, hormônios, e biomarcadores
específicos. O teste é utilizado para realizar diagnóstico de doenças
autoimunes bem como infecciosas e alérgicas. Isso porque, a fisiopatologia das
causas supracitadas desencadeia a produção de imunoglobulinas que é a base
do teste. Por apresentar baixo custo e alta especificidade e sensibilidade esse
método tornou-se imprescindível. 6
Algumas das principais aplicações clínicas do ELISA incluem:
Diagnóstico de doenças infecciosas: detectar a presença de agentes
infecciosos, como vírus, bactérias, e parasitas, através da detecção de
anticorpos específicos ou antígenos virais nas amostras dos pacientes. Por
exemplo, diagnóstico de HIV, hepatite, doenças transmitidas por carrapatos.
Monitoramento de resposta imune: monitorar a resposta imune do paciente
durante a infecção ou após a vacinação. Isso é feito medindo os níveis de
anticorpos específicos produzidos contra o agente infeccioso ou a vacina.
Diagnóstico de doenças autoimunes: No diagnóstico de doenças
autoimunes, pode ser usado para detectar a presença de autoanticorpos
circulantes no soro dos pacientes. Esses autoanticorpos são marcadores
importantes para várias doenças autoimunes, como lúpus eritematoso
sistêmico, artrite reumatoide, e doença celíaca.
Triagem de doenças metabólicas: é utilizado na triagem de distúrbios
metabólicos, como fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito, detectando a
presença de biomarcadores específicos no sangue do recém-nascido.
Diagnóstico de alergias: pode ser usado para diagnosticar alergias,
detectando a presença de IgE específica para alérgenos em amostras de
soro dos pacientes.7
Fonte: Autor
1.3.2 Metodologia
Princípio da técnica:
Detecção qualitativa de anticorpos específicos através da interação entre
moléculas antigênicas e anticorpos, combinadas com a detecção enzimática.
A execução cuidadosa dessas etapas é essencial para garantir a sensibilidade,
especificidade e precisão da técnica.8
Procedimento:
1- Levar os reagentes e as amostras a temperatura ambiente antes de iniciar a
prova.
2- Preparar o volume necessário de Tampão de Lavagem diluído.
3- Colocar no suporte de tiras, o número de cubetas requeridas para a
quantidade de determinações a realizar, incluindo 2 cubetas para o Controle
Positivo (CP) e 3 para o Controle Negativo (CN).
4- Colocar o Diluente de Amostra e nos controles.
5- Para evitar a evaporação, cobrir a policubeta com a fita autoadesiva
fornecida, e incubar 60 a 37º C. Paralelamente, preparar o conjugado diluído
6- Após da incubação, eliminar completamente o líquido de cada cubeta. Lavar
5 vezes seguindo as instruções de lavagem
7- Acrescentar o Conjugado.
8- Incubar 30 minutos a 37ºC.
9- Lavar 5 vezes segundo as instruções de lavagem.
10- Colocar o Revelador, transvasando a um recipiente limpo apenas o volume
necessário de Revelador. Não voltar o Revelador remanescente ao frasco
original. Evitar o contato do reagente com agentes oxidantes.
11- Incubar 30 minutos a temperatura ambiente (18- 25o C), ao abrigo da luz.
12- Acrescentar o Stopper.9
Fonte: Autor
2.0 BIOLOGIA MOLECULAR
2.1.2 Metodologia
a. Lise de hemácias
1. Coletar 4ml de sangue em tubo contendo EDTA como anticoagulante;
2. Transferir para Falcon de 15ml e centrifugar durante 8 minutos a 4.400 rpm
3. Descartar o plasma com uma P1000
4. Adicionar 9ml de solução TM1 – 1X
5. Suspender células com Pasteur e centrifugar durante 8 minutos a 4.400 rpm
6. Descartar o sobrenadante por inversão do tubo
7. Adicionar 8,5ml de solução TM1 – 1X
8. Suspender as células com uma Pasteur
9. Centrifugar durante 8 minutos a 4.400 rpm
10. Repetir os passos 5 e 6.11
Fonte: Autor
b. Extração
1. Adicionar ao pellet de leucócitos 1,6ml de solução TM2
2. Adicionar 160µl de SDS 10% e vortexar
3. Incubar em banho-maria durante 15 minutos a 56°C
4. Adicionar 480µl de NaCl 5M e vortexar
5. Transferir a solução para um tubo eppendorf de 2ml
6. Centrifugar durante 5 minutos a 12.000 rpm
7. Retirar o sobrenadante e transferir para um tubo Falcon de 15ml
8. Adicionar 5ml de Etanol absoluto gelado
9. Homogeneizar por inversão até a precipitação do DNA
10. Com a P200 retirar o DNA e transferir para um eppendorf de 1,5ml
11. Secar na estufa a 50°C durante 5 minutos
12. Ressuspender o DNA em 200µl de água DNAs Free
13. Incubar no banho-maria a 56°C durante 10 minutos.12
2.2.2 Metodologia
1. Preparar 100ml de gel de agarose a 1%. Para isso, pesar 1 g de agarose e
colocar em um Erlenmeyer juntamente com 100ml de TBE
2. Colocar o Erlenmeyer na balança e tarar a fim de posteriormente completar a
água que será perdida durante a evaporação no processo de fervura
3. Cobrir a boca do Erlenmeyer com papel alumínio e colocar na chapa
aquecedora.
