Você está na página 1de 9

Art.

1º Constitui crime de tortura:

I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

II - Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos. (TORTURA CASTIGO/PUNITIVA)

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou
mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na
pena de detenção de um a quatro anos.

§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se
resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:


I - Se o crime é cometido por agente público;
II - Se o crime é cometido contra criança, gestante, deficiente e adolescente;
II – Se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta)
anos; '(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

III - se o crime é cometido mediante sequestro.

§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo
dobro do prazo da pena aplicada.

§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em
regime fechado.

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo
a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
ART.5°, III, DA CF/1988 - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

ART.5°, XLIII, DA CF/1988 - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Veio a proteger a dignidade da pessoa humana, integridade física e a saúde mental.


OBS: A tortura em regra geral é prescritível. Mas se for uma tortura discriminatória que envolva
raça ou religião ela vai ser imprescritível.
 O crime de tortura é imprescritível?
R: Sim, é um crime imprescritível.
ART.5°, XLII, DA CF/1988 - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

ART.5°, XLIV, DA CF/1988 - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos


armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

STF entende que a injúria racial, quando envolvendo elementos de raça, cor, etnia, religião ou origem nacional,
também será imprescritível.

A TIPIFICAÇÃO DA TORTURA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO


 Crime jabuticaba?
Denominação utilizada pra se referir a tortura no nosso ordenamento jurídico. Em outros países, a tortura
é considerada crime próprio, ou seja, só será executado por agente do estado. Já no nosso país, qualquer
pessoa pode ser sujeita ativo na pratica de tortura, sendo assim, considerado crime comum. Se vier ser
praticada por agente público, vai incidir uma causa de aumento de pena, metade de 1/6 a 1/3.

 A tortura é um crime jabuticaba?


Sim. Pois apenas no nosso ordenamento jurídico é considerado crime comum.

A PROVA DO CRIME DE TORTURA


A tortura pode ser provada por meio de provas admissíveis, qualquer meio de prova admitido pode ser utilizado pra
provar a prática da tortura. Também através do corpo de delito, porém, a tortura não necessariamente vai deixar
vestígios, o exame de corpo de delito pode ser dispensável, prescindível.

COMPETÊNCIA PARA JULGAR A TORTURA PRATICADA PELO MILITAR


Vai depender das condições em que a tortura foi executada.

Se um policial militar no momento de folga dele, vier a torturar a esposa, ele irá ser julgado pela justiça criminal
comum, pois ele não estava de serviço no momento da tortura. Já se, por exemplo, um policial militar vier a
torturar um preso com a finalidade de conseguir informações, ele será julgado pela justiça militar.

O CRIME DE TORTURA ABSORVE O CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE?


Como regra sim.

Se por exemplo um funcionário público praticar tortura no exercício da sua função, ele irá estar abusando da sua
função. Mas observe que ele está abusando da função com a finalidade de conseguir uma confissão, nesse caso ele
será julgado apenas pelo crime de tortura.

Mas excepcionalmente ele pode responder pelos dois crimes.


Suponhamos que o agente esteja praticando tortura com a finalidade de conseguir uma confissão, e ele acabe
conseguindo essa confissão e mesmo após isso ele ainda continua o ato de tortura, ele poderá responder pelos
dois crimes. Se em uma situação hipotética, ficar evidenciado que além da tortura, o agente ainda quis abusar da
sua autoridade ele pode responder pelos dois crimes.

A tortura absorve a lesão corporal leve. Se usar de grave ameaça, a tortura também vai absorver o crime de ameaça.
Lesão corporal leve e grave ameaça serão absorvidas pela tortura.

Se da tortura gerar um resultado agravador, como a lesão corporal grave ou gravíssima com resultado morte, ele
vai responder pela tortura qualificada.

MODALIDADES DE CONDUTAS PRATICADAS NA LEI DE TORTURA


Conduta comissiva: praticada através de uma ação

Conduta omissiva: praticada através de omissão

Art 1°, § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na
pena de detenção de um a quatro anos.

