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7233 - AFETVIDADE E SEXUALIDADE DAS


PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

ROMANA DANIELA
ÍNDICE

1. IDENTIFICAR OS 2. MÓDULO 3. MÓDULO


CONCEITOS CARACTERIZAR AS ATITUDES-
IDENTIFICAR ESTRATÉGIAS
FUNDAMENTAIS PADRÃO RELATIVAMENTE ÀPARA PROMOÇÃO E
RELACIONADOS COM A AFETIVIDADE E GARANTIA DA
AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS PRIVACIDADE E A
SEXUALIDADE DA PESSOA PESSOAS. INTIMIDADE.
COM DEFICIÊNCIA.

4. MÓDULO 5. MÓDULO CONCEÇÃO


6. MÓDULO
DE AFETIVIDADE E
CONCEITOS ACERCA DA SEXUALIDADE NAS ASPETOS BIOPSICOLÓGICOS
AFETIVIDADE E PESSOAS COM DEFICIÊNCIADA AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS MENTAL SEXUALIDADE
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

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ÍNDICE
7. ASPETOS ESPECÍFICOS DA 8. MÓDULO 9. MÓDULO
SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ATITUDES PERANTE A ATITUDE DOS PAIS E
MENTAL DE ACORDO COM O AFETIVIDADE E CUIDADORES
GRAU DE DEFICIÊNCIA SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
MENTAL

10. MÓDULO 11. MÓDULO 12. MÓDULO


ESTRATÉGIAS PARA A
ESTIGMA E PRECONCEITO
ATITUDE DOS TÉCNICOS
ASSOCIADO À AFETIVIDADEPROMOÇÃO E GARANTIA DA
PRIVACIDADE E A INTIMIDADE
E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIAÉTICA NAS RELAÇÕES
UTENTES/PROFISSIONAIS/FAMÍL
MENTAL
AS NA ÁREA DA SEXUALIDADE

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APRESENTAÇÃO

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QUEBRA-GELO

ROMANA DANIELA 5
AFETIVIDADE
Conceitos

• Segundo Cegalla, afetividade significa “conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob
a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou
prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado” (2005, p. 36).

• A afetividade está diretamente ligada às emoções, por isso pode determinar a maneira como as
pessoas vêem as situações e como se manifestam a seu respeito. Desde a infância, a autoestima é
alicerçada pela afetividade, pois uma criança que recebe afeto se desenvolve com muito mais
segurança e determinação.

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A DEFICIÊNCIA MENTAL
O que é?

• A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70,
média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma
desfasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sociocultural,
segundo provas, roteiros e escala

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A DEFICIÊNCIA MENTAL
O que é?

• Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a deficiência mental é uma interrupção ou


desenvolvimento incompleto do funcionamento mental, havendo alteração das faculdades que
determinam o nível global de inteligência (funções cognitivas, linguagem, motricidade e
capacidades sociais).
As crianças com deficiência mental apresentam um atraso no desenvolvimento motor, linguístico,
cognitivo e das capacidades sociais.

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A DEFICIÊNCIA MENTAL
causas

A deficiência mental tem causas múltiplas e em grande parte desconhecidas, podendo ser
distinguidas por:
– Causas genéticas, englobam as alterações cromossómicas;
– Causas gametopáticas, englobam as alterações nos gâmetas (espermatozoides e óvulos);
– Causas cerebropáticas, que podem ser pré-natais (intoxicações durante o desenvolvimento do feto),
peri-natais (traumatismos obstétricos e anoxias) ou pós-natais (traumatismos nos primeiros meses de
desenvolvimento infantil, infeções, intoxicações);
– Causas ambientais, englobam ambientes onde não existe contato social (orfanatos, isolamento) e as
deficiências nutricionais prolongadas.

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A DEFICIÊNCIA MENTAL
Classificação

• Deficiência Mental Ligeira (QI 69-50):


– Aptos a nível social e com comunicação eficiente;
– São capazes de frequentar o 1º ciclo;
– A linguagem apresenta alterações morfossintáticas e perturbações articulatórias;
– Dificuldades na motricidade fina e na execução de movimentos dissociados;
– Conseguem realizar atividades rotineiras.

• Deficiência Mental Moderada (QI 49-35):


– Défice intelectual acentuado;
– Linguagem com alterações a todos os níveis;
– Precisam de apoio para aprender e podem ter dificuldades de integração social (adolescência).

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A DEFICIÊNCIA MENTAL
Classificação

 Deficiência Mental Severa (QI 34-20):

• Grandes dificuldades de comunicação;

• Linguagem muito rudimentar.

Deficiência Mental Profunda (QI <20):

• Grandes dificuldades sensoriomotoras;

• Necessita de assistência constante.

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AFETIVIDADE
Afetividade Familiar

• Nada pode suprir ou substituir o amor e a atenção familiar. O vínculo afetivo é muito mais
intenso do que em outros casos. Um indivíduo pode até encontrar alternativas que amenizam a
carência provocada pela ausência de uma família, mas certamente não a substituirá.

• Mas, não se pode esquecer que atualmente, muitas famílias estão desestruturadas, que muitos pais
esquecem sua responsabilidade em dar amor e educar os filhos que geraram. Uma criança precisa
estar cercada de amor, proteção e cuidados para que possa crescer e se desenvolver de maneira
saudável.

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AFETIVIDADE

• A este propósito, importa referir que não nos podemos esquecer que as limitações das pessoas
com deficiência mental na área cognitiva/intelectual afetam e incidem diretamente no
desenvolvimento psicossexual. Consequentemente, este e a vivência da sexualidade, são
diferentes no sentido em que são próprios e derivam do seu défice cognitivo e socio-adaptativo.

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A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES AFETIVAS
Afetividade Familiar

https://www.youtube.com/watch?v=cRGgY_R3OGc

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A SEXUALIDADE
Conceito

• É um conceito amplo que envolve a manifestação do desejo e sua representação no


estabelecimento de relações que envolvem o afeto, a comunicação, a gratificação libidinosa e
vínculo afetivo entre as pessoas e cuja expressão depende de influências culturais, da sociedade e
da família, por meio de ideologias e crenças morais, envolvendo ainda questões religiosas,
políticas etc.

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A SEXUALIDADE
Conceito

• A partir de regras nem sempre explicitas e claras, estabelecidas pela sociedade em diferentes
culturas, as pessoas aprendem o que seria o desejável em relação à maneira que devem se
comportar socialmente. Isso também ocorre em relação à sexualidade humana o que, além de
colocar certas atitudes, sentimentos e ações no campo da normalidade em contraste com outros
comportamentos considerados não-normais, ainda vinculam essa normalidade à promessa de
felicidade idealizada (COSTA, 1998; MAIA, 2009a).

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A SEXUALIDADE
Conceito

• Os padrões para a sexualidade normal e feliz que não podem ser pensados separadamente do
contexto social, econômico e cultural e se revelam em diferentes meios: na televisão, nas
propagandas, nas telenovelas, nas narrativas, na literatura, nos jornais, nos discursos, na música,
dentre outros. Nesse sentido, conceitos subjacentes à sexualidade, como beleza, estética,
desempenho físico, função sexual, gênero, saúde, são também construídos socialmente e podem
diferir em função da cultura e das condições em que esses fenômenos se revelam (COSTA, 1998;
STOLLER, 1998; MAIA, 2009a). Essas concepções aparecem como regras que, segundo Chauí
(1985) e Foucault (1988) direcionam o que não devemos e o que devemos fazer em relação aos
comportamentos e sentimentos sexuais e, por isso, se tornam repressivas e normativas.

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MAS QUANDO É QUE UMA CRIANÇA MANIFESTA A SUA
SEXUALIDADE?

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A SEXUALIDADE
Freud

Os estádios do desenvolvimento psicossexual

• Segundo Freud, o impulso sexual e a procura do prazer erótico determinam de


forma poderosa o desenvolvimento afetivo do ser humano. Os diversos estádios do
desenvolvimento são, por isso mesmo, englobados na designação de estádios
psicossexuais. Em cada estádio a fonte de prazer é uma zona diferente do corpo. 

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A SEXUALIDADE
Freud

• A teoria do desenvolvimento psicossexual na infância defendida por Freud, refere


que o desenvolvimento a nível emocional e sexual de uma criança acontece ao
longo de cinco fases de desenvolvimento, marcados pela existência de conflitos e
pela sua resolução gradual.

