Você está na página 1de 83

Prof. M.Sc.

Marcelo Guimarães
Mestre em Motricidade Humana
Especialidade em Fisiologia Endócrina e Renal

Treinamento
e Obesidade
Treinamento de Força e
Obesidade
Conceituação
Prevalência
Critérios de
identificação
Impacto do
Treinamento de
força
Recomendações
práticas
Conceituação
“Obesidade é um excesso do conteúdo de
gordura do tecido adiposo estocado na
forma de triglicerídeos, resultante de um
excesso do consumo de energia relativo ao
dispêndio de energia. O ponto no qual o
excesso de gordura constitui obesidade é
muitas vezes arbitrário”.

Grilo & Brownell (1998)


ACSM, 1998 (ACSM’s Resource manual for guidelines for exercise testing
and prescription. Williams & Wilkins) 3
Prevalência Populacional Isolada de
Sobrepeso e Obesidade (1960 - 1994)
Prevalência (%)
50

40
NHES I (1960-62)
30 NHANES I (1971-74)
NHANES II (1976-80)
41.1

39.4
39.1
37.8

20 NHANES III (1988-94)

24.9
24.7
24.3
23.6
23.6

19.9

16.3
16.1
15.1
10
12.2
11.8
10.4

0
Homem (IMC = 25-29,9) Homem (IMC >= 30)
Mulher (IMC = 25-29,9) Mulher (IMC >= 30)

USDHHS (1998). Clinical guidelines on the identification, evaluation, and


treatment of overweight and obesity 4
Prevalência Populacional Conjugada de
Sobrepeso e Obesidade (1960 - 1994)
Prevalência (%)
70
60
50 NHES I (1960-62)
NHANES I (1971-74)
40
59.3 NHANES II (1976-80)
30 52.9 51.3 49.6
48.2 NHANES III (1988-94)
20 38.7 39.7 40.6
10
0
Homem Mulher

USDHHS (1998). Clinical guidelines on the identification, evaluation, and


treatment of overweight and obesity 5
Obesidade como Fator de Risco para
Diversas Enfermidades
Fator Primário
 Diabetes Mellitus Tipo II
Fator Secundário
 Doença Arterial Coronariana  Acidente Vasc. Cerebral
 Hipertensão Arterial  Apnéia Durante Sono
 Osteoartrite  Problemas Respiratórios
 Deslipidemia  Problemas Psico-sociais
 Cálculo Biliar
 Câncer (endometrial, mama, próstata e cólon)

USDHHS (1998). Clinical guidelines on the identification, evaluation, and


treatment of overweight and obesity 6
Hipertensão Arterial
Prevalência (%)
40
30
20 38.4
32.2
22.5 25.2 21.9 24
10 18.2 16.5

0
Homem Mulher
Níveis de IMC
IMC < 25 IMC 25 - 26 IMC 27 - 29 IMC > 30

USDHHS (1998). Clinical guidelines on the identification, evaluation, and


treatment of overweight and obesity 7
Deslipidemia
LDL
Prevalência (%)
30
25
20
15 27.9 28.2 24.7
10 17.5 20.4 20.2
14.7 15.7
5
0
Homem Mulher
Níveis de IMC
IMC < 25 IMC 25 - 26 IMC 27 - 29 IMC > 30

USDHHS (1998). Clinical guidelines on the identification, evaluation, and


treatment of overweight and obesity 8
Deslipidemia
Baixo HDL
Prevalência (%)
50
40
30
41.5
20 31.4 27 27.2
10 17.2 23.1 16.5
9.1
0
Homem Mulher
Níveis de IMC
IMC < 25 IMC 25 - 26 IMC 27 - 29 IMC > 30

USDHHS (1998). Clinical guidelines on the identification, evaluation, and


treatment of overweight and obesity 9
Custos (bilhões) da Obesidade
(IMC > 30) nos EUA - 1995
DAC
Hipertensão

US$16
Cancer US$8
Cálculo Biliar
US$2 US$4
Osteoartrite US$4

Total
US$37
69.95
Bilhões de
Dólares Diabetes Tipo II

Colditz (1999). MSSE 31(11 Suppl.): S663-S667


10
Critérios para
Obesidade

11
Índice de Massa Corporal (IMC)
ou Índice de Quetelet

Massa (kg)
IMC =
Estatura2 (m)

