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TIPOS DE FIBRAS

Profa. Dra. Claudia Merlini


Graduação em Engenharia de Materiais
Departamento de Engenharia | Centro de Blumenau
TIPOS DE FIBRAS
Tipos de fibras utilizadas no desenvolvimento de compósitos:

Fibras

Inorgânicas Orgânicas

Fibras não metálicas Fibras Metálicas Fibras de carbono Fibras poliméricas Fibras naturais

Fibras de vidro e
Fibras cerâmicas
minerais

Fibras cerâmicas Fibras cerâmicas não


oxidas oxidas

Fonte: KRENKEL, 2008


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TIPOS DE FIBRAS
Na escolha de um determinado tipo de fibra a ser utilizado no desenvolvimento de um
compósito estrutural, diversos fatores devem ser considerados:

Tipo de matriz a ser


Desempenho pretendido
reforçada Matriz a ser utilizada: é um dos fatores mais
importantes

Condições que o compósito Técnica de fabricação Matrizes, poliméricas, cerâmicas e metálicas


será utilizado empregada diferem em termos de temperatura e
processo de fabricação, e aplicações

Requer fibras específicas que se adequem as


características das mesmas.
Custo Geometria das fibras

Fonte: KRENKEL, 2008


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TIPOS DE FIBRAS
Considerações na seleção das fibras de acordo com o tipo de matriz:

Cerâmica Fibras que


não podem
ser
Fibras poliméricas e
utilizadas
A seleção das fibras dependerá de cada tipo de aplicação vegetais: degradam
em temperatura
até 500°C.
Devem ser utilizadas fibras que suportam elevadas temperatura
requeridas para a produção dos materiais cerâmicos

Fibras devem apresentar estabilidade em temperaturas elevadas


Fibras
por longos períodos, bem como, resistência a fluência e à
utilizáveis
oxidação. Incluem fibras de
carbono, fibras de
vidro e fibras
Capacidade para ser moldada em pré-formas complexas para a cerâmicas
infiltração subsequente.

Fonte: KRENKEL, 2008


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TIPOS DE FIBRAS
Considerações na seleção das fibras de acordo com o tipo de matriz:

Material Densidade relativa Limite de resistência à Módulo de


(g/cm3) tração (GPa) Elasticidade (GPa)
Òxido de Alumínio (Al2O3) 3,95 1,38 379
Carbeto de silício (SiC) 3,0 3,9 400

Várias outras composições de fibras estão disponíveis, porém muitas sofrem degradação em
temperaturas superiores a 1000°C.

Fibras de carbono: podem também ser usadas sob certas condições; estas fibras se degradam em uma
atmosfera oxidante acima de 450 ° C são estáveis em condições não – oxidantes até temperaturas de 2800 ° C

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TIPOS DE FIBRAS
Considerações na seleção das fibras de acordo com o tipo de matriz:

Matriz polimérica

A seleção das fibras dependerá de cada tipo de aplicação

Podem ser utilizadas tanto com fibras orgânicas como com


fibras inorgânicas

Fonte: CALLISTER JR e RETHWISCH, 2013


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TIPOS DE FIBRAS
Tipos de fibras mais utilizadas em compósitos com matriz polimérica

Densidade Tensão na ruptura Módulo


Fibra Deformação (%) Custo (R$/Kg)
(g.cm-3) (MPa) Elástico (GPa)
Carbono 1,7 -2,1 1500 - 4800 228- 724 1,4 - 1,8 ~50,00

Vidro E
2,5 2000-3500 70 2,5 ~3,50
(E-electrical grade )

Aramida (Kevlar 49) 1,44 3600-4100 131 - 70 - 80

UHMWPE (Spectra 90)


Polietileno alta 0,97 2600 117 - 3,00 - 12,00
densidade

Juta 1,3 393 - 773 26,5 1,5 - 1,8 ~1,00

Bananeira 0,4 – 1,4 85 - 150 3,2 - 4,8 2,1 ~1,00

Sisal 1,5 511 - 635 9,4-22,0 2,0 - 2,5 ~0,36

Coco 1,1 - 1,4 131 - 175 4 - 13 15 - 40 ~1,00

Bambu 1,1 70 - 575 4,6-28,8 3,2 ~1,00

Fonte: MERLINI et. al, 2011; CALLISTER JR e RETHWISCH, 2013


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FIBRAS DE VIDRO

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FIBRAS DE VIDRO
Após à metade do século XX o vidro pode ser produzido na forma de contínuos e minúsculos
filamentos permitindo sua utilização em diversos segmentos.

Tipo mais comum de carga utilizada em compósitos com matriz polimérica

baixo custo

Desvantagens:
baixo
alta
coeficiente
resistência à
de expansão
tração
térmica • baixo módulo de elasticidade;

• alta densidade (~2,5 g/cm3);


Fibras
elevada
de vidro resistência ao
calor e ao
• baixa adesão à matrizes
resistência fogo (devido
elétrica à natureza poliméricas.
inorgânica)

resistência à
inércia
umidade (não
química
absorve água)

Fonte: PETERS, 1998; AGARWAL e BROUTMAN, 1990; LEVY NETO e PARDINI, 2006
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FIBRAS DE VIDRO
A composição das fibras de vidro determinam a maioria das propriedades finais das
mesmas.

outros óxidos
de cálcio,
~50 a 60 % de
boro, sódio, Fibra de vidro
SiO2 (sílica)
ferro e
alumínio, etc

Aumentar as condições elementos são adicionados para reduzir à por exemplo:


a sílica requer elevadas
de processamento das tendência a cristalização e o ponto de fusão, Na2O (Fibra de vidro C)
temperaturas para
fibras durante a de modo a obter um viscosidade adequada no entanto, há um impacto negativo
processamento
fabricação que facilita a fiação nas propriedades elétricas.

Óxidos
BeO:
aumenta o módulo,
porém também resulta em fibras com elevada toxicidade.

Incorporar certas características à fibras


B2O3
aumenta-se a resistência à ácidos e as propriedades elétricas,
porém, reduz o módulo elástico e viscosidade.

Fonte: WANG, ZHENG e ZHENG, 2011


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FIBRAS DE VIDRO
Nomenclatura de fibras de vidro
Letra (E, S, C, M, A, D): indica uma propriedade especial da fibra

Fibra de vido - Designação (letra) Propriedade ou característica

E (electrical) Baixa condutividade elétrica (isolante)

S (Strength) Elevada resistência à tração

C (chemical) Elevada resistência química (corrosão)

M (Modulus) Elevada rigidez

A (Alkali) Elevada resistência à álcalis

D (dieletric) Baixa constante dielétrica

Fibras do tipo E: desempenho satisfatório em ambientes neutros,


são suscetíveis à degradação em ambientes ácidos e alcalinos.

