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21/02/2022 17:21 Endo-E - Anatomia Interna

Anatomia Interna - endo-e

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A adequada intervenção endodôntica requer o conhecimento detalhado da configuração interna dental. Para tanto, desde o início
do século passado, foram desenvolvidas várias técnicas visando estudar a morfologia dos grupamentos dentários. Considerando
que a radiografia, elemento que dispomos para observação da cavidade pulpar durante a terapia endodôntica, fornece apenas a
imagem bidimensional, muitos detalhes poderão passar despercebidos. Contudo, o estudo detalhado da cavidade pulpar de
cada dente, seus aspectos normais, bem como as variações anatômicas mais frequentes, é de extrema importância. "No
conhecimento da anatomia se fundamentam a arte e a ciência da cura". Kuttler, Y.

Posição dos dentes na arcada dentária, desvios da direção radicular como decorrentes da adaptação da raiz à direção dos
vasos sanguíneos e nervos: Teoria da Hemodinâmica.

Anatomia das cavidades pulpares e


posição dos dentes superiores e
inferiores na arcada dentária, sentido
mesiodistal e sentido
vestíbulopalatino.

Inclinações médias em graus dos


dentes nos arcos dentários, sentidos
mesiodistal e vestíbulopalatino.

Estudo dos grupamentos dentários individuais de interesse à Endodontia - clique nos ícones abaixo:

ICS ILS CS 1o.PMS 2o.PMS 1o. MS 2o. MS ICI ILI CI 1o. PMI 2o. PMI 1o. MI 2o. MI

Considerações preliminares

Em um mesmo indivíduo não existem dois dentes iguais, considerando-se entre outros fatores, comprimento, largura e
dimensões coronárias e radiculares, morfologias externa e interna, número e trajeto de canais radiculares e inclinações dentárias
nas arcadas.
Deste modo, trataremos dos casos mais comuns, citando outros, contudo, em vista de suas consideráveis incidências.

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Em todo dente existem duas porções distintas: uma livre - coroa e outra implantada no osso - raiz. Há dentes que só possuem
uma raiz (unirradiculares), ao passo que outros apresentam, comumente, duas (birradiculares) ou mais raízes (multirradiculares).
A sua vez, toda raiz possui, normalmente, um ou dois canais, esta última, nos casos de achatamento proximal acentuado.

A anatomia externa pode ser estudada pela simples observação não oferecendo
dificuldades, o mesmo não acontece com o estudo da configuração interna.
Cavidade pulpar
A polpa dentária, o único tecido mole do dente, está protegida no interior das estruturas
calcificadas numa cavidade denominada cavidade pulpar. Esta é limitada pela dentina
coronária e pela dentina radicular, reproduzindo a morfologia externa do dente.
A cavidade pulpar está dividida em duas partes: câmara pulpar e canal radicular.

ICSup - Vista vestibular

Câmara pulpar: O número de faces que compõe a câmara


pulpar depende do número de canais que o dente contém e
do grupo dental a que pertence. Assim, a câmara pulpar dos
incisivos e caninos portadores de apenas um canal tem 5
paredes: mesial, distal, vestibular, lingual ou palatina e incisal
(teto da câmara pulpar).

ICSup - Vista vestibular ICSup - Vista proximal

Contudo, se o incisivo ou canino inferior


tiver dois canais, a câmara pulpar terá,
além das faces acima citadas, mais o
assoalho.

ICInf - vista proximal CInf - vista proximal

Tratando-se de pré-molares e molares inferiores ou superiores, também apresentando um único canal, a câmara pulpar é
composta de 5 faces: mesial, distal, vestibular, lingual ou palatina e oclusal.

1o. PMI - vista vestibular 1o. PMI - vista proximal 2o. PMS - vista vestibular 2o. MI - 1 canal

Finalmente para os casos de pré-molares e molares, superiores ou inferiores, que contém mais de um canal a câmara pulpar
possui as 5 faces já citadas e mais o assoalho.