Quetelet A (1833) Researches sur le


poids de l’hommes aux differens ages.
Bruxells: Academie Royale, 36-38. 12
Critérios Para Obesidade e
Sobrepeso com base no IMC
Classificação Nível de IMC
Obesidade (kg.m-2)

Abaixo do Peso < 18,5


Normal 18,5 - 24,9
Sobrepeso 25,0 - 29,9
Obesidade I 30,0 - 34,9
II 35,0 - 39,9
Obesidade Extrema III  40,0

USDHHS (1998). Clinical guidelines on the identification, evaluation, and


treatment of overweight and obesity 13
Medida de Dobras Cutâneas

Vantagens
vs.
Limitações

14
Limitações das Medidas de
Dobras Cutâneas em Obesos
• Maior dificuldade na palpação dos pontos anatômicos
(Bray & Gray, 1988)
• Dimensão da dobra pode ser maior que a amplitude do
compasso (Gray et al., 1990)
• Grande variação na profundidade de aplicação dos
compassos
• Variabilidade do tecido adiposo pode interferir na
compressibilidade da dobra (Clarys, Martin, Drinkwater & Marfell-
Jones, 1987)
• Aumento da variabilidade inter-testador (Bray & Gray, 1988)

Heyward (1996). Applied Body Composition Assessment. Human Kinetics.


15
• Indivíduos com o IMC> que 25kg.m-2 devem
se esforçar para reduzir o peso corporal
• A dieta deve proporcionar uma restrição de
500-1000 kcal por dia (<30% de gordura)
• Gasto energético mínimo de 1000 Kcal/sem e
progredir para gasto  2000 Kcal/sem
16
Recomendação Tradicional
para a Perda de Peso

? ?
• Atividade aeróbia
• Baixa intensidade
–  60% FCmáx
• Longa Duração
– > 40min
• Após o treinamento de
musculação
Maximizar o
Metabolismo
Lipídico
17
Substrato Energético Utilizado em
Função do Tempo da Atividade
% Substrato Metabolizado (%)

70
 % Gordura
65  % Carboidrato 
60 

55 
50


45 

40
35
30
0 20 40 60 80 100 120
Tempo de Atividade (min)
Powers & Howley (1997). Exercise Physiology - theory and application to
fitness and performance. Brown & Benchmark: Madison. 18
Substrato Energético Utilizado em
Função da Intensidade da Atividade
% Substrato Metabolizado (%)


100
90 
80  
70  

 
60 

50  

40  
30
 % Gordura
 % Carboidrato 
20

10 
0
0 20 40 60 80 100
% VO2Máx (%)

Powers & Howley (1997). Exercise Physiology - theory and application to


fitness and performance. Brown & Benchmark: Madison. 19
Mobilização de Substratos (%) Durante 30min
de Atividade em Diferentes Intensidades
Gasto Calórico (Participação %)

100%
80% Glicose Plasmática
Glicogênio Muscular
60% Triglicerídeo Muscular
40% AGL Plasmático

20%
0%
25 65 85
Percentual do VO2 máximo (%)

Romijim et al. (1993). Am. J. Physiol. 265 (28): E380-E391.


20
Mobilização de Substratos (Kcal) Durante 30min
de Atividade em Diferentes Intensidades
Gasto Calórico (kcal/kg/min)

500
400 Glicose Plasmática
Glicogênio Muscular
300 Triglicerídeo Muscular
200 AGL Plasmático

100
0
25 65 85
Percentual do VO2 máximo (%)

Romijim et al. (1993). Am. J. Physiol. 265 (28): E380-E391.


21
Conceito Tradicional de
Balanço Energético

Dispêndio Ingestão
Energético Energética

- Alteração Ponderal +
ACSM, 1997 (ACSM’s Exercise management for persons with chronic
diseases and disabilities. Human Kinetics) 22
Santos, T.M. (2000). Modelos de Entendimento
do Processo de Emagrecimento (in Press)

www
prohealth.com.br/fisiolab

23
Forma de sobrecarga
Treinamento Isométrico

  significativo da força estática;


• Aproximadamente 1% por dia;
• Arco de transferência de 20% do ângulo
treinado.
1.Treinamento Isométrico

Especificidade do ângulo

A maioria das pesquisas indica que os aumentos


de força decorrentes do treinamento isométrico
são específicos do ângulo treinado (Van-
Hoecke & Martin, 1988; Kitai & Sale, 1989).
1.Treinamento Isométrico
COMPRIMENTO MUSCULAR

• Posição encurtada =  transferência;


• Posição intermediária =  transferência;
• Posição alongada = transferência intermediária.
1.Treinamento Isométrico
OBSERVAÇÃO:
tempo + número > tempo / número
McDonagh & Davies,
1984
Então...
O  da força depende do
TEMPO TOTAL de ativação

 Tempo e  número =  tempo e  número


1.Treinamento Isométrico
Exemplo
Tempo
Séries Repetições Tempo total
Contração
3 3 7 63 seg.
4 3 5 60 seg.
5 3 4 60 seg.

