Você está na página 1de 16

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos


Psicológicos
Paulo Henrique Pessoa Borges - paulo.henrique.pb@hotmail.com
Especialização em Avaliação Psicológica
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Goiânia, GO, 15/02/2018

Resumo

O objetivo do presente estudo é discutir e demonstrar a importância da Avaliação Psicológica


e dos Documentos Psicológicos. Ao longo dos anos a área de Psicologia tem sido cada vez
mais procurada pela população, por acadêmicos e também por profissionais, com intuito de
identificar e resolver problemas e/ou situações nocivas aos indivíduos. O Psicólogo, pela
atividade que exerce se tornou uma referência quando se fala em resolver questões
relacionadas aos indivíduos. Assim, se percebeu que a análise acertada da situação vivida pelo
paciente e a avaliação feita de forma correta conseguem não somente identificar o problema,
mas também resolvê-lo, trazendo muitos benefícios. O número de profissionais da área de
Psicologia cresceu, e o curso de formação é oferecido por várias instituições. Porém há uma
discussão acerca do ensino oferecido e dos conteúdos ministrados. O que se sabe é que pela
importância que tem, os profissionais devem sempre se atualizar e buscar por conhecimento,
para poder atuar de forma satisfatória. Para realização deste estudo será utilizada como
metodologia a pesquisa bibliográfica. Essa pesquisa deixou evidente que a área, embora esteja
em crescimento, necessita de um olhar mais voltado para o profissional, para os instrumentos
usados para a coleta de dados do paciente e para a interpretação dos mesmos, afim de que não
se faça um diagnóstico errôneo. Concluiu-se então que essa área tem grande importância,
porém os profissionais devem buscar por mais conhecimento, para assim, continuar realizando
um trabalho sério e eficaz.

Palavras-chave: Avaliação Psicológica. Documentos Psicológicos. Formação Profissional.


Resolução nº 007/2003.

1. Introdução
Na atualidade a Psicologia se tornou uma área muito procurada por acadêmicos. E esse
interesse foi conquistado graças ao trabalho realizado pelos profissionais que já atuam no
segmento e pelas pesquisas realizadas pelos mesmos. Juntando-se a isso, há também a
necessidade em entender o comportamento humano e ajudar a resolver as muitas questões que
envolvem e afligem os indivíduos.
Dessa forma, o profissional de psicologia se preocupa com o bem estar de cada pessoa, e
busca sempre por métodos eficazes e que auxiliem na resolução de conflitos. Para ajudar o
Psicólogo a entender melhor sobre o que se passa com cada indivíduo (em relação à
personalidade, anseios, conflitos, entre outros), ele pode utilizar-se da Avaliação Psicológica.
Essa avaliação pode ser realizada em várias situações, como por exemplo, numa
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

entrevista de emprego, em testes para adquirir Carteira de Habilitação, ou pode ser solicitada
pelo próprio paciente, caso sinta necessidade de pedir ajuda ao Psicólogo para resolver alguma
questão.
Mas para que a avaliação seja eficaz é preciso que o profissional tenha conhecimento dos
instrumentos e técnicas que o auxiliam nesse processo e, além disso, é necessário que o
Psicólogo não se deixe levar por questões pessoais, ou se influenciar por alguma outra coisa,
mas que seja prudente, e consiga realmente enxergar a situação, para ao final, apresentar um
diagnóstico acertado.
Apesar da importância que possui, a avaliação psicológica é muitas vezes temida pelos
profissionais, principalmente quando eles elaboram os documentos psicológicos. Ao serem
escritos, esses documentos requerem muito cuidado do psicólogo, pois todas as informações
contidas são de inteira responsabilidade do profissional. É importante destacar que esse
profissional deve conhecer os limites de sua competência, ou seja, o mesmo não deve se
exceder, devendo sempre respeitar o paciente e as leis e normas que regem essa atividade.
Nesse sentido, o objetivo do presente estudo é discutir e demonstrar a importância da
Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos(definindo quais são eles, incluindo
seus conceitos e em que situações são utilizados) e sua importância para os profissionais da
área de Psicologia.
Para tal, será utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica, com a análise de obras de
diversos autores, como: Primi (2010), Noronha et al. (2014), Noronha, Primi e Alchieri
(2005), Lago, Yates e Bandeira (2016), entre outros, além do Manual de Elaboração de
Documentos Escritos (Conselho Federal de Psicologia, 2003) e periódicos de revistas da
internet.
Os dados coletados no decorrer da pesquisa serão analisados e demonstrarão o quanto essa
área da Psicologia tem sido benéfica para as pessoas em geral.

