O documento descreve a biografia e as pesquisas da psicóloga Emilia Ferreiro sobre como as crianças aprendem a ler e escrever. Ferreiro estudou como as crianças passam por diferentes hipóteses sobre a escrita, começando por desenhos e símbolos até compreenderem a lógica alfabética. Suas descobertas tiveram grande impacto no ensino da alfabetização na América Latina.
O documento descreve a biografia e as pesquisas da psicóloga Emilia Ferreiro sobre como as crianças aprendem a ler e escrever. Ferreiro estudou como as crianças passam por diferentes hipóteses sobre a escrita, começando por desenhos e símbolos até compreenderem a lógica alfabética. Suas descobertas tiveram grande impacto no ensino da alfabetização na América Latina.
O documento descreve a biografia e as pesquisas da psicóloga Emilia Ferreiro sobre como as crianças aprendem a ler e escrever. Ferreiro estudou como as crianças passam por diferentes hipóteses sobre a escrita, começando por desenhos e símbolos até compreenderem a lógica alfabética. Suas descobertas tiveram grande impacto no ensino da alfabetização na América Latina.
Graduada em Psicologia , doutorou-se na Universidade de Genebra (Suíça), sob orientação de Jean Piaget A divulgação de seus livros no Brasil, a partir de meados dos anos 80, causou um grande impacto sobre a concepção que se tinha do processo de alfabetização Suas pesquisas revelam forte compromisso com a realidade social e educacional da América Latina: o fracasso nos anos iniciais da vida escolar atinge especialmente os setores marginalizados da população Sua preocupação principal refere-se à compreensão de como as crianças aprendem a ler e a escrever Prescrição de novos métodos para o ensino da leitura e da escrita ou novas formas de classificar as dificuldades de aprendizado não fazem parte das pesquisas de Ferreiro e Teberosky Suposições prévias à pesquisa: as crianças chegam à escola com conhecimentos variáveis sobre a leitura e a escrita A interpretação dos resultados da pesquisa indicou que as crianças estabelecem critérios que diferenciam textos que servem para ler dos outros que não permitem a leitura Hipótese da quantidade mínima de letras (conflito com a leitura inicial oferecida em grande parte das cartilhas) Hipótese da variedade de caracteres (mais um conflito com as cartilhas: papa, coco, bebe, babá...) Orientação espacial da leitura: saber que se lê da esquerda para a direita e de cima para baixo é um conteúdo que se dá pela observação que a criança faz de um alfabetizado que lê para ela indicando ou explicando esta convenção. Conhecimento das letras: Conhece uma ou duas letras, principalmente as iniciais do próprio nome, sem atribuir nome às letras (letra da Carolina, letra da mamãe...) Conhece todas as vogais e algumas consoantes
Por fim, nomeia todas as letras do alfabeto e são
capazes, em algumas delas, indicar o valor sonoro além do nome As crianças fazem intensas explorações sobre o alfabeto. Percebem que o W é o M invertido, o A é o V cortado, o I virado fica igual Hipótese Pré-Silábica Não se busca correspondência da letra com o som. A criança tenta nesse nível: diferenciar desenho e escrita
Utilizar, no mínimo, três letras para poder escrever
palavras reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes A) Fase Pictórica: a criança registra garatujas e desenhos . Muitas vezes, usa a linearidade, demonstrando conhecer características da escrita
B) Fase Gráfica Primitiva: a criança registra símbolos e
pseudoletras, misturadas com letras e números - RV6N (ÁRVORE) ; NO21 (CARRO). Demonstra linearidade e utiliza o que conhece para escrever: bolinhas, riscos, pedaços de letras C) Fase Pré-Silábica: a criança começa a diferenciar letras de números, desenhos ou símbolos e reconhece o papel das letras na escrita: TRAQ (CASA), AIVNOAXE (ABACAXI) Não há reconhecimento do valor sonoro convencional, isto é, não observa a relação entre o som e a letra. Assim, cada um só pode interpretar a sua própria escrita, e não a dos outros. Apresenta realismo nominal
Hipótese da quantidade mínima de letras
Hipótese da variação de caracteres
Nível Intermediário I – usa alguns valores sonoros convencionais Escreve EXTATEUXE (elefante) e justifica: a palavra começa com E e termina com E Hipótese Silábica A criança coloca uma letra para cada sílaba Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes ou apenas vogais Essa noção de cada sílaba corresponder a uma letra pode acontecer com ou sem valor sonoro convencional. Por exemplo: AO ( GATO) ou TF ( GATO) Nível Intermediário II ou Silábico- Alfabético - é um momento conflitante; a criança começa a acrescentar letras principalmente na primeira sílaba. Por exemplo: TOAT (TOMATE) Hipótese Alfabética
A criança compreende a lógica da base alfabética
Distingue letra, sílaba, palavra e frase. Às vezes, não divide a frase convencionalmente: “omininu comeum doci” A criança escreve foneticamente (faz a relação entre som e letra), mas não ortograficamente “... A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa” (Emilia Ferreiro)