O tempo de contração representa o volume do treinamento.


Quando mantido, provoca as mesmas adaptações.
1.Treinamento Isométrico
Freqüência semanal
Três sessões de treinamento resultam em aumento
significativo na força muscular (Alway et al., 1990;
Carolyn & Cafarelli, 1992; Garfinkel e Cafarelli,
1992).
Porém...
O maior incremento pode ser encontrado em treinos diários
(Atha, 1981).
1.Treinamento Isométrico
Recomendações para o treinamento:
– Tempo de contração: 3 a 5 segundos;
– Número de contrações: 15 a 20;
– Freqüência de treino: 3 x por semana;
– Comprimento muscular: intermediário.
1.Treinamento Isométrico
Aplicabilidade
• Treinamento de modalidades que envolvam
isometria (lutas marciais);
• Complemento do treinamento dinâmico (posições
de desvantagem mecânica);
• Fortalecimento muscular em casos de limitações
articulares (Ex: artrose).
2.Treinamento Dinâmico
TDI
Dinâmico de Resistência Invariável
O treinamento DRI implica que o peso ou
resistência sendo levantado é constante em toda a
amplitude do movimento.
(Fleck & Kraemer, 1999)

Exemplos: Pesos livres, polias simples


2.1.Treinamento TDI
Número de séries e repetições

“Não existe uma combinação ideal, porém,


de 2 a 6 séries envolvendo 2 a 10RM
mostram resultados significativos”
(Fleck & Kraemer, 1999).
2.1.Treinamento TDI
Série única...
“Recomenda-se que, para o condicionamento geral
de um adulto saudável, um mínimo de pelo menos
uma série de um exercício para todos os grupos
musculares principais seja incluído em uma sessão
de treinamento”.
ACSM, 1990
2.1.Treinamento TDI
Série única...
Foram relatados ganhos em força muscular
máxima executando-se uma série de um
exercício por sessão de treinamento.
(Alén et al., 1988; Graves et al., 1988;
Vincent & Braith, 2002; Paulsen et al.,
2003).
2.2.Treinamento Excêntrico
CONCÊNTRICO X EXCÊNTRICO
Mesma Intensidade Absoluta (CON = EXC)
CON EXC
Força  
Hipertrofia  

Tan, 1999
2.2.Treinamento Excêntrico
CONCÊNTRICO X EXCÊNTRICO
Mesma Intensidade Relativa (CON = EXC)

CON EXC
Força = =
Hipertrofia  
Tan, 1999
TIPOS DE
TREINAMENTO
Tipos de Treinamento

1. SÉRIES MÚLTIPLAS

• 2 ou 3 séries de aquecimento;
• Séries múltiplas com a mesma carga.
Tipos de Treinamento
2. SÉRIES SIMPLES

Realização de uma série por exercício;


Tipos de Treinamento
3.SISTEMA DE “ROUBADA”

Consiste na alteração da posição do corpo para a


realização da fase concêntrica do exercício.

• Ex: rosca bíceps e rosca bíceps no banco


inclinado.
• Incorporado a outros sistemas.
Tipos de Treinamento
4.SISTEMA DE EXAUSTÃO
Realização do maior número possível de
repetições do exercício, até a falha
concêntrica.

• Incorporado a outros sistemas.


Tipos de Treinamento
5.SISTEMA DE REPETIÇÃO FORÇADA

Auxílio na realização do exercício após a


falha concêntrica (série de exaustão), para a
realização de mais algumas repetições.
Tipos de Treinamento
6. SISTEMA DE CIRCUITO
Exercícios realizados , um imediatamente após o outro,
com um mínimo de intervalo entre as séries.