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A SEXUALIDADE
Freud

O estádio oral (do nascimento aos 12/18 meses)

• Durante os primeiros meses de vida grande parte da interacção da criança com o mundo externo
processa-se através da boca e lábios. A satisfação sexual centra-se nessa área. A relação com a
mãe assume especial significado, estabelecendo-se essencialmente através do seio materno que
não simplesmente alimenta mas também dá prazer. É levando os objectos á boca que o bebé
explora o meio envolvente. A sucção necessária à alimentação, emancipa-se progressivamente
dessa função, tornando-se por si mesma uma fonte de prazer, de gratificação sexual

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A SEXUALIDADE
Freud

O estádio oral (do nascimento aos 12/18 meses)

• Com a dentição, a actividade oral diversifica-se, morder e mastigar enriquecem a panóplia de


formas de exploração oral, agora mais agressiva, dos objectos. As actividades orais são também
fonte de potenciais conflitos. O conflito mais significativo deste estádio tem a ver com o processo
de desmame. Uma excessiva frustação dos impulsos erógenos ou um excesso de satisfação desses
mesmos impulsos podem conduzir a um resultado semelhante : a fixação. Por fixação no estádio
oral entenda-se ficar psicologicamente preso a formas de obtenção do prazer que se centram na
boca, lábios e língua.

ROMANA DANIELA
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A SEXUALIDADE
Freud

• O estádio anal (dos 12/18 meses aos 3 anos)A partir do primeiro ano de vida a
principal fonte de prazer erótico passa a ser o ânus, embora a estimulação oral continue a
dar prazer. Durante este período do desenvolvimento psicossexual, o prazer sexual
deriva da estimulação do ânus ao reter e expelir as fezes. A experiência marcante no
estádio anal consiste em aprender a controlar os músculos envolvidos na evacuação. A
criança terá de aprender que não pode aliviar-se onde e quando quer, que há momentos e
lugares apropriados para tal efeito. Pela primeira vez constrangimentos externos limitam
e adiam a satisfação dos impulsos internos. O princípio de realidade conjuga-se com o
princípio de prazer.

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• A necessidade de adquirir hábitos higiénicos e de controlar as pulsões do Id, mostra que o Ego já se
formou. O confronto com as imposições paternas, o medo de ser punido e o desejo de agradar aos pais
mostram que o Superego está a formar-se. Se a regulação dos impulsos biológicos da criança é demasiado
exigente e severa, esta pode reagir aos métodos repressivos retendo as fezes. Se este modo de reagir for
generalizado a outros comportamentos estamos perante um carácter anal-retentivo de que a defecação é
uma atividade importante, digna de apreço. Freud afirma que esta ideia é a base da criatividade,
produtividade, entrega positiva e generosidade.

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A SEXUALIDADE
Freud
O estádio fálico (dos 3 aos 6 anos)

• Durante o estádio fálico, os órgãos genitais tornam-se o centro da atividade erótica da criança
através da auto-estimulação. É o período em que muitas crianças começam a masturbar-se, a
aperceber-se das diferenças anatómicas entre os sexos e de que a sexualidade faz parte das
relações entre as pessoas. No estádio fálico, numa primeira fase, a sexualidade da criança é ainda
de natureza auto-erótica. Dedicando bastante tempo a examinar o seu aparelho genital, a criança
manifesta curiosidade extrema por questões sexuais apesar dessa curiosidade ultrapassar a sua
capacidade de compreensão. Não tendo uma noção clara da ligação entre os órgãos genitais e a
função reprodutiva, elaboram fantasias e crenças acerca do acto sexual e do processo de
nascimento que são completamente desadequadas

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A SEXUALIDADE
Freud
O estádio fálico (dos 3 aos 6 anos)

• É nesta fase que ocorre o ”Complexo de Electra”, onde a rapariga se aproxima do pai e sente ódio da mãe,
enquanto o rapaz vê o seu pai como um rival na aproximação e no desejo em relação à sua mãe. Complexo
de Édipo

• O conflito da fase fálica ocorre com o Complexo de Édipo, que é caracterizado por uma mistura de
sentimentos e afetos, ora com agressividade e medo, ora com paixão, amor e ódio. Estes sentimentos e
afetos têm origem em desejos sexuais em relação ao progenitor do sexo oposto.

• Em síntese, consideramos que é imperativo que a fase fálica é condicionada às fases anteriores, isto é, se a
fase oral e anal tiverem sido vivenciadas de modo saudável, a fase fálica irá organizar-se tranquilamente.

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A SEXUALIDADE
Freud
Estádio de latência (dos 6 aos 11 anos)

• O estádio de latência é o período da vida marcado por um acontecimento significativo : a entrada na escola
e a ampliação do mundo social da criança. Recalcadas no inconsciente, as conturbadas experiências
emocionais do estádio fálico parecem não a perturbar. Esta amnésia infantil liberta a criança da pressão dos
impulsos sexuais. A curiosidade da criança centra-se agora no mundo físico e social. A energia libidinal é
convertida em interesse intelectual e canalizada para as atividades escolares, entre outras. Há um reforço da
identidade sexual da criança devido aos grupos de pares serem constituídos quase sempre por crianças do
mesmo sexo. A ultrapassagem deste estádio é bem sucedida se a criança desenvolver um certo grau de
competência nas atividades que a atraem e naquelas que lhe são socialmente impostas. No final deste
estádio o aparelho psíquico está completamente formado.

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A SEXUALIDADE
Freud
Estádio genital (após a puberdade)

• Na adolescência, em virtude da maturação do aparelho genital e da produção de hormonas sexuais,


renascem ou recativam-se os impulsos sexuais e agressivos. Em estádios anteriores, o indivíduo obtinha
satisfação através da estimulação de determinadas zonas do seu corpo. Embora no estádio fálico a
sexualidade autoerótica comece a ser superada, ela ainda não está orientada de uma forma realista e
socialmente aprovada. Manifesta-se para ser reprimida. O estádio genital é um período em que conflitos
de estádios anteriores podem ser revividos. Freud dá importância especial à reativação do complexo de
Édipo e à sua liquidação. A passagem da sexualidade infantil à sexualidade madura exige que as
escolhas sexuais se façam de forma realista e segundo a norma cultural, fora do universo familiar,
sendo os pais suprimidos enquanto objetos da libido ou do impulso sexual.

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A SEXUALIDADE
Freud
Estádio genital (após a puberdade)

• Na adolescência, em virtude da maturação do aparelho genital e da produção de hormonas sexuais,


renascem ou recativam-se os impulsos sexuais e agressivos. Em estádios anteriores, o indivíduo obtinha
satisfação através da estimulação de determinadas zonas do seu corpo. Embora no estádio fálico a
sexualidade autoerótica comece a ser superada, ela ainda não está orientada de uma forma realista e
socialmente aprovada. Manifesta-se para ser reprimida. O estádio genital é um período em que conflitos
de estádios anteriores podem ser revividos. Freud dá importância especial à reativação do complexo de
Édipo e à sua liquidação. A passagem da sexualidade infantil à sexualidade madura exige que as
escolhas sexuais se façam de forma realista e segundo a norma cultural, fora do universo familiar,
sendo os pais suprimidos enquanto objetos da libido ou do impulso sexual.

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A SEXUALIDADE
Freud

Estádio genital (após a puberdade)

• Neste período que vai da puberdade até à idade adulta que fatores de ordem biológicos, psicológicos e
sociais determinam a consolidação da identidade pessoal do indivíduo, leva os adolescentes a
determinar a sua própria independência relativamente aos papéis de género.

• Ao nível do campo psicológico, as mudanças sentidas assumem elevada importância, atendendo que, as
transformações corporais que ocorrem levam o adolescente a reorganizar-se a nível intrapsíquico e
interpretação do seu próprio corpo.

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A SEXUALIDADE
Freud

Estádio genital (após a puberdade) – deficiência mental

• Entre todas as modificações que se apresentam nesta etapa do desenvolvimento, que já é difícil para as
pessoas ”ditas não deficientes”, a fase da adolescência complica-se ainda mais quando se refere as pessoas
com deficiência mental. Neste sentido as crianças com deficiência mental têm um desenvolvimento
psicossexual igual ao de uma criança não deficiente.

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A SEXUALIDADE
Freud
Estádio genital (após a puberdade) – deficiência mental

Podem apenas precisar de mais tempo para passar de uma fase para a outra.

Com base nesta ideia, é importante considerar que o desenvolvimento psicossexual nas pessoas com
deficiência processa-se de forma mais lenta e numa idade cronológica mais tardia, devendo-se isto a vários
fatores, nomeadamente: a). às características da deficiência (dificuldades no processo de aquisição;
consolidação e manutenção das aprendizagens; dificuldades no processamento linguístico e simbólico, entre
outros);

b) educação afetivo-sexual recebida;

c). atitudes de familiares, educadores e da sociedade em geral e

d). padrões de relações interpessoais estabelecidos.


