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AUTONOMIA DA PESSOA

COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL

Joselia Soares
CRP 16/2260
CLASSIFICAÇÕES

• CID 10 – Classificação Internacional de


Doenças

• DSM IV TR – Manual Diagnóstico e


Estatístico de Transtornos Mentais.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
 Retardo Mental: parada do desenvolvimento
ou desenvolvimento incompleto

Comprometimento nas áreas:


 Global de Inteligência
 Linguagem
 Motricidade
 Comportamento social

 Pode acompanhar um outro transtorno


mental ou físico ou ocorrer separadamente.
CID-10
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
 Déficitsem atender aos padrões esperados para
sua idade por seu grupo cultural em pelo menos
duas das seguintes áreas:
comunicação cuidados vida habilidades lazer
pessoais doméstica sociais/inter
pessoais
uso de Indepen- habilidades trabalho saúde e
recursos dência acadêmicas segurança
comunitários

 Início anterior aos 18 anos.

DSM IV
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Demência:
Desenvolvimento de múltiplos déficits
cognitivos:
memória, afasia, apraxia, agnosia ou uma
perturbação do funcionamento executivo.

Há um declínio em relação a um nível


anteriormente superior de funcionamento.
DSM IV TR
MEDIDAS

Faixa de QI Classificação
> 140 Genialidade
121 – 140 Superior
110 – 120 Acima da média
90 - 109 MÉDIA
80 - 89 Abaixo da média
70 - 79 Limítrofe
50 - 69 Deficiência Leve
35-49 Deficiência Moderada
20-40 Deficiência Grave
<20 Deficiência Profunda
EXTENSÃO DO COMPROMETIMENTO

Retardo
mental leve
Retardo mental
moderado
Retardo mental grave

Retardo mental profundo


RETARDO MENTAL LEVE
QI (50-69)
IM (9 < 12 anos)
Em adultos

 Dificuldades de aprendizado na escola.


 Muitos adultos serão capazes de
trabalhar e de manter relacionamento
social satisfatório e de contribuir para a
sociedade.

CID 10
RETARDO MENTAL MODERADO
QI (35-49)
IM (6 < 9 anos)
Em adultos

 Atrasos acentuados do desenvolvimento na


infância.
 Podem aprender a desempenhar algum grau de
independência quanto aos cuidados pessoais e
adquirir habilidades adequadas de comunicação e
acadêmicas.
 Os adultos necessitarão de assistência em grau
variado para viver e trabalhar na comunidade.

CID 10
RETARDO MENTAL GRAVE
QI (20-40)
IM (3 < 6 anos)
Em adultos

 Provavelmente deve ocorrer a


necessidade de assistência contínua.

CID 10
RETARDO MENTAL PROFUNDO

QI (< 20)
IM (< 3 anos)
Em adultos

 Devem ocorrer limitações graves quanto


aos cuidados pessoais, continência,
comunicação e mobilidade.

CID 10
RESUMINDO
• Há um padrão de atividades esperadas
para cada fase da idade cronológica da
pessoa.

• Pessoas com deficiência intelectual


apresentam atrasos em relação ao padrão
esperado no desempenho de funções
cognitivas e de desempenho
comportamental.
(PAPALIA; OLDS ; FELDMAN, 2006)
CAUSAS
Causas conhecidas incluem problemas como:

• Desenvolvimento embrionário, tal como aqueles


causados pelo uso de drogas ou de álcool pela
gestante (30%);
• Influências ambientais, como deficiências de nutrição
(15 a 20%);
• Problemas na gravidez e no parto, como desnutrição
fetal ou trauma no nascimento (10%);
• Condições hereditárias (5%);
• Problemas de saúde na infância, como trauma ou
envenenamento por chumbo (5%).
(APA, 1994).
INFLUÊNCIAS
SÓCIOECONÔMICAS
 As dificuldades sócioeconômicas podem
atingir as crianças por limitar a capacidade
dos pais de fornecer recursos educacionais e
por exercer um efeito psicológico negativo
sobre os pais e suas práticas educativas
 Mesmo em famílias com bom funcionamento,
aspectos específicos da educação associados
à condição socioeconômica podem
influenciar o desenvolvimento cognitivo.
(PAPALIA; OLDS ; FELDMAN, 2006.)
PREVENÇÃO
 Muitos casos de retardo podem ser evitáveis através de
medidas como:
 aconselhamento genético (alto custo).
 assistência pré-natal.
 triagem e assistência médica de rotina para recém-nascidos.
 serviços nutricionais para gestantes e bebês.
 Com um ambiente inicial favorável e estimulante e com
auxílio e orientação constantes.
 Programas de intervenção têm ajudado pessoas com retardo
leve ou moderado a ser mais independentes e a viver na
comunidade.

(PAPALIA; OLDS ; FELDMAN, 2006)


INDICADORES DE
FUNCIONALIDADE
• Atividades
ABVDs básicas da
vida diária

• Atividades
AVDs AIVDs instrumentais
da vida diária

• Atividades
AAVDs avançadas da
vida diária

Medidas de independência funcional em


termos de atividades cotidianas (AVDs).
ABVDs AIVDs AAVDs

• Tarefas de • Tarefas que • Tarefas


sobrevivência e exigem adaptação específicas à
autocuidado. da pessoa ao pessoa realizadas
• Ex: higiene, ambiente. no contexto
alimentação e • Ex: realizar social que podem
locomoção. tarefas trazer significado
domésticas, existencial.
manusear • Ex: funções
dinheiro, fazer ocupacionais,
compras, recreacionais e a
administras as prestação de
próprias serviços
medicações e comunitários.
utilizar meios de
transportes.
AUTONOMIA X DEPENDÊNCIA
AUTONOMIA X DEPENDÊNCIA
AUTONOMIA X DEPENDÊNCIA
AUTONOMIA X DEPENDÊNCIA
Mito 1. Pessoas com deficiência não
têm sentimentos, pensamentos e
necessidades sexuais.
Mito 2. Pessoas com deficiência são
hiperssexuadas: seus desejos
exacerbados
Mito 3. Pessoas com deficiência são
indesejáveis e incapazes de
conquistar um parceiro amoroso e
manter um vínculo estável de
relacionamento amoroso e sexual.
Mito 4. Pessoas com deficiência não
conseguem usufruir relações sexuais.
Mito 5. A reprodução para pessoas
com deficiência é sempre
problemática porque são estéreis,
geram filhos com deficiência e ou não
têm condições de cuidar deles.
MANTER-SE ATIVO E OCUPADO
• A maioria das crianças com deficiência intelectual pode
beneficiar-se com um ensino escolar que lhes permita
tornarem-se membros contribuintes da sociedade da
melhor forma possível.
• A inclusão pode ajudar os portadores de deficiência a
aprenderem a se relacionar em sociedade e pode
permitir que crianças não-deficientes conheçam e
compreendam as portadoras