2. A Avaliação Psicológica no Brasil


A Psicologia vem demonstrando grandes avanços no Brasil, e ganhando cada vez mais espaço
no meio científico. Isso se deve em grande parte pelo trabalho desenvolvido pelos
profissionais desse segmento e pelos estudos relacionados às diferentes áreas que a compõem.
Uma das atribuições do psicólogo é realização da avaliação psicológica.
Wechsler (1999:108) define avaliação psicológica como “um processo de coleta e
interpretação de dados, realizado por meio de instrumentos psicológicos, tendo por finalidade
o maior conhecimento do indivíduo, a fim de que sejam tomadas determinadas decisões”. De
acordo com Hutz, Bandeira e Trentini (2015:11):

A avaliação psicológica é um processo, geralmente complexo, que tem por objetivo


produzir hipóteses, ou diagnósticos, sobre uma pessoa ou um grupo. Essas hipóteses
ou diagnósticos podem ser sobre o funcionamento intelectual, sobre as
características da personalidade, sobre a aptidão para desempenhar uma ou um
conjunto de tarefas, entre outras possibilidades.
A Resolução nº 007/2003 ressalta que:

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

A avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-científico de coleta de


dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade,
utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e
instrumentos. Os resultados das avaliações devem considerar e analisar os
condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de
servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na
modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até
a conclusão do processo de avaliação psicológica (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2003:3).

Assim sendo, pode-se definir a avaliação psicológica como um processo onde há


primeiramente a coleta de dados e em seguida esses dados são interpretados. Vale ressaltar
que para se chegar a um diagnóstico sobre a situação em questão, o profissional pode utilizar
várias técnicas e instrumentos e é imprescindível que o psicólogo avaliador tenha
conhecimento específico e uma boa formação, que permita que ele interprete de maneira
correta toda a situação analisada.
Mas conforme analisa Avoglia (2012), o processo de avaliação psicológica deve explicar
aquilo que acontece com o paciente, ou seja, mencionar todas as situações que foram
observadas e não apenas dar nomes aos sintomas de forma aleatória. E em seguida o psicólogo
deve fornecer informações sobre formas de tratamento e auxiliar para que o paciente entenda e
tome consciência daquilo que está acontecendo e queira junto com o profissional buscar
melhorias.

Estas considerações indicam a necessidade de se discutir o que é avaliar. Sempre


que somos solicitados a emitir um parecer ou uma apreciação sobre um determinado
fenômeno, estamos realizando um diagnóstico. Se esse fenômeno relacionar-se a um
desajuste emocional, um sofrimento psíquico ou uma inadequação social, esse
diagnóstico será uma avaliação psicológica. Ressaltamos que, para fazer essa
apreciação, o profissional, no caso, fará uso dos recursos e instrumentos dos quais
dispõe. Para tanto, estará implicada sua ideologia, seu conhecimento dos
instrumentos, suas habilidades específicas, sua formação acadêmica e, acima de
tudo, sua responsabilidade ética e social (AVOGLIA, 2012:181).

Para Hutz, Bandeira e Trentini (2015:11), “no Brasil, a história da avaliação psicológica se
confunde com a própria história da psicologia”. Os autores explicam que desde o século XX já
haviam laboratórios no país que desenvolviam pesquisas relacionadas a essa área da
psicologia. O primeiro registro de laboratório fundado consta com data de 1907, mas somente
em 1924 é que Medeiros Costa publica o primeiro livro sobre testes psicológicos no país
(HUTZ, BANDEIRA E TRENTINI, 2015).
Noronha e Alchieri (2002)ressaltam que a avaliação psicológica inicialmente estava voltada
para o exame da inteligência (principalmente relacionada a criança), e da aptidão para o
trabalho. Os mesmos autores relatam que entre as décadas de 40 e 50 houve uma maior
preocupação quanto ao uso e aplicação de testes psicológicos. E após 1950 houve interesse

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

pela avaliação da personalidade e orientação profissional. Na década de 60 algumas


universidades que ofereciam o curso de Psicologia como a PUC-SP e a USP usaram o teste
psicológico como meio de ingresso no curso. Porém esse método entrou em decadência entre
os anos 70 e 90.
Durante as décadas de 70 e 90 (período onde houve essa decadência no uso dos testes
psicológicos), o Brasil não criou novos métodos de avaliação. Pelo contrário, começou a
trazer métodos utilizados em outros países. E os métodos vindos de fora eram amplamente
utilizados pelos profissionais, o que mais tarde acabou por gerar um problema, pois muitos
deles não abrangiam a realidade sociocultural brasileira (AZEVEDO, ALMEIDA,
PASQUALI e VEIGA, 1996, apud CHIODI E WECHSLER, 2008).
Primi (2010) destaca que a partir de 1990 foram realizados vários eventos no Brasil
relacionados a avaliação psicológica, e estes por sua vez colaboraram para que fossem criadas
as duas instituições mais representativas desse segmento no país: a Associação Brasileira de
Rorschach e Métodos Projetivos – ASBRo (fundada em 1993) e o Instituto Brasileiro de
Avaliação Psicológica – IBAP (fundado em 1997). A união dessas duas instituições trouxe
muitas vantagens para essa área da Psicologia, inclusive culminou na criação da revista
Avaliação Psicológica em 2002.
Primi (2010) salienta também que a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos
(SATEPSI) em 2001 foi muito importante, pois o mesmo avalia e qualifica em aptos ou
inaptos os instrumentos utilizados no processo avaliativo.
Contudo, Avoglia (2012:186) ressalta que:

Avaliar não se resume a aplicar testes, embora os testes padronizados e


normatizados sejam usados na avaliação. Assim como, igualmente, são utilizados
procedimentos clínicos ou estratégias complementares não padronizados e sem
normatizações, portanto, dependentes da experiência profissional. Conhecer o que é
o procedimento de avaliação certamente acrescentaria à formação e,
consequentemente, à prática profissional maior consciência dessa atividade e
facilitaria uma compreensão diagnóstica mais integrada.

