Você está na página 1de 15

IDADE MÉDIA

POESIA TROVADORESCA
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA

Há muitos e muitos milhares de anos, a poesia


aproximou-se do homem e tão próximo ficaram que ela
se instalou no seu coração. Começaram a ver o mundo
conjuntamente, estabelecendo uma inseparável relação
que perdurará para sempre. Não demorou muito a que a
poesia se emancipasse, autonomizando-se.
Manuel Hermínio Monteiro, Rosa do Mundo 2001 - Poemas para o Futuro.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE AMIGO

• SUJEITO POÉTICO: a donzela («louçã» / “louçana”, «velida», «loada», «leda», «delgada»,


«fremosa»…);

• OBJETO: o amigo, frequentemente, ausente e, muitas vezes, traidor, mentiroso ou de isso


acusado pela donzela;

• RELACIONAMENTO AMOROSO: sentimento espontâneo, vivido num plano de igualdade,


em termos amorosos.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE AMIGO

AMBIENTES

• a fonte e o rio;
• a praia;
• o campo/o monte;
• a ermida;
• a casa.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE AMIGO
CARACTERÍSTICAS DA DONZELA:
• timidez;
• pudor;
• alegria e orgulho em ser amada;
• inexperiência amorosa;
• tristeza;
• ansiedade;
• saudade;
• impaciência e ciúme;
• crueldade e desejo de vingança;
• compaixão;
• arrependimento;
• reconciliação;
• amor.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE AMIGO

CARACTERÍSTICAS FORMAIS:

• paralelismo;
• refrão (normalmente).
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE AMOR

SUJEITO POÉTICO: o trovador que sofre de amor.


OBJETO: a dona; a «senhor» - mulher estereotipada com qualidades físicas
(bela, fermosa, com o corpo delgado); qualidades morais (bondosa, leal,
«comprida de bem»); qualidades sociais («bom sem», «mui comunal»,
«falar mui bem»), para além de ser cheia de «prez», «loor», «grã valor»,
enfim, a melhor de todas. É a mulher ideal.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE AMOR

AMBIENTES
• Natureza convencional (primavera, flores de maio, cântico do rouxinol);
• Ambiente cortesão.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE AMOR

RELACIONAMENTO AMOROSO / ESTADOS SENTIMENTAIS DO TROVADOR


• Sofrimento amoroso;
• Guardar a “mesura”;
• Respeitar a sua “senhor”;
• Prestar vassalagem;
• Vassalagem amorosa do sujeito que diz “ensandecer” ou morrer de amor
– “coita de amor”.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE AMOR

CARACTERÍSTICAS:

• Influência provençal;
• Voz masculina (o trovador);
• Ambiente cortesão – a corte.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER

SUJEITO: fala na primeira ou terceira pessoa, identificando-se ou não.


OBJETO: pessoa não identificada no caso das cantigas de escárnio; pessoa
identificada no caso das cantigas de maldizer.
RELACIONAMENTO ENTRE SUJEITO E OBJETO: relacionamento crítico,
tendo em vista denunciar defeitos.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER

OBJETIVO DESTAS COMPOSIÇÕES


A SÁTIRA:
• Pessoal;
• social (moral e religiosa);
• Política:
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER

CARACTERÍSTICAS

CANTIGAS DE ESCÁRNIO:
- ambíguas (crítica encoberta);
- irónicas, humorísticas.

CANTIGAS DE MALDIZER:
- não ambíguas (crítica descoberta, explícita);
- insultuosas, cómicas.
IDADE MÉDIA | POESIA TROVADORESCA
VALOR DOCUMENTAL

As cantigas de amigo retratam a sociedade rural dos séculos XII – XIV.


As cantigas de amor retratam a sociedade cortesã dos séculos XII – XIV.
As cantigas de escárnio e maldizer retratam toda a sociedade dos séculos XII – XIV.
IDADE MÉDIA
POESIA TROVADORESCA

Você também pode gostar