Fibras do tipo AR: utilizadas para resistência a corrosão em ambientes alcalinos (concreto);
contêm ZrO2 e Na2O que conferem estas características.

Fonte: WALLENBERGER, WATSON; e LI; 2001; LEVY NETO e PARDINI, 2006


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FIBRAS DE VIDRO

Composição típicas de alguns tipos de fibras de vidro utilizadas no


desenvolvimento de compósitos

Constituintes SiO2 Al2O3 B2O3 MgO CaO Na2O

Vidro E 55,2 14,8 7,3 3,3 18,7 -

Vidro C 65 4 5 3 14 8,5

Vidro S 65 25 - 10 - -

Aumenta a resistência a
Reduz a viscosidade e
ácidos, porém reduz o
facilita o
módulo e viscosidade
processamento

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006


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FIBRAS DE VIDRO
Propriedades típicas de fibras de vido utilizadas em compósitos.

Tipo de fibra Vidro E Vidro S

Densidade (g.cm-3) 2,54 2,55

Módulo de Elasticidade (GPa) 70 86

Resistência à tração (GPa) 2,40 2,80

Preço (US$/kg) 1,65 – 2,20 13,0 -17,5

Preço (US$/kg tecido) 10 - 20 20 - 40

têm uma maior dificuldade de serem estiradas


devido à estreita faixa de temperatura para
Tipo S: formação do filamento maior custo
(não contém óxidos que reduzem a fusão e
viscosidade (Na2O))

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006


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FIBRAS DE VIDRO
As fibras de vidro são usualmente amorfas, porém alguma cristalização pode ocorrer após prolongado
aquecimento em elevadas temperaturas, o que pode reduzir a resistência mecânica

Estrutura amorfa de sílica:

(a) representação da estrutura do óxido de (b) estrutura modificada resultante quando


silício Na2O é adicionado.

Fonte: HULL, 1981; CHAWLA, 1987


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FIBRAS DE VIDRO
Produção das fibras de vidro

T: 1260°C a 1370°C
Dependendo da composição

12 a 16 µm

Fonte: WALLENBERGER;, WATSON; e LI;, 2001; MARINUCCI, 2011


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FIBRAS DE VIDRO
Produção das fibras de vidro

Fonte: WALLENBERGER;, WATSON; e LI;, 2001; MARINUCCI, 2011


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FIBRAS DE VIDRO
Acabamento superficial (ensimagem): é realizado por emulsão, onde podem ser incorporadas
diferentes substâncias, tais como agentes de ligação, agentes antiestáticos e lubrificantes.

Proteção superficial contra danos devido ao manuseio e contato com equipamentos de fabricação

Promover compatibilidade e ou adesão com as matrizes poliméricas

Lubrificar as fibras para reduzir o atrito durante o processamento e reduz a abrasão entre as fibras
(por exemplo, processo de tecelagem). Podem ser removido posteriormente com queima.

Conferir propriedades anti-estáticas

Fonte: HULL, 1981; LEVY NETO e PARDINI, 2006


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FIBRAS DE VIDRO
Geometrias das fibras de vidro
fibras contínuas fibras curtas (picotadas)

mantas tecidos

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Aplicações das fibras de vidro

www.an-cor.com

Fonte: Google Imagens


FIBRAS DE CARBONO

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Aplicações das fibras de carbono
Nos últimos anos a demanda de fibras de carbono (FC) tem crescido consideravelmente:
Carros esportivos
Qantas Airbus A380’s

Suécia

Turbinas Equipamentos esportivos Vasos de pressão

Drones
Aplicações das fibras de carbono em carros

BMW i8 super carro elétrico, que usa um chassi totalmente de Capô da Maserati GranTurismo MC com fibra de carbono
fibra de carbono.

Componentes de fibra de carbono no exterior Fibra de carbono utilizada na guarnição Encosto da porta de fibra de carbono
do espelho da Maserati GranTurismo MC . no volante. McLaren 650S no Audi R8 V10.

Crédito: Nikhil Gupta - New York International Auto Show 2016


Fonte: https://www.livescience.com/53995-carbon-fiber-may-finally-be-coming-to-cars-everywhere.html
Aplicações das fibras de carbono em carros

Chassis de fibra de carbono (primeiro plano) e carro completo (fundo) de Alfa Romeo 4C.

Crédito: Nikhil Gupta - New York International Auto Show 2016


Fonte: https://www.livescience.com/53995-carbon-fiber-may-finally-be-coming-to-cars-everywhere.html
Aplicações das fibras de carbono

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=uR1Ln9R1h0I
Fibras de carbono em carros
Maiores produtores de fibras-2017

Algumas Empresas:
Cytec Engineered Materials
Hexcel
Nippon Graphite Fiber Corporation
Mitsubishi Rayon Co., Ltd.
Toho Tenax
Toray Carbon Fiber
Zoltek

Fonte: https://www.statista.com/statistics/380549/leading-countries-by-carbon-fiber-production-capacity/
https://www.thoughtco.com/carbon-fiber-manufacturers-820398
FIBRAS DE CARBONO
O interesse na utilização destas fibras de carbono fibras de alto desempenho está relacionado
especialmente às propriedades apresentadas pelas mesmas.

maior módulo específico dentre todas as fibras

Desvantagens:
boa resistência à solventes, ácidos, bases e umidade
• baixa resistência ao impacto
Vantagens

baixo coeficiente de expansão térmica (-1 a 0 x 10-6/°C na


longitudinal e de 22 a 50 x 10-6/°C na transversal) • elevado custo

• podem apresentar oxidação em


baixa densidade (~1,6 g/cm3)
temperaturas elevadas

alta condutividade elétrica

alta resistência à fadiga

Fonte: HUANG, 2009


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FIBRAS DE CARBONO
O interesse na utilização destas fibras de carbono fibras de alto desempenho está relacionado
especialmente às propriedades apresentadas pelas mesmas.

fibras contínuas fibras curtas (picotadas) tecidos

Mais utilizados

Fonte: HUANG, 2009


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FIBRAS DE CARBONO
As fibras de carbono podem ser descritas como fibras que contêm pelo menos 90% de carbono,
sendo produzidas pelo processo de pirólise controlada de precursores orgânicos.

poliacrilonitrila (PAN)

Precursores fibras de celulose (viscose rayon, algodão),

piches de petróleo e alcatrão de hulha

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006


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FIBRAS DE CARBONO
Requisitos para materiais orgânicos serem candidatos a precursores para transformação em fibra de
carbono:

Apresentar resistência necessária e facilidade de manuseio durante todas as etapas do processo;

Não fundir durante o processo, sendo que pode ser feita a seleção de um precursor insolúvel ou a
estabilização de um precursor termoplástico para o processo de conversão;

O precursor não pode volatizar completamente durante a pirólise, sendo que o rendimento de carbono
após a pirólise deve justificar economicamente seu uso;

Durante o processo de pirólise os átomos de carbono devem se arranjar em uma estrutura grafítica, uma vez
que fibras com estrutura grafítica e orientada tende a apresentar maiores propriedades mecânicas;

Custo do precursor deve ser o menor possível.

