Você está na página 1de 23

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do

Sul

Ciência Política e Teoria do Estado

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
´

Professor Dejalma Cremonese

Ariele Schneider de Lima

Ijuí, 23 de junho de 2008


Antropologia Filosófica

 Investigação da essência do homem.


 Interpretação ontológica do homem.
 Reflexão sobre nós próprios.
 Compreender o homem.
 Tudo se deduz a partir do homem.

O que é o homem?
Objetivo / Tese
 Como o espírito/homem explica todas as funções e
obras específicas do homem.
 O que é especificamente humano.
 Qual o problema do humano.
 Grande continuidade entre o reino animal (vertebrados
superiores) e o reino humano.
 Tese de que as instituições humanas, a fabricação e uso
de instrumentos não são exigidos por necessidades
biológicas e outra que diz que estes têm uma base
biológica, mas não são redutíveis a ela.
Objeto de estudo

• Significado do “Ser”.
• Interessa estudar o homem e estudar tudo o
mais apenas em relação a ele.
• O que é mais significativo é o conhecimento
do homem, e não o de nós próprios
enquanto individualidade.
• As ações do homem dentro de seu ambiente
biológico que possa diferenciá-lo de outros
animais.
Método de estudo

 Reflexão sobre a vida, a religião e a reflexão filosófica


que parte do princípio do cogito.
 Introspecção.
 Usa dados proporcionados pela biologia, sociologia,
psicologia, arqueologia e pela história.
 Interpreta os dados à sua maneira, unificando em uma
teoria abrangente.
 Método empírico-formal, tendo como modelo as ciências da
natureza;
 Método dialético, tendo como modelo as ciências da história;
 Método fenomenológico, tendo como modelo as ciências do
psiquismo;
 Método hermenêutico, tendo como modelo as ciências da
cultura;
 Método ontológico, tendo como modelo a Antropologia
clássica.
Níveis de conhecimento do homem
 A) Plano da pré-compreensão:
 É predominante uma certa imagem do homem.
 Experiência natural do próprio homem.
 Exprime intelectualmente em representações, símbolos,
crenças etc...;
 B) Plano da compreensão explicativa:
 Situa as ciências do homem.
 Compreendê-lo pela explicação científica.
 Obedecendo os métodos próprios de cada ciência.
 C) Plano da compreensão filosófica
(ou transcendental):
 Considera o objeto enquanto ser.
 Transcende os limites metodológicos
postos pela explicação científica.
 Condição de possibilidade e, portanto, de
inteligibilidade das outras formas de
compreensão do homem.
 Experiência original que o homem faz de si
mesmo como ser capaz de dar razão.
Problematização

 O problema do homem esta no próprio


homem.
 Lugar ocupado pela função racional do
ser humano em comparação com outras
funções.
 “O que posso conhecer?”
 “O que devo fazer?”
 “A que posso aspirar?”
 “O que é o homem?”
Linhas fundamentais da Antropologia
filosófica:
• A) conceitos de estrutura:
• Estrutura somática (corpo próprio).
• Estrutura psíquica (psiquismo).
• Estrutura espiritual (espírito).
• B) Conceitos de relação:
• Relação com o mundo (objetividade).
• Relação com o Outro (inter-subjetividade).
• Relação com o Absoluto (transcendência).
• C) Conceitos de unidade:
• Unidade como unificação (realização).
• Unidade como ser-uno (essência).
Principal filósofo

 Max Scheler (pioneiro).


 Natureza da história e o seu sentido.
 Conduta humana e o seu valor moral.
 Essência espiritual do homem.
 Relações do homem com Deus (teoria da
religião).
 Conhecimento e as formas de saber.
 Somente a partir do homem, que se torna acessível a
verdadeira natureza do princípio de todas as coisas.
 A difusão do homem na divindade possibilita o conhecimento
do fundamento de todas as coisas:
 O espírito infinito (de que procede a estrutura essencial do
mundo e do homem) ;
 O impulso irracional(origem da existência e do ser
contingente).
As três fases de Max Scheler:
Pré-fenomenológica

 Escritos produzidos a partir de 1899 até o ano de 1905.