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A SEXUALIDADE

• Na verdade, até mesmo na infância, a sexualidade não pode ser negada ou omitida no sentido libidinal
porque ela existe desde o nascimento e, portanto, mesmo que se considerasse o deficiente como alguém
infantil, ainda assim, ele seria uma pessoa dotada da sexualidade

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VAMOS FALAR SOBRE SEXUALIDADE?

https://www.youtube.com/watch?v=Rm2AoxyM_7chttps://www.youtube.com/watch?
v=Rm2AoxyM_7c

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A SEXUALIDADE
Deficiência mental

”A pessoa deficiente, tal como o a de corpo são, tem o direito de determinar se se quer expressar
sexualmente ou não… O aconselhamento sexual deveria orientar-se no sentido de promover a
capacidade do paciente tomar decisões em todos os aspetos da sua vida, incluindo a componente
sexual."

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DISABILITY AND SEXUALITY

https://www.youtube.com/watch?v=MfYSpuKq_-8

https://www.youtube.com/watch?v=nCLysRGCIFU

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PROPAGANDA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO DE SEXUAL DA NOVA
ZELÂNDIA
https://www.youtube.com/watch?v=WWSgAbXTE7Q

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A SEXUALIDADE

• A sexualidade ampla, independentemente de se ter ou não uma deficiência, existe e se manifesta


em todo ser humano. O erotismo, o desejo, a construção de gênero, os sentimentos de amor, as
relações afetivas e sexuais, são expressões potencialmente existentes em toda pessoa, também
naqueles que têm deficiências

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A SEXUALIDADE

• Conhecer e esclarecer os mitos e ideias errôneas sobre sexualidade de pessoas com deficiências é uma
tarefa importante porque essas crenças podem afetar a todos, quando por meio delas se incentivam as
relações de discriminação e de dominação que podem ocorrer entre não-deficientes sobre os deficientes,
entre homens com deficiência sobre as mulheres com deficiência, entre pessoas com deficiências menos
comprometedoras sobre as que têm maior comprometimento etc. Anderson (2000), Baer (2003) e
Kaufman, Silverberg e Odette (2003) argumentam que se essas crenças são assimiladas por pessoas
deficientes isso poderá aumentar seus sentimentos negativos de desvalia e inibir a expressão de uma
sexualidade favorável. Se elas são assimiladas por pessoas não-deficientes isso pode justificar o modo
limitado como se julgam os deficientes: uma visão da vida sexual e afetiva assexuada, frágil e
desinteressante.

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A SEXUALIDADE

• As expressões da sexualidade são múltiplas e variadas tanto para deficientes como para não-
deficientes. Em qualquer caso não é possível determinar se a vida sexual e afetiva será
satisfatória ou não e é importante lembrar que em diferentes momentos da vida, dificuldades e
facilidades vão ocorrer em maior ou menor grau para todos.

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A SEXUALIDADE

• O que prevalece nos discursos de leigos, familiares e da comunidade é a generalização de


ideias preconceituosas a respeito da sexualidade de pessoas com deficiência como se essa fosse
sempre atípica ou infeliz. Essas idéeas são baseadas em estereótipos sobre o deficiente mantidos
por crenças errôneas que o colocam como alguém incapaz e limitado.

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A SEXUALIDADE

• Ao debruçar-nos numa temática tão controversa como a sexualidade da pessoa com deficiência
mental, é importante referir quatro possíveis atitudes perante a sexualidade do indivíduo com
deficiência mental: eliminá-la, tolerá-la, aceitá-la e cultivá-la.

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A SEXUALIDADE VS SOCIEDADE

•  A sociedade cria uma visão ilusória da sexualidade da pessoa com deficiência mental, a partir de
conjunto de representações relativas à monstruosidade e à anormalidade, sendo responsabilidade
das famílias e dos profissionais o controlo da sua manifestação.

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A SEXUALIDADE VS SOCIEDADE
Estudo com adolescentes com deficiência mental

• Através de um estudo realizado sobre a identidade de papéis sexuais, partindo de relatos de


adolescentes com deficiência mental, evidenciou que estes foram capazes de reconhecer a sua
identidade sexual e de reproduzir os papéis sexuais vigentes na cultura. Investigadores salientam
ainda a importância que as pessoas com deficiência mental estão sujeitas às mesmas influências
culturais, ou seja, aos processos de educação sexual e repressão, verificando-se assim ”a
influência social nos padrões de socialização diferenciada entre os sexos também na população
com deficiência mental”.

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A SEXUALIDADE VS SOCIEDADE
Estudo com adolescentes com deficiência mental

• A literatura demonstra que alguns adolescentes com deficiência mental não sabem bem lidar com
a possibilidade de erotização e da obtenção do prazer pelo sexo, podendo ser difícil o controlo
dos seus impulsos sexuais. Porém, estes autores referem ainda que os adolescentes com
deficiência descobrem, tal como os adolescentes sem deficiência, o prazer através da
masturbação e que ”ao serem apanhados em situações consideradas socialmente inadequadas, tais
como a masturbação, eles são severamente repreendidos.”

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A SEXUALIDADE VS SOCIEDADE

• No que concerne à masturbação, é necessário prevenir estas manifestações em público e as


situações que põem em risco a integridade física da pessoa com deficiência mental.

• Posto isto, a atitude mais sensata a ter é, de facto, dizer com voz firme e sem gritar, castigar ou
humilhar, que não o pode fazer naquele lugar. Adiantar que poderá fazer no quarto ou na casa de
banho e conduzi-la mesmo a um local reservado.

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A SEXUALIDADE VS SOCIEDADE
Deficiência mental

• Dito de outra forma, comportamentos toleráveis em pessoas normais (abraços, beijos, caricias,
masturbação, entre outros), são vistos como desvio e aberrações quando protagonizados por
pessoas com deficiência mental.

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NECESSIDADES AFETIVAS E SEXUAIS
No sujeito deficiente mental

• O indivíduo deficiente mental, na consciência humana, não tem o direito de usufruir da sua
sexualidade. A sociedade rodeia o deficiente mental com mitos, crenças, preconceitos, atitudes
discriminatórias, esquecendo-se de que estes indivíduos são seres com necessidades afetivas e
sexuais, satisfações, desejos, impulsos, prazer que devem ser aceites e trabalhados por parte dos
familiares e dos técnicos que trabalham na área.

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NECESSIDADES AFETIVAS E SEXUAIS
No sujeito deficiente mental

• O indivíduo deficiente mental, na consciência humana, não tem o direito de usufruir da sua
sexualidade. A sociedade rodeia o deficiente mental com mitos, crenças, preconceitos, atitudes
discriminatórias, esquecendo-se de que estes individuos são seres com necessidades afetivas e
sexuais, satisfações, desejos, impulsos, prazer que devem ser aceites e trabalhados por parte dos
familiares e dos técnicos que trabalham na área

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NECESSIDADES AFETIVAS E SEXUAIS
No sujeito deficiente mental

• O indivíduo deficiente mental, na consciência humana, não tem o direito de usufruir da sua
sexualidade. A sociedade rodeia o deficiente mental com mitos, crenças, preconceitos, atitudes
discriminatórias, esquecendo-se de que estes individuos são seres com necessidades afetivas e
sexuais, satisfações, desejos, impulsos, prazer que devem ser aceites e trabalhados por parte dos
familiares e dos técnicos que trabalham na área

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ORIENTAÇÃO/EDUCAÇÃO SEXUAL
Crença sobre abordar o tema : sexo

• Não se estimulam os programas de orientação/educação sexual porque se entende que nem seria
preciso falar sobre sexo àqueles que são assexuados. Por outro lado, há também uma crença de
que se falar sobre sexo pode estimular a prática sexual, aumentariam as chances de ocorrerem
relações sexuais e ou gravidezes e isso é temeroso para muitas famílias, cuidadores,
etc.,principalmente quando há uma deficiência cognitiva associada.

• Porém, a ignorância sexual acaba sendo um grande obstáculo para que as pessoas com
deficiência possam evitar a violência e, portanto, programas de orientação/educação sexual
poderiam ajudar essas pessoas a usufruir a sexualidade plena e saudável com responsabilidade.