Fonte: AGARWAL e BROUTMAN, 1990


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FIBRAS DE CARBONO
A estrutura atômica das fibras de carbono é similar ao grafite, onde os átomos de carbono são
arranjados em planos paralelos segundo um arranjo hexagonal.

Plano basal
as folhas estão empilhadas
irregularmente, dobradas
Espaçamento
intercamadas ou inclinadas, apresentado
um arranjo mais aleatório.

espaçamento basal é maior


em relação ao grafite.

Direção de
referência

Estrutura do grafite Estrutura turbostrática

Dependendo do precursor e do processo de geralmente possui defeitos no empilhamento das


manufatura, as fibras de carbono podem apresentar camadas grafíticas
uma estrutura grafítica.
Obtém-se quando utiliza-se precursores como a PAN
Obtém-se quando utiliza-se piche como precursor

Fonte: CALLISTER JR e RETHWISCH, 2013; MEDEIROS, 2009


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FIBRAS DE CARBONO
Estrutura das fibras de carbono
~6nm Microfibrila

Modelo da estrutura de fibras de carbono proposto por Roland;


(La- porção relativamente reta dos planos ao longo do comprimento;
Lc- altura do comprimento dos planos do grafeno)

As superfícies axiais destas microfibras são formadas por diversos planos basais, cuja estrutura
pode aproximar-se a do grafite.

Fonte: PETERS, 1998; CARVALHO, KUBOTA e ROHWEDDER, 1999


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FIBRAS DE CARBONO
Pirólise
Consiste basicamente no tratamento térmico do precursor que remove oxigênio, nitrogênio e
hidrogênio dando origem às fibras de carbono.

Processo de fabricação: pode variar segundo o precursor utilizado

• as fibras do material de partida são oxidadas (T~ 200°C) de


Oxidação maneira lenta e controlada, para evitar uma excessiva
volatilização ou fusão do precursor.

• temperatura é elevada para ~1000°C para a


Carbonização carbonização do material em atmosfera inerte

• o material pode ser ainda aquecido a T


Grafitização ~2000°C, para obtenção de uma estrutura
similar ao grafite

Fonte: CARVALHO, KUBOTA e ROHWEDDER, 1999


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FIBRAS DE CARBONO

O material precursor pode ser inicialmente


oxidado carbonizado
esticado (evitar relaxação da cadeia)

Quando este processo é realizado a temperaturas superiores a 2200°C, as fibras de carbono obtidas apresentam um
maior ordenamento das cadeias, com as camadas de grafite apresentando-se paralelas umas às outras

Evolução da estrutura de fibras de carbono quando piche mesofase é convertido em carbono grafitizado,
conforme passa pela carbonização e grafitização.

Fonte: CARVALHO, KUBOTA e ROHWEDDER, 1999; BHAT, 2016


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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DA POLIACRILONITRILA (PAN)
As fibras de poliacrilonitrila (PAN) são o tipo de precursor mais utilizado para a obtenção de fibras de
carbono.

Estrutura da unidade de
repetição da PAN Elemento Fração (%)
C 68
N 26
H 6

grupos nitrila altamente polares

Limita-se à produção de fibras acrílicas por


apresenta fortes interações intermoleculares
processos conhecidos como fiação em
soluções (uso de solvente).
ao ser aquecido, o polímero inicia o processo de
degradação por volta de 200°C, antes de atingir
seu ponto de fusão

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006; HUANG, 2009


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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DA POLIACRILONITRILA (PAN)

Processo de obtenção de fibras de PAN Fiação à úmido


(precursora da fibra de carbono)

Concentração do polímero (10-30%m)


solvente (DMF, DMA, etc).

Fibra de PAN

Fonte: HUANG, 2009; LEVY NETO e PARDINI, 2006


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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DA POLIACRILONITRILA (PAN)
Conversão da PAN em fibras de carbono

maior alinhamento da
estrutura e alto grau de
cristalinidade,
aumentando o módulo de
elasticidade das fibras

Rendimento de C: cerca de 50% da massa original da PAN


Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006
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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DA POLIACRILONITRILA (PAN)
Conversão da PAN em fibras de carbono Formação da estrutura grafítica

Estrutura da molécula de PAN

combinam-se para formar uma


estrutura cíclica
grupos CH2 são oxidados, com incorporação
de oxigênio a estrutura da mesma (PANox)

Estrutura cíclica formada pela oxidação (PANox)

Fonte: MALLICK, 1993; HUANG, 2009


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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DA POLIACRILONITRILA (PAN)

Micrografia de Fibras de carbono baseadas em PAN

Fonte: BHAT, 2016


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FIBRAS DE CARBONO

How Its Made Carbon Fibre


https://www.youtube.com/watch?v=ki1aCdkMSeo 39
FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DA POLIACRILONITRILA (PAN)
As propriedades mecânicas das fibras de carbono resultante podem variar em uma ampla faixa, dependendo
principalmente da temperatura final de tratamento térmico.

Classificação das fibras de carbono

Tipo Módulo de elasticidade Temperatura de tratamento Características da estrutura


(GPa) térmico (°C)

Baixa porosidade, microfibrilas


I Alto módulo (HM) >300 > 2000
lineares e bem ordenadas

II Módulo intermediário (IM) 100 - 300 ~ 1500 Alta quantidade de microporos


– Alta resistência

Alta quantidade de
III Baixo módulo (LM) < 100 < 1000 microporos, microfibrilas
distorcidas e pouco ordenadas

Fonte: CARVALHO, KUBOTA e ROHWEDDER, 1999; LEVY NETO e PARDINI, 2006; CHAWLA, 1987
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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DA POLIACRILONITRILA (PAN)
As fibras de carbono obtidas a partir do precursor PAN são utilizados na sua forma final, na maioria dos
caso em compósitos poliméricos.

Aeroespacial, por exemplo no Boing 787 e


vasos de pressão em aplicações militares
Airbus A380 e A350
para estocagem de gás

indústria automobilística nos carros i3 e i8 da BMW.

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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DO PICHE

O piche é obtido a partir da destilação do petróleo ou carvão

Estrutura altamente aromática de baixa massa


molar, contendo ~80%C

Estrutura típica do piche.

Obtenção de fibras de carbono a partir do piche

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006


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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DO PICHE
Quando o piche isotrópico é aquecido em atmosfera inerte à temperatura entre 350 e 500°C,
essas estruturas são unidas em uma longa estrutura lamelar.

