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Curso CALDEIRAS - IND 4-5-6ºAulas
Curso CALDEIRAS - IND 4-5-6ºAulas
Equipamentos
Caldeiras
Funções
1) Liberar combustível e ar para a câmara de combustão;
2) Promover a mistura do combustível com o ar;
3) Permitir condições para a queima contínua do combustível (combustão estável);
4) Pulverizar e vaporizar o combustível, no caso de combustíveis líquidos.
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Queimadores
Os queimadores podem ser de dois tipos:
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Bloco Refratário
É um conjunto de tijolos refratários ou um bloco monolítico, de forma
normalmente circular, no interior do qual a chama do maçarico se projeta
para a câmara de combustão. O desenho interno do bloco refratário influi na
forma da chama
•Servir para formar o corpo da chama, impedindo ou reduzindo a incidência nos tubos
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Maçaricos
Os principais tipos de maçaricos são:
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Materiais
A especificação dos materiais empregados em queimadores varia de acordo com as
temperaturas existentes que, como vimos anteriormente, pode variar desde 300 ºC até
cerca de 2.000 ºC.
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Mecanismos de Desgaste e Avarias
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Mecanismos de Desgaste e Avarias
As incrustações nas tubulações das caldeiras apresentam dois problemas característicos:
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Incrustações
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Incrustações
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Incrustações
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Mecanismos Básicos da Corrosão
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Mecanismos Básicos da Corrosão
O aço carbono é o material normalmente usado em caldeiras. Seu comportamento é
plenamente satisfatório mesmo sabendo-se que ele é termodinamicamente instável à água,
em elevadas temperaturas. A razão do seu bom comportamento é a formação de um
filme de magnetita, Fe3O4, altamente protetor dos aços nas condições de operação das
caldeiras
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Mecanismos Básicos da Corrosão
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Mecanismos Básicos da Corrosão
As substâncias mais agressivas presentes na água de alimentação das
caldeiras são o O2 e o CO2
O Oxigênio provoca corrosão sob forma alveolar ou por pites, geralmente associada
às frestas, depósitos ou incrustações e em zonas próximas ao nível água/vapor
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Mecanismos Básicos da Corrosão
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Mecanismos Básicos da Corrosão
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Corrosão Galvânica (Cobre e Níquel)
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Desaeradores
A função primária de um desaerador é remover gases não condensáveis (oxigênio e
dióxido de carbono livre) da água utilizada para alimentar caldeiras e de retorno de
condensado
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Desaeradores
Deaeração por jateamento ou escoamento da água em uma grande superfície, em
contracorrente com vapor, que arrasta o Oxigênio e CO2 dissolvidos. A água sofre um
aquecimento e pode ser utilizada como água de alimentação a caldeiras
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Desaeradores
Deaeração a vácuo, feita a frio, por abaixamento da pressão, na qual a água e jateada
para uma câmara sob alto vácuo, onde os gases dissolvidos são então removidos por
uma bomba de ar
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Deaeração Química
•Sulfito de Sódio:
2NaSO3 + O2 2 NaSO4
•Em caldeiras com pressão superior a 60 bar (900 psi), a hidrazina é preferida,
pois o sulfito tende a se decompor em altas pressões, formando SO2 e H2S, que
causam corrosão no sistema de condensado
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Deaeração Química
A hidrazina reage com o oxigênio obedecendo a seguinte reação:
N2H4 + O2 2 H2O + N2
•Ao contrario do sulfito de sódio, o uso da hidrazina evita o aumento de sólidos dissolvidos
na água
•A hidrazina não reage com o O2 quando a água se encontra totalmente na temperatura
ambiente, sendo a reação total nas temperaturas reinantes dentro da caldeira
•Controle de utilização em função da pressão de trabalho da caldeira (0,05 a 0,1 ppm para
altas pressões) – Decomposição da Hidrazina em N2 e Amônia -
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Neutralização Química do CO2
O CO2 reage com a água para formar acido carbônico. Este acido ataca o ferro em
meio aerado e não aerado e o cobre em meio aerado
•Aminas neutralizantes
Alicíclicas
Fe + 2NaOH Na2FeO2 + H2
Este tipo de corrosão ocorre quando a parede do tubo da caldeira recebe um fluxo de
calor muito elevado ou quando o tubo tem circulação deficiente. Nesta condição ocorre
um aumento da concentração de hidróxido de sódio, no filme, junto à parede aquecida,
que provoca altas taxas de corrosão, às vezes associada à espessa formação de magnetita.
