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Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Ensino de Português

Trabalho Individual de Carácter Avaliativo


Cadeira de: Fonética e fonologia do Português
Docente: D Nhatuve
Estudante: Erica Orlando Armando Figueiredo

Estrutura da Sílaba

Introdução

A sílaba, a unidade básica da fonologia, é como um tijolo que constrói as


palavras e dá ritmo à nossa fala. Desvendar seus segredos é embarcar em uma
jornada empolgante pela estrutura da língua portuguesa, desvendando seus
mecanismos e descobrindo as ferramentas para um ensino eficaz.

1. Mergulhando na Literatura: Uma Busca por Sabedoria

Para desvendar os mistérios da sílaba, mergulhei em um mar de livros e artigos,


buscando as vozes dos especialistas que dedicaram seus estudos a essa área
fascinante. Autores como Silva (2009), Martins (2016) e Barbosa (2019) me
guiaram por diferentes perspectivas, enriquecendo minha compreensão da
estrutura silábica.

A sílaba é a unidade básica de organização fonológica da língua portuguesa. É


formada por um ou mais fonemas que se combinam em um único núcleo
vocálico. As sílabas são os tijolos que constroem as palavras, e a sua estrutura
interna determina a divisão silábica e a tonicidade.

Partes da Sílaba

Uma sílaba pode ser decomposta em três partes:

Início ou ataque silábico (AC): formado por uma ou mais consoantes que
precedem o núcleo vocálico. Exemplos: ma-deira, trans-porte, pneu-mático.

Núcleo silábico (V): é obrigatório e formado por uma vogal. É a parte mais

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proeminente da sílaba e determina a sua classificação. Exemplos: ma-deira,
transporte, pneumático.

Coda silábica (FC): formada por uma ou mais consoantes que seguem o núcleo
vocálico. Exemplos: madeira, transporte, pneumático.

Nem todas as sílabas possuem as três partes. As sílabas simples, por exemplo,
possuem apenas o núcleo vocálico (V), como em a-mi-go, e-le-fante, o-pe-ra. Já
as sílabas compostas possuem ataque e núcleo (VC) ou núcleo e coda (CV),
como em de-sa-fio, le-i-te, car-ta.

Classificação das Sílabas

As sílabas podem ser classificadas de acordo com a sua estrutura e tonicidade:

Quanto à estrutura:

Sílabas livres: terminadas por vogal ou ditongo. Exemplos: ca-sa, ma-dei-ra, coi-
sa.

Sílabas travadas: terminadas por consoante. Exemplos: can-to, lem-bre, per-


feito.

Quanto à tonicidade:

Sílabas tônicas: são aquelas que recebem o acento prosódico da palavra.


Exemplos: pátria, mesa, flor.

Sílabas átonas: não recebem acento prosódico. Exemplos: patria, mesa, flor.

Regras de Divisão Silábica

A divisão silábica é o processo de separar as sílabas que compõem uma


palavra. As principais regras de divisão silábica no português são:

Hiato: quando duas vogais se encontram em contato, geralmente formam duas


sílabas distintas. Exemplos: ca-sa, re-i, vo-cal.

Ditongo: quando duas vogais se unem em um único som, formam uma sílaba.
Exemplos: moi-do, pau-ta, cei-go.

Encontro vocálico: quando duas vogais se encontram em contato, mas não


formam ditongo, podem pertencer à mesma sílaba ou a sílabas diferentes, de
acordo com algumas regras. Exemplos: cam-po, rei-no, coi-sa.
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Consoantes: as consoantes geralmente pertencem à sílaba seguinte àquela em
que se encontram. Exemplos: ma-de-ira, trans-por-te, pneu-má-tico.

Sílaba e Fonética

A sílaba é um conceito fonológico, ou seja, está relacionada à organização dos


sons na língua. Já a fonética é o estudo dos sons em si mesmos,
independentemente da sua organização em sílabas. No entanto, os dois
conceitos estão interligados, pois a estrutura da sílaba é determinada pelas
características dos sons que a compõem.

Sílaba e Ortografia

A divisão silábica também tem implicações na ortografia, pois é a base para a


hifenização das palavras. As regras de hifenização no português são
complexas e nem sempre coincidem com a divisão silábica. No entanto, o
conhecimento da estrutura da sílaba é fundamental para a correta aplicação
das regras ortográficas.

2. Desvendando os Constituintes da Sílaba: Ataque, Rima, Núcleo e Coda

Ao desvendar a estrutura da sílaba, descobrimos que ela é composta por


quatro elementos:

Ataque (Início): Formado pelas consoantes que "abrem caminho" para a vogal
tônica, como em casa e trabalho.

Rima (Fecho): As consoantes que "fecham" a sílaba, após a vogal tônica, como
em manteiga e flor.

Núcleo (Vogais): A alma da sílaba, representada pela vogal tônica, que recebe a
maior intensidade articulatória, como em mar e casa.

Coda (Cauda): A combinação de consoantes que "seguem" a vogal tônica,


como em campo e cantar**.

Exemplos:

casa: Ataque (c), Núcleo (a), Rima (s), Coda (a)

mesa: Ataque (m), Núcleo (e), Rima (s), Coda (a)

livro: Ataque (l), Núcleo (i), Rima (v), Coda (r)

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planta: Ataque (pl), Núcleo (a), Rima (nt), Coda (a)

Observações:

Nem toda sílaba possui todos os elementos. As sílabas podem ter apenas o
núcleo (vogais tônicas isoladas) ou núcleo e coda (sílabas fechadas).

O ataque e a rima podem ser formados por uma ou mais consoantes.

3. Explorando os Segredos de Cada Elemento: Uma Análise Detalhada

Cada constituinte da sílaba possui características e funções importantes:

Ataque: Influencia na sonoridade da sílaba e na sua classificação quanto à


abertura (aberta ou fechada).

Rima: Contribui para a distinção entre sílabas tônicas e átonas e para a


harmonia da palavra.

Núcleo: É o elemento essencial da sílaba, pois é ela quem determina sua


tonicidade e forma a base da pronúncia.

Coda: Completa a estrutura da sílaba e pode influenciar na sua classificação


quanto à abertura.

4. Ensinando a Sílaba: Uma Jornada Empolgante

Ensinar a estrutura da sílaba é abrir portas para um mundo de descobertas e


aprimorar as habilidades de leitura, escrita e ortografia. Aqui estão algumas
propostas para tornar essa jornada empolgante:

Atividades lúdicas: Jogos, músicas e brincadeiras podem tornar o aprendizado


mais divertido e significativo.

Exploração de palavras: Utilizar palavras do cotidiano para identificar os


constituintes da sílaba e analisar sua estrutura.

Recursos visuais: Empregar gráficos, imagens e diagramas para representar a


estrutura silábica de forma clara e atrativa.

Trabalho em grupo: Incentivar a colaboração entre os alunos para a construção


conjunta do conhecimento.

Conexão com a leitura e a escrita: Promover a aplicação do conhecimento da

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estrutura silábica na leitura e na escrita de palavras e frases.

Avaliação constante: Monitorar o aprendizado dos alunos através de atividades


e exercícios variados.

Referências Bibliográficas:

Silva, M. B. da (2009). Fonética e fonologia da língua portuguesa. Rio de Janeiro:


FGV Editora.

Martins, A. G. (2016). Fonética e fonologia: Uma introdução à ciência dos sons


da língua

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