Mesofase: é uma fase cristalina líquida, altamente orientada e anisotrópica

Formação de piche mesofase a partir do piche isotrópico durante aquecimento na faixa de 350 a 450°C.

Fonte: BHAT, 2016


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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DO PICHE
Fiação da mesofase: fiado por fusão
Durante a fiação, esses microdomínios são
deformados e alinhados na direção axial das fibras
e quando aquecidos em elevadas temperaturas
formam as unidades grafíticas presentes nas fibras
de carbono.

Desafios

• piche é extremamente sensível à temperatura;

• piche mesofase contém as fases anisotrópica e


isotrópica, que apresentam diferença de
viscosidade e densidade, podendo dificultar o
andamento do processo.
Fiação por fusão das fibras de carbono a partir do
precursor piche

Fonte: BHAT, 2016


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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DO PICHE
Transformação das fibras de piche em fibras carbono

Os filamentos são resfriados:


subsequentemente aquecidos entre 250 e 400°C em atmosfera de
para manter a oxigênio
orientação molecular Carbonização das fibras
estabilizar as fibras e
torná-las infusíveis e Graftização
permitir que a processo similar
carbonização ocorra aquele realizada para
sem fusão as fibras de PAN

Fonte: CHAWLA, 1987; MALLICK, 1993


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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DO PICHE
As forças de cisalhamento alinham a fase anisotrópica para formar uma estrutura bem orientada,
com uma elevada cristalinidade.
Deformação e alinhamento: influenciam na microestrutura das fibras

Microestrutura típica da seção transversal de fibras obtidas a partir do


piche

MEV da fratura de uma fibra de carbono


baseada em piche
Fonte: BHAT, 2016
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FIBRAS DE CARBONO OBTIDAS A PARTIR DO PICHE
A estrutura é influenciada principalmente pela temperatura de fiação

Baixas T: levam a fratura frágil Elevadas T: podem levar a degradação e quebra do jato

devido a elevada viscosidade Redução do espaçamento interplanar (Lc), aumentando


a tensão na ruptura e módulo elástico das fibras
resultantes.

Dependência da viscosidade com a temperatura de dois diferentes piche mesofase e a representação


esquemática da estrutura resultante em temperatura de fiação entre 300 e 400 °C.

Fonte: BHAT, 2016


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FIBRAS DE CARBONO

Fibras de carbono produzidas a partir de PAN, piche e rayon (fibra de celulose)

Fibras de
Vantagem
Rayon Podem ser tecidas antes de ser
São muito caras, uma vez que efetuado o processo de
envolve estiramento em tratamento térmico para
temperaturas muito altas convertê-las em fibras de
carbono

Rendimento de carbono após a


carbonização é pequeno

A quantidade de fibras
produzidas a partir do rayon é
extremamente baixa e não tem
uma importância comercial
significativa.

Fonte: LEVY NETO, e PARDINI, 2006


48
FIBRAS DE CARBONO

Propriedades mecânicas são


Matérias-primas, processo de
Influenciam no Consequentemente melhoradas pelo aumento
produção e condições
grau de perfeição nas propriedades da cristalinidade e
utilizadas para formação da
e alinhamento finais orientação e pela redução
fibra precursora.
de defeitos nas fibras

Precursor Resistênca à tração Módulo elástico (GPa) Deformação na


(GPa) ruptura (%)

PAN 2,5 -7,0 250 - 400 0,6 -2,5

Piche 1,5 – 3,5 200 – 800 0,3 – 0,9

Rayon ~1,0 ~50 ~2,5

Propriedades típicas das fibras de carbono obtidas a partir de diferentes precursores

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006;


49
FIBRAS POLIMÉRICAS

50
FIBRAS POLIMÉRICAS

Estirar e alinhas as cadeias


Natureza unidimensional Elevada resistência
poliméricas ao longo do
das cadeias poliméricas mecânica
eixo das fibras

Fibras de aramida

Fibras poliméricas

Fibras de Polietileno

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006


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FIBRAS DE ARAMIDA

As fibras de aramidas foram introduzidas por volta de


1960-1970, sintetizadas pela primeira vez por Stephanie
Louise Kwolek, cientista da Dupont.

Até então, as fibras poliméricas apresentavam baixa


performance, sendo apenas utilizadas na indústria têxtil.

Hoje existem muitas aplicações de fibras


Muitas pesquisas em reologia e
orgânicas de alto desempenho, as quais são
processamento foram feitas, de modo a
competitivas com as fibras inorgânicas, seja
tornar as fibras industrializáveis
em uma ou mais propriedades.

Fonte: PETERS, 1998; BHAT, 2016


52
FIBRAS DE ARAMIDA
Fibra de aramida é um termo genérico para um tipo de fibra de poliamida aromática.
Fibra de aramida Poliamida -Náilon 6,6

Esta fibra é formada por uma longa cadeia de poliamida Não apresentam anel aromático na
em que pelo menos 85% das ligações amidas estão estrutura da cadeia polimérica
ligadas diretamente a dois anéis aromáticos.

Regiões cristalinas não alinhadas


Regiões cristalinas alinhadas (no caso de fibra de poliamida, pode ocorrer o
alinhamento)

Propriedades distintas
Fonte: PETERS, 1998
53
FIBRAS DE ARAMIDA
Fibra de aramida Poliamida

Quando os grupos C=O e N-H estão do mesmo lado da cadeia:


- As cadeias poliméricas não podem ser alinhadas
- O número de ligações de H formadas entre as cadeias adjacentes será menor.

Fibras de aramida: Grupos C=O e N-H devem estar em direções opostas para formar uma
rede interconectada de cadeias poliméricas.

54
FIBRAS DE ARAMIDA
Fibras de aramida são muito mais fortes do que a poliamida

• Maximiza a formação de ligações de H (mesmo comprimento dos grupos na cadeia


(anéis), disposição dos grupos C=O e N-H)
• Átomos coplanares
• Ligações sp2
• Formam uma estrutura 3D (similar ao grafite)

55
FIBRAS DE ARAMIDA
as ligações estão poli(parafenileno tereftalamida), PPTA;
para-aramida dispostas na posição co-poli(parafenileno 3,4 oxi-difenil tereftalamida) e
para do anel poli(parafenileno benzimidazona-tereftalamida)

Fibras de
aramida
as ligações estendíveis
meta-aramida da cadeia estão na poli(metafenileno isoftalamida)
posição meta

As diferenças na estrutura entre as fibras de aramida produz muitas diferenças nas


propriedades mecânicas.