ROMANA DANIELA 51
MITOS E VERDADES
Salas

Sala 1 PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO ASSEXUADAS: NÃO TÊM


SENTIMENTOS , PENSAMENTOS E NECESSIDADES SEXUAIS

Sala 2.PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO HIPERSSEXUADAS: SEUS


DESEJOS SÃO INCONTROLÁVEIS E EXACERBADOS. A EXPRESSÃO
SEXUAL EXPLÍCITA PARA QUEM TEM DEFICIÊNCIA É UMA PERVERSÃO

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MITOS E VERDADES
Salas

Sala 3. A REPRODUÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA É SEMPRE


PROBLEMÁTICA PORQUE SÃO ESTÉREIS, GERAM FILHOS COM DEFICIÊNCIA
E OU NÃO TÊM CONDIÇÕES DE CUIDAR DELES

ROMANA DANIELA 53
SER JOVEM HOJE : EDUCAÇÃO EM SEXUALIDADE

https://www.youtube.com/watch?v=qtKfDolDfPs

https://www.youtube.com/watch?v=jiw6XLIWjwk

Sexualidade na Deficiência

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EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
Mito 1- PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO ASSEXUADAS: NÃO TÊM SENTIMENTOS , PENSAMENTOS E
NECESSIDADES SEXUAIS

• O olhar para o deficiente como alguém infantil é muito comum, porque em geral, relacionam-se à
dependência aspectos como a imaturidade emocional e a infantilidade

• Pode-se ter a idade avançada, aspectos cognitivos íntegros, sentimentos de desejo sexual, mas se
for preciso ajuda para se alimentar ou se limpar, essa pessoa é considerado pelos outros como
uma criança.

• Para Kaufman, Silverberg e Odette (2003), as pessoas com deficiências são mais facilmente
vitimas de violência sexual do que aqueles que não vivem com deficiências. O poder abusivo de
cuidadores, a falta de punição para os agressores e o silêncio nas instituições, são situações que
podem agravar e aumentar a ocorrência de estupro ou de outras formas de violência nas
instituições.
ROMANA DANIELA 55
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
MITO 2. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO HIPERSSEXUADAS: SEUS DESEJOS SÃO INCONTROLÁVEIS E
EXACERBADOS. A EXPRESSÃO SEXUAL EXPLÍCITA PARA QUEM TEM DEFICIÊNCIA É UMA PERVERSÃO

• O interesse por sexo é variável entre pessoas com deficiências e entre não-deficientes. No caso dos deficientes o fato
das pessoas acreditarem que sua sexualidade é exagerada tem mais a ver com a expressão pública de
comportamentos sexuais do que com a freqüência com que eles ocorrem, principalmente entre aqueles com
deficiência intelectual. Não há relação entre sexualidade exagerada e as questões orgânicas da deficiência

• Diante do fato de que recebem poucas informações sobre sexualidade e têm poucas oportunidades de socialização, a
expressão considerada inadequada dos desejos sexuais nas pessoas com deficiência, refere-se à manifestação da
sexualidade de um modo grosseiro que não correspondente às regras sociais e isso prejudica a imagem que as pessoas
têm do deficiente que os colocam como dotados de uma sexualidade atípica. Desse modo o desejo, que é normal em
todo ser humano, aparece como diferenciado e exagerado pela sua exteriorização inadequada

ROMANA DANIELA 56
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
CONT-MITO 2. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO HIPERSSEXUADAS: SEUS DESEJOS SÃO INCONTROLÁVEIS E
EXACERBADOS. A EXPRESSÃO SEXUAL EXPLÍCITA PARA QUEM TEM DEFICIÊNCIA É UMA PERVERSÃO

• Ainda nessa reflexão, pode-se dizer que entre os profissionais, professores, familiares e até mesmo na
literatura científica não há alusão a deficientes que possam expressar livremente uma condição
homossexual. A esse respeito, inclusive, é importante destacar que a heteronormatividade (COSTA, 1998)
ocorre também em relação às pessoas com deficiência (KAUFMAN; SILVERBERG; ODETTE, 2003;
SHAKESPEARE, 2003; MAIA, 2009a). Não se imagina uma pessoa com deficiência sendo gay ou
lésbica como parte de sua identidade pessoal .

ROMANA DANIELA 57
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
CONT-MITO 2. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO HIPERSSEXUADAS: SEUS DESEJOS SÃO INCONTROLÁVEIS E
EXACERBADOS. A EXPRESSÃO SEXUAL EXPLÍCITA PARA QUEM TEM DEFICIÊNCIA É UMA PERVERSÃO

• Outras questões sobre a variedade do desejo humano são igualmente possibilidades para essas pessoas.
Kaufman, Silverberg e Odette (2003) comentam que até mesmo as parafilias, por exemplo, podem existir
entre pessoas com deficiências. Ao mesmo tempo em que essas perversões não são imaginadas ao
deficiente, ele mesmo pode ser visto como perverso e atípico, apenas por expressar seu desejo sexual.
Para aqueles que são considerados fora das possibilidades de sexualidade normal a expressão do desejo e
o interesse por sexo pode ser considerado perversão. É o que vemos também entre os idosos, por
exemplo, igualmente estigmatizados pela limitação do corpo e dessexualizados pela sociedade.

ROMANA DANIELA 58
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
CONT-MITO 2. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO HIPERSSEXUADAS: SEUS DESEJOS SÃO INCONTROLÁVEIS E
EXACERBADOS. A EXPRESSÃO SEXUAL EXPLÍCITA PARA QUEM TEM DEFICIÊNCIA É UMA PERVERSÃO

• *Parafilias são fantasias ou comportamentos frequentes, intensos e sexualmente estimulantes que


envolvem objetos inanimados, crianças ou adultos sem consentimento, ou o sofrimento ou
humilhação de si próprio ou do parceiro. Transtornos parafílicos são parafilias que causam
angústia ou problemas com o desempenho de funções da pessoa com parafilia ou que prejudicam
ou podem prejudicar outra pessoa.

• Existem muitas parafilias. O foco da parafilia pode ser uma variedade de objetos, situações, animais ou
pessoas (como crianças ou adultos que não deram consentimento). A excitação sexual pode depender do
uso ou presença desse foco. Quando se estabelecem estes padrões de excitação, habitualmente no final da
infância ou perto da puberdade, eles tendem a durar por toda a vida

ROMANA DANIELA 59
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
MITO 3. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO POUCO ATRAENTES, INDESEJÁVEIS E INCAPAZES DE CONQUISTAR
UM PARCEIRO AMOROSO E MANTER UM VÍNCULO ESTÁVEL DE RELACIONAMENTO AMOROSO E SEXUAL

• As mensagens ideológicas relacionadas ao sexo divulgam-no como um direito exclusivo das pessoas
jovens e bonitas. Os padrões definidores de normalidade sexual impõem um sexo que envolve
protagonistas de corpo perfeito, magro, esbelto, que tenham boa saúde, etc, mas esses padrões existem
para todos nós e prejudicam a todos. A possibilidade encontrar um parceiro sexual e amoroso parece
depender de se corresponder a modelos de estética e de desempenho, mas isso não impede que pessoas
com deficiência possam se relacionar amorosamente de modo satisfatório e gratificante

ROMANA DANIELA 60
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
MITO 3. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO POUCO ATRAENTES, INDESEJÁVEIS E INCAPAZES DE CONQUISTAR
UM PARCEIRO AMOROSO E MANTER UM VÍNCULO ESTÁVEL DE RELACIONAMENTO AMOROSO E SEXUAL

• As mensagens ideológicas relacionadas ao sexo divulgam-no como um direito exclusivo das pessoas jovens e
bonitas. Os padrões definidores de normalidade sexual impõem um sexo que envolve protagonistas de corpo perfeito,
magro, esbelto, que tenham boa saúde, etc, mas esses padrões existem para todos nós e prejudicam a todos. A
possibilidade encontrar um parceiro sexual e amoroso parece depender de se corresponder a modelos de estética e de
desempenho, mas isso não impede que pessoas com deficiência possam se relacionar amorosamente de modo
satisfatório e gratificante

• Para Kaufman, Silverberg e Odette (2003) e Puhlmann (2000), o fato de você ter uma parte do corpo não funcional,
de você precisar de algum tipo de auxílio e ajuda em função de sua deficiência antes de dar e receber prazer pode
torná-lo degradante e pouco erótico aos demais, mas não impede os vínculos amorosos e sexuais.

ROMANA DANIELA 61
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
MITO 3. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO POUCO ATRAENTES, INDESEJÁVEIS E INCAPAZES DE CONQUISTAR
UM PARCEIRO AMOROSO E MANTER UM VÍNCULO ESTÁVEL DE RELACIONAMENTO AMOROSO E SEXUAL

• As mensagens ideológicas relacionadas ao sexo divulgam-no como um direito exclusivo das pessoas jovens e
bonitas. Os padrões definidores de normalidade sexual impõem um sexo que envolve protagonistas de corpo perfeito,
magro, esbelto, que tenham boa saúde, etc, mas esses padrões existem para todos nós e prejudicam a todos. A
possibilidade encontrar um parceiro sexual e amoroso parece depender de se corresponder a modelos de estética e de
desempenho, mas isso não impede que pessoas com deficiência possam se relacionar amorosamente de modo
satisfatório e gratificante

• Para Kaufman, Silverberg e Odette (2003) e Puhlmann (2000), o fato de você ter uma parte do corpo não funcional,
de você precisar de algum tipo de auxílio e ajuda em função de sua deficiência antes de dar e receber prazer pode
torná-lo degradante e pouco erótico aos demais, mas não impede os vínculos amorosos e sexuais.