Este problema é maior em tubos horizontais que recebem calor na parte superior
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Corrosão Por Cáustica
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Steam Blanketing
É a formação de uma grande bolha de vapor que restringe ou impede a circulação de água
no tubo. Com a falha da circulação ocorre superaquecimento da parede provocando
alteração metalúrgica e corrosão interna
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Fragilização Caustica
•Tubos horizontais
Fragilização pelo Hidrogênio
•Com pH baixo pode haver ataque do ferro com liberação de hidrogênio atômico
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Fragilização pelo Hidrogênio
•Formação de Metano
Fragilização irreversível
O hidrogênio vira molecular dentro da microestrutura
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Fragilização pelo Hidrogênio
Fragilização irreversível
Muito comum em industrias de refino de petróleo (H2S e umidade)
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Fragilização pelo Hidrogênio
Fragilização reversível
Fratura retardada
•Tensões residuais
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“Hide Out”
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“Hide Out”
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Corrosão das Partes Expostas Aos
Gases
•A combustão nos queimadores faz com que o teor de oxigênio nos gases que circulam
na caldeira seja baixo. Esta atmosfera pouco oxidante não provoca corrosão externa
significativa dos tubos da caldeira
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Corrosão Por Cinzas Fundidas
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Corrosão Por Cinzas Fundidas
•Os elementos mais prejudiciais são o sódio e o vanádio, que formam vanadatos e
sais com temperaturas de fusão inferiores a 600 ºC
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Corrosão Por Cinzas Fundidas
As regiões mais atacadas são as submetidas a temperaturas mais altas
• Refratário do piso
• Serpentina do superaquecedor
• Suportes de tubos
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Corrosão Por Cinzas Fundidas
O piso refratário sofre a ação das cinzas fundidas e do óleo derramado pelos
maçaricos. Este óleo é lançado sobre o piso em condições anormais de
queima. Os resíduos de óleo e cinzas difundem pela estrutura do refratário,
formando novas fases cerâmicas. Algumas fases têm volume maior que a
fase original
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Ação da Temperatura em Suportes
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Corrosão por Condensação de Acido
Sulfúrico
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Corrosão por Condensação de Acido
Sulfúrico
O SO2 reage com o oxigênio não usado na combustão e forma o SO3. Esta reação
não é possível em temperaturas elevadas, da ordem de 550 ºC (temperatura para
máxima conversão de SO2 para SO4) e auxílio de catalisadores. Os catalisadores
mais indicados são o pentóxido de vanádio (V2O5) e o óxido de ferro (Fe2O3)
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Corrosão por Condensação de Acido
Sulfúrico
As paredes mais sujeitas à condensação ácida são os dutos de gases, os pré-aquecedores e a chaminé
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Corrosão por Condensação de Acido
Sulfúrico
A corrosão ácida é fortemente galvânica e ataca preferencialmente as soldas. A
superfície corroída fica polida e brilhante. O produto de corrosão é sulfato de ferro,
que tem geralmente cor branca e é muito aderente à superfície corroída. É
freqüente que a cor branca do depósito de sulfato seja encoberta pela fuligem
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Corrosão em Períodos de Inatividade
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Corrosão em Períodos de Inatividade
Os maiores problemas são a corrosão interna dos tubos e tubulões e a corrosão
externa das partes pressurizadas; em contato com cinzas e refratários
Corrosão interna
Se a caldeira for mantida com água, a corrosão interna pode provocar pites e
corrosão severa. A presença de lama, depósitos e oxigênio agravam a corrosão
Para preservar as partes internas são geralmente utilizados dois métodos:
A construção usual das caldeiras não permite o acesso aos tubos para a inspeção
visual. Uma vez constatado um processo de corrosão por pites, por exemplo, junto a