condições de podem também afetar


tratamento térmico as propriedades finais
processamento
das fibras

Fonte: PETERS, 1998


56
FIBRAS DE ARAMIDA
Estrutura das fibras de aramida
(a) poli(parafenileno tereftalamida), PPTA

(b) co-poli(parafenileno 3,4 oxi-difenil tereftalamida)


grupo éter (-O-) - fibra com um módulo de
elasticidade menor do que a fibra de PPTA

c) poli(parafenileno benzimidazona-tereftalamida) PBIA


anel cíclico na fibra de PBIA , resulta em fibras
com maior módulo

(d) poli(metafenileno isoftalamida) MPIA

Fonte: PETERS, 1998


57
FIBRAS DE ARAMIDA

Fibras comerciais:

para-aramida meta-aramidas

• Kevlar (Dupont) • Nomex (Dupont)


• Technora (Teijin) • Teijinconex
• Armos (VIAM) e (Teijin)
SVM

Fonte: PETERS, 1998


58
FIBRAS DE ARAMIDA

a aramida não
Formação destas fibras apresenta ponto de
por processos de difícil de ser realizado fusão e é solúvel em
fiação convencionais um limitado número
de solventes

Polímero: solúvel em ácidos fortes – Ácido sulfúrico concentrado é normalmente


utilizado

Fonte: BHAT, 2016


59
FIBRAS DE ARAMIDA
Fiação à úmido: a solução polimérica é extrudada através de fieiras em elevadas temperaturas
(~200°C) em um banho de coagulação

orientação das cadeias durante a fiação

Banho de água gelada também contém uma


base para neutralizar e remover o ácido retido

Processo de fiação úmida para produção das fibras


Fonte: CHAWLA, 1987; BHAT, 2016
60
FIBRAS DE ARAMIDA
As excelentes propriedades das fibras de aramida (para e meta) resultam da estrutura físico-
química.

Anéis aromáticos da cadeia produzem elevada resistência térmica

A orientação das cadeias paralelas a direção resultam em uma elevada eficiência de


de fiação, ocasionada durante o empacotamento, permitindo a obtenção de
processamento, e a linearidade da cadeia filamentos com elevado módulo longitudinal.

Fonte: CHAWLA, 1987; PETERS, 1998


61
FIBRAS DE ARAMIDA
Direção da fibra

Ligações intramoleculares

Ligações intermoleculares
secundárias

Esta é a principal razão pela


Apesar de não serem tão Como as moléculas são
qual as fibras de aramida
fortes como as ligações rígidas, a única forma de
(para) apresentam-se
primárias intramoleculares, separá-las sob tensão é pela
excepcionalmente forte na
centenas ou milhares destas quebra de todas as ligações
direção axial e também a
ligações são formadas entre de hidrogênio de uma só
explicação do porquê as
as moléculas adjacentes de vez, o que requer uma
fibras não apresentam fusão
para-aramida. elevada força.
cristalina.

Fonte: PETERS, 1998


62
FIBRAS DE ARAMIDA

Decomposição (inicia em ~350°C, sua resistência à temperatura não é


em ar) igual à de fibras inorgânicas

Uso prolongado de fibras de para-


aramida em temperatura elevadas
é limitado à cerca de 150 - 175°C

Variação de resistência em função do tempo das fibras de


aramida quando expostas à diferentes temperaturas
Fonte: PETERS, 1998
63
FIBRAS DE ARAMIDA

Absorvem água umidade pode chegar a 5%

Desvantagens
A degradação ocorre apenas na
Fortes absorvedores de presença de oxigênio, alterando a
radiação UV coloração de amarelo para
laranja

Fonte: PETERS, 1998


64
FIBRAS DE ARAMIDA

pode aumentar a resistência ao fogo,


baixa condutividade térmica
uma vez que a fibra não conduz calor

Trajes de fibras de aramida e algodão após teste de chama.

Fonte: Dupont
65
FIBRAS DE ARAMIDA
Thermo-man:
vídeo

Fonte: http://www.dupont.com.br/produtos-e-servicos/equipamentos-protecao-pessoal/equipamentos-protecao-
termica/videos/demonstracao-thermo-man.html 66
FIBRAS DE ARAMIDA
as fibras se contraem
devido ao coeficiente
ligeiramente com o
Expansão térmica direção longitudinal de expansão térmica
aumento da
negativo (-4,9 x 10-6/°C)
temperatura

Devido a esse coeficiente negativo, compósitos utilizando essas fibras podem apresentar
baixa ou nenhuma expansão térmica

Vantagens

• a elevada tenacidade, que permite o desenvolvimento de tecidos para a fabricação de coletes e


blindagem para resistir a impactos causados por projéteis de armas de fogo.

• não causam irritação ou sensibilidade no contato com a pele e não apresentam toxicidade.

Fonte: MARINUCCI, 2011; PETERS, 1998


67
FIBRAS DE ARAMIDA
As fibras de aramida apresentam densidade que varia de 1,38 a 1,45 g.cm-3 e podem ser utilizadas em
diferentes aplicações

COMPÓSITOS ESTRUTURAIS

APLICAÇÃO DIRETA COMO FIBRA

Fonte: PETERS, 1998


68
FIBRAS DE POLIETILENO

69
FIBRAS DE POLIETILENO
Polietileno (PE) é um material orgânico da família das poliolefina, uma das classes de materiais mais
utilizados no mundo, em termos de volume.

Monômero de etileno e molécula de PE


PEAD PEBD

Tipo de cadeia Linear Ramificada


Densidade (g.cm3) 0,95 - 0,96 0,92 – 0,93

Tm (°C) 135 110


Tg (°C) -90 -110
Cristalinidade (%) 85 -95 40-60
Polimerização polimerização iônica com catalisadores via polimerização de
organometálicos como os Ziegler-Natta radical livre
ou catalisadores metalocenicos

Fonte: BHAT, 2016


70
FIBRAS DE POLIETILENO

utilizados para uma


processadas por
Polietilenos com grande variedade de
fiação no estado
massa molar na aplicações
fundido e estiradas a
faixa de 104 a 105 Da comerciais, inclusive
frio
fibras,

PE de ultra alto peso molecular (PEUAPM) ou ultra high molecular weight (UHMWPE)

Difícil processamento
elevada viscosidade e a baixa
razão de estiramento,
Quando a massa molar for
proporcionada pelo aumento
superior à 1 milhão Da
do nível de emaranhamento
molecular

Fonte: BHAT, 2016


71
FIBRAS DE POLIETILENO

Fiação de fibras comerciais de PEUAPM


Processamento de fibras
poliméricas

solução diluída
(5 a 8% -
usualmente
xileno em
elevadas otimizar a estrutura ou a
temperaturas) morfologia do filamento

obter-se o desempenho
mecânico requerido para
Fibras altamente cristalinas com um grau muito uma determinada aplicação
alto de orientação ao longo do eixo das fibras.
Cristalinidade das fibras pode chegar a 90%

Fonte: BHAT, 2016


72
FIBRAS DE POLIETILENO
Fatores afetam as propriedades mecânicas das fibras, tais como:

Grau de ordem: no caso do PE, refere-se a cristalinidade total e a perfeição dos


cristais presentes nas fibras.