Tortura omissiva impropria: dever de evitar e não evita

Tortura omissiva própria: dever de apurar e não apura

A TORTURA PODE SER PRATICADA NA FORMA CULPOSA?


Jamais!!!
A tortura necessariamente exige o dolo, sendo assim, não existe tortura praticada na forma culposa.

Como regra: precisa de dolo

Art. 1º Constitui crime de tortura:

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou
mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de
detenção de um a quatro anos.
Dolo especifico: dolo + especial fim de agir

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

II - Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a
intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Chama de tortura-castigo ou tortura punitiva, pois a finalidade do agente é punir ou castigar.

MODALIDADES DE TORTURA
Tortura probatória / tortura prova / tortura persecutória / tortura inquisitorial
Art. 1, inc. I, A da lei 9455/97
I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;


especial de agir, a finalidade dele.

Situação hipotética – o marido amarrou a esposa na cama com a finalidade de ter prazer através do sofrimento
dela sem o consentimento dela. Apesar de não ter sido consentido pela esposa, não se configura como crime de
tortura probatória pois não teve a finalidade de obtenção de informação, declaração ou confissão da vítima.

Sujeito ativo – qualquer pessoa – crime comum (se for agente público vai ter pena aumentada de 1/6 a 1/3 - art.
1°, § 4°, I)
Sujeito passivo – qualquer pessoa – crime comum (se for criança ou adolescente, deficiente, pessoa maior de 60
anos ou gestante a pena aumenta na forma do art. 1°, § 4°, II)
Conduta - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou
mental.
Elemento subjetivo – Dolo + Especial fim de agir. Se não tiver o especial fim de agir não vai se configurar como
tortura probatória.
Consumação – Crime formal – se consuma a partir do momento que tiver o constrangimento (violência ou grave
ameaça e causando sofrimento físico ou mental)
Tentativa – É cabível.

Tortura crime / tortura para a atividade criminosa

Art. 1, inc. I, B da lei 9455/97


I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; OBS: tem que ser de natureza criminosa para se
configurar nesse tipo de tortura.
Sujeito ativo – qualquer pessoa – crime comum (se for agente público vai ter pena aumentada de 1/6 a 1/3 - art.
1°, § 4°, I)
Sujeito passivo – qualquer pessoa – crime comum (se for criança ou adolescente, deficiente, pessoa maior de 60
anos ou gestante a pena aumenta na forma do art. 1°, § 4°, II)
Conduta - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou
mental
Elemento subjetivo – dolo + especial fim de agir. Se não tiver o especial fim de agir não vai se configurar como
tortura crime.
Consumação - Crime formal – se consuma a partir do momento que tiver o constrangimento (violência ou grave
ameaça e causando sofrimento físico ou mental)
Tentativa – É cabível

Tortura discriminatória/ tortura preconceituosa/ tortura racismo

Art. 1, inc. I, C da lei 9455/97


I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (discriminação social, econômica, política não configura
tortura)
STF – HOMOFOBIA E TRANSFOBIA
Segundo entendimento do STF decidiu a respeito da homofobia e transfobia através ADO 26 (Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão) e do MI 4733 (Mandado de Injunção) que por uma inercia do poder legislativo
se encaixaria determinados tipos de conduta na lei 7716/89, lei que trata sobre preconceito contra raça e cor, e
tratamos transfobia e homofobia como se fosse uma raça.
Pegando isso como referência, se for constatado que o sujeito ativo seja homofóbico ou transfóbico e que tenha
praticado a tortura, causando-lhe sofrimento físico ou mental mediante violência ou grave ameaça, ele poderia
responder por essa conduta discriminatória.
Sujeito ativo – qualquer pessoa – crime comum (se for agente público vai ter pena aumentada de 1/6 a 1/3 - art.
1°, § 4°, I)
Sujeito passivo - qualquer pessoa – crime comum (se for criança ou adolescente, deficiente, pessoa maior de 60
anos ou gestante a pena aumenta na forma do art. 1°, § 4°, II)
Conduta - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou
mental
Elemento subjetivo – dolo + especial fim de agir. Se não tiver o especial fim de agir de discriminação racial ou
religiosa não vai se configurar como tortura discriminatória.
Consumação – Crime formal – em tese ao chegar ao resultado que é discriminar a pessoa pela raça ou religião,
mas não precisa que a pessoa se sinta discriminada para que o crime seja configurado.
Tentativa – É cabível.

