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TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA

DIGITAL: O QUE É E QUAIS


AS SUAS VANTAGENS?
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Marcos Santos Alves


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 O CÂNCER DE MAMA É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE ENTRE
AS MULHERES NO BRASIL (INCA).
 ESTIMATIVAS PARA O ANO DE 2016: 57.960 NOVOS CASOS.
 A DETECÇÃO PRECOCE É A FORMA MAIS EFICAZ DE REDUZIR A MORTALIDADE
DEVIDO A ESSA NEOPLASIA.
 A MAMOGRAFIA BIENAL PARA MULHERES ENTRE 50 A 69 ANOS É A ESTRATÉGIA
RECOMENDADA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE NO BRASIL PARA O
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA.

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 CERCA DE 15-30% DAS NEOPLASIAS DA MAMA AINDA NÃO
PODEM SER DETECTADOS, PRINCIPALMENTE DEVIDO AO RUÍDO
ANATÔMICO (SOBREPOSIÇÃO DE TECIDO MAMÁRIO EM LOCAIS
DE LESÕES), QUE PODE OCULTAR TUMORES OU AINDA FAZER
ESTRUTURAS NORMAIS PARECEREM SUSPEITAS.
 ALTAS TAXAS DE “RECALL” DE FALSOS-POSITIVOS E FALSOS-
NEGATIVOS.

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 É uma técnica radiológica
baseada na mamografia
digital.
 Ela fornece parâmetros mais
adequados de imagens de
qualidade em mamografia.
 A aquisição de imagens
mamárias em três
dimensões (3D).

Fonte: www.siemens.com/inspiration

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A TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA DIGITAL EMPREGA
O MESMO EQUIPAMENTO CONVENCIONAL DE
RAIOS X E OS COMPONENTES BÁSICOS DE
SISTEMAS DA MAMOGRAFIA DIGITAL,
INCLUINDO UM SUPORTE DE MAMA E A PLACA
DE COMPRESSÃO DA MAMA.

DIFERENCIAL DA TOMOSSÍNTESE: O TUBO DE


RAIOS X SE MOVIMENTA EM PEQUENOS
ÂNGULOS LIMITADOS, DE FORMA CONTÍNUA OU
PAUSADA, COM A MAMA COMPRIMIDA E
ESTÁTICA, DURANTE UM TEMPO DE EXPOSIÇÃO
CURTO, O DETECTOR PODE PERMANECER
ESTÁTICO OU GIRAR.

Fonte: www.siemens.com/inspiration
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MAMOGRAFIA X TOMOSSÍNTESE
A) B)

Processo de aquisição de imagem em: A) mamografia; B) Tomossíntese


Fonte: Adaptado de: Mahesh, 2004.
Fonte: adaptado de: (SIEMENS, 2014)
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 A redução ou eliminação do efeito de sobreposição do tecido mamário.
 Aumenta definição e caracterização das lesões encontradas (nódulos, assimetrias e distorções).
 Reduz taxa de reconvocação (incidências complementares).
 Aumento na detecção do câncer da mama.
 Redução dos resultados falsos-positivos e falsos-negativos.
 Melhor imagem das mamas densas.
 Valores de doses de radiação ionizantes dentro dos limites impostos para dosimetria em
mamografia.
 Facilita a análise de mamas com implante mamário.

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 No Brasil, os testes de controle de qualidade e a dosimetria para mamografia
convencional são estabelecidos pela Portaria nº 453 do Ministério da Saúde
(BRASIL 1998) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA 2005).
 Para os sistemas digitais, radiografia computadorizada (Computed Radiography,
CR) e radiografia direta (Direct Radiography, DR), não existe um protocolo
nacional.
 O Brasil adota os testes de controle de qualidade estabelecidos por protocolos
internacionais, como o europeu (CEC 2006) e o espanhol (SEFM 2012).

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 A recente introdução da tomossíntese mamária digital na prática clínica requer
manutenção dos requisitos de dose e qualidade da imagem, além de rotinas de
Controle de Qualidade (CQ) e monitoração da Dose Glandular Média (DGM), e
também uma equipe técnica qualificada para executar o procedimento.
 A prática de monitoração da qualidade da imagem e da dose de radiação é uma
solução para assegurar continuamente a alta qualidade de exames de
radiodiagnóstico. Ainda não foram estabelecidos protocolos nacionais e
internacionais específicos.
 A Dose Glandular Média (DGM) é a grandeza dosimétrica que melhor
caracteriza o risco de carcinogênese associado ao exame mamográfico.

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Estes protocolos
internacionais adotam
níveis de radiação
aceitáveis e desejáveis para
espessuras de acrílico de
polimetilmetacrilato
(PMMA) que equivalem a
mamas com determinada
espessura e porcentagem
de tecido glandular.