Ordem e tamanho dos domínios: refere-se a morfologia (ou formato) e a


distribuição espacial dos domínios amorfos e cristalinos.

Grau de orientação: refere-se ao grau em que a orientação molecular nas


diferentes fases desviam da direção do eixo da fibra.

Extensão molecular: refere-se ao grau com que as moléculas de PE se estendem ao


longo do eixo da fibra

Fonte: BHAT, 2016


73
FIBRAS DE POLIETILENO
O processo de fiação induz à extensão das cadeias poliméricas durante o fluxo, sendo que
a formação de cristais é influenciada por:

massa molar do
pela temperatura taxa de cisalhamento taxa de resfriamento
polímero

Fonte: MARISSEN, 2011


74
FIBRAS DE POLIETILENO

Propriedades de algumas fibras

Fibra Resistência à Módulo de Densidade


tração (GPa) Eslasticidade (GPa) (g.cm3)

Aço ~2 ~200 ~7,75


Fibra de carbono de piche 3,6 – 3,9 520 – 880 2,1 - 2,2
mesofase
Fibra de carbono de PAN 4,9 – 6,4 230 – 294 1,7 – 1,8

Fibra de vidro (S) ~80 ~45 ~2,5


Fibras de PEUAPM 2,5 – 3,7 70 - 133 0,97
Fibra de aramida 3 - 3,4 70 - 185 1,44

Fonte: BHAT, 2016


75
FIBRAS DE POLIETILENO

Desvantagens a resistência a compressão é baixa

são quimicamente inertes e a interação com outros polímeros é


fraca, o que torna a utilização dessas fibras em compósitos onde a
adesão fibra/matriz é requerida um desafio técnico significativo

apresentam baixo coeficiente de fricção e são escorregadias

alongam-se sob fluência e temperatura (acima de 100°C).

inadequados para aplicações estruturais que devem operar em


temperaturas acima das condições ambientais

Fonte: BHAT, 2016


76
FIBRAS DE POLIETILENO
Fibras de PEUAPM são comercializados com o nome de Spectra® da Honeyweel e Dyneema®.

Aplicações : capacetes (com poliuretano como matriz),


luvas e vestimentas em esporte como esgrima (devido a boa resistência
ao corte.

Fonte: MARISSEN, 2011


77
FIBRAS VEGETAIS

78
FIBRAS VEGETAIS

Crescente interesse em fontes renováveis, relacionado à:

o aumento da consciência ambiental relacionada ao desenvolvimento


sustentável

o crescente do problema de resíduos

o início de regulamentações e legislações ecológicas, tais como, ciclo de


vida

a depleção dos combustíveis fósseis

o aumento do preço do petróleo

Fonte: MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005


79
FIBRAS VEGETAIS

A demanda por está forçando os


A pressão por
parte de fornecedores de materiais e
legislações
consumidores por indústrias à considerar o
relacionadas à
produtos impacto ambiental de seus
tecnologias “mais
ecologicamente produtos em todos os
verdes”
corretos estágios do ciclo de vida

Seleção dos
disposição final
materiais

reciclagem processamento

Fonte: MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005


80
FIBRAS VEGETAIS

responsável pelo interesse no


Estes aspectos, bem como a disponibilidade
desenvolvimento de tecnologias
mundial de fibras oriundas de plantas e outros
sustentáveis na área de compósitos
resíduos de produção agrícola
poliméricos com fibras vegetais

Nos últimos anos, as pesquisas a respeito do uso de fibras vegetais como agente de
reforço em matrizes poliméricas têm aumentado muito

Devido à busca crescente por materiais, de fontes renováveis, com propriedades


adequadas para substituir as fibras sintéticas em certas aplicações

Fonte: MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005


81
FIBRAS VEGETAIS
Brasil - maior biomassa do mundo maior extensão territorial cultivável

Diversidade de plantas lenhosas e fibrosas na


Amazônia: potencial para a descoberta de novas fibras
vegetais com propriedades desejáveis para o
desenvolvimento de compósitos poliméricos
Fonte: http://www.biomassabr.com/
82
FIBRAS VEGETAIS
Possibilidade de destinação de um material oriundo de fonte renováveis para desenvolvimento de produtos
com bom elevado valor agregado.

Minimização da geração de resíduos pela extração das fibras de resíduos oriundos da colheita de frutos;

A utilização de fibras vegetais envolve atualmente aspectos econômicos, ambientais e sociais.

O emprego dessas fibras pode contribuir para o desenvolvimento da economia em diversas regiões do país e
evitar o êxodo rural

Banco compósito de bagaço de Cana de


Casca de arroz Açúcar e resina polimérica

Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006; MERLINI, 2011


83
FIBRAS VEGETAIS
Utilização de cargas oriundas de fontes vegetais e resíduos

Resina de poliéster + serragem

Fonte: https://www.behance.net/gallery/20558481/Cocadinha-Stool-Banco-Cocadinha
84
FIBRAS VEGETAIS

Propriedades das fibras vegetais x fibras sintéticas utilizadas em compósitos

Fibra Densidade Tensão na ruptura Módulo Deformação (%) Custo


(g.cm-3) (MPa) Elástico (GPa) (R$/Kg)

Carbono 1,4 4000 230-240 1,4 - 1,8 50,00


Vidro E 2,5 2000-3500 70 2,5 3,50
Juta 1,3 393 - 773 26,5 1,5 - 1,8 1,00
Bananeira 0,4 – 1,4 85 - 150 3,2 - 4,8 2,1 1,00
Sisal 1,5 511 - 635 9,4-22,0 2,0 - 2,5 0,36
Coco 1,1 - 1,4 131 - 175 4 - 13 15 - 40 1,00
Bambu 1,1 70 - 575 4,6-28,8 3,2 1,00

As propriedades mecânicas específicas (razão


Baixa densidade das fibras vegetais propriedade/densidade) são comparáveis aos
valores das fibras de vidro

Fonte: MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005; Apud MERLINI, 2011


85
FIBRAS VEGETAIS

são biodegradáveis

de fonte abundante e de rápida renovação

disponibilidade pode ser considerada praticamente ilimitada


Vantagens

menor toxicidade

menor densidade e menor custo

Menor quantidade de energia necessária para seu processamento, (80% menor do que
a utilizada para a produção de fibras sintéticas)

são menos abrasivas aos equipamentos de mistura e moldagem

Fonte: MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005


86
FIBRAS VEGETAIS

Desvantagens
elevada absorção de
umidade (~10%)

Devem ser consideradas particularmente


baixa resistência durante longos tempos de estocagem e
microbiana processamento

suscetibilidade ao
apodrecimento.

alterando as propriedades mecânicas e físicas


Inchamento das fibras e reduzindo a estabilidade dimensional do
caráter hidrofílico das compósito
cargas
incompatibilidade e baixa impregnação das fibras com algumas matrizes
termoplásticas

Fonte:
87
FIBRAS VEGETAIS

Baixa estabilidade térmica: o que limita a temperatura máxima de processamento em cerca de 200 °C,
restringindo a escolha do polímero para ser utilizado como matriz.