4. Colocar novamente o erlenmeyer na balança e acrescentar água deionizada
5. Esfriar o gel colocando Erlenmeyer sob água corrente na torneira,
homogeneizando com movimentos suaves até ficar morno
6. Com uma Pasteur aspirar um pouco do gel e aplicar nas laterais da base de
preparo do gel, a fim de vedá-la
7. Adicionar ao gel, no erlenmeyer, 5µl do DSView Nucleic Acid Stain e
homogeneizar
8. Depositar o gel na cuba e colocar o pente. Aguardar 20 minutos para a
gelificação
9. Preparar as amostras de DNA a serem aplicadas no gel adicionando a um
eppendorf 5µl de DNA + 4µl água DNAs free + 1µl Orange Loading buffer 10x
10. Aplicar as amostras no gel e anotar a sequência determinada
11. Fechar a tampa da cuba, conectar os eletrodos, programar a fonte para
100V e iniciar a corrida
12. Após o término da corrida, retirar o gel e visualizar no transiluminador UV
usando óculos de proteção.14
Fonte: Autor
Fontes: Autor
2.3 PCR
2.3.1 Introdução
A reação em cadeia da polimerase (PCR) é uma técnica para fazer muitas
cópias de uma região específica do DNA, in vitro (em um tubo de ensaio, ao
invés de um organismo). A PCR depende de uma DNA polimerase
termoestável, a Taq polimerase, e requer primers de DNA projetados
especificamente para a região de interesse do DNA.
Tipicamente, o objetivo da PCR é fabricar quantidade suficiente da região de
interesse do DNA, de modo que essa possa ser analisada e utilizada de
alguma outra maneira. Na PCR, a reação é repetida ciclicamente através de
uma série de alterações de temperatura, o que possibilita a produção de muitas
cópias da região de interesse.
A PCR tem muitas aplicações práticas e em pesquisa. Ela é rotineiramente
usada em clonagens de DNA, diagnósticos médicos e análises forenses de
DNA.15
2.3.2 Metodologia
1. Antes de iniciar a reação, ligue o termociclador.
2. Limpar a workstation com etanol 70% e ligar a luz UV durante 10 minutos
3. Retirar as amostras de DNA e os reagentes para descongelar (exceto a
enzima Taq) e colocá-los protegidos da luz UV
4. Preparar o PCR Mix em um eppendorf de 1,5ml
5. Aliquotar o PCR Mix nos tubos de PCR (200 ul) e identificá-los - Após ter
guardado os reagentes, colocar as amostras de DNA na workstation e adicionar
aos tubos correspondentes
6. Colocar os tubos no termociclador, selecionar o programa de interesse e
iniciar a reação.
7. Guardar as amostras, limpar novamente a workstation e ligar a luz UV
durante 10 minutos.14
3.0 REFERÊNCIAS
2- WADA DIAGNÓSTICA. VDRL / SÍFILIS. Bula, [s. l.], ago. 2021. Disponível
em: https://www.wamadiagnostica.com.br/bulas/diversos/vdrl-sifilis-com-
controle-1.pdf. Acesso em: 22 fev. 2024.
3- WADA DIAGNÓSTICA. FTA-Abs Sífilis. Bula, [s. l.], abr. 2019. Disponível
em: https://www.wamadiagnostica.com.br/bulas/imuno-con/fta-abs-sifilis-1.pdf.
Acesso em: 26 fev. 2024.
6- WIENER LAB. Toxotest. Bula, [s. l.], out. 2019. Disponível em:
https://api.labpedia.com.br/api/uploads/1600200147toxotest_hai_po.pdf.
Acesso em: 2 mar. 2024.
13- COSTA, M.R.; MOURA, E.F. Manual de extração de DNA. Embrapa, 24p.
(Embrapa Amazônia Oriental. Documentos, 89). 2001.
15- Reece, J. B., Urry, L. A., Cain, M. L., Wasserman, S. A., Minorsky, P. V.,
and Jackson, R. B. (2011). Forensic evidence and genetic profiles. (10th ed.,
pp. 430-431). San Francisco, CA: Pearson.