Atualmente existem vários cursos de pós-graduação relacionados a avaliação psicológica no


país e há também linhas de pesquisas na área, o que favorece ainda mais para que ela continue
crescendo e se aprimorando (PRIMI, 2010). É possível notar essa afirmativa constatando o
aumento no número de artigos e demais trabalhos publicados sobre esse tema ao longo dos
anos.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

Figura 1 – Número de artigos em periódicos por ano com as palavras chaves avaliação ou teste
Fonte: Primi (2010)

De maneira geral essa área da Psicologia tem caminhado de forma positiva, mas há muito o
que melhorar, principalmente no que se refere a formação de profissionais. Por esse motivo, é
importante que se continuem as pesquisas na área, a fim de buscar melhorias e desenvolver
novas técnicas, e que se verifique os instrumentos utilizados durante o processo de avaliação
psicológica, para que de fato, esse processo seja eficaz e confiável.

3. Documentos Psicológicos
Após o processo de avaliação psicológica, o psicólogo pode redigir o documento psicológico,
que explicará a situação vivida pelo paciente, ou seja, dará o diagnóstico do problema e
indicará formas de tratamento e demais soluções. Assim sendo, para auxiliar os profissionais
quanto a produção de documentos psicológicos e também zelar para que os mesmos sejam
escritos respeitando normas e parâmetros, o Conselho de Psicologia elaborou algumas
resoluções, que foram alteradas (no decorrer do tempo), até chegar àquela que é utilizada nos
dias atuais: a Resolução nº 007/2003 do Conselho Federal de Psicologia.De acordo com Lago,
Yates e Bandeira (2016:772), “a normativa de 2003 é a referência mais atualizada de que os
psicólogos dispõem para a produção de documentos escritos”.
Além disso, as resoluções contribuíram para a criação do Manual de Elaboração de
Documentos Escritos, que é o documento que contém os princípios norteadores; as
modalidades de documentos; o conceito/finalidade/estrutura; a validade e a guarda dos
documentos.
Como princípios norteadores (definidos no Manual de Elaboração de Documentos Escritos)
estão:
As técnicas da linguagem escrita: Os documentos escritos devem ser estruturados e
apresentar linguagem clara e objetiva. Os mesmos não devem conter erros gramaticais, ou
duplos sentidos ou expressões que poderão denegrir a imagem da pessoa avaliada; E os
princípios éticos, técnicos e científicos da profissão: Com relação aos princípios éticos, é
preciso que o psicólogo respeite os pacientes, mantendo sigilo sobre as conversas e/ou
situações presenciadas. Porém, caso se faça necessário, o psicólogo poderá informar

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

sobre a situação de tal paciente (à pessoa responsável, por exemplo) e até encaminhá-lo
para outro profissional, se julgar necessário que o mesmo tenha outros diagnósticos. O
psicólogo avaliador também pode orientar seu paciente, dando a ele caminhos para resolver
suas questões. Para produzirem os documentos, os profissionais devem se basear nos
instrumentos técnicos como as entrevistas, os testes, as dinâmicas, entre outros.
Com relação à validade dos documentos escritos, conforme define o Manual de Elaboração de
Documentos Escritos (Conselho Federal de Psicologia - Resolução nº 007/2003), é preciso
seguir a legislação vigente nos casos definidos. Onde não houver definição, o psicólogo
indicará o prazo de validade do documento.
Quanto à guarda dos documentos escritos e também os demais materiais que serviram como
instrumentos para a elaboração, a Resolução afirma que devem ser mantidos durante cinco
anos. Caso se faça necessário, esses documentos poderão ser guardados por maior tempo
(esses casos serão previstos em lei ou por determinação judicial). “O Manual informa, ainda,
que toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de avaliação psicológica deverá
seguir as orientações nele dispostas; caso contrário, o psicólogo estará incorrendo em falta
ético disciplinar” (LAGO, YATES E BANDEIRA, 2016:773).
“Entretanto, apesar do Manual contribuir para que o psicólogo não incorra em falhas básicas,
ele não é suficiente para impedir erros do psicólogo em uma área em que é desconhecida a
relação dinâmica das forças institucionais em jogo. [...]” (MOURA et al., 2015:137). Com
relação aos documentos escritos, ou seja, quanto a modalidade de documentos e seu
conceito/finalidade/estrutura, a Resolução nº 007/2003 os define, e nesse artigo eles terão um
tópico específico, conforme segue abaixo.