refratário, perde-se a confiabilidade da caldeira, até que seja efetuado um grande
serviço de manutenção, desmonte de painéis e remoção de tubos para inspeção
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Corrosão em Períodos de Inatividade
Corrosão externa
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Erosão e Abrasão
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Erosão e Abrasão
Um local propício a desgaste por erosão é formado quando dois tubos são colocados muito
próximos
•Na fresta existente, a velocidade dos gases aumenta e ocorre um desgaste acentuado
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Erosão e Abrasão
•Tubos podem ser danificados pela abrasão (atrito) provocada pelo contato com tubos vizinhos
A velocidade dos gases de combustão pode provocar oscilação dos tubos e
serpentinas do "bank" e superaquecedor. Se existirem suportes quebrados ou mal
projetados, um tubo pode atritar com outro e este atrito continuado gasta as
paredes dos tubos até o rompimento
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Fluência
Fluência pode ser definida como uma deformação que ocorre com materiais
tencionados a alta temperatura, por longo período de tempo
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Fluência
Em caldeiras, os elementos mais sujeitos à fluência são os tubos do superaquecedor
A fluência pode se manifestar sob a forma de aumento do diâmetro dos tubos e por flambagem
Podem ocorrer também trincas devido a fenômenos de deformação da estrutura cristalina do aço
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Grafitização
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Fadiga
FADIGA TÉRMICA:
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Fadiga
FADIGA SOB FLUÊNCIA:
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Fadiga
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Superaquecimento
Superaquecimento pode ter diversas causas, como por exemplo, incidência de chama,
falta ou deficiência de circulação de água, "steam blanketing" e depósitos internos
O superaquecimento pode provocar:
•Oxidação acentuada e diminuição da vida útil à fluência
•Promove a alteração da microestrutura do aço (723ºC)
“Laranja”
Este fenômeno acontece quando um depósito interno (óxido, graxa, óleo arrastado
pela água ou sais incrustados) não permite a refrigeração de um trecho do tubo
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Lavagem e Neutralização de Caldeiras
Caldeiras operando com combustível com baixo teor de enxofre, com baixo
excesso de ar, com temperaturas de saída dos gases definitivamente acima do
ponto de orvalho e com boa eficiência de ramonagem poderão dispensar a
lavagem, se o período de manutenção ou hibernação for curto
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Lavagem e Neutralização de Caldeiras
•Deve-se queimar combustível com baixo teor de enxofre e sódio por um período de 12 horas
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Lavagem e Neutralização de Caldeiras
Deve-se iniciar pela lavagem até que a água saia clara nos drenos
Os drenos devem ser dimensionados para remover a água e eventuais detritos de refratário
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Lavagem e Neutralização de Caldeiras
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Hibernação e Desativação de Caldeiras
Para caldeiras desativadas, as ações mais importantes a serem tomadas são as mostradas a seguir:
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Hibernação e Desativação de Caldeiras
Ações mais importantes continuação:
•Colocar material absorvedor de umidade (cal virgem, sílica-gel, alumina ativada, etc) no
interior dos tubulões. A quantidade a ser colocada deverá ser calculada em função do
volume interno dos tubos e tubulões e da capacidade de retenção de umidade do material
utilizado
•Fechar os tubulões, vents e drenos
•Nas caldeiras a céu aberto deverá ser construída uma proteção contra chuva
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Limpeza Química de Caldeiras
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Limpeza Química Alcalina
Como os ácidos podem, após remover os depósitos, corroer os vários tipos de aço
utilizados em caldeiras, costuma-se adicionar inibidores às soluções dos ácidos. Assim,
no caso do emprego do ácido clorídrico, usa-se como inibidor de corrosão a dietiltiouréia