1o. PMS com 2 1o. PMI com 2


1o. PMI com 2 canais -
canais - vista vista proximal canais - vista 1o. MI - vista vestibular 1o. MS - vista proximal
proximal vestibular

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O teto da câmara pulpar dos pré-molares e molares é a sua face oclusal, enquanto que o teto da câmara pulpar dos dentes
anteriores corresponde à sua face incisal.
De modo geral, a câmara pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores localiza-se no centro do dente; já a dos pré-
molares e molares inferiores, situa-se do centro para mesial.

ICS CS PMS PMI MS MI

Composição da câmara pulpar

Com relação ao canal radicular, seu início


confunde-se com o término da câmara pulpar nos
dentes portadores de um canal (a nível do colo A- Assoalho
anatômico do dente) e nos dentes com mais de
C- Cornos pulpares
um canal começa no assoalho da câmara pulpar.
P- Paredes
T- Teto

ICS MI

Para estudar a anatomia interna, vários métodos foram introduzidos, desde a injeção de
borracha líquida e sua posterior vulcanização no interior dos dentes, diafanização e
atualmente a microtomografia.

1o. PMI 1o. PMS

Kutller (1955) deixa claro que, o canal radicular não é único, baseado em sua estrutura
divide-se em canal dentinário e canal cementário. Ambos os canais se unem pelos
vértices dando, geralmente, o formato de cones truncados, com o canal dentinário
representando quase todo o ducto radicular e o canal cementário constituíndo cerca de,
no mínimo, meio milímetro de distância do forame apical.

2o. PMI

Histológico Matsumya, S.

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CDC - Junção Cemento Dentina Canal

D - dentina

C - cemento

Menor diâmetro do canal se dá: 42% Dentina e 32% CDC

Distância da Junção CDC ao vértice em média é 0,7mm,


porém na prática clínica essa medida torna-se 1mm.

Geralmente o canal radicular apresenta o mesmo trajeto da raiz a que


pertence. Pode ser, portanto, reto, curvo e sinuoso. Salienta-se
novamente que, no terço apical o canal costuma mudar de direção,
mesmo em raízes retilíneas, apresentando o forame localizado para-
apicalmente.

ICS

O fim do canal
radicular - forame A desembocadura
apical - situa-se quase do canal nas
sempre num dos lados imediações do
da raiz e muito ápice raramente
raramente em seu coincide de forma
vértice, mesmo em retilínea,
raízes retilíneas, geralmente em um
apresentando o forame dos lados da raiz
localizado para- (seta).
apicalmente.
2o. PMS ICS

Antes de estudar os grupamentos dentários individualmente podemos de forma geral dizer que, nos incisivos e caninos
superiores, nos pré-molares inferiores, na raiz distal dos molares inferiores e nas raízes disto-vestibular e palatina dos molares
superiores, o canal é cônico. Nos incisivos e caninos inferiores, nos pré-molares superiores, na raiz mesial dos molares inferiores
e na raiz mesio-vestibular dos molares superiores, o canal é achatado no sentido mésio-distal.

Sistema de condutos radiculares, segundo REIG & PUCCI.


Aspecto da macroconfiguração da cavidade pulpar, revelado
pela técnica da diafanização onde se pode ver o verdadeiro
labirinto da anatomia interna dental ou o sistema de canais
radiculares, após as considerações básicas da anatomia
interna (coroa, raiz, esmalte, dentina, câmara pulpar,
cemento, canal radicular e ápice).
O sistema de canais radiculares não é formado
exclusivamente por canais únicos, e sim por um emaranhado
de canais, como podemos observar a seguir:

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Sistema de canais radiculares Anatomia apical

Localização topográfica do forame em dentes humanos, 260


casos, MILANO et al. 1983.
O forame apical distancia-se do ápice radicular, podendo esta
distância variar entre 0,5 à 3,0mm, lateralmente da raiz, com
maior freqüência para distal: D - 48%.
C- centro do ápice.

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