Tortura castigo/ tortura punitiva (INTENSO)

II - Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Tratando da tortura castigo/tortura punitiva é considerado um crime próprio, pois é necessária uma condição
especial do sujeito ativo (guarda, poder ou autoridade)
Sujeito ativo – crime próprio – pois o sujeito passivo precisa estar sob guarda, poder ou autoridade.
Sujeito passivo – crime próprio – pois o sujeito está sob guarda, poder ou autoridade do sujeito ativo.
Conduta - Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a
intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Situação hipotética – uma babá bater em uma criança é um exemplo de tortura castigo/punitiva, pois a criança
está sob a guarda da babá. Da mesma forma de uma cuidadora de idosos, ao agredir um idoso.

Como distinguir o crime de tortura castigo com o de maus tratos?


O crime de tortura castigo é um crime de dano (com a finalidade de castigar) e o de maus tratos é um crime de
perigo (quer corrigir, educar ou disciplinar).
Consumação – Crime material – se consuma com intenso sofrimento físico ou mental.
Tentativa – É cabível
Tortura propriamente dita
§ 1° Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou
mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

Sujeito ativo – qualquer pessoa – crime comum


Sujeito passivo – pessoa presa ou sujeita a medida de segurança
Conduta - § 1° Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento
físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.
Elemento subjetivo – dolo (basta ter a intenção de submeter a pessoa presa ou sujeita a medida protetiva a
sofrimento físico e mental) não precisa ter o fim de agir.
Consumação – Crime material - ter que ter o sofrimento físico ou mental.
Tentativa – é cabível

Tortura omissiva imprópria/ tortura omissiva própria


§ 2° Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na
pena de detenção de um a quatro anos.

Quando o agente tinha o dever de evitá-las – tortura omissiva impropria – é dever do agente evitar a tortura.
Sujeito ativo – quem tem o dever jurídico de evitar – crime próprio
Sujeito passivo – qualquer pessoa
Conduta – dever
Quem responde nessa modalidade? – quem tem o dever de evitar a prática da tortura – crime próprio
OBS: se um policial deixa de evitar um furto mesmo tendo o dever e podendo evitá-lo, ele poderá responder por
furto na modalidade omissiva. Na mesma forma um estupro, tendo o dever de evitá-lo e não fazendo isso,
responderá por estupro na modalidade omissiva. No caso da tortura, se não evitada pelo agente ele não
responderá pela tortura específica que estiver sendo praticada, assim o agente responderá apenas por omissão
impropria.
Quando o agente tinha o dever de apurá-las – tortura omissiva própria – é dever do agente apurar/investigar a
tortura.
Quando o agente presenciou a tortura, teve a ciência da tortura e dentro dessas condições tinha o dever de apurá-
la. Na tortura omissiva própria, a tortura já ocorreu, o agente tem como obrigação investigá-la.
Sujeito ativo – quem tem o dever jurídico de apurar – crime próprio
Sujeito passivo – qualquer pessoa

TORTURA IMPROPRIA – EVITAR - RECLUSÃO 2 A 8 ANOS - É CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO !!!


TORTURA PROPRIA – APURAR - DETENÇÃO 1 A 4 ANOS - NÃO É CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO

TORTURA QUALIFICADA
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se
resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

Diferença entre a tortura com resultado morte e homicídio qualificado pela tortura
O homicídio qualificado pela tortura tem previsão no Art. 121, § 2°, III, no código penal. Nesse caso o agente ativo
ele já vai com a intenção de matar (morte com dolo) o agente passivo e a tortura é um meio até chegar nesse
resultado. Competência do Tribunal do Juri.
A tortura qualificada pelo resultado morte é necessariamente preterdolosa.