ROMANA DANIELA 62
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
MITO 4. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NÃO CONSEGUEM USUFRUIR O SEXO NORMAL QUE É ESPONTÂNEO E
ENVOLVE A PENETRAÇÃO SEGUIDA DE ORGASMO, POR ISSO, SÃO PESSOAS QUE TÊM SEMPRE DISFUNÇÕES
SEXUAIS RELACIONADAS AO DESEJO, À EXCITAÇÃO E AO ORGASMO

• A deficiência pode até comprometer alguma fase da resposta sexual, mas isso não impede a pessoa de ter
sexualidade e de vivê-la prazerosamente . Além disso, na cultura ocidental, que herda as regras
repressivas da religião judaico-cristã, culpando o sexo que visa apenas o prazer e não a reprodução e
condenando atos como a masturbação, as relações homossexuais, o orgasmo e o desejo acentuado de
mulheres, etc, as disfunções sexuais acabam sendo comuns justamente por conta da intensa repressão
sexual que, de diversas formas, ainda hoje persiste

ROMANA DANIELA 63
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DOS MITOS
MITO 5. A REPRODUÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA É SEMPRE PROBLEMÁTICA PORQUE SÃO
ESTÉREIS, GERAM FILHOS COM DEFICIÊNCIA E OU NÃO TÊM CONDIÇÕES DE CUIDA

• Em muitos casos, a deficiência pode prejudicar a vida reprodutiva, havendo redução da fertilidade ou
problemas correlacionados, mas a infertilidade não torna nenhum ser humano assexuado e nem impede a
possibilidade de manter vínculos afetivos e sexuais prazerosos e satisfatórios .

• Além disso, é importante comentar que nem sempre a deficiência é hereditária. Há casos de filhos(as) de
pessoas com deficiência que nascem sem a deficiência e outros em que há a probabilidade de
descendentes com deficiências. De qualquer forma, o aconselhamento genético poderia ajudar as pessoas
na decisão de ter ou não filhos, porque um ou os dois progenitores terem alguma deficiência.

ROMANA DANIELA 64
CONCLUSÃO DOS MITOS
Concepções socias e culturais

• Sexualidade, portanto, é social e cultural. Aprende-se, em diferentes culturas, o sentido do prazer, do


desejo, do erotismo humano e damos significados diferentes para o que se define como amor, fidelidade,
casamento, paquera, etc. Em todas essas situações do erotismo humano, reproduzem as concepções
sociais internalizadas. Costa (1998), por exemplo, lembra que o amor romântico é uma invenção cultural
que nada tem de natural e universal, nem é um sentimento incontrolável e nem mesmo pode ser
relacionado à garantia de felicidade eterna. A partir da cultura e da educação há uma construção sobre a
escolha de nossos objetos amorosos e não é verdadeiro o fato de que todos são alvos desejáveis, embora
não percebamos isso conscientemente. Nesse sentido, o amor, assim como o sexo e o desejo são
influenciados pelas concepções sociais de normalidade que destroem qualquer possibilidade de se desejar
espontaneamente.

ROMANA DANIELA 65
PROCEDIMENTOS INVASIVOS
Pessoas com deficiência

• Não é incomum, infelizmente, impor às pessoas com deficiência uma vida de abstinência ou submetê-las
a procedimentos invasivos, como a esterilização. Tal procedimento é desnecessário. Aqueles que se
julgam mais capazes do que as pessoas com deficiência deveriam se dedicar a processos educativos que
ajudariam essas pessoas a usufruírem da vida sexual ativa e saudável, se elas assim o desejarem

ROMANA DANIELA 66
DISABLED PEOPLE'S VOICES ON SEXUAL WELL-BEING

https://www.youtube.com/watch?v=qV80fFs5_xw

67
DEFICIÊNCIA E VIDA INDEPENDENTE EM PORTUGAL
Pessoas com deficiência

• https://www.youtube.com/watch?v=wNsUPatLVNM&t=6s

ROMANA DANIELA 68
DEFICIÊNCIA AFETIVIDADE E SEXUALIDADE
Pessoas com deficiência

• O respeito pelo corpo da pessoa com deficiência mental, bem como a masturbação, o aparecimento da
menarca e a sua conduta afetiva são para nós aspetos importantes a serem abordados pelos pais e a
sociedade em geral, sendo importante respeitar o pudor e o recato que o respeito pelo jovem nos exige.

ROMANA DANIELA 69
DEFICIÊNCIA AFETIVIDADE E SEXUALIDADE
Pessoas com deficiência

• É possível afirmar-se que ao proibirem-se comportamentos afetivos sexuais à população com deficiência,
estamos a impedi-la da satisfação de necessidades fundamentais para o seu crescimento e
desenvolvimento enquanto pessoas. Uma dessas necessidades é a sexualidade e esta não implica
necessariamente o coito. Implica sim, que nos queiram, que nos valorizem. É importante sentirmo-nos
úteis, pois temos alguém com quem partilhar projetos e ansiedades.

ROMANA DANIELA 70
DEFICIÊNCIA AFETIVIDADE E SEXUALIDADE
Pessoas com deficiência

• A vivência da sexualidade das pessoas com deficiência é inquestionável, uma vez que a mesma é um
atributo humano e como tal, é inerente a todo o ser humano, independentemente das limitações que este
possa ter. Nesta mesma linha, a OMS admite que todas as pessoas ”não deficientes” têm a mesma
necessidade de saúde sexual e reprodutiva.

• Naturalmente, a vivência da sexualidade da pessoa com deficiência não é igual à da pessoa sem
deficiência, tal como, o comportamento sexual, que difere consoante o nível de deficiência apresentado.

ROMANA DANIELA 71
DEFICIÊNCIA AFETIVIDADE E SEXUALIDADE
Pessoas com deficiência

• A pessoa com deficiência mental profunda não tem a mesma autonomia e não consegue ser independente,
tornando, assim, a aquisição de comportamentos limitada. Com efeito, quanto mais grave e profunda fora
deficiência mental, mais primária é a sua sexualidade.

• No que diz respeito aos conhecimentos que os adolescentes com deficiência mental têm, acerca da
sexualidade, torna-se pertinente evidenciar que estas apresentam baixos níveis de conhecimentos e
experiencias sexuais. Dentro dos conhecimentos sexuais, é referentemente às doenças sexualmente
transmissíveis, aos métodos contracetivos, à gravidez, à menstruação, fertilidade e maneiras adequadas de
reagir em situações de abuso sexual que as pessoas com deficiência apresentam conhecimentos mais
deficitários.

ROMANA DANIELA 72
DEFICIÊNCIA AFETIVIDADE E SEXUALIDADE
Pessoas com deficiência

• Paralelamente, podemos destacar ainda que as pessoas com deficiência demonstram grandes necessidades
sexuais nomeadamente no que concerne ao namoro, intimidade e interação social.

• Pela apreciação das publicações pesquisadas sobre a sexualidade da pessoa com deficiência mental, fica
evidente que, os indivíduos com deficiência mental ligeira apresentam compreensão e consciência das
suas potencialidades sexuais, bem como da capacidade de atingir o prazer. Podem iniciar e manter
relações sexuais, por iniciativa própria, bem como ter uma vida reprodutiva.

ROMANA DANIELA 73
DEFICIÊNCIA AFETIVIDADE E SEXUALIDADE
Pessoas com deficiência

• No caso das pessoas com deficiência mental moderada, estes indivíduos devido ”à sua deficiência, não se
podem responsabilizar inteiramente pela sua vida ou pela descendência”. No que diz respeito a pessoa
com deficiência mental severa, considera-se que os cuidados decorrentes das limitações e falta de
autonomia podem prolongar- se por longos períodos de tempo.

• É importante terminar, explicando que, a passagem de informação incorreta acerca da sexualidade para as
pessoas com deficiência mental é: ”deixá-los entregues à ignorância, ao acaso e assim, contribuir para o
confinamento originado pela sua deficiência”.