TGA e DTG que demonstram a temperatura de degradação de diferentes tipos de fibras

100 Fibra de pupunheira 1


Fibra de coco 0
90
Fibra de bananeira
-1
80
-2
70 -3

DTG/(%/min)
Massa (%)

60 -4

-5
50
-6
40
-7
30 -8
20 -9 Fibra de pupunheira
Fibra de coco
10 -10
Fibra de bananeira
-11
0 100 200 300 400 500 600 700
100 200 300 400 500 600 700
Temperatura (°C)
Temperatura (°C)

Fonte: Desenvolvido pela autora


88
FIBRAS VEGETAIS

Fibras convencionais, como de carbono e vidro, podem ser produzidas com uma gama de
propriedades bem definidas.

Região onde são extraídas da planta (caule,


folha, semente)

Condições de processamento
Variam
Propriedades das fibras
consideravelmente em
vegetais Grau de polimerização e a estrutura cristalina
função da:
(tipo de celulose, orientação das cadeias de
celulose cristalinas e não-cristalinas)

Região e condições de cultivo

Fonte: GASSAN e BLEDZKI, 1997


89
FIBRAS VEGETAIS

Fluxograma de classificação das fibras vegetais de acordo a origem na planta

Fibras vegetais ou lignocelulósicas

Talo,
Semente Fruto/Casca Caule Folha Junco, cana Madeira
pseudocaule

Coco
Algodão Linho Abacaxi Banana
Arroz Bamboo
Cânhamo Abaca Pupunha
Bagaço da cana
Juta Sisal
Rami Curaua
Kenaf

Fonte: MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005


90
FIBRAS VEGETAIS
Fibras de Bananeira (Musa Cavendishi)

• São extraídas do pseudocaule ou tronco da bananeira que após a colheita dos frutos seria deixados na
lavoura para sua decomposição natural;

Fonte: MERLINI, 2011


91
FIBRAS VEGETAIS
• Pupunheira (Bactris Gasipaes)
• Palmácea alternativa para produção de palmito

• Fibra de pupunheira
• Extraídas de refugo da colheita de palmito.

Fonte: CUNHA, 2014


92
FIBRAS VEGETAIS
Fibras de juta (Corchorus Capsularis)

Ciclo de produção da juta:

(a) Colheita (b) Secagem (c) Processamento

(d) Fibra (e) Tecido

Fonte: PIRES, 2009


93
FIBRAS VEGETAIS
Estrutura de uma fibra vegetal

Fonte: PIRES, 2009


94
FIBRAS VEGETAIS
Representação estrutural de uma microfibrila de uma fibra vegetal

Fonte: BLEDZKI e GASSAN, 1999; MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005


95
FIBRAS VEGETAIS
MEV de uma fibra de bananeira

Parede
celular
Lúmen

(a) superfície b) seção transversal, destacando a parede celular


e o lúmen

Fonte: MERLINI, 2011


96
FIBRAS VEGETAIS
Composição química de algumas fibras vegetais (% mássica)
Fibra Celulose Hemicelulose Lignina Pectina Ceras Absorção de
umidade (%m)

Bananeira 63-64 10 5 - - 10-12

Juta 61 - 71,5 13,6 - 20,4 12 - 13 0,2 0,5 12,5 -13,7

Sisal 66 - 78 10 - 14 10 - 14 10 2 10 - 22

Algodão 85 - 90 5,7 - 0,1 0,6 7,85 – 8,5

Linho 71 18,6 – 20,6 2,2 2,3 1,7 8 -12

Rami 68,6 – 76,2 13,1 -16,7 0,6 -0,7 1,9 0,3 7,5 -17

Coco 36 - 43 0,15 - 0,25 41 - 45 3–4 - -

Cânhamo 70 -74 17,9 -22,4 2,2 2,3 1,7 8 -12

Kenaf 45 -57 21,5 8 -13 3 -5 - -

A composição química pode variar de acordo com a espécie, a região de cultivo, tipo de solo e condições climáticas.

Fonte: MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005


97
FIBRAS VEGETAIS
Celulose: (α-celulose) é o principal componente das fibras vegetais e é responsável pela ligação
das fibras ao polímero e pela resistência mecânica

macromolécula linear, constituída de


unidades de anidro-D-glicose (C6H10O5),

Unidade básica da celulose

determinando muitas das


Estrutura
propriedades físicas e
semicristalina
químicas das fibras
Celulose

resistente a álcalis, mas facilmente hidrolisada por ácidos

Fonte: Apud de MERLINI, 2011


98
FIBRAS VEGETAIS

Forma a matriz que envolve as microfibrilas de celulose e


normalmente atua como elemento de ligação entre a celulose e
a lignina, sendo o principal elemento estrutural da parede
celular.
Hemicelulose
É um polissacarídeo amorfo com grau de polimerização de cerca
de 50 a 300, hidrofílica e solúvel em soluções alcalinas, sendo
facilmente hidrolisada em ácidos.
Fase amorfa

É um polímero amorfo, hidrofóbico, formada por componentes


alifáticos e aromáticos com estrutura tridimensional ramificada,
não hidrolisável em ácidos, porém solúvel em soluções alcalinas.
Lignina
Atua como agente de acoplamento entre a celulose e a
hemicelulose e confere rigidez a parede celular.

Fonte: MOHANTY, MISRA e DRZAL, 2005


99
FIBRAS VEGETAIS
Com o aumento do teor de celulose a resistência à tração e o módulo de Young aumentam.

Dependência da resistência à tração das fibras em relação ao


conteúdo de celulose.

Fonte: BLEDZKI e GASSAN, 1999


100
FIBRAS VEGETAIS

absorção de umidade e
Presença de grupos a fibra apresenta pouca afinidade com
hidroxilas (OH) caráter hidrofílico matrizes poliméricas
hidrofóbicas

Compósitos poliméricos reforçados com fibras vegetais podem absorver umidade,


causando mudanças volumétricas e tensões residuais, além da degradação das fibras
e da matriz.