4. Modalidades de Documentos Psicológicos


A Resolução nº 007/2003 (Conselho Federal de Psicologia, 2003) cita e explica quatro
documentos. São eles: Declaração; Atestado psicológico; Relatório/Laudo psicológico e
Parecer psicológico. Porém, a Declaração e o Parecer não são decorrentes de avaliação
psicológica, mas constam para que sejam explicados e diferenciados.
A Declaração, de acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2003:5):

É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas


relacionadas ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando necessário;
b) Acompanhamento psicológico do atendido;
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de acompanhamento, dias
ou horários).

Na Declaração não se deve fazer registro de sintomas ou situações psicológicas.


Com relação a estrutura, a Declaração deve:

a) Ser emitida em papel timbrado ou apresentar na subscrição do documento o


carimbo, em que conste nome e sobrenome do psicólogo, acrescido de sua inscrição
profissional (“Nome do psicólogo / N.º da inscrição”).
b) A declaração deveexpor:
- Registro do nome e sobrenome do solicitante;

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018
- Finalidade do documento (por exemplo, para fins de comprovação);
- Registro de informações solicitadas em relação ao atendimento (por exemplo: se
faz acompanhamento psicológico, em quais dias, qual horário);
- Registro do local e data da expedição da declaração;
- Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP e/ou carimbo com
as mesmas informações.(CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2003:5).

Mesmo a Declaração não sendo um documento decorrente de avaliação psicológica, é


possível perceber que existe uma norma a ser seguida com relação a estrutura e ao conteúdo.
O segundo documento mencionado na Resolução nº 007/2003 é o Atestado psicológico, que
de acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2003:6):

É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação


ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições
psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins de:
a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;
b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após realização de um
processo de avaliação psicológica, dentro do rigor técnico e ético que
subscreveestaResolução;
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na afirmação
atestada do fato, em acordo com o disposto na Resolução CFP nº 015/96.

Assim sendo, o Atestado psicológico é um documento onde o psicólogo faz o registro do


sintoma e/ou da situação psicológica vivida pelo solicitante. E como na Declaração, o
Atestado também deve ser emitido em papel timbrado ou apresentar carimbo com o nome e a
inscrição do psicólogo.

Apesar da distinção entre Declaração e Atestado, frequentemente se observa a


solicitação equivocada, por parte dos avaliados, de emissão de atestados para
justificar faltas ou afastamentos do trabalho para comparecimento à avaliação
psicológica. Na verdade, a mera justificativa de falta ou afastamento do trabalho,
sem registro de sintomas ou estados psicológicos, implicaria a produção de uma
declaração, e não de um atestado. É responsabilidade do profissional saber qual o
tipo de documento deverá produzir diante de um pedido desses e esclarecer ao
solicitante (LAGO, YATES e BANDEIRA, 2016:776).

O Atestado também deve conter o nome do paciente (cliente) e explicar o motivo pelo qual o
mesmo busca atendimento (indicando os sintomas que o mesmo apresenta ou a situação
vivida). Caso a situação seja relativa a alguma doença que esteja registrada na Classificação
Internacional de Doenças – CID, o psicólogo poderá indicar o número referente no Atestado.
A data e o local onde o Atestado foi emitido também devem constar, bem como os dados do
psicólogo que fez o atendimento e a assinatura do mesmo.
O terceiro documento citado é o Relatório/Laudo psicológico, que é definido como “uma
apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações
históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica”

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

(CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2003:7).

Lago, Yates e Bandeira (2016:777) explicam que:

Em nosso entendimento, as denominações “laudo” e “relatório” não deveriam ser


sinônimos. De acordo com o dicionário do Aurélio Online – Dicionário de
Português (2008-2016), laudo é “opinião do louvado ou do árbitro”, vocábulo que
remete, portanto, a um parecer emitido por um especialista. Assim sendo, caberia
nos casos de produção de um documento completo, decorrente de processo de
avaliação psicológica, como já vem sendo tratado. Por outro lado, a palavra
“relatório” remete a algo mais amplo, entendido como “ato de relatar” ou
“exposição escrita de fatos”. Consequentemente, o termo relatório parece ser mais
apropriado a outras situações que não a da avaliação psicológica. Aplicar-se-ia o
termo em situações de descrição de evolução de um acompanhamento psicológico,
por exemplo, sem o acréscimo de opiniões, julgamentos ou análises, sendo este
realizado em instituições ou em consultórios privados. Essa diferenciação entre as
nomenclaturas poderia esclarecer dúvidas de muitos profissionais que atuam em
diferentes contextos da Psicologia, e não apenas com a avaliação psicológica.

