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Verminoses Pulmonares

HD Agente Fezes HI Localização

Bovinos Dictyocaulus viviparus L1 traquéia – brônquios

Eqüinos Dictyocaulus arnfield ovo + L1 brônquios

Ovinos Dictyocaulus filaria L1 traquéia-brônquios

Caprinos alvéolos

Muellerius cappilaris L1 caramujos alvéolos-tecido

lesmas pulmonar

Suínos Metastrongylus sp Ovo minhoca brônquios-bronquíolos

Felinos Aelurostrongylus L1 moluscos bronquíolos tec. pulmonar


abstrusus roedores-aves (HP)
Dictyocaulus viviparus
1. Dictyocaulus viviparus

Pneumonia Verminótica dos Bovinos ou


Bronquite Parasitária

• Tamanho: 3 – 5 cm
• Bovinos - jovens
(1o. ano de pastoreio)
• Forma infectante: L3
• Larvas pouco ativas
• Acomete: alvéolos, brônquios,
bronquíolos, traquéia
• Fezes: L1
 Ovos larvados: eclodem na
mucosa dos brônquios – L1 na
traquéia – expelidas pela tosse
ou deglutidas e eliminadas com
as fezes
 L1 – L2 – L3 nas fezes haste
do pasto
 Ingestão pelo HD
 Perda da cutícula (abomaso ou
estômago) – penetram na parede
intestinal – circulação – alvéolos,
brônquios e bronquíolos
 L4 nos pulmões – em 15 dias pós
infecção temos adultos jovens
nos brônquios
 Não há reinfecção – morte dos
nematódeos em até 70 dias
 Pilobolus??

L1-L3

1-3 semanas
Patogenia
 1ª fase : 1° - 7o dia - sem sintomas

 2ª fase: 8º - 25 o dia – taquipnéia , tosse


Larvas nos alvéolos e bronquíolos infiltrado eosinofílico
( espumoso)
(eosinófilos, macrófagos e neutrófilos)

Alveolite Bronquite
 3ª fase: 25º - 60o dia
grande quantidade de muco, adultos eliminando ovos que são
aspirados com as larvas pneumonia, enfisema, edema,

frequência respiratória
tosse
emagrecimento
crescimento
mortes (“obstrução”)

Necrópsia
Pus ( degeneração céls e larvas)
Pulmões marmorizados
 4 ª fase - 61º - 90o dia
eliminação dos vermes adultos
epitelização pulmonar
fibrosamento dos brônquios
edema e enfisema
pneumonia intersticial aguda (aspiração de produtos de vermes
mortos)
antígenos produzidos pelos vermes mortos estimulam a
formação de IgE
mortes
Sinais Clínicos
• Tosse
• Freqüência Respiratória
• Perda de peso
• Apatia
• Infecções secundárias
(raras em bovinos)
• Mortes
Dictyocaulus sp

 Diagnóstico diferencial

Sintoma D. viviparus Pneumonia infecciosa


Febre ausente ou moderada presente
Tosse presente, exacerbada variável/
após exercício não se altera
após exercício

Taquipnéia presente variável

Corrimento Nasal ausente geralmente presente


Epidemiologia

 Bezerros jovens - primeiro ano


 Acomete vários animais da mesma idade
 Adultos introduzidos de regiões livres do agente
 Climas amenos e úmidos (larva pouco ativas, menos resistentes,
dispersas pelas chuvas)
 Regiões serranas e vales próximos a serras
 Região sudeste - outono-inverno
 Adultos - fonte de infecção
 Imunidade sólida - contato com o agente
 Pilobolus (Brasil ?)
Pilobolus : ruptura esporângio
Dictyocaulus viviparus
Controle

 Portadores Assintomáticos
 Permitir que o bezerro adquira imunidade
 Larva sensível à temperaturas altas e pouca umidade
 Tratamento após início dos sintomas
Diagnóstico
 Histórico da região
 Sintomas clínicos
 Período do ano
 Laboratorial - Método de Baermann L1 nas fezes
 Pós-mortem - necrópsia com o encontro do verme nos pulmões
Baermann

L1 - fezes
Tratamento

 benzimidazóis
 levamisol
 ivermectina

 VACINA
Reino Unido - 1961 - DICTOL®
vacina irradiada (radiação  - 400 Gy) - oral
2 doses de vacina com intervalo de 4 semanas entre doses
1000 L3 vivas - atenuadas
bezerros à partir de 3 meses de idade
2. Dictyocaulus arnfield

Espécie Prevalência
asininos 65%
muares 23%
eqüinos 4,5%
Brasil (Silva et al., 1995)