 Egresso das Universidades de Berlin e Jena.
 Influenciado pelas idéias de seus professores.
 Idéias do Neokantismo.
 Ética racionalista.
 Conciliação entre razão e sensibilidade.
Fenomenológica
 Obras produzidas de 1906 até 1920.
 Primeira fase de maturidade do filósofo.
 Análises dos sentimentos, dos valores e do amor.
 Catolicismo.
 Teoria do Amor relativa ao catolicismo.
 Fundamentação da ética, a conduta moral e a
espiritualidade humana.
Antropológica e metafísica
 período que vai de 1921 até 1928, ano em que falece.
 Abandona o catolicismo.
 Reavaliação de seu pensamento.
 Influenciado pelos avanços das ciências biológicas e da
natureza.
 Muito conhecido no mundo hispânico.
 Momento máximo de conceituação.
Frases de Max Scheler:
 “O destino do homem é ser mais do que um “servo” e criado obediente, mais do
que um “filho” de um Deus já pronto e perfeito por si mesmo. No seu ser-
homem, que é um ser de decisão, o homem é portador da dignidade superior de
um aliado, mesmo de um colaborador de Deus, que no meio das tempestades
do mundo carrega á frente de tudo a bandeira da divindade, a bandeira do
“Deitas” que só se realiza com o processo do mundo.“ (Cosmovisão filosófica)
 “O homem é capaz de três formas de saber: o saber de dominação ou de
realização, o saber da essência ou cultural e o saber metafísico ou saber de
salvação. Nenhuma destas três espécies de saber existe somente em função de
si mesma.” (Cosmovisão filosófica)
Principal obra:
 A Posição do Homem no Cosmos – Max Scheler
Evolução do pensamento: Schelling
 Filosofia da vida – Nietzsche, Helmut Plessner, Arnold
Gehlen
 Filosofia da cultura – Ernst Cassirer Fenomenologia
Scheller (formula de modo explícito o tema
antropológico como tal Filosofia da Existência).
"origem-fim"

 Ninguém jamais soube onde e quando o


conjunto da realidade começou e nem
como ou quando vai terminar.
 Existem teorias: Teoria da eternidade do
mundo; Mito cosmogônico; “Big Bang“;
Teologia da criação ; Atomismo
materialista.
 Cada qual com sua respectiva explicação
do fim.
 Dependemos destas teorias para o nosso
senso de orientação no tempo.
"natureza-sociedade"

 Vivemos em dois campos da realidade, um anterior e


independente da ação humana e outro criado por ela.
 A natureza pode aparecer como um pesadelo temível ou
como seio materno acolhedor.
 A sociedade pode ser lar ou prisão, fraternidade ou guerra.
 Revela a impossibilidade, seja de compreender um deles sem
referência ao outro, seja de explicar um dos termos pelo seu
contrário, seja de articulá-los numa equação definitiva.
“Imanência-transcendência"
 Cada ser humano sabe que ele próprio existe.
 Ninguém pode compreender-se ou ignorar-se
totalmente.
 Cada um se conhece e se desconhece quase tanto
quanto aos demais.
 "Por que existe o ser e não antes o nada?“
 No ponto de interseção dos três eixos (origem-fim;
natureza-sociedade; imanência- transcendência) como
no das três direções do espaço, fixado na estrutura da
realidade como Cristo na cruz, está o ser humano.
Evolução do pensamento do homem
através dos séculos

 Antiguidade:
 Centrava-se em torno do “cosmos”
ou da natureza em si estática.
 Encarava o homem em conexão
com a natureza estática.
 Idade Média:
 O homem era membro da “ordem”
emanada de Deus.
 Idade Moderna:
 Firma o homem sobre si mesmo.
 Homem predominantemente como “sujeito” ou razão.
 Sujeito transcendental ou razão universal absoluta.
 Subjugar e volatilizar o homem.
 Momento fugaz do curso evolutivo do absoluto.
 Pensamento Contemporâneo:
 O homem tomou consciência e verificou haver perdido
tudo.
 Perdeu a própria personalidade.
 Se encontra agora perante o nada.
Bibliografia:
 www.geocities.com/MaxSchelerBrasil
 www.wikipedia.org
 www.cavaleirodotemplo.blogspot.com
 Livro: Antropologia Filosófica I – Henrique C. L. Vaz, S. J.

Você também pode gostar