• Intensidade baixa (40 a 60% de 1RM)


  VO2máx (4 a 8% - Gettman & Pollock,
1981);
  gasto calórico.
  intervalo entre as séries;
Tipos de Treinamento
7. SISTEMA ALTERNADO POR SEGMENTO
Consiste na realização de um exercício para um grupo
muscular, seguido da realização de outro para outro
segmento do corpo.
• Ex: Supino x Leg-Press;
Puxada p/ Frente x Adução do quadril.
 intervalo entre as séries;

 intensidade de treino.
Tipos de Treinamento
8.SISTEMA ISOMÉTRICO FUNCIONAL
Realização da fase concêntrica e isometria no ponto
de maior desvantagem mecânica.
• Duração: 5 a 7 segundos.

Jackson et al., 1985

TD + TIF > TD  SUPINO


Tipos de Treinamento
9. SISTEMAS PIRAMIDAIS
Múltiplas séries realizadas com intensidades e volumes
diferentes.

• Pirâmide crescente =  carga x  repetições;


• Pirâmide decrescente =  carga x  repetições;
• Pirâmide truncada =  intensidade.
Sistemas Piramidais
- Pirâmides
1 RM
- Pirâmides

De
2 RM
nte

Truncadas

cre
s ce

sce
4 RM
Cre

nt e
6 RM

8 RM

10 RM
Tipos de Treinamento
10. “DROP SET”
Realização de séries múltiplas, sem intervalo, com
diminuição da carga ao final da série.

• Exemplo:
 1 x 12 x 70%RM
 1 x 12 x 60%RM
 SEM
1 x 12 x 50%RM
INTERVALO!!!
 1 x 12 x 40%RM
 1 x 12 x 35%RM
Tipos de Treinamento
11. SISTEMA DE PAUSA
Realização de 1, 2 ou 3 RM, com intervalo de 10 a 15
segundos entre as séries.
Exemplo:
 Agachamento 15
 1 x 3 x 90%1RM ”
 15
1 x 3 x 90%1RM


1 x 3 x 90%1RM
15
 1 x 3 x 90%1RM

Tipos de Treinamento
12. SISTEMA DE SUPERSÉRIES
• Dividido em dois tipos:
1. Agonista-antagonista – 2 exercícios para grupos
musculares antagônicos, sem intervalo de tempo.
• Exemplo: 1.Rosca direta x 2.rosca tríceps.

2. Pré-Exaustão – 2 ou mais exercícios para o


mesmo grupo muscular, sem intervalo de tempo.
• Exemplo: 1.Supino x 2.Crucifixo x 3.Voador.
Tipos de Treinamento
13. SISTEMA SUPERLENTO (CADENCIADO)
Execução de repetições variando entre 20 e 60 segundos.

O gasto energético durante o treinamento


superlento é muito baixo e muito inferior ao do
treinamento tradicional (Hunter et al., 2003).

O gasto energético de repouso, pós exercício, não


fica aumentado (Hunter et al., 2003).
Tipos de Treinamento

14. SISTEMA BLITZ


Apenas um grupo muscular por dia ou
sessão de treinamento, ocorrem
intervalos longos, superiores a 72 horas.

 Volume e  intensidade
Tipos de Treinamento

15.Ondulatório
Alteração da intensidade entre as séries.

Onda constante: 2 cargas específicas;


Onda crescente: diferentes cargas com  da
intensidade e  do volume.
Tipos de Treinamento
Recomendações
Iniciantes Intermediários Avançados
Séries Simples Supersérie – A/Ant Pirâmides – C/D
Supersérie – Pré-
Séries Múltiplas Drop Set
Exaustão
Circuito Pirâmide Truncada Pausa
Alt. Segmento Isométrico funcional Negativo
Exaustão Repetição Forçada
Ondulatório Blitz
Treinamento de Força e Redução do
Peso Corporal

• Efeito Direto -
Gasto 20-40%
energético da
atividade ~10%

• Efeito Indireto -
Aumento da
taxa metabólica 50-70%

de repouso
56
Benefícios da Atividade Física
Dispêndio Energético
• Exercício gasta caloria
– 1 LO2  5 Kcal
• Exemplo:
– 20 min
– VO2máx = 2 L/min
– 70% VO2máx
– Consumo total de oxigênio
• 28 L/20min  140 Kcal/20min
Grilo & Brownell, 1998 (in ACSM’s Resource Manual for Guidelines for
Exercise Testing and Prescription. Williams & Wilkins: Baltimore)
57
Treinamento de Força
e Consumo de Oxigênio

 8 homens treinados

 Realizaram 4 séries
de 6-12 repetições em
agachamento, leg -press
e cadeira extensora