Para a elaboração do Laudo psicológico, o psicólogo utiliza os instrumentos técnicos, como os


testes, as entrevistas, exames psíquicos, etc. O objetivo do Laudo é demonstrar tudo o que foi
analisado pelo psicólogo, inclusive relatando sobre o acompanhamento dado ao paciente, o
diagnóstico da situação vivenciada pelo mesmo e a evolução do caso, e citando as possíveis
soluções para resolver a questão.
O Conselho Federal de Psicologia (2003)destaca que a estrutura do Relatório/Laudo deve
conter pelo menos cinco itens:
A identificação: onde será mencionado o nome e a inscrição em órgão competente do
psicólogo que fará a avaliação; também será indicado o nome de quem solicitou o laudo; e
o motivo que gerou o pedido de avaliação;
A descrição da demanda: onde serão apresentados os motivos que levaram a solicitação do
documento. Na descrição também será apresentado o procedimento a ser adotado; O
procedimento: nessa parte serão demonstrados os instrumentos a serem utilizados para
coletar informações. É preciso que o instrumento seja adequado para conseguir avaliar de
forma precisa a situação;
A análise: nessa parte do documento, o psicólogo faz uma abordagem sobre o que detectou
por meio dos dados coletados, utilizando uma linguagem correta, formal e clara, e todas as
afirmações devem ser embasadas em fatos e/ou teorias;
A conclusão: nessa etapa, é preciso que o psicólogo exponha o resultado da investigação e
das referências que auxiliaram a chegar nessa conclusão. Ao final, o avaliador coloca a
data e o local da emissão, bem como sua assinatura e número de inscrição no órgão
competente.

O quarto documento citado na Resolução nº 007/2003 é o Parecer, que tem como finalidade
esclarecer (por meio de avaliação) alguma “questão-problema”, de forma que o paciente
consiga enxergar melhor a situação e assim eliminar dúvidas que o impedem de tomar

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

decisões.De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2003:9), o “Parecer é um


documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo
resultado pode ser indicativo ou conclusivo”.No Parecer, o psicólogo analisa a situação e com
base nos pontos apresentados pelo paciente (e também se fundamentando em referencial
teórico-científico), o profissional irá opinar a respeito, de forma a não deixar dúvidas. Assim,
o Parecer é composto de quatro itens, conforme aponta o Conselho Federal de Psicologia
(2003):
A identificação: onde será colocado o nome do profissional que escreve o Parecer e o nome
do solicitante (cliente);
A exposição de motivos: onde será explicado o objetivo da consulta e as dúvidas trazidas
pelo solicitante;
A análise: é necessário analisar a questão levantada pelo paciente fundamentando-se pela
ética, técnica e ciência;
A conclusão: no último item, o psicólogo responde aos questionamentos, dando a opinião
sobre o que foi falado. O documento deve ser assinado e conter data e local onde foi
elaborado.
Lago, Yates e Bandeira (2016) salientam para a importância de se fornecer informações
precisas nos documentos psicológicos emitidose ao mesmo tempo, evitar generalização ou que
seja feito um julgamento baseado nos valores pessoais. É preciso considerar a realidade vivida
pelo paciente. Sendo assim, não se deve julgá-lo sem conhecer tudo o que envolve esse
indivíduo.

[...] ressaltamos a importância de que o documento produzido seja coerente em seu


propósito. Se a avaliação foi solicitada para a investigação de um problema
psicológico, a conclusão do documento deve retomar os aspectos principais do
processo, bem como sugerir indicações terapêuticas para esta demanda. Não é
imprescindível indicar profissionais específicos, mas é essencial ao menos sugerir
tratamentos, condutas e outros tipos de investigações, quando o caso necessitar. Em
algumas situações, também pode ser preciso explicitar os riscos que a manutenção
de um determinado estado, sem auxílio terapêutico, pode implicar (LAGO, YATES
e BANDEIRA, 2016:781).

As mesmas autoras ainda ressaltam que os documentos psicológicos devem ser organizados
tanto com relação a estrutura quanto à escrita, e devem seguir uma ordem cronológica, para
que sejam compreendidos de forma correta.Assim, com todas as informações sendo colocadas
de forma correta, esses documentos estarão menos suscetíveis a erros.

5. Alguns Métodos e Técnicas de Avaliação Psicológica


De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2003), para produzir documentos escritos,
os profissionais devem se basear em métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados,
tais como: entrevistas, testes psicológicos, observação.
Para Hutz, Bandeira e Trentini (2015:12), o teste psicológico:

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018
É um instrumento que avalia (mede ou faz uma estimativa) construtos (também
chamados de variáveis latentes) que não podem ser observados diretamente.
Exemplos desses construtos seriam altruísmo, inteligência, extroversão, otimismo,
ansiedade, entre muitos outros. Se conhecemos bem uma pessoa, ou se observarmos
o comportamento dela por um longo período, podemos afirmar que, na nossa
opinião, ela é (ou não) altruísta, ansiosa, otimista, e assim por diante.O psicólogo,
contudo, não tem essa informação da convivência pessoal e, na verdade, precisa de
dados mais precisos do que os gerados pela convivência.

