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Endo-E - Anatomia Interna
Endo-E - Anatomia Interna
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A adequada intervenção endodôntica requer o conhecimento detalhado da configuração interna dental. Para tanto, desde o início
do século passado, foram desenvolvidas várias técnicas visando estudar a morfologia dos grupamentos dentários. Considerando
que a radiografia, elemento que dispomos para observação da cavidade pulpar durante a terapia endodôntica, fornece apenas a
imagem bidimensional, muitos detalhes poderão passar despercebidos. Contudo, o estudo detalhado da cavidade pulpar de
cada dente, seus aspectos normais, bem como as variações anatômicas mais frequentes, é de extrema importância. "No
conhecimento da anatomia se fundamentam a arte e a ciência da cura". Kuttler, Y.
Posição dos dentes na arcada dentária, desvios da direção radicular como decorrentes da adaptação da raiz à direção dos
vasos sanguíneos e nervos: Teoria da Hemodinâmica.
Estudo dos grupamentos dentários individuais de interesse à Endodontia - clique nos ícones abaixo:
ICS ILS CS 1o.PMS 2o.PMS 1o. MS 2o. MS ICI ILI CI 1o. PMI 2o. PMI 1o. MI 2o. MI
Considerações preliminares
Em um mesmo indivíduo não existem dois dentes iguais, considerando-se entre outros fatores, comprimento, largura e
dimensões coronárias e radiculares, morfologias externa e interna, número e trajeto de canais radiculares e inclinações dentárias
nas arcadas.
Deste modo, trataremos dos casos mais comuns, citando outros, contudo, em vista de suas consideráveis incidências.
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Em todo dente existem duas porções distintas: uma livre - coroa e outra implantada no osso - raiz. Há dentes que só possuem
uma raiz (unirradiculares), ao passo que outros apresentam, comumente, duas (birradiculares) ou mais raízes (multirradiculares).
A sua vez, toda raiz possui, normalmente, um ou dois canais, esta última, nos casos de achatamento proximal acentuado.
A anatomia externa pode ser estudada pela simples observação não oferecendo
dificuldades, o mesmo não acontece com o estudo da configuração interna.
Cavidade pulpar
A polpa dentária, o único tecido mole do dente, está protegida no interior das estruturas
calcificadas numa cavidade denominada cavidade pulpar. Esta é limitada pela dentina
coronária e pela dentina radicular, reproduzindo a morfologia externa do dente.
A cavidade pulpar está dividida em duas partes: câmara pulpar e canal radicular.
Tratando-se de pré-molares e molares inferiores ou superiores, também apresentando um único canal, a câmara pulpar é
composta de 5 faces: mesial, distal, vestibular, lingual ou palatina e oclusal.
1o. PMI - vista vestibular 1o. PMI - vista proximal 2o. PMS - vista vestibular 2o. MI - 1 canal
Finalmente para os casos de pré-molares e molares, superiores ou inferiores, que contém mais de um canal a câmara pulpar
possui as 5 faces já citadas e mais o assoalho.
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O teto da câmara pulpar dos pré-molares e molares é a sua face oclusal, enquanto que o teto da câmara pulpar dos dentes
anteriores corresponde à sua face incisal.
De modo geral, a câmara pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores localiza-se no centro do dente; já a dos pré-
molares e molares inferiores, situa-se do centro para mesial.
ICS MI
Para estudar a anatomia interna, vários métodos foram introduzidos, desde a injeção de
borracha líquida e sua posterior vulcanização no interior dos dentes, diafanização e
atualmente a microtomografia.
Kutller (1955) deixa claro que, o canal radicular não é único, baseado em sua estrutura
divide-se em canal dentinário e canal cementário. Ambos os canais se unem pelos
vértices dando, geralmente, o formato de cones truncados, com o canal dentinário
representando quase todo o ducto radicular e o canal cementário constituíndo cerca de,
no mínimo, meio milímetro de distância do forame apical.
2o. PMI
Histológico Matsumya, S.
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D - dentina
C - cemento
ICS
O fim do canal
radicular - forame A desembocadura
apical - situa-se quase do canal nas
sempre num dos lados imediações do
da raiz e muito ápice raramente
raramente em seu coincide de forma
vértice, mesmo em retilínea,
raízes retilíneas, geralmente em um
apresentando o forame dos lados da raiz
localizado para- (seta).
apicalmente.
2o. PMS ICS
Antes de estudar os grupamentos dentários individualmente podemos de forma geral dizer que, nos incisivos e caninos
superiores, nos pré-molares inferiores, na raiz distal dos molares inferiores e nas raízes disto-vestibular e palatina dos molares
superiores, o canal é cônico. Nos incisivos e caninos inferiores, nos pré-molares superiores, na raiz mesial dos molares inferiores
e na raiz mesio-vestibular dos molares superiores, o canal é achatado no sentido mésio-distal.
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