Fonte: Adaptado (IAEA,


2011)

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 Dose Glandular Média para o exame de mamografia de acordo a equação
estabelecido por Dance et al.:
𝐷𝐺𝑀 = 𝐾𝑎𝑟 𝑔𝑐𝑠
 Dose Glandular Média para o exame de tomossíntese de acordo a equação
estabelecido por Dance et al.:
𝐷𝐺𝑀 = 𝐾𝑎𝑟 𝑔𝑐𝑠𝑇
1
𝑇 = ෍ 𝑡(𝜃𝑖 )
𝑁
𝑖
𝐷𝐺𝑀(𝜃)
𝑡 𝜃 =
𝐷𝐺𝑀(0)

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Mamografia de triagem em uma
mulher assintomática de 59 anos.
Uma densidade não específica é
vista na mamografia (C), o “recall”
não foi solicitado para o exame de
mamografia digital padrão. A
imagem de tomossíntese (D)
demonstra uma densidade de massa
muito pequena com algumas
especulações sugestivas de câncer.
A histopatologia mostrou um
carcinoma ductal invasivo de grau 2
de 7 mm.

Fonte: Adaptado
(HOUSSAMI et al., 2016)
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As imagens de mamografia digital e
tomossíntese lado a lado da mama
direita em uma mulher assintomática
de 51 anos com rastreio de rotina.
Uma lesão não foi vista na triagem
de mamografia digital, mas foi
visualizada nas imagens de
tomossíntese. Uma lesão suspeita
correspondente é mostrada em
ultrassom e ressonância magnética
(E, F). Este câncer de mama
detectado por tomossíntese mostrou
ser um carcinoma ductal invasivo de
15 mm grau 2.

Fonte: Adaptado
(HOUSSAMI et al., 2016)
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Uma mulher assintomática de 49
anos com mamas densas sofreu
mamografia padrão (A) e
tomossíntese (B). Na mamografia foi
relatado negativo. No entanto, ela foi
identificada na tomossíntese para
avaliação de uma lesão especulada
na parte superior da mama direita
(C). O exame clínico não revelou
uma massa palpável. A
ultrassonografia mostrou lesão
irregular sugestiva de malignidade
(D). A histologia na cirurgia de
conservação de mama (E) mostrou
carcinoma ductal invasivo de 12 mm
grau 2.

Fonte: Adaptado
(HOUSSAMI et al., 2016)
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Uma mulher assintomática de 66 anos
foi considerada como tendo uma
mamografia de triagem negativa (A, B).
Entretanto, uma pequena massa
especulada detectada apenas na
tomossíntese (C, D). O exame clínico
não revelou uma massa palpável, no
entanto, o ultrassonografia mostrou uma
lesão altamente suspeita na mama
direita (E) correspondente à
anormalidade detectada por
tomossíntese (9D). Foi realizada
cirurgia de conservação de mama (F:
radiografia de espécime) e histologia
mostrou carcinoma lobular invasivo de
11 mm grau 2.
Fonte: Adaptado
(HOUSSAMI et al., 2016)
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 Análise das imagens tridimensionais, que exige mais tempo para o diagnóstico.
 Necessidade de habituação por parte dos técnicos e especialistas às novas
características apresentadas pela tomossíntese mamária digital.
 Maior tempo para a realização do exame, que é dependente de equipamento
para equipamento de tomossíntese, podendo ser um incômodo à paciente e ao
técnico; apesar de não estar relacionado a uma maior exposição da paciente a
radiação.
 Alto custo do equipamento de tomossíntese.

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 02/2011 – FDA (Food and Drug Administration) aprovou a tomossíntese mamária
(método combo: mamografia digital + tomossíntese).
 Aumento relativo de 27% a 45% na taxa de detecção.
 15% a 30% na redução da taxa de reconvocação.
 Dose de radiação – ainda uma questão que precisa ser resolvida (mas dentro dos
limites do FDA e muito menor que doses históricas).
 Tomossíntese – 1 ou 2 projeções?
 Mamografia digital, combo (mamografia digital + tomossíntese) ou só
tomossíntese?

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 SIEMENS. Mammomat Inspiration - Mammomat Inspiration Prime
Edition: Digital Mammography Platform for Screening, Dianostics,
Biopsy and Tomosynthesis. 2015.
 HOUSSAMI, N. et al. Digital breast tomosynthesis (3D-mammography) screening:
A pictorial review of screen-detected cancers and false recalls attributed to
tomosynthesis in prospective screening trials. The breast, v. 26, p. 119-134, 2016.
 INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY. Quality Assurance Programme for
Digital Mammography. Vienna: IAEA, 2011. (IAEA Human Health Series 17).

20
Obrigado!
FIM!

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