Asininos - hospedeiros naturais


Equinos - infecção quando em contato com asininos e
muares
 Brônquios e bronquíolos
 ovos larvados nas fezes ou L1
 Jovens - mais susceptíveis
 Adultos - não atingem a imunidade
 Infecção assintomática - equinos
 Tosses e hiperpnéia - asininos e muares (pós exercícios)
 Brônquios : muco purulento
 No tratamento não esquecer de tratar os asininos e muares
3. Dictyocaulus filaria

 Ovinos e Caprinos
 Forma infectante: L3
 Fezes: L1
 Caprinos são mais susceptíveis
 Ciclo, Tratamento e Diagnóstico = bovinos
 Patogenia - menos grave, porém é mais freqüente o
aparecimento de corrimento nasal e infecção
secundária
4. Muellerius cappilaris

 Ovinos e Caprinos
 Fezes: L1
 HI: moluscos gastrópodes (mais de 40 espécies)
Muellerius capillaris

ppp - 6 SEMANAS ECLOSÃO DAS LARVAS Migram vias aéreas


TECIDO PULMONAR faringe

ADULTOS
DEGLUTIDAS
ELIMINADAS - FEZES

MUDA – L5
L1
PULMÕES
CIRCULAÇÃO ( AMBIENTE)

INGERIDA POR MOLUSCO


(L1 – L2 – L3 )

VIA LINFÁTICA
GÂNGLIOS
MESENTÉRICOS L3 OVINOS
MUDA - L4 ATRVESSA A PAREDE
INTESTINAL INGERE MOLUSCO ( L3 )
 Geralmente - achado de necropsia

 Adultos no tecido pulmonar

 Formação de nódulos

 Calcificação dos nódulos

 Lesões nodulares na superfície do pulmão


Diagnóstico

 Baerman
 Nódulos pulmonares (necropsia)
5. Metastrongylus apri

 HD - suínos
 HI - minhocas
 Adultos: traquéia, brônquios e bronquíolos
 Jovens - mais susceptíveis
 Fezes: ovos
Metastrongylus sp
EXPECTORADOS
OVOS VIAS AÉREAS - FARINGE DEGLUTIDOS
EMBRIONADOS

ELIMINADOS
ADULTOS (30 dias)
MUDA – L 5 NAS FEZES
PULMÕES

OVOS
INGERIDOS
VIA LINFÁTICA
GÃNGLIOS MESENTÉRICOS MINHOCAS
MUDA - L4

MINHOCA: 10 dias
SUÍNOS:
(L1 – L2- L3)
L3 – ATRAVESSA A INGESTÃO MINHOCAS
PAREDE INTESTINAL (L3)
Metastrongylus sp

Ambiente:
Sinais clínicos

 leitões jovens - menores de 6 meses


 tosse ruidosa, dispnéia, corrimento nasal
 Perda de apetite, emagrecimento, retardo
de crescimento
 pneumonia secundária
 minhocas infectadas por vários anos
 Nódulos acinzentados na mucosa (2-4 mm) –
vermes mortos
Diagnóstico

 ovos larvados nas fezes (flutuação)

Tratamento
 benzimidazóis, levamisol, ivermectina
6. Aelurostrongylus abstrusus
 Tamanho: 6 à 10 mm
 HD: felídeos
 HI: moluscos gastrópodes
 HP: roedores, aves e répteis
 Localização: Parênquima pulmonar no HD
ligamento gastroesplênico HI
 Pneumonia granulomatosa
PPP: 4-6 SEMANAS
Aelurostrongylus sp
OVIPOSTURA ARTÉRIA PULMÃO L1
PULMONAR ECLOSÃO L1 (Bronquíolos –Brônquios- Faringe)

L1

EXPECTORADAS
PARASITOS ADULTOS (8-9
dias) DEGLUTIDAS
ELIMINADAS NAS FEZES

ATINGE O PULMÀO
L4 (5-6 dias) L1 PENETRA REGIÃO
PODAL MOLUSCO

L3 ATRAVESSA A PAREDE
INTESTINAL MOLUSCO
(L1 – L2 – L3 )

INFECÇÃO GATO:
INGESTÃO MOLUSCO OU AVES, RÉPTEIS E ROEDORES
HOSP. PARATÊNICO
(H. PARATÊNICO)
Verminose pulmonar dos felinos

• Ovos nos ramos das artérias: formação de trombos e catarro

• Hipertrofia muscular
(brônquios)

• Achados de necrópsia

• Baixa patogenicidade

• Boa recuperação após


tratamento

Diagnóstico:
Método de baerman
Exame da secreção faríngea
Necropsia

 Formação de trombos
 Presença do verme
Aelurostrongylus sp

• tosse, secreção mucóide, espirros

• dificuldade respiratória

freqüente após exercícios

TRATAMENTO

Fembendazole (50 mg/kg, PO, BID por 10 a 14 dias)


Ivermectina (400 μg/kg, SC, 1x)

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