 A série durava 30 s e
o intervalo era de 60s

Tesch et al., 1987 Med Sport Sci


58
Treinamento de Força
e Consumo de Oxigênio

 8 homens
destreinados

 Realizaram
5 séries de 6-12
repetições no
leg -press

 A série durava
30 segundos e o
intervalo era de
3 minutos

Tesch et al., 1987 Med Sport Sci


59
Wilmore et al., 1978 Med Sci Sports

 Estudaram o G.E. do treinamento de força

 20 homens e 20 mulheres jovens

 Realizaram programa de treinamento de força


em circuito (10 exercícios)

 3 sets de 15-18 reps (30 seg) com 40% de 1RM


e 15 seg. de intervalo entre séries

 Estimativa do G.E. pela medição do VO2

60
Gasto Energético do Treinamento de
Força em Circuito
Homens Mulheres
600 539,7

500
367,5
400

300
203,9

200 141,7

100 41,1 46,8

0
G.E. circuito G.E. hora % VO2 máx

Wilmore et al., 1978 Med Sci Sports61


Gasto Energético do
Treinamento de Força

62
Treinamento de Força e
Taxa Metabólica de Repouso
• A massa livre de
gordura (MLG) é
altamente
correlacionada com
a taxa metabólica
basal
• O treinamento de
força - aumenta a
MLG ou impede
sua diminuição
devido à restrição
dietética
63
Pratley et al (1994) J Appl Physiol

• Efeito do treinamento de força na taxa


metabólica basal de homens com 50-65 anos
(n=13)
• 16 semanas, 3 vezes por semana
• 1-2 séries de 15 repetições para 14 exercícios
envolvendo os principais grupamentos
musculares
• Avaliação da composição corporal por pesagem
hidrostática
• Medida da taxa metabólica basal
64
Alteração na Composição Corporal com
o Treinamento de Força
70 Pré-treinamento
Pós-treinamento
*
60 60,6 62,2

50

40

30 *
25,6 23,7
20

10

0
%G MLG (kg)
Pratley et al (1994) Strength training increases in resting metabolic rate and
norepinephrine levels in healthy 50- to 65-yr-old men. J Appl Physiol 76:133-137 65
Alteração na Taxa Metabólica de
Repouso com Treinamento de Força
Series 1
250
241,8
225
200

*
150

100

50

0
ml O2/min
Pré-treinamento Pós-treinamento

Pratley et al (1994) Strength training increases in resting metabolic rate and


norepinephrine levels in healthy 50- to 65-yr-old men. J Appl Physiol 76:133-137 66
Alteração na Taxa Metabólica Repouso
com Treinamento Aeróbio

Pré-treinamento Pós-treinamento
2408 Kcal/dia 2474 Kcal/dia

TMR TMR
76,3% 85,5%

Atividade Física Atividade Física


23,7% 14,5%

Bouchard C. (2000) Physical Activity and Obesity, pg-267


67
Hunter et al (2000) J Appl Physiol

• Efeito do treinamento de força no gasto


energético diário
• 15 homens e mulheres (61-77 anos de idade)
• 26 semanas, 3 vezes por semana
• 2 séries de 10 repetições para 11 exercícios
envolvendo os principais grupamentos musculares
• Medida da taxa metabólica basal e do gasto
energético com atividade física livre
• Medida do quociente respiratório

68
Alteração no Gasto Energético Total e na
Taxa Metabólica Basal com o Treinamento
Thousands

10
*
8,796
Pré-treinamento
Pós-treinamento
8 7,831

6
*
5,753
5,388

GET TMB
Hunter et al (2000) Resistance training increases total energy expenditure and
free-living physical activity in older adults. J Appl Physiol 89:977-984 69
Alteração no Gasto Energético Total e na
Taxa Metabólica Basal com o Treinamento
140 P're-treinamento
Pós treinamento
*
120

100
*
80
135
60
98
86 83
40

20

0
Quociente Respiratório (x100) Atividade Livre (min/dia)

Hunter et al (2000) Resistance training increases total energy expenditure and


free-living physical activity in older adults. J Appl Physiol 89:977-984 70
Manutenção na MLG e da TMR em
Situação de Elevada Privação Calórica
Resultados
Comparação dos
• Grupo aeróbio
efeitos de um
perdeu MLG
treinamento aeróbio e
de força associados a • Grupo de força
uma dieta de muito manteve a MLG
baixa ingestão calórica • Grupo aeróbio
(800 Kcal/dia) na MLG diminui a TMR
e na TMR • Grupo de de força
aumento a TMR
Bryner et al. (1999) citado por Evans, w. (2001) Resistance exercise, agind and
wigth control. Em: Resistance training for health and rehabilitation 71
Treinamento de Força e Gasto
Energético no Idoso
• Baixo VO2 máx
• Baixa tolerância ao
exercício físico
•Deficiência de
equilíbrio e mobilidade

