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Métodos Numéricos 1

CAP-INPE

Haroldo Fraga de Campos Velho


E-mail: haroldo@lac.inpe.br
Web-page: www.lac.inpe.br/~haroldo

Curso de Métodos Numéricos 1 / CAP-INPE, 2013


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES

 Dada uma função f(x) (rela ou complexa), deseja-se


calcular a raiz:

 HISTÓRICO:
 É uma longa tradição: os árabes se destacaram.
 Bhaskara tornou conhecida a fórmula da solução da
equação: f(x) = ax2 + bx + c.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES

 HISTÓRICO:
 Mais tarde, Nicolo Fontana e Jerônimo Cardano
desenvolveram métodos de solução de polinômios de
3º e 4º graus.
 Niels Abel provou que polinômios de grau 5 (ou maior)
as raízes não são mais calculadas por radiciação.
 Teorema Fundamental da Álgebra (enunciado por
D’Alembert, 1746): “toda a equação polinomial de grau
n possui exatamente n raízes” (demonstrado por por
Gauss, 1799).
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES

 HISTÓRICO:
 Atualmente, os métodos de cálculo das n raízes de
um polinômio de grau n são empregados métodos
iterativos.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES

 Principais métodos iterativos:

1. Métodos de partição
2. Métodos de ponto fixo
3. Métodos de múltiplos passos
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES

 Equações não lineares podem ter qualquer número


de soluções:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES

 Equações não lineares podem ter qualquer número


de soluções:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES

 Identificando as raizes graficamente:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES

 As raizes podem ter multiplicidade de alta ordem:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DA BISSECÇÃO

 Este é um método de partição em que o intervalo de


busca da solução é dividido ao meio.
 Se existe uma raiz x* no intervalo [a, b], então:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DA BISSECÇÃO

 ALGORÍTMO DA BISSECÇÃO
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO REGULA FALSI

 Este é um método de partição em que o ponto de


intersecção entre a reta que contémos pontos
(a,f(a)) e (b,f(b)) e a reta horizontal, é indicado como
um aproximante da raiz.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO REGULA FALSI

 Iterações do método regula falsi.


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO REGULA FALSI

 ALGORÍTMO REGULA FALSI (FALSA POSIÇÃO)


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DA SECANTE

 Este é um método de partição. Agora a reta secante


e a reta (0, f(b)/2k), onde k é o número de iterações.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DA SECANTE

 ALGORÍTMO DO MÉTODO DA SECANTE


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DO PONTO FIXO

 O ponto fixo de uma função é o valor x tal que:

 Muitos métodos iterativos usam iteração de ponto


fixo:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DO PONTO FIXO

 ALGORÍTMO DE PONTO FIXO


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DO PONTO FIXO

 Convergência monótona
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DO PONTO FIXO

 Convergência alternada
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DO PONTO FIXO

 Convergência alternada e monótona:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DO PONTO FIXO

 Divergência
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DE NEWTON

 É um método de ponto fixo, baseado em expansão


em série de Taylor:

 Se f(x) ≈ 0, então:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: MÉTODO DE NEWTON

 ALGORÍTMO DO MÉTODO DE NEWTON


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: RAÍZES DE POLINÔMIOS

 RAÍZES REAIS:

 O número de raízes positivas de um polinômio é


menor ou igual ao número de variações de sinal dos
coeficientes desse polinômio.
 Além disso, a diferença entre o número de variações
de sinal e o número de raízes positivas é par.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: RAÍZES DE POLINÔMIOS

 Teorema-1:
 O polinômio p(x) tem ao menos um zero dentro do
círculo de raio {ρ1, ρ2}, onde:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: RAÍZES DE POLINÔMIOS

 Teorema-2:
 Os polinômios p(x) e q(x) definidos como:

 Os polinômios p(x) e q(x) tem, pela regra de


Descartes, exatamente um zero positivo cada, p(ξ)
=0 e q(η) = 0. Todos os zeros de p(x) estão na
região anular:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: RAÍZES DE POLINÔMIOS

 Teorema-3:
 Todos os zeros de p(x) estão no círculo |x|< r, onde:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: RAÍZES DE POLINÔMIOS

 MÉTODO DE MÜLLER:
 O método de Müller pode ser empredago tanto para
o cálculo de raízes reais, quanto raízes complexas.
 É uma generalização do método da secante.
 Partindo de 3 estimativas para uma raiz (xi, f(xi)), (xi-
1, f(xi-1)), (xi-2, f(xi-2)), uma parábola interpolante é
construida.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: RAÍZES DE POLINÔMIOS

 MÉTODO DE MÜLLER:
 Uma raiz α da parábola p(x) satisfaz:

 O denominador na 1a. Expressão é escolhido para


ser o maior valor
ÁLGEBRA NÃO LINEAR: RAÍZES DE POLINÔMIOS

 MÉTODO DE MÜLLER:
 Tomando raiz da parábola α ≈ xi+1 e fazendo o lado
direito da expressão (α – xi+1) como hi+1 , próxima
aproximação para a raiz será:

 A iteração segue até satisfazer um dos critérios:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR: RAÍZES DE POLINÔMIOS

 RAÍZES COMPLEXAS:

 O método de Müller funciona bem (é estável e


preciso), mas as abordagens anteriores podem ser
empregadas.
 Uma função complexa de um número complexo,
pode ser vista como um par de funções reais de
argumentos reais.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.2 – MÉTODO DE NEWTON:

 Foi visto que para o caso escalar:

 Em que f(x) = 0, então constroi-se a equação de


iteração:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:

 Para o caso vetorial (multi-dimensional):


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:

 Para o caso vetorial (multi-dimensional):

 Onde a matriz Jacobiana é dada for:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 ALG–5.3: MÉTODO DE NEWTON:

 O objetivo é identificar x tal que f(x) = 0, sistema


não linear de n equações com n variáveis.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:

 Problemas:
I. Perda de convergência
II. Cálculo da matriz Jacobiana
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON: Problema (I)


 Se:

 Usa-se a estratégia de método de Newton


amortecido. Isto é:

 Escolhe-se s tal que:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Problema (II): A matriz Jacobiana pode ser estimada
por diferenças finitas:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Porque pode ser difícil calcular a matriz Jacobiana?

 Veja o caso de estimativa de propriedades óticas em


oceano.
Introduction Background Results Conclusions

Hydrologic Optics
azimuthal
Light beam angle
Boundary Conditions
Polar
angle

Scattering
angle Absorption Internal
coefficient sources
Scattering medium
coefficient

Optical
Scattering
depth phase
function

Boundary Conditions
Introduction Background Results Conclusions

Radiative Transfer Equation (RTE)


Expresses balance between inward and outward energy and
includes attenuated and emitted energy terms.

Radiance :a measure of amount of light beam energy

where Internal
source
Introduction Background Results Conclusions

Radiative Transfer Equation (RTE)


Expresses balance between inward and outward energy and
includes attenuated and emitted energy terms.

Attenuation coefficient :

Scattering
coefficient
Introduction Background Results Conclusions

Radiative Transfer Equation (RTE)


Expresses balance between inward and outward energy and
includes attenuated and emitted energy terms.

Scattering
Phase function angles
Hydrological Optics – Optical properties estimation

For all analized cases in situ radiometric experimental data were considered, measured
for differents depths.

p is a vector of unknown properties (set of parameters: absoption and scattering coefficients (a,
b), or phase function)

Preliminar results were obtained with estimation of source terms, where the LTS N method the
modified ant colony system is applied.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Porque pode ser difícil calcular a matriz Jacobiana?

 Resolver o problema de estimação das propriedades


óticas é simples.
 Basta achar o mínimo do funcional J(p).
 Como se calcula o mínimo de J(p)?
 Ora, o mínimo de J(p) é calculado como (porque?):
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Porque pode ser difícil calcular a matriz Jacobiana?

 Definindo-se:

 Nota-se que J(p) é uma quantidade escalar, mas g(p)


é uma função vetorial.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Porque pode ser difícil calcular a matriz Jacobiana?

 O problema de estimação em ótica hidrológica,


passou a ser: resolver a equação abaixo:

 J(p) é quantidade escalar, mas g(p) é vetorial.


 Método de Newton: como calcular o gradiente de
g(p)?
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Porque pode ser difícil calcular a matriz Jacobiana?

 Quem é g(p):
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Porque pode ser difícil calcular a matriz Jacobiana?

 Quem é o gradiente de g(p):


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Aplicando o método de Newton:

 O objetivo é identificar p tal que g(p) = 0:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Porque pode ser difícil calcular a matriz Jacobiana?

 Gradiente de J(p):
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 MÉTODO DE NEWTON:
 Porque pode ser difícil calcular a matriz Jacobiana?

 Gradiente de g(p):
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.3 – ITERAÇÃO DE PONTO FIXO E RELAXAÇÃO:

 Escrevendo f(x) como f(x) = x – g(x), então pode-se


trabalhar com o processo iterativo:

 O método de Newton é uma iteração de ponto fixo:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.3 – ITERAÇÃO DE PONTO FIXO E RELAXAÇÃO:

 Métodos quasi-Newton usam uma função de


iteração da forma:

 Onde C = C(x) é uma matriz.


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Teorema 5.1:
 Suponha que uma função de iteração g mapeia
algum conjunto fechado S nele mesmo, ou seja,

 E supondo que g é uma contração, isto é:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Teorema 5.1:

1. g tem um ponto fixo em S.


2. Se x* é um ponto fixo de g em S, então a
iteração de ponto fixo, partindo de qualquer
x(0) de S converge para x*, isto é:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Mais explicitamente:

 Consequentemente:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Para estimar (5.13), e também (5.14), observe que:

 Pela desigualdade do triangulo:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Ou:

 Combinando a desigualdade acima com (5.15)


obtém-se (5.13).
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Como ilustração, vamos considerar a solução de:

 Por iteração de ponto fixo. Tal esquema de iteração


pode ser baseada na noção de inversa aproximada.
 A expressão significa qualquer matriz C tal que:

 Então C é uma inversa aproximada.


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Lema 5.1:
 Se C é uma inversa aproximada da matriz A, então C
e A são inverssíveis.
 De fato, se C e A não são inverssíveis, então pode-se
determinar x ≠ 0 tal que

 Mas:
(sem sentido!)
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Considerando C uma aproximação para a inversa da


matriz A e a função de iteração G(x):

 E a função de iteração é do tipo quase-Newton, isto


é, tem a forma:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Considerando C uma aproximação para a inversa da


matriz A, e a função de iteração G(x):

 Consequentemente:

 Mostrando que G é uma contração sse


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Desta forma, a iteração de ponto fixo

 Convergirá para a solução única x, partindo de


qualquer estimativa inicial x(0), com erro a cada
passo da iteração reduzido pelo fator
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Exemplo 5.7: Suponha matriz A é uma matriz


diagonalmente dominante por linhas, ou seja:

 Onde: é a diagonal de A.
 Então:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 A relação anterior mostra que D-1 é uma inversa


aproximada para a matriz A.
 O esquema de iteração correspondente é:

 É chamado de método de Jacobi.


 Em notação indicial:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Atenção:
 Uma matriz C pode ser uma inversa aproximada da
matriz A mesmo que:

 A condição anterior: , é uma condição


necessária, mas não suficiente.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Teorema 5.2:
 Seja ρ(B) o raio espectral da matriz B, isto é:

 Então existe, para ε > 0, uma norma vetorial que


satisfaz:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Teorema 5.2:
 Conclui-se que C é uma inversa aproximada de uma
matriz A se e somente se:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Pode ser observado que o erro e(m) = x* - x(m) na m-


ésima iteração de ponto fixo

 Para o cáculo da solução de Ax=b satizfaz:

 Então: e(m) = Bme(0) com B = I – CA.


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Isto mostra que a seqüência de erros e(0), e(1), ... tem


uma forma semelhante ao que foi discutido no
método da potência.
 Assim, a correspondente seqüência normalizada:

 Em geral, converge para um autovetor de B = I – CA,


associado ao maior autovalor, em módulo, de B:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Então, eventualmente, o erro é reduzido em cada


passo da iteração

 Por um fator ρ(B), com B = I – CA.


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Como vimos, a iteração de Jacobi usa D-1 com um


aproxiamante da inversa de A, ou seja:

 Nesta circunstância, poderíamos esperar que a parte


triangular inferior (L + D) de seja uma aproximação
melhor para A-1.
 Ou seja, espera-se que:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Assim, a iteração de ponto fixo com C = (L + D)-1


poderia acelerar a convergência.
 Isto é verdadeiro para várias classes de matrizes:
 A é diagonalmente dominante por linhas,
 A é triangular,
 A elementos na diagonal positivos e não-positivos
fora da dela.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 A iteração de ponto fixo com C = (L + D)-1 é


chamada de iteração de Gauss-Seidel (ou método
dos deslocamentos sucessivos).
 Neste método tem-se;
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Em notação indicial:

 Entre muitas técnicas de aceleração da convergência


mecionamos a de sobre-relação sucessiva ou SOR
(Sucessive OverRelaxation).
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Na SOR, é feita uma alteração no passo de iteração


de Gauss-Seidel.
 Ao invés de tomar:
0 1

 O processo iterativo é alterado para:

(1 – ω) ω

 Para a iteração de Gauss-Seidel: ω = 1.


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Em notação indicial:

 Com ω o parâmetro de sobre-relação.


 Assim, explicitamente, a iteração é da forma:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Assim, explicitamente, a iteração é da forma:

 E a matriz de iteração:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Em teoria, o parâmetro de sobre-relaxação ω é


escolhido a fim de tornar ρ(I-CωA) o menor valor
possível.
 Esta é uma tarefa mais difícil do que resolver o
sistema linear Ax = b.
 Muitas vezes este parâmetro é determinado por
experimentação.
 A escolha típica é:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Os métodos iterativos são comumente aplicados:

 Sistemas lineares de grande dimensão, com


matrizes dos coeficientes tipo esparsa.

 Matrizes esparsas tem poucos elementos nã nulos.


Assim as operações aritméticas realizadas a cada
passo são poucas, diminuindo o problema com erro
de arredondamento.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Exemplo 5.7:
 Para o sistema, use o método de Jacobi, Gauss-Seidel
e SOR:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Sub-relaxação (ω < 1):

 Algumas vezes se usa esta estratégia quando há


perda de convergência no método de Gauss-Seidel
ou Jacobi.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Gauss-Seidel e Jacobi em Sistemas Não-Lineares:

 A mesma filosofia dos métodos de Gauss-Seidel


e Jacobi podem ser aplicadas a problemas não
lineares.
 Neste caso, o método é chamado simplesmente de
método de relaxação.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Gauss-Seidel e Jacobi em Sistemas Não-Lineares:

 Aplicando o método de relaxação: o objetivo é


calcular a raiz do problemas não linear:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Gauss-Seidel e Jacobi em Sistemas Não-Lineares:

 Relaxação de Jacobi (por componente):

 Relaxação de Gauss-Seidel (por componente):


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 Otimização é quando queremos calcular o máximo


ou o mínimo de uma função custo: min f(x) .
 Onde f(x) é uma função escalar e x é vetor multi-
dimensional.
 Uma condição para determinar o mínimo da função
f(x) é encontrar x tal que:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 O gradiente da função f(x) é uma função vetorial.


 Denotando:

 A derivada de g(t), torna-se:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 O número g’(0) dá informação sobre como se


comporta a função f(x).
 A função f(x) aumenta em todas as direções u com
ângulos menores do que 90o com .
 Pois:

 onde θ é o ângulo entre os vetores u e .


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 Duas situações são possíveis:

 Caso-1: valor máximo quando u é paralelo a


 Caso-2: valor máximo quando u é paralelo a
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 Exemplo 5.1:

 Queremos calcular os pontos críticos, em que:


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 Exemplo 5.1:
 Há 4 pontos críticos:

 Considerando as regiões do plano (x1,x2) cortadas


pelas curvas:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL
 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

Direções do gradiente de
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 Exemplo 5.1:
 Análise para direção do gradiente:

 O gradiente é negativo entre estas retas e positivo


no resto do dominio.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL
 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

Direções do gradiente de
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 Exemplo 5.1:
 Análise para direção do gradiente:

 O gradiente é negativo entre estas retas e positivo


no resto do dominio.
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL
 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

Direções do gradiente de
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 Exemplo 5.1:
 Fica claro que o ponto crítico (0, -2) é um máximo
local (todos os gradientes na vizinhança apontam
para este ponto).
 Fica claro que o ponto crítico (4/3, 0) é um mínimo
local (todos os gradientes na vizinhança se afastam
deste ponto).
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL
 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

mínimo

máximo

Direções do gradiente de
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 5.1 – MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA:

 Dada uma aproximação x do mínimo x* da função


f(x), busca-se o mínimo de f(x) mais próximo de x
na direção de .

 Isto significa determinar o valor de t* > 0 da função


escalar:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 ALG–5.1: MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA

 Dada uma função suave f(x) do n-vetor x, com uma


estimativa inicial x(0) do mínimo:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Exemplo: MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Exemplo: MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA

 Realizando a busca na linha ao longo da direção


negativa do gradiente:

 Isto é:

 O mínimo exato é:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Exemplo: MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA

 Calculando o mínimo:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Calculando o mínimo:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Exemplo: MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA

 Realizando a busca na linha ao longo da direção


negativa do gradiente:

 O mínimo exato é:

 A próxima aproximação:
ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Exemplo: MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA


ÁLGEBRA NÃO LINEAR MULTI-DIMENSIONAL

 Exemplo: MÉTODO DA MÁXIMA DESCIDA

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