Dessa forma, os testes se apresentam como uma alternativa de conhecer o indivíduo, ou


mesmo de identificar características intrínsecas a ele, sem que para isso se precise observá
lo.Mas para que o teste tenha eficácia e alcance o objetivo esperado, é preciso que o
profissional o utilize de maneira correta e que saiba interpretar os resultados obtidos. Outro
método de avaliação psicológica é a entrevista. “Uma entrevista pode ser feita com diferentes
finalidades e com vários objetivos. É um procedimento complexo que requer treinamento
especializado. [...] Entrevistas podem ser estruturadas, semiestruturadas ou informais (não
estruturadas)”(HUTZ, BANDEIRA e TRENTINI, 2015:16).Os autores explicam que as
entrevistas estruturadas seguem um roteiro bem específico, que abrange perguntas chaves que
devem ser feitas pelo profissional. Geralmente o psicólogo faz anotações durante a entrevista
com o objetivo de colher informações e dados específicos, que posteriormente ajudarão a
formular hipóteses.As entrevistas semiestruturadas possuem um roteiro, porém, o psicólogo
não precisa ficar totalmente preso a ele. De acordo com o andamento da entrevista e das
respostas do entrevistado é permitido que o profissional mude o rumo da conversa, ou seja,
explore outras questões e assuntos que considera importantes. Esse tipo de entrevista costuma
ser gravada.Já as entrevistas não estruturadas (informais), não possuem um roteiro específico.
Cabe ao entrevistador definir quais as áreas e questões a serem abordadas e exploradas. Nesse
tipo de entrevista o psicólogo consegue descobrir com mais facilidade novas informações, que
provavelmente serão importantes para a análise e resolução do problema do paciente. A
grande questão é que entrevistas informais são mais longas, e nesse caso, o profissional
precisa de mais tempo para descobrir o que deseja. Esse tipo de entrevista é sempre gravada.
Outro método utilizado na avaliação psicológica é a observação, que de acordo com Hutz,
Bandeira e Trentini (2015:18):

[...] é um método que gera muitas informações. Em maior ou menor escala, está
quase sempre presente nos processos de avaliação psicológica, especialmente
quando essa avaliação é individual, embora também possa ser utilizada com grupos.
[...] A observação geralmente é utilizada em ambientes escolares, em hospitais e
clínicas e também em residências ou mesmo em laboratórios, para examinar
comportamentos de crianças e interações de pais com seus filhos. Em algumas
situações, a observação não pode ser substituída de forma adequada por testes ou
entrevistas e deve necessariamente ser empregada.

Para Cano e Sampaio (2007), a observação é uma técnica muito importante, pois auxilia
profissionais de várias áreas a tratar sobre uma mesma situação observada, com base nas

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

principais características. Os autores ainda ressaltam que a observação facilita o diagnóstico


do problema e ajuda os profissionais a encontrarem uma solução mais acertada.

6. A importância da Avaliação Psicológica e da Formação Profissional


A área de avaliação psicológica tem passado por muitas mudanças nos últimos anos e embora
se tenha constatado avanços, há profissionais que não se sentem seguros para fazer avaliações.
O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (2013:12) salienta que:

[...] a Avaliação Psicológica torna-se, assim, uma importante – e também perigosa –


ferramenta na atuação do psicólogo. Importante por se tratar de uma prática que
ajuda esse profissional na compreensão de aspectos relacionados ao sujeito, tais
como questões psíquicas, institucionais, políticas e sociais que o atravessam. E
perigosa na medida em que a utilização indevida e irresponsável desse procedimento
pode trazer consequências nocivas para o sujeito e reforçar práticas de exclusão e
estigmatização social.

De acordo com Noronha etal. (2010), a formação profissional do psicólogo deve ser adequada
para que o mesmo tenha as competências necessárias para atuar na área. É preciso que os
profissionais tenham conhecimento dos instrumentos, que saibam aplica-los e interpretá-los
para evitar erros no diagnóstico.
“Desse modo, convêm reconhecer a importância de uma formação sólida em avaliação
psicológica, sustentada pelo ensino que privilegie o aprofundamento teórico, as
atividadespráticas e investigativas” (PADILHA, NORONHA e FAGAN, 2007:69). Noronha et
al. (2010) afirma que para que houvesse uma melhoria na formação dos profissionais, seria
preciso rever as disciplinas ensinadas nos cursos. A autora ainda destaca que poderiam ser
feitos alguns acréscimos no curso, relacionados a conteúdos mais específicos e que
informassem mais sobre métodos e técnicas em avaliação e confecção de laudo e demais
documentos psicológicos.
Hutz e Bandeira (2003) ainda salientam que a formação referente a avaliação psicológica vai
além dos cursos de graduação. Para eles é preciso que os profissionais participem de cursos de
atualização, de pós-graduação e formação continuada, para que possam se aprimorar e
conhecer de forma mais aprofundada a área de avaliação psicológica.Desse modo, convêm
reconhecer a importância de uma formação sólida em avaliação psicológica, sustentada pelo
ensino que privilegie o aprofundamento teórico, as atividades práticas e investigativas.
Para o Conselho Federal de Psicologia (2011:17):