Fonte: MERLINI, 2011


101
FIBRAS VEGETAIS
Absorção de água

´
Composito de poliuretano com fibras sem tratamento
16
Vf = 15% ST
14

12
Absorçao de agua (%)

10
´

8
Vf = 10% ST
~

6
Vf = 5% ST
4

2
PU
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
Tempo (h)

Fonte: MERLINI, 2011


102
FIBRAS VEGETAIS

Aplicações - indústria automobilística:


• tetos,
• isoladores frontais,
• feltros acústicos,
• caixas de rodas,
• laterais de portas,
• estofamentos
• e isoladores de capô,

Fonte: http://www.naturalfibersforautomotive.com/
103
FIBRAS CERÂMICAS

104
FIBRAS CERÂMICAS

necessidade de fibras para elevadas


desenvolvimento de fibras cerâmicas
temperaturas

elevada
resistência à
tração e módulo
elástico

estabilidade
livre de ataque
em elevadas
ambientais
temperaturas

Fonte: AGARWAL e BROUTMAN, 1990; MALLICK, 1993


105
FIBRAS CERÂMICAS
Fibras de óxido de
Temperatura de
alumínio (alumima)
fusão – 2045°C
(Al2O3)
Fibras cerâmicas
mais importantes
Mantem as
carbeto de silício Temperatura de
propriedades até
(SiC) fusão - 2830 °C
~1730°C

Propriedade Fibra de alumina Fibra de SiC Fibra de SIC


(CVD) (pirólise)
Densidade (g.cm-3) 3,9 3,3 2,6
Resistência à tração (MPa) 1380 3500 2000
Módulo de elasticidade (GPa) 379 430 180

Podem ser utilizadas em matrizes em que fibras de carbono e boro apresentam efeitos
adversos.

Fonte: AGARWAL e BROUTMAN, 1990; MALLICK, 1993


106
FIBRAS CERÂMICAS

deposição utilizando-se
química em Produção das precursores
fase vapor fibras de SiC poliméricos

Deposição química em fase vapor

Recobrimento de uma fibra de carbono por uma


mistura de organosilanos (CH3SiCl3 ou Cl2CH3SiH) e gás
de hidrogênio

O processo é realizado pelo aquecimento em


temperaturas de cerca de 1330°C, permitindo
a deposição de SiC sobre as fibras.

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006


107
FIBRAS CERÂMICAS
Obtenção de fibras cerâmicas utilizando-se precursores poliméricos: é similar ao método
utilizado para a obtenção de fibras de carbono

obtenção de um
polímero suscetível
Fiação
de ser transformado
em um filamento

Tratamento térmico
Cura para conversão em
material cerâmico.

Sequência de processamento para a


obtenção de fibras cerâmicas

Fonte: LEVY NETO e PARDINI, 2006


108
COMPARAÇÃO DAS PROPRIEDADES DAS FIBRAS
Propriedades de diferentes tipos de fibras, a 20°C.
Propriedade Fibra de Fibra de Fibra de Fibra de Fibra de Fibra de Fibra de Fibra de
carbono carbono aramida vidro (E) SiC - CVD SiC – Al2O3 boro
Tipo I Tipo II Nicalon
(Kevlar 49)
Diâmetro (µm) 7 -10 7,6 – 8,6 12 8 -14 100 -200 10 -20 20 100 -200
Densidade (g.cm-3) 1,95 1,75 1,45 2,55 3,3 2,6 3,95 2,6
Módulo Elástico (GPa) – 390 250 125 70 430 180 379 385
Paralelo ao eixo
Módulo Elástico (GPa) – 12 20 - 70 - - - -
Perpendicular ao eixo
Resistência à tração 2,2 2,7 2,8 -3,5 1,5 -2,5 3,5 2 1,4 3,8
(GPa)
Deformação na ruptura 0,5 1,0 2,2 -2,8 1,8 -3,2 - - - -
(%)
Coeficiente de expansão -0,5 -1,0 0,1 a -0,5 -2 a -5 4,7 5,7 - 7,5 8,3
térmica (10 -6 K -1)
Paralelo ao eixo
Coeficiente de expansão 7 -12 7 -12 59 4,7 - - - -
térmica (10 -6 K -1)
Perpendicular ao eixo

Fonte: CHAWLA, 1987


109
COMPARAÇÃO DAS PROPRIEDADES DAS FIBRAS

Atmosfera inertes: excepcionais propriedades


em temperaturas elevadas, acima de 2000°C
fibras de carbono
presença de ar, não apresentam resistência à
oxidação

são as únicas adequadas para serem


Fibras cerâmicas utilizadas como reforço em temperaturas
elevadas (~1200-1300°C)
Resistência à
temperatura
são adequadas apenas para serem utilizadas Kevlar -degradação
Fibras de Kevlar e
em matrizes poliméricas, em temperaturas severa quando
PEUAD
baixas (levemente superior à ambiente) exposta a luz solar

temperatura de amolecimento em cerca de


850°C, porém, a resistência à tração e
Fibras de vidro
módulo das fibras tipo E diminuem
rapidamente

Fonte: HULL, 1981


110
REFERÊNCIAS
• AGARWAL, B. D.; BROUTMAN, L. J. Analysis and performance of fiber composites. 2. Ed. USA: John Wiley and Sons, 1990.
• BHAT, G. Structure and Properties of High-Performance Fibers. Woodhead Publising and The Textile Institute, 2016. ISBN ISBN: 978-0-08-100551-4.
• BLEDZKI, A. K.; GASSAN, J. Composites reinforced with cellulose based fibres. Progress in Polymer Science, v. 24, n. 2, p. 221-274, 1999.
• CALLISTER JR, W. D.; RETHWISCH, D. G. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2013.
• CARVALHO, R. M. D.; KUBOTA, L. T.; ROHWEDDER, J. J. Fibras de carbono: aplicações em eletroanalítica como material eletródico. Química Nova, v. 22, p. 1-14, 1999.
• CHAWLA, K. K. Composite Materials Science and Engineering. Berlin: Springer-Verlag, 1987.
• CHAWLA, K. K. Ceramic Matrix Composites. First edition. Springer-Science+Business Media, Bv., 1993.
• CUNHA, M. D. P. P. D. ANÁLISE EXPERIMENTAL DE COMPÓSITOS DE POLIURETANO DERIVADO DE ÓLEO DE MAMONA E FIBRA DE PUPUNHEIRA PURA E RECOBERTA COM POLIPIRROL.
2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Materiais ). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.
• GASSAN, J.; BLEDZKI, A. K. The influence of fiber-surface treatment on the mechanical properties of jute-polypropylene composites. Composites Part A: Applied Science and
Manufacturing, v. 28, n. 12, p. 1001-1005, 1997/01/01 1997.
• HUANG, X. Fabrication and Properties of Carbon Fibers. Materials v. 2, p. 2369-2403, 2009.
• HULL, D. An Introduction to composite materials. Great Britain: Cambridge University Press, 1981. 246.
• KRENKEL, W. Ceramic Matrix Composites: Fiber reinforced ceramic and their application. Verlag: WILEY-VCH, 2008. ISBN 978-3-527-31361-7.
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