TORTURA MAJORADA OU COM AUMENTO DE PENA

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: MAJORANTES

I - Se o crime é cometido por agente público;

II – Se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta)
anos; ‘(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

III - se o crime é cometido mediante sequestro.


EFEITO DA CONDENAÇÃO (ART. 1° § 5°)
§ 5º A Condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo
dobro do prazo da pena aplicada.
EFEITO AUTOMÁTICO.
QUALQUER MODALIDADE DE TORTURA.
STF E STJ ENTENDEM DESSA FORMA.

§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.


O Supremo Tribunal Federal, todavia, entende que a palavra “graça” contida na Carta Magna abrange o indulto: “O
inciso I do art. 2º da Lei n. 8.072/90 retira seu fundamento de validade diretamente do art. 5º, XLII, da Constituição
Federal. III — O art. 5º, XLIII, da Constituição, que proíbe a graça, gênero do qual o indulto é espécie, nos crimes
hediondos definidos em lei, não conflita com o art. 84, XII, da Lei Maior” (STF — HC 90.364, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Tribunal Pleno, julgado em 31/10/2007, public. 30/11/2007, p. 29).
SE NÃO COBRAR A LITERALIDADE, LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O INDULTO, POIS É UMA ESPECIE DE GRAÇA.
INÍCIO E CUMPRIMENTO DE PENA

1º, § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º (tortura omissiva própria e tortura
omissiva impropria), iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. A tortura omissiva própria e impropria,
por terem a detenção como pena, só podem cumprir a pena em regime aberto ou semiaberto. Pena e detenção em
regime fechado, só de maneira excepcional quando o indivíduo já foi condenado e começou a cumprir a detenção
e praticou outro crime doloso ou uma falta grave.
STF/STJ consideram esse artigo inconstitucional, por ferir o principio da individualização da pena. Não
individualiza quem é primário ou reincidente.

EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a
vítima (sujeito passivo) brasileira ou encontrando-se o agente (sujeito ativo) em local sob jurisdição brasileira.

Art. 88 DO CPP. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital
do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o
juízo da Capital da República.

TORTURA-PROVA

TORTURA-CRIME

TORTURA-RACIAL/RELIGIOSA

TORTURA-CASTIGO (PESSOA SOB SUA GUARDA)

TORTURA-PRESO OU SUJEITO A MEDIDA DE SEGURANÇA (NÃO PRECISA DE ESPECIAL FIM DE AGIR)

RECLUSÃO DE 2 A 8 ANOS

OMISSÃO DIANTE DA TORTURA APENAS PARA QUEM TINHA O DEVER


DETENÇÃO DE 1 A 4 ANOS

RESULTA LESÃO CORPORAL GRAVE OU GRAVÍSSIMA

RECLUSÃO DE 4 A 10 ANOS

RESULTA MORTE

RECLUSÃO DE 8 A 16 ANOS

COMETIDO POR AGENTE PÚBLICO

CONTRA CRIANÇA, GESTANTE, DEFICIENTE E ADOLESCENTE

MEDIANTE SEQUESTRO

CAUSAS DE AUMENTO DE 1/6 A 1/3

CONDENAÇÃO ACARRETA PERDA DO CARGO E INTERDIÇÃO PARA SEU EXERCÍCIO PELO DOBRO DO
PRAZO DA PENA APLICADA

DICAGAS

 Deficiente

 Idoso (Maior de 60 anos)

 Criança

 Adolescente

 Gestante

 Agente Público (Por agente público, NÃO CONTRA)

 Sequestro

RAÇÃO

racismo e ação de grupos armados - crimes imprescritíveis

Você também pode gostar