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Limpeza Química Ácida
Fatores de eficiência na lavagem
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Inspeção em Operação
•Preparativos
•Requisitos de Segurança
Informar ao operador responsável a sua presença na área e, quando da
necessidade de inspeção, solicitar a permissão de trabalho
•Roteiro da Inspeção
ROTEIRO DE INSPEÇÃO
Considerações Gerais
Inspeção Externa Inspeção Interna Inicial
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Inspeção em Parada de Manutenção
•Inspecionar as aletas dos tubos das paredes, do piso e teto quanto à presença de
furos e perda de espessura
Superaquecedor
•Inspecionar os tubos quanto à corrosão e presença de laranjas
•Inspecionar os coletores
•Realizar medição de espessura pelo método de ultra-som
•Inspecionar os suportes das serpentinas e coletores 89
Inspeção em Parada de Manutenção
•Realizar ensaio por líquido penetrante nas soldas das conexões externas
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Inspeção em Parada de Manutenção
Inspeção Interna Final
Serpentinas de Pré-aquecimento
•Inspecionar visualmente os tubos e flanges da serpentina
•Inspecionar visualmente as soldas
•Realizar teste hidrostático de estanqueidade
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Testes
Os seguintes itens devem ser observados durante a execução do teste hidrostático:
•Verificar a pressão de teste
•Verificar se os manômetros de teste encontram-se calibrados e ajustados
e se a faixa da escala atende a pressão de teste (Prévio ao teste)
•Verificar se a iluminação é adequada
•Verificar a ocorrência de indício de vazamentos nas mandrilagens dos tubulões
e ao longo dos tubos
•Deixar o equipamento pressurizado no mínimo por trinta minutos
•Verificar novamente a ocorrência ou indícios de vazamentos após trinta minutos
•Verificar se houve queda de pressão dos manômetros durante o teste
•Acompanhar a despressurização através dos manômetros e verificar se ao termino 93
da despressurização os mesmos encontram-se zerados
Testes
O teste de estanqueidade tem o objetivo de verificar se não existirão vazamentos
comprometedores quanto ao retorno da caldeira à operação. Ele deve ser realizado
com a pressão de projeto. Os mesmos itens observados no teste hidrostático
estrutural devem ser observados durante a execução deste teste
Válvulas de Segurança
Este teste deve ser realizado após a sua manutenção de reinstalação no tubulão e
superaquecedor. Ele exige o acendimento da caldeira e a elevação da sua pressão até a
abertura da válvula. O teste de campo é necessário, uma vez que o teste de bancada
não simula as condições de vazão e temperatura reais
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Critérios de Aceitação
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Critérios de Aceitação
REFRATÁRIO
•Deverá ser removido o refratário que estiver friável e que, quando raspado,
apresentar uma perda de espessura superior a 1/3 da original ou ainda se a
penetração do estilete for superior a 1/3 da espessura original
•Nas regiões onde o refratário possua trincas com abertura superior a 5 mm, deve ser
verificado o estado da chaparia externamente quanto a avarias (pintura queimada,
deformações ou furos) e realizar martelamento no refratário para verificar sua
fixação. Caso sejam detectadas avarias na chaparia e/ou refratário solto, este deverá
ser substituído abrangendo uma região que permita sua perfeita ancoragem
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Critérios de Aceitação
VÁLVULAS DE SEGURANÇA
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Controle de Outros Acessórios
Importantes
Controladores de Nível
•Visual
•Magnético
•Eletrodo de Segurança
Pressostatos
•Funcionamento
•Alarme 98
Controle de Outros Acessórios
Importantes
Tampão Fusível
•É instalado naquele ponto da superfície de aquecimento
onde no qual não deve descer mais o nível de água
Caracteristicas
Tampão de bronze rosca fina. Enchimento com metal a baixa
temperatura de fusão
Detectores de Chama
Sensor capaz de determinar existência de chama no queimador piloto como no principal
•Infravermelhos •Foto Resistivos
•UV 99
Controle de Outros Acessórios
Importantes
Varrido
Tempo de varredura de gases 1,5 x (Vol Caldeira + Chaminé)
Com o cálculo da vazão do ventilador, cálculo o tempo de varredura
Explosões ou contra-explosões
100