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GESTÃO INTEGRADA DE OPERAÇÕES

ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES


(APO)

• ASPECTOS DA CAPACIDADE.
• O PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE.
• A MEDIDA DA CAPACIDADE.
• A EXPANSÃO DA CAPACIDADE.
• INTERPRETAR A AVALIAÇÃO ECONÔMICA
DE ALTERNATIVAS DA CAPACIDADE.

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ASPECTOS DA CAPACIDADE

  A Capacidade é outro indicador que precisamos estar


atentos, pois pode ser tornar um grande problema ou ser a
solução, no caso de não ser ou ser bem avaliado e
implementado respectivamente.

Capacidade impacta diretamente:


Nas Operações – Pois para o atendimento da Demanda
existente ou futura, temos que ter a estratégia correta e
levantamento preciso da Capacidade;
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Nas Finanças – Pois não só afeta numa relação direta os
resultados financeiros da empresa no seu faturamento, como
também para se atender uma possível necessidade de
ampliação da Capacidade, um novo investimento;

Na Contabilidade – Diretamente ligado ao item Finanças,


pois é neste Departamento ou Setor onde se traduz em
números exatos a saúde Financeira da empresa;

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Nas Compras – Pois sempre existirá a dúvida em entre
Produzir ou Comprar?

No Marketing – Pois campanhas de marketing relacionadas


com venda de um determinado produto ou serviço podem
causar problemas relacionados com a Capacidade ou não
atender estas novas demandas causadas por estas
campanhas;

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Nos Recursos Humanos – Que além de orientar as
contratações caso sejam necessárias, também será
responsável por treinamentos, reciclagem; principalmente se
for necessário algum tipo de ampliação;

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PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE

Toda empresa deve realizar o seu Planejamento de


Capacidade, que deve estar de acordo com a sua Missão e
posicionamento no mercado, e refaze-lo toda a vez que
pretender alterar a sua atuação, seja em uma ampliação nos
negócios, numa alteração do escopo principal, ou mudança
de localização, enfim qualquer alteração no Planejamento
anterior.

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Estes Planejamentos da Capacidade são basicamente
divididos em dois:
Planejamento da Capacidade a Longo Prazo – São
normalmente realizados para ocorrerem dentro de um prazo
superior a 2 (dois) anos;
Planejamento da Capacidade a Curto Prazo – São
normalmente realizados para ocorrerem de imediato até um
prazo de 2 (dois) anos;

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Exemplos do Planejamento da Capacidade a Longo Prazo:
•A necessidade de espera da construção uma unidade de
produção, ou seja, todas as atividades de produção ficarão na
dependência deste prazo de construção. No caso de uma
nova unidade ou até mesmo no caso de reforma de uma
unidade já existente;
•O prazo longo para a entrega de um determinado
equipamento, no ramo Petrolífero uma plataforma de
produção demora de 4 a 5 anos para ser liberado seu
funcionamento;
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Exemplos do Planejamento da Capacidade a Curto Prazo:

•Definição do número de colaboradores que irão fazer parte


do empreendimento;
•Definição e liberação para a realização de horas extras ou
nova contratação;
•Decisões sobre estoques;

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MEDIDAS DA CAPACIDADE

Cada empresa, cada setor, cada departamento, ou


seja, independente do tamanho ou modelo ou atividade
gerencial deve saber a sua necessidade de “o que medir”.
Não existe uma forma única ou uma mesma necessidade nas
atividades, pois a realidade de cada um reflete diretamente no
que é necessário “medir”.

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Para uma empresa de Produção e Operação serão
diversos modelos e necessidades diferentes; bem como para
uma empresa de Prestação de Serviços.
Exemplos:
•Uma rede de lojas de revendas de roupas mede a
Capacidade como vendas anuais por unidade de negócio;
•Um Cinema mede a Capacidade como o número de
assentos disponíveis;

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Para que seja possível o nosso Planejamento é
necessário primeiro que seja calculada a Taxa de Utilização,
ou seja, temos que conhecer o nosso negócio, saber qual o
máximo da nossa capacidade e o quanto estamos utilizando.
Cuja fórmula será:
 
UTILIZAÇÃO = __ÍNDICE DE PRODUÇÃO MÉDIA_ X 100%
CAPACIDADE MÁXIMA

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Tanto o Índice de Produção Média como a Capacidade
Máxima devem obrigatoriamente possuir a mesma unidade,
para fins de aplicação desta fórmula.
Aqui é importante destacar que não tem diferença de
aplicação neste conceito se estivermos falando de
Colaboradores (mão de obra), de máquinas, equipamentos,
ou de espaço.

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Exemplos:
Em uma lanchonete a Capacidade Máxima da Chapa para
fazer Hambúrguer é de 12.000 un por dia (10 horas), sendo
que é vendido um total de 7.080 Hambúrguer. Qual a taxa de
utilização desta chapa?
 

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Exemplos:
Em uma lanchonete a Capacidade Máxima da Chapa para
fazer Hambúrguer é de 12.000 un por dia (10 horas), sendo
que é vendido um total de 7.080 Hambúrguer. Qual a taxa de
utilização desta chapa?
 
UTILIZAÇÃO = __ÍNDICE DE PRODUÇÃO MÉDIA_ X 100%
CAPACIDADE MÁXIMA

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Exemplos:
Em uma lanchonete a Capacidade Máxima da Chapa para
fazer Hambúrguer é de 12.000 un por dia (10 horas), sendo
que é vendido um total de 7.080 Hambúrguer. Qual a taxa de
utilização desta chapa?
 
UTILIZAÇÃO = __7.080__

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Exemplos:
Em uma lanchonete a Capacidade Máxima da Chapa para
fazer Hambúrguer é de 12.000 un por dia (10 horas), sendo
que é vendido um total de 7.080 Hambúrguer. Qual a taxa de
utilização desta chapa?
 
UTILIZAÇÃO = __7.080__ X 100%
12.000

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Exemplos:
Em uma lanchonete a Capacidade Máxima da Chapa para
fazer Hambúrguer é de 12.000 un por dia (10 horas), sendo
que é vendido um total de 7.080 Hambúrguer. Qual a taxa de
utilização desta chapa?
 
UTILIZAÇÃO = __7.080__ X 100% = 59 %
12.000

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Uma empresa de transporte urbano possui uma frota
de cem ônibus, cada ônibus pode levar até 90 passageiros
por corrida, tem como rota diária 6 corridas por cada ônibus
por dia, de acordo com o seu controle de movimentação
interno teve um total de 42.120 passageiros. Qual a taxa de
utilização de sua frota diária?
  

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Uma empresa de transporte urbano possui uma frota
de cem ônibus, cada ônibus pode levar até 90 passageiros
por corrida, tem como rota diária 6 corridas por cada ônibus
por dia, de acordo com o seu controle de movimentação
interno teve um total de 42.120 passageiros. Qual a taxa de
utilização de sua frota diária?
  
UTILIZAÇÃO = __ÍNDICE DE PRODUÇÃO MÉDIA_ X 100%
CAPACIDADE MÁXIMA

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Uma empresa de transporte urbano possui uma frota
de cem ônibus, cada ônibus pode levar até 90 passageiros
por corrida, tem como rota diária 6 corridas por cada ônibus
por dia, de acordo com o seu controle de movimentação
interno teve um total de 42.120 passageiros. Qual a taxa de
utilização de sua frota diária?
  
UTILIZAÇÃO = __42.120_

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Uma empresa de transporte urbano possui uma frota
de cem ônibus, cada ônibus pode levar até 90 passageiros
por corrida, tem como rota diária 6 corridas por cada ônibus
por dia, de acordo com o seu controle de movimentação
interno teve um total de 42.120 passageiros. Qual a taxa de
utilização de sua frota diária?
  
UTILIZAÇÃO = __42.120_ X 100%
54.000

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Uma empresa de transporte urbano possui uma frota
de cem ônibus, cada ônibus pode levar até 90 passageiros
por corrida, tem como rota diária 6 corridas por cada ônibus
por dia, de acordo com o seu controle de movimentação
interno teve um total de 42.120 passageiros. Qual a taxa de
utilização de sua frota diária?
  
UTILIZAÇÃO = __42.120_ X 100% = 78 %
54.000

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É importante destacar que Capacidade Máxima possui
algumas características e definições, a saber:
 
Capacidade Nominal – É quando temos um equipamento ou
uma máquina, com a sua capacidade direta e simples;
Pico de Capacidade – É quando temos a produção /
operação ou execução de serviço no máximo ideal, sem
paradas, sem intervalos, sem interrupções. Não deve ser
utilizado constantemente;
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Capacidade Efetiva – É quando temos a produção /
operação ou execução de serviço dentro da normalidade,
com as paradas programadas, com seus horários regulares;
economicamente é onde temos uma maior lucratividade e
retorno financeiro;

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Em todas as produções / operações ou serviços,
termos atividades que são normalmente realizadas sem
sequencias ou em paralelo, na prática é comum a
coexistência das duas formas. Muito provavelmente irá existir
múltiplas atividades, uma determinada atividade ou execução
será responsável por um limite em relação aos demais, este
limite da Capacidade é conhecido como Gargalo ou
Restrição.

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Exemplo:
Para se produzir biquínis uma confecção possui duas grandes
seções: Corte com Capacidade de produção de 300 peças
por hora e Acabamento com Capacidade de produção de 200
peças por hora. E que para as peças se desloquem é
necessário uma esteira cuja Capacidade é de 150 peças por
hora.
Existe gargalo nesta operação ?
Onde?
O que fazer?
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EXPANSÃO DA CAPACIDADE
Após a identificação das atividades e de seus Gargalos
ou Restrições, para que a Capacidade possa ser aumentada
ou expandida, basta alterar ou trabalhar estes Gargalos ou
Restrições.
Nos Exemplos citados no Planejamento de Capacidade a
Longo Prazo, normalmente resultam em investimentos de grande
porte financeiro e cuja decisão é a nível de Diretoria ou Presidência
ou do Proprietário. Além dos prazos, e do valor do investimento,
deverão ser considerados ainda os resultados, baseados nos
estudos realizados na Capacidade.
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Existirão, portanto várias formas de se alcançar o
resultados, com a compra de mais equipamentos ou
máquinas, com a contratação de mais colaboradores, com a
duplicação de uma unidade a construção de um novo
empreendimento.
Nos Exemplos citados no Planejamento de Capacidade a
Curto Prazo, normalmente resultam em investimentos de pequeno
porte ou médios, mas na maioria dos casos em decisões gerenciais
e/ou operacionais, baseados em Planejamento em pequenas
alterações de rotinas, tendo como base os estudo de Capacidade.
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Uma das ações de maior ação neste caso é o emprego
da Teoria das Restrições (TOC – Theory of Constraints), é
o método onde o gerenciamento deverá priorizar exatamente
estes Gargalos, que uma vez identificados devem ser
controlados e programados.

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Para isto devem ser realizadas as seguintes etapas:
1.Identificar dentro das atividades o Gargalo (lembrando que
podemos ter mais de um gargalo dentro das atividades);
2.Estudar o máximo possível este Gargalo, tentando
descobrir soluções novas para melhorar a eficiência;
3.Caso não seja possível a etapa anterior, as atividades que
não são gargalos devem ser reprogramadas para entrar no
mesmo andamento de prazo e volume conforme o Gargalo;

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4. Se mesmo com as alterações implementadas ainda existir
o Gargalo, deve-se então pensar no aumento da
Capacidade deste Gargalo, como exemplo a compra de
novas máquinas ou duplicação dos colaboradores;
5. Caso seja implementada o item 4, tomar um cuidado com
o executado no item 3, para que não sejam criados novos
Gargalos desnecessário;

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AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
ALTERNATIVAS DA CAPACIDADE

Existem algumas variáveis que devem ser levadas em


conta e são já bastantes estudas e seus benefícios e reflexos
são conhecidos e suas aplicações são amplamente utilizadas,
tais como:
Economia de Escala – Quando aumentamos a quantidade
produzida ou executada, o resultado final resulta em uma
redução do custo médio por unidade produzida ou executada.

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Deseconomia de Escala – Ocorre quando o
“tamanho” do empreendimento cresce demais para o mesmo
local e cuja demanda não seja atendida. Ou seja, todas as
vantagens dos aumentos dos custos quando divididos por
mais unidades não surtem efeitos e na verdade passam a ser
um problema, pois com a queda da demanda estes custos
agora ficam pesados e comparados com uma empresa
menor, esta teria vantagens.

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Estratégias de Capacidade – De acordo com cada
negócio e conforme o mercado onde atuam, as empresas
precisam estar completamente em sintonia. Os seus gerentes
antes de tomar qualquer tipo de decisão operacional devem
perceber e estudar os seguintes temas:
oDimensionar as Reservas de Capacidade – Todas as
Produções e Operações não devem trabalhar em 100 % da
sua Capacidade e nem muito próximo desta taxa;
oQuando Expandir e em que Tamanho;
oVincular a Capacidade a Outras Decisões;
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Uma outra ferramenta utilizada é chamada de
Estimativa das Necessidade de Capacidade, onde é
calculado o número de máquinas necessárias para atender
uma demanda em relação a Capacidade Operacional da
máquina (deduzindo a reserva desejada). Serão utilizadas as
seguintes fórmulas:
Para um único produto, não existe um tempo de preparação
das máquinas, portanto a fórmula é simples:

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NÚM. DE MÁQUINAS= HORAS DE PROCESSAMENTO PARA PRODUZIR
HORAS DISPONÍVEIS DE UMA MÁQUINA APÓS DEDUZIR A RESERVA
 
Ou Seja: M = _______Dp_______
N { 1 – ( C / 100)}
Onde:
M = Número de Máquinas
D = Número de Unidades previstas
P = Tempo de Processamento por unidade
N = Número total de horas durante todo o processo
C = Reserva de Capacidade desejada

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TEMPO DE PROCESSAMENTO E DE PREPARAÇÃO PARA
NÚM. DE MÁQUINAS= _ATENDER A DEMANDA, SOMADO TODA PRODUÇÃO_
HORAS DISPONÍVEIS DE UMA MÁQUINA APÓS
DEDUZIR A RESERVA
 
M = { Dp + ( D / Q)s}prod1 + { Dp + ( D / Q)s}prod2 + ... { Dp + ( D / Q)s}prod n
N { 1 – ( C / 100)}
Onde:
M = Número de Máquinas
D = Número de Unidades previstas
P = Tempo de Processamento por unidade
Q = Número de unidades por lote
s = Tempo de Preparação por lote
N = Número total de horas durante todo o processo
C = Reserva de Capacidade desejada
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IMPORTANTE: Sempre se deve arredondar o
resultado para o número inteiro maior, pois não existe metade
ou parte de uma máquina. Caso o resultado fique com o
decimal abaixo de 0,2 devemos estudar a possibilidade de
compensar na Taxa de Reserva e nestes casos devemos
arredondar o resultado para baixo.
Exemplos:
M = 15,43 arredondamos para 16 máquinas;
M = 36,81 arredondamos para 37 máquinas;
M = 7,20 estudamos a taxa de reserva para então arredondar;
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