Dificuldade de
promover um elevado
gasto energético com a
atividade aeróbia
72
Gasto Energético Estimado de uma
Atividade Aeróbia no Idoso

VO2 máx = 20ml/kg/min  70Kg - 1,4 l/min


50% VO2 máx = 0,7 l/min
1l = 5kcal  0,7l = 3,5 kcal
60 min = 210 kcal
GE repouso = 3,5 ml/kg/min = 0,25 L/min
0,25 L/min = 1,25 kcal/min
60 min = 75 kcal
GE líquido da Atividade = 135 kcal
73
Variáveis do Treinamento de Força

• Seleção de exercícios
• Ordem dos exercícios
• Número de exercícios
• Intensidade - repetições
• Número de séries
• Frequência semanal
• Velocidade de execução
• Intervalo entre séries

74
Princípio da Adaptação
• Excitabilidade – Acetilcolina (SN)
• VO2 max. – Simbiose (mitogênese)
• Angiogênese – Capilarização
• Célula – Tamponamento
• Densidade óssea – Ca+
• Maturação articular – Fibrina, elastina, etc...
• Flexibilidade – Componentes plásticos
• Aporte muscular – Síntese proteíca
• Harmonia Neuroendócrina - Anabolismo
75
Predição de Carga Máxima
• ACSM
- 1 RM = carga (1,175) + rep (0,839) – 4,2978
• Brazvcki
– 1 RM = 100 x carga / (102,78 - 2,78 x rep)
• Epley
– 1 RM = (1 + 0,0333 x rep) x carga
• Lander
– 1 RM = 100 x carga / (101,3 - 2,67123 x rep)
• Mayhew
– 1 RM = 100 x carga / (52,2 + 41,9 x exp[-,055 x rep])
• O’Connor
– 1 RM = carga (1 + 0,025 x rep)
• Wathan
– 1 RM = 100 x carga / (48,8 + 53,8 x exp[-,075 x rep])

Todas as equações usando 4 a 8 repetições

Knutzen et al (1999) 76
Variáveis - Seleção dos Exercícios

• Preferência para
multiarticulares-
gasto energético
• Limitação
mecânica para
alguns
movimentos
• Pesos livres vs.
máquinas

77
Variáveis - Ordem e Número de Exercícios

• Multiarticulares para uniarticulares-


permite maior trabalho total
• Alternar membros superiores com
inferiores
• 8 a 10 exercícios para os grandes
grupamentos musculares
• Evitar programa muito longo -
aumentar a aderência
78
Variáveis - Intensidade
 RMs vs. % de 1RM
 O número de repetições determina
a carga
 Maiores benefícios com cargas
mais elevadas
 Treinamento em circuito 40-60%
de 1RM
 Estado funcional
79
Variáveis - Número de Séries

 simples vs. múltiplas - pouca


evidência científica
 Nível inicial de condicionamento
 Manutenção dos níveis de força
 Disponibilidade de tempo

80
Variáveis - Intervalo entre séries

 Intervalo curto (30 a 90 seg) -


mantém elevado o consumo de
oxigênio - efeito no VO2 máx
 Treinamento em circuito
 Nível inicial de condicionamento

81
ACSM’s Guidelines 2000
• Dieta balanceada
• Evitar Ingestão < 1200 Kcal/dia
• Restrição calórica de 500 a 1000 Kcal/dia
• Perda ponderal máxima de 1 kg/sem
• Adequação da dieta
– aspectos socioculturais
– hábitos usuais
– facilidade de aquisição e preparo
• Gasto calórico de 300 Kcal/dia ou 1000 a 2000 Kcal/sem
• Promover diversificação das atividades
• Adoção de técnicas de mudança de comportamento
• Promover novos hábitos de atividade física e dieta para toda a vida

ACSM,s Guidelines for Exercise Testing and Prescription (1995 e 2000).


Williams & Wilkins: Baltimore. 82
Obrigado!
• prof.guimaraes@hotmail.com
• profguimaraes@gmail.com

Prof. M.Sc. Marcelo Guimarães


83

Você também pode gostar