O ato de avaliar implica emissão de juízos de valores, portanto, é uma atividade


complexa para os seres humanos e, sobretudo, para a ciênciapsicológica, que
assumiu para si estudar os fenômenos psicológicos. Portanto, ele deve ser
cuidadosamente realizado, visto que o profissional constrói seus julgamentos a partir
de concepções de sujeito, de sociedade e de ciência que assumiu.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

Assim sendo, em decorrência da má formação profissional, muitos psicólogos não conseguem


escolher os métodos apropriados para a situação em questão, fazendo com que o processo de
avaliação perca a credibilidade e não se concretize como desejado.Para tentar solucionar esse
problema relacionado ao ensino de avaliação psicológica, autores como Hutz e Bandeira
(2003), Padilha, Noronha e Fagan (2007), Noronha et al. (2010) e Noronha et al. (2014) dão
algumas sugestões, como: promover uma mudança nos currículos; estabelecer conteúdos
mínimos para serem estudados; melhor compreensão das técnicas e instrumentos de avaliação;
maior qualidade no ensino, etc.
Considera-se que somente uma mudança no ensino em si nem sempre resolve o problema da
formação dos profissionais, mas se providências nesse sentido forem tomadas, acredita-se que
aparecerão melhorias. Mas para que a área tenha realmente sucesso é preciso um trabalho
conjunto dos profissionais já atuantes e dos acadêmicos. É necessário que todos estejam
engajados e envolvidos, que busquem conhecimento e aprimoramento, e aí sim, as mudanças
necessárias serão realizadas e a área crescerá ainda mais.
6. Conclusão
A Psicologia, e consequentemente a área de Avaliação Psicológica vem num processo
crescente com o decorrer dos anos. Vários são os estudos, pesquisas, publicações e demais
trabalhos desenvolvidos pelos profissionais da área. Mesmo com o crescimento já
identificado, é preciso que a área se desenvolva mais e para isso os profissionais devem se
aprimorar e buscar sempre por conhecimento.
Durante o desenvolvimento dessa pesquisa ficou evidente que a avaliação psicológica é um
processo de extrema importância, pois ajuda a identificar situações e problemas que trazem
prejuízos para as pessoas e ao mesmo tempo, consegue dar um rumo para que a pessoa resolva
o problema, ou seja, traz uma solução.
Nesse sentido, o papel do profissional (Psicólogo) é também de grande importância, pois é ele
quem irá investigar as questões-problema, e o mesmo não pode cometer erros. Por essa razão
é que o psicólogo deve ter cuidado ao analisar situações, utilizando os instrumentos de
avaliação de maneira correta, e sabendo interpretar de forma certa aquilo que constatou, pois
se houver engano todo o processo é comprometido, e ao final um problema mal interpretado
não será resolvido com êxito, podendo, aliás, causar ainda mais danos ao paciente.
Por ser uma atividade onde se corre o risco de cometer erros a avaliação psicológica é em
muitos casos temida pelos profissionais. Principalmente quando a situação exige que se façam
os Documentos Psicológicos. Esses documentos são importantes, pois é por meio deles que o
Psicólogo irá detalhar a situação analisada e indicará formas de tratamento.
Os Documentos Psicológicos são normatizados pela Resolução nº 007/2003 do Conselho
Federal de Psicologia e devem conter algumas informações básicas, como o nome do
paciente, data e local onde foi realizado o atendimento pelo profissional, motivo pelo qual o
paciente procurou o Psicólogo, número de registro do profissional, bem como a assinatura do
mesmo no documento atestando a validade.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

Para escrever os documentos, o Psicólogo deve se basear em métodos e técnicas psicológicas


para a coleta de dados, tais como: entrevistas, testes psicológicos, observação, entre outros.
Como foi mencionado no decorrer do trabalho, vários autores citados defendem a ideia de que
para que a área de Avaliação Psicológica tenha sucesso é necessário um trabalho conjunto das
instituições de ensino, dos profissionais e dos acadêmicos. Com relação às instituições, é
necessário que verifiquem e repensem os conteúdos a serem estudados durante os cursos de
formação, para que assuntos voltados à avaliação, por exemplo, sejam mais abordados. Os
profissionais que já atuam na área devem se reciclar, e assim, participar de outros cursos para
aprimorar o conhecimento, como a pós-graduação, por exemplo. Já os acadêmicos devem
procurar não somente estudar a parte teórica, mas estar engajados em aprender a parte prática,
compreendendo as técnicas e instrumentos de avaliação e demais assuntos abordados durante
a formação.
É preciso também que os profissionais da área, bem como os acadêmicos, continuem
desenvolvendo pesquisas e demais estudos sobre esse tema, pois assim, abordando sobre os
vários assuntos que permeiam essa área da Psicologia é que se consegue um maior
aprendizado e se desenvolve várias outras competências para atuar no segmento.
Sendo assim, pelos temas abordados, o presente trabalho também foi muito importante, pois,
propiciou um maior conhecimento e aprofundamento na área de Avaliação Psicológica e nos
Documentos Psicológicos.
Espera-se também que esse trabalho sirva como fonte de pesquisa para acadêmicos,
profissionais da área de Psicologia e como base para trabalhos futuros.

Referências
AVOGLIA, Hilda Rosa Capelão. O sentido da avaliação psicológica no contexto e para o
contexto: uma questão de direito. São Paulo: Psicólogo Informação, 2012. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092012000200009>.
Acesso em 10 mar, 2018

CANO, Débora Staub; SAMPAIO, Izabela Tissot Antunes. O Método de Observação na


Psicologia: Considerações sobre a Produção Científica. Interação em Psicologia, Curitiba:
Universidade Federal de Santa Catarina, 2007.

CHIODI, Marcelo Gulini; WECHSLER, Solange Muglia. Avaliação psicológica:


contribuições brasileiras. São Paulo: Acad. Paul. Psicol. v.28, n.2, dez, 2008.

CONSELHO Federal de Psicologia. Resolução nº 007/2003: Manual de Elaboração de


Documentos Escritos. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/
resolucao2003_7.pdf>. Acesso em 10 mar, 2018.

CONSELHO Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ). Jornal. Rio de Janeiro:


Walprint Gráfica e Editora, 2013. Disponível em: <http://www.crprj.org.br/site/wp
content/uploads/2016/04/jornal_crp_35_final_baixa.pdf>. Acesso em 10 mar, 2018.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. (Org.). Psicometria. Porto Alegre: Artmed,
2015.

HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R. Avaliação Psicológica no Brasil: situação atual e desafios


para o futuro. In: YAMAMOTO, O. H.; GOUVEIA, V. V. (Orgs.). Construindo a psicologia
brasileira: desafios da ciência e prática psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003:261-
275.

MOURA, Gabriela Costa et al. Documentos Psicológicos: os laudos e os problemas em torno


de sua elaboração. Maceió: Cadernos de Graduação – Ciências Humanas e Sociais, 2015.
Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitshumanas/article/view/2332>.
Acesso em: 06 mar, 2018.

NORONHA, Ana Paula; ALCHIERI, J. C. Reflexões sobre os Instrumentos de Avaliação


Psicológica. Em R. Primi (Org.). Temas em Avaliação Psicológica. Campinas, SP: Impressão
Digital do Brasil, IBAP, 2002:7-16.

NORONHA, Ana Paula Porto et al. Sobre o Ensino de Avaliação Psicológica. Porto Alegre:
Avaliação Psicológica, 2010: 139-146.

NORONHA, Ana Paula Porto et al. Avaliação psicológica: importância e domínio de


atividades segundo docentes. Rio de Janeiro: Estudos e pesquisas psicológicas, 2014:524-538.

NORONHA, Ana Paula Porto; PRIMI, Ricardo; ALCHIERI, João Carlos. Instrumentos de
Avaliação mais Conhecidos/Utilizados por Psicólogos e Estudantes de Psicologia. Porto
Alegre: Psicologia Reflexão e Crítica, 2005.

PADILHA, Sandra; NORONHA, Ana Paula Porto; FAGAN, Clarissa Zanchet. Instrumentos
de Avaliação Psicológica: Uso e Parecer de Psicólogos. Porto Alegre: Avaliação Psicológica,
2007.

PRIMI, Ricardo. Avaliação psicológica no Brasil: fundamentos, situação atual e direções


para o futuro. Brasília: Psicologia Teoria e Pesquisa, v.26, 2010.

PRIMI, Ricardo. Inteligência: Avanços nos Modelos Teóricos e nos Instrumentos de


Medida. Porto Alegre: Avaliação Psicológica, 2003:67-77.

PRIMI, R. Responsabilidade e ética no uso de padrões de qualidade profissional na avaliação


psicológica. In: NORONHA A. P. P. et al. (Orgs.). Ano da avaliação psicológica: textos
geradores. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2011:53-58.

WECHSLER, S. M. Guia de procedimentos éticos para a avaliação psicológica. In:


WECHSLER, S. M.; GUZZO, R. S. L. (Org.). Avaliação psicológica: Perspectiva
internacional. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

A Importância da Avaliação Psicológica e dos Documentos Psicológicos

Dezembro/2018

Lago, Vivian de Medeiros; YATES, Denise Balem; BANDEIRA, Denise Ruschel.


Elaboração de Documentos Psicológicos: Considerações Críticas à Resolução CFP
n°007/2003. Ribeirão Preto: Temas em Psicologia, 2016. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2016000200020>.
Acesso em: 05 mar, 2018.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

Você também pode gostar