ROMANA DANIELA 74
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• No caso das pessoas com deficiência mental moderada, estes indivíduos devido ”à sua deficiência, não se
podem responsabilizar inteiramente pela sua vida ou pela descendência”. No que diz respeito a pessoa
com deficiência mental severa, considera-se que os cuidados decorrentes das limitações e falta de
autonomia podem prolongar- se por longos períodos de tempo.

• É importante terminar, explicando que, a passagem de informação incorreta acerca da sexualidade para as
pessoas com deficiência mental é: ”deixá-los entregues à ignorância, ao acaso e assim, contribuir para o
confinamento originado pela sua deficiência”.

ROMANA DANIELA 75
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Quando falamos de sexualidade na deficiência mental, é importante focar a opinião dos Profissionais e
dos Pais das pessoas com deficiência mental a respeito desta temática. Tanto a sexualidade como a
deficiência mental sugerem diversas atitudes, por parte dos pais e dos profissionais, que tendem a
reprimir a sexualidade das pessoas com deficiência mental.

• Na literatura estrangeira, encontra-se um estudo realizado por Sprovieri & Assumpção Jr. (2005, cit. in
Carneiro, 2014) acerca das atitudes dos pais e dos profissionais em relação à sexualidade das pessoas
com deficiência mental. Neste estudo constatou-se que a maior parte dos pais não transmite nenhuma
informação aos seus filhos acerca da sexualidade e, sendo comum delegarem esta tarefa para outras
pessoas.

ROMANA DANIELA 76
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Importa referenciar que, grande parte dos pais de jovens com deficiência mental não recebem nenhuma
informação acerca do desenvolvimento sexual dos seus filhos, evidenciando desta forma, a existência de
uma grande carência na educação de cariz sexual dos pais.

• Tendo isto em conta, após a observação de vários estudos, verifica que as atitudes e respostas dos pais e
profissionais possuem um papel importante na regulação sexual da pessoa com deficiência mental,
determinando o tipo de educação afetiva/sexual que é providenciada aos mesmos e originando ainda, uma
influência direta na vivência da sexualidade por parte destas pessoas.

ROMANA DANIELA 77
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• É igualmente importante compreender a deficiência mental e a sexualidade dentro da dinâmica familiar e,


perceber como a família interage com os filhos neste contexto. A grande maioria dos pais com filhos com
deficiência mental adquire uma atitude de superproteção no que respeita aos comportamentos sexuais dos
seus filhos, colocando desta forma algumas restrições no que toca às conversas acerca da sexualidade
com estes. Em geral, os pais reconhecem a existência de desejo de contato físico, de sedução e de
relações sexuais dos mesmos, contrariamente à atitude face ao desejo de casar e de ter filhos.

ROMANA DANIELA 78
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Em Portugal, um estudo realizado por Félix & Marques (1995) revelou que a postura dos pais, face à
sexualidade dos seus filhos com deficiência mental, é, na maior parte das vezes, envolta em uma negação
da realidade sexual dos mesmos, visualizando-os como ”crianças” para o resto da vida.

• No sentido de confirmar esta ideia, mais recentemente, a pesquisa levada a cabo por Albuquerque &
Ramos (2007), teve como objetivo estudar as atitudes de pais e profissionais face à sexualidade na pessoa
com deficiência mental. Assim, os dados obtidos revelaram que a mesma é baseada numa ”atitude
punitiva e repressora” da existência de sexualidade nos seus filhos (Gama, 2015).

ROMANA DANIELA 79
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Através de um estudo realizado por Dupras & Tremblay (1975, cit. in Ramos, 2005) que visava medir a
maior ou menor aceitação de diversos comportamentos sexuais dos seus filhos com deficiência, foi
possível concluir que, embora os pais estivessem a favor da normalização sexual dos seus filhos,
contrariamente, as atitudes destes fomentavam a dessexualização.

ROMANA DANIELA 80
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Através de um estudo realizado por Dupras & Tremblay (1975, cit. in Ramos, 2005) que visava medir a
maior ou menor aceitação de diversos comportamentos sexuais dos seus filhos com deficiência, foi
possível concluir que, embora os pais estivessem a favor da normalização sexual dos seus filhos,
contrariamente, as atitudes destes fomentavam a dessexualização.

• Além disto, os pais transmitiam aos seus filhos informações sexuais incompletas e insuficientes.

ROMANA DANIELA 81
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Examinando a atitude dos pais em relação à população com deficiência mental em geral, Ramos (2005)
salienta que, os pais referem que a esterilização é o melhor meio de contraceção para as pessoas com
deficiência. Por outro lado, no que concerne à homossexualidade, a mesma autora refere que, os pais
assumem que esta é igualmente frequente na população com e sem deficiência mental, esclarecendo
ainda que, a educação sexual é necessária para ambas as populações (Ramos, 2015).

ROMANA DANIELA 82
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL
ATITUDES DOS TÉCNICOS
• No que diz respeito às atitudes dos profissionais face à sexualidade das pessoas com deficiência mental, é
de realçar que, no campo da educação afetivo/sexual, os mesmos sentem-se na maioria das vezes
condicionados pelas políticas ou inexistência das mesmas na instituição onde trabalham. Os profissionais
que trabalham em instituições agem de acordo com os seus próprios valores, atitudes e representações
face à sexualidade e afetividade nas pessoas com deficiência mental.

ROMANA DANIELA 83
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL
ATITUDES DOS TÉCNICOS
• Ainda no seguimento das atitudes dos profissionais face à sexualidade na deficiência mental, cabe aos
profissionais lidar com o ”conjunto de sentimentos e emoções e manifestos nas relações interpessoais
destes jovens e de diminuir as enormes barreiras que se impõem no caminho da realização afetivo-sexual
desta população.” Os profissionais (professores, educadores, terapeutas, psicólogos, auxiliares e outros)
desempenham um papel fundamental na formação das crianças e jovens com deficiência mental, uma vez
que fazem parte das instituições onde estes passam grande parte do seu tempo.

ROMANA DANIELA 84
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL
ATITUDES DOS TÉCNICOS
• O facto de muitos profissionais temerem a reação dos pais ao saberem que na instituição são permitidas
expressões e comportamentos afetivo/sexuais, sendo portanto, a atitude mais fácil a de negação da
sexualidade dos jovens com deficiência. O autor refere ainda que, estes são isolados dos companheiros
do sexo oposto, não lhes é dada privacidade, são fortemente supervisionados e qualquer manifestação é
imediatamente punida.

ROMANA DANIELA 85
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL
ATITUDES DOS TÉCNICOS
• Por outro lado, e corroborando esta ideia, os profissionais que trabalham com jovens com deficiência
mental, apresentam alguma renitência no envolvimento no processo educativo face à sexualidade, devido
a crenças morais, a atitudes repressoras e ainda à falta de confiança nas suas capacidades.

• Os profissionais que trabalham no dia-a-dia com pessoas com deficiência mental apresentam dificuldades
em lidar com as diversas manifestações de sexualidade nestes indivíduos (masturbação, exibicionismo,
jogos e brincadeiras sexuais, entre outros), acabando por generalizar as questões referentes à sexualidade
e à deficiência. Porém, muitas vezes este receio e evitamento deriva em grande parte do reconhecimento
que os profissionais possuem relativamente aos défices desta área na sua formação.

ROMANA DANIELA 86
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL
ATITUDES DOS TÉCNICOS
• Não obstante, verificam-se situações em alguns países onde os profissionais lidam bem com esta questão
e aceitam que os indivíduos com deficiência mental precisam de viver e expressar livremente a sua
sexualidade. Na Holanda a sexualidade das pessoas com deficiência mental não é um tabu, neste país
existem profissionais que ensinam as pessoas com deficiência a se masturbar ou até mesmo, são os
técnicos que masturbam as próprias pessoas com deficiência mental profunda, atendendo que, estes não
são capazes de o fazer sozinhos (Diário de Notícias, 2006 cit. in Pereira, 2009).

ROMANA DANIELA 87
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL
ATITUDES DOS TÉCNICOS
• É relevante salientar ainda que, os profissionais ao adotarem uma atitude positiva relativamente à
vivência da sexualidade das pessoas com Deficiência mental, estão no fundo a dar a estes indivíduos a
oportunidade de poder expressar a sua sexualidade.

• Dito de outra forma, é fundamental que os pais e os profissionais revejam as suas atitudes sexuais,
assumam os seus preconceitos e as suas inibições, para que possam, eles próprios, aceitar com
naturalidade a sua sexualidade. Neste contexto, fica-nos a certeza de que é necessário e urgente
”alterarem as suas atitudes, bem como proporcionar-lhes a informação necessária, a qual lhes permita
responder a questões que forem surgindo, dentro de um binómio humano/científico, mas também com
uma atitude normal e aceitante, que conduza o deficiente a abrir-se e a falar sobre os seus anseios e
dificuldades”.
ROMANA DANIELA 88
ATITUDES PERANTE A AFETIVIDADE E SEXUALIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL
ATITUDES DOS TÉCNICOS

• Assim, e para terminar, não será certamente fácil esta tarefa, a de mudança de atitudes visto que
sabendo,” quanto é carregada de preconceitos altamente condicionante de uma forma objetiva e inibidor
de sugestões ou disposições para a ação”.

• Com efeito, vivemos numa sociedade que, por um lado, estimula e por outro reprime a sexualidade,
quando afirma que ”o que torna problemática a sexualidade humana são os processos de socialização do
sexo e de sexualização da sociedade.”

ROMANA DANIELA 89
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

As pessoas com deficiência mental fazem parte de um grupo que não beneficiou muito com as mudanças que
aconteceram no decorrer dos anos, no âmbito do comportamento sexual ocidental. Na sociedade ocidental, a
sexualidade e os comportamentos subjacentes eram rigorosamente controlados e criticados pela opinião
pública. Para as pessoas sem deficiência existia um grande rigor, em contrapartida, para a pessoa com
deficiência, este controle não existia porque partiam da ideia que estas eram pessoas assexuadas.

Não obstante, muitas vezes é sustentada a ideia de que as pessoas com deficiência não têm o direito de
vivenciar a sua sexualidade. O mito, a crença e o preconceito, são outros temas debatidos pela literatura e a
que estão submetidas as pessoas com deficiência mental.

ROMANA DANIELA 90
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Na sociedade ocidental o indivíduo com qualquer deficiência, sofre as consequências da discriminação,


pois esta diferença é entendida como sinal de inferioridade, de sobressair de forma ”negativa” na
multidão. A diferença transforma-se em desigualdade, colocando-o em desvantagem em relação aos
demais membros da sociedade.”

• O mito constitui uma falsa crença, largamente aceite entre camadas populares e, o preconceito, uma
atitude positiva ou negativa, que se formula antes de provas evidentemente suficientes e que se conserva
com tenacidade emotiva.

ROMANA DANIELA 91
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

Falar da sexualidade de pessoas com deficiência, implica a existência de mitos, crenças e preconceitos
fortemente enraizados, com forte influência e sem qualquer rigor científico. Deste modo, apresentaremos a
seguir alguns dos preconceitos ou mitos relacionados com a população em causa:

"As pessoas com deficiência mental apresentam um desenvolvimento sexual, desejos e necessidades afetivas
diferentes das pessoas normais."

ROMANA DANIELA 92
THE RIGHT TO SEXUALITY

• https://www.youtube.com/watch?v=aPFV4EQ0mgw

ROMANA DANIELA 93
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• O desenvolvimento sexual acompanha fundamentalmente o desenvolvimento cronológico e não o


cognitivo. Assim, a deficiência mental não corresponde a um défice sexual. Está ainda comprovado que
não existem diferenças qualitativas entre a pessoa com deficiência mental e a população em geral, no que
diz respeito às manifestações da sexualidade.

• Os maiores problemas que poderão surgir não estão na sexualidade em si, mas sim, na forma como a
pessoa com deficiência metal aprende a lidar com a própria sexualidade e como expressá-la, os quais
derivam dos défices preceptivos, discriminativos e cognitivos, que por sua vez, dificultam a ação do
indivíduo no meio em que se insere.

ROMANA DANIELA 94
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

"A deficiência mental é de carácter hereditário."

No início do século XX, considerava-se que a pessoa com deficiência mental teria uma causa genética, sendo
transmitida pelos progenitores. Nos últimos anos, apesar dos avanços na área da medicina, especialmente
no campo da genética, este preconceito tem-se mantido inalterável, ao nível das representações mentais da
sociedade.

ROMANA DANIELA 95
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

"As pessoas com deficiência mental são assexuadas: carecem de desejos e de necessidades no terreno da
sexualidade."

As pessoas com deficiência mental são vistas como anjos, seres assexuados, eternas crianças. Neste
contexto, a vivência da própria sexualidade, tal como o acesso a uma educação sexual adequada é-lhes
negado, atendendo que, estes indivíduos são vistos como eternas crianças. A este respeito, podemos referir
que ”as pessoas ditas excecionais, não são necessariamente excecionais, nos seus impulsos e desejos
sexuais. Elas têm necessidades normais, experiências normais e emoções humanas normais. A sua inibição
sexual não é fruto de uma disfunção intrínseca mas resulta da falta de condições para um desenvolvimento
de uma sexualidade saudável.”

ROMANA DANIELA 96
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• De facto, a sexualidade das pessoas com deficiência está eivada de mitos e tabus, tal como a sexualidade
das pessoas ditas normais. Apesar de nos últimos anos ter-mos assistido a ”alterações de padrões
culturais”, que se refletem numa relativa mudança de mentalidades, de facto, ainda se verifica uma forte
influência do ”modelo reprodutivo e os seus corolários.” Este modelo privilegia ”a vertente reprodutiva
da expressão sexual, esquecendo, negando, ou deixando para segundo plano, outras importantes valências
da sexualidade, tais como: a afetividade e o prazer”.

ROMANA DANIELA 97
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Assim, ”como resultado do referido modelo, temos o duplo padrão de moral sexual e a dicotomização
dos papéis psico-socio-sexuais, segundo a qual o homem deve ser ativo e a mulher passiva, (…) acresce
que muitas pessoas têm tendência a pensar que a expressão do impulso sexual será (apenas) aceitável
quando acontece entre gente ”jovem e bonita”. Se o conceito de juventude é questionável, ainda mais
será o de beleza”.

ROMANA DANIELA 98
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Em consequência, para resumir e esquematizar podemos apontar para a existência de uma visão geral da
sexualidade que está estritamente ligada a um sistema de valores, crenças e atitudes e tem por base: a). o
modelo reprodutivo do sexo, b). o paradigma do coito heterossexual, c). o mito da beleza física e jovem
e, finalmente, d). a dicotomização dos papéis psico-socio-sexuais.

Esta perspetiva constitui-se numa ”grelha mental” que leva muitas pessoas a encarar de forma torcida e
redutora a sexualidade de vários grupos de indivíduos, nomeadamente: crianças, adolescentes, idosos e
pessoas com deficiência (física e mental).

ROMANA DANIELA 99
ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• Assim, determinadas pessoas, entre as quais as que têm deficiência, veem limitada a sua expressão
sexual.

• Admite-se, teoricamente, que estas pessoas têm este direito, na condição de não passarem à prática.

• Seguindo estas linhas orientadoras, pode-se assim referenciar o Artigo 8º da Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência, no qual prevê que é importante ”(…)combater estereótipos, preconceitos e
práticas prejudiciais em relação às pessoas com deficiência, incluindo as que se baseiam no sexo e na
idade, em todas as áreas da vida.”

ROMANA DANIELA 100


ESTIGMA E PRECONCEITO ASSOCIADO À AFETIVIDADE E
SEXUALIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

• É importante salientar que, devido a um conjunto de mitos, tabus, crenças, preconceitos e atitudes
discriminatórias, as pessoas com deficiência, raramente são ouvidas a respeito dos seus anseios, desejos,
dúvidas e experiências em relação à vida afetiva e sexual. Esquecemo-nos, frequentemente, que, estes
indivíduos são seres com necessidades afetivas e sexuais, satisfações, impulsos, prazer que devem ser
aceites e trabalhados pelos familiares e técnicos especializados da área.

ROMANA DANIELA 101


ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO E GARANTIA DA
PRIVACIDADE E A INTIMIDADE

• Para promover e garantir a privacidade e intimidade, é essencial que se lide com o conjunto
de sentimentos, emoções e manifestos nas relações interpessoais destes jovens e diminuir as enormes
barreiras que se impõem no caminho da realização afetivo-sexual desta população.

• Relativamente às instituições, é importante não ser temida a reação dos pais aos saberem que a instituição
permite expressões e comportamentos afetivo/sexuais, sendo portanto, a atitude mais fácil a de negação
da sexualidade nestes jovens. Os companheiros do sexo oposto podem não ser isolados, paraque Ihes seja
dada privacidade. Este não devem ser fortemente supervisionados e as manifestações não devem ser
imediatamente punidas.

ROMANA DANIELA 102


ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO E GARANTIA DA
PRIVACIDADE E A INTIMIDADE

• É fundamental lidar bem com as questões da sexualidade e aceitar que os indivíduos com deficiência
mental precisam de viver e expressar livremente a sua sexualidade. A sexualidade das pessoas com
deficiência mental não pode ser tabu. Adotar uma atitude positiva relativamente à vivência da
sexualidade e das pessoas com deficiência mental, é dar a estes indivíduos a oportunidade de poder
expressar a sua sexualidade.

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ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO E GARANTIA DA
PRIVACIDADE E A INTIMIDADE

• Os pais, assim como os profissionais, devem rever as suas atitudes sexuais, assumindo os seus
preconceitos e as suas inibições, para que possam, eles próprios, aceitar com naturalidade a sua
sexualidade. É urgente e necessário alterar as atitudes, bem como proporcionar informação necessária, o
que vai permitir responder às questões que surgem com uma atitude normal e aceitante.

• Assim, conduzimos o individuo com deficiência mental a falar sobre os seus anseios e dificuldade.

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ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Nas intervenções cIínicas junto de jovens com perturbações desenvoIvimentais a ética não é simpIes e
cada princípio deontoIógico precisa de atenção e cauteIa sem espaço para uma apIicação cega e não
reflexiva.

• Começa no facto de as famíIias e cuidadores serem tutores Iegais para aIém da idade da maioridade
destes jovens com perturbações neurodesenvoIvimentais. A grande dependência dos seus cuidadores por
parte dos jovens Ieva a que a sua autonomia seja diminuída face a outros jovens da mesma idade e sem
perturbações, nas oportunidades de sociaIização, de reIações sociais e, mais particuIarmente, na vivência
da sua sexuaIidade, no desenvoIvimento de reIações íntimas e mesmo na projeção futura de
conjugaIidade ou de projetos de maternidade ou paternidade.

 
ROMANA DANIELA 105
ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Em PortugaI, fizemos um Iongo caminho de mudança nos tratamentos da saúde sexuaI e reprodutiva face
à esteriIização compuIsiva e não consentida peIos/as próprios/as, com as inovações em contraceção a
ajudarem a que se generaIizem opções mais dignas e menos definitivas; muito embora ao níveI da
compreensão da reprodução e do papeI da contraceção ainda continue a haver muito desconhecimento e
faIta de envoIvimento nas decisões que afetam a sexuaIidade dos jovens e aduItos com défice cognitivo.

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ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• As atitudes negativas da parte dos cuidadores face à sexuaIidade destes jovens com perturbações têm sido
objeto de várias investigações e a sua influência nas vivências sexuais dos jovens com perturbações faz-
se sentir de diferentes maneiras (Cardoso, 2003; Marques, 2005; Marques & FéIix, 1995). AIguns
exempIos chave: a expIoração de reIações e comportamentos sexuais pode ser encarada como
inapropriada peIos cuidadores (técnicos de apoio, pais e mães e outros famiIiares ou cuidadores Iegais),
conotada como abusos sexuais, quer os seus pares possuam ou não uma deficiência.

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ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Mesmo quando os casais são recebidos com aIguma permissividade, a criação de momentos de convívio
do jovem casaI, incIuindo a privacidade necessária para se descobrirem as reIações sexuais, é feita de
obstácuIos e siIêncios. A comorbiIidade do défice cognitivo Ieva a que se precise não só de
permissividade, mas também de conhecimentos, de desenvoIvimento de competências pessoais e
reIacionais, que ainda fica aquém das necessidades dos jovens.

ROMANA DANIELA 108


ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Outro exempIo será a aceitação da masturbação dos jovens com perturbações reaIizada num contexto de
prazer e privacidade, que é diferente de famíIia para famíIia, como também nas instituições de apoio
onde por vezes passam Iongas horas. As incapacidades motoras e a dependência de apoio de cuidadores
(institucionais ou famiIiares) pode significar a faIta de condições para a reaIização da masturbação, desde
a oferta de privacidade ao ato de despir. Também os défices cognitivos e motores acarretam por vezes a
faIta de destreza e técnica para atingir a satisfação, criando a necessidade de uma educação sexuaI
adaptada e específica, que garanta a segurança e ainda a dignidade.

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ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Na cIínica com jovens com perturbações neurodesenvoIvimentais é necessário o consentimento dos pais
e das mães para intervir com taI educação sexuaI expIícita. As famíIias que nos pedem ajuda têm, no
geraI, atitudes favoráveis e respeitosas do direito ao prazer dos seus fiIhos e fiIhas; enquanto as maiores
barreiras são as institucionais, de escoIas, instituições residenciais e de formação socioprofissionaI.

• Muitas instituições de apoio siIenciam as necessidades de afeto e prazer dos seus jovens. Não se trata
apenas do acesso ao prazer, como também do desenvoIvimento de reIacionamentos com pares com
desejos semeIhantes de afeto, de necessidades e curiosidades, com práticas sexuais e desejos de
conjugaIidade e mesmo paternidade.

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ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Ainda não temos impIementados projetos de vida independente, que incIuam estas áreas e promovam o
seu desenvoIvimento nos jovens, jovens casais, e ao Iongo da vida de pessoas com perturbações e
deficiências cognitivas.

• Se há barreiras difíceis de transpor no estabeIecimento de reIações íntimas entre rapazes e raparigas,


quando há atrações, interesses ou práticas e expIorações sexuais entre jovens do mesmo sexo, os vaIores
famiIiares e dos cuidadores e a possíveI homofobia ou transfobia existentes, criam barreiras fortíssimas e
difíceis de uItrapassar

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ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Em cIínica e em aconseIhamento em sexuaIidade a ética recomenda-nos intervenções para promover a


aceitação, prevenir as discriminações múItipIas, face a uma orientação sexuaI não heterossexuaI ou a
uma identidade de género não conforme à dicotomia feminino/mascuIino do sexo à nascença.

• Mas os pedidos das famíIias para que a psicoIogia seja veícuIo de pressão para a heterossexuaIidade
normativa surgem, e as respostas cIaras de recusa e ética associadas afastam as famíIias das consuItas,
dos terapeutas e definitivamente os/as seus/suas fiIhos/as do apoio que necessitariam para exercerem o
seu direito à iguaIdade com outros jovens sem perturbações e com orientação sexuaI e identidade de
género minoritárias .

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ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Que Iegitimidade têm os psicóIogos para intervir com estes jovens nesta área sem a autorização e
consentimento dos seus tutores Iegais? E se a obtenção de consentimento destas famíIias impedir de todo
o acesso dos/as seus/suas fiIhos/as a apoios não homofóbicos e transfóbicos?

• Não temos respostas simpIes. Em cada famíIia, em cada caso, esforçamo-nos por transmitir vaIores de
aceitação e mudar atitudes negativas, face ao nosso contexto histórico, ético e deontoIógico (Ordem dos
PsicóIogos, 2011).

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ÉTICA NAS RELAÇÕES UTENTE/PROFISSIONAIS/FAMÍLIAS NA
ÁREA DA SEXUALIDADE

• Mas sabemos que o caminho ainda tem muito para andar. A simpIes passividade ou negação da
sexuaIidade na vida destes jovens não respeita a desejada promoção de iguaIdade, dignidade, nem os
seus direitos sexuais e reprodutivos (OMS, 2002; Nações Unidas, 2006).

• Impõe-se a discussão ética de como todos nós contribuímos para permitir que as reIações e a sexuaIidade
de jovens com perturbações desenvoIvimentais existam, possam surgir e desenvoIver-se ao Iongo da
vida, em condições de iguaIdade e dignidade, numa sociedade reaImente incIusiva e respeitadora de
todos e de todas as pessoas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• SiIva, Ana. (2013). Atitudes face à Sexualidade na Deficiência Intelectual - A Importância da Formação em Educação Sexual. Universidade
do AIgarve - FacuIdade de Ciências Humanas e Sociais.
 
• Marques, MarisoI. (2017). A Sexualidade na Deficiência Mental - Uma Revisão Bibliográfica. Universidade de Coimbra - FacuIdade de
Medicina.

• AssembIeia GeraI da Associação MundiaI de SexoIogia (1999). Declaração dos Direitos Sexuais. CarvaIho, AIana; SiIva, JoIison. (2018).
Sexualidade das pessoas com deficiência: uma revisão sistemática
• CarvaIho, AIana; SiIva, JoIison. (2018). Sexualidade das pessoas com deficiência: uma revisão sistemática.
 
• RepúbIica Portuguesa. (2019). Guia Prático - Os Direitos das Pessoas com Deficiência em Portugal. SimpIex+
•   https://www.scielo.br/j/rbee/a/kYLkXPZsQVxZ85S95S3fQMz/?format=pdf&lang=pt

• Afonso, A. (2008). Deficiência Mental e Qualidade de Vida: Avaliação de Funcionários e Utentes de um Centro de Formação e Reabilitação
Profissional. Instituto Superior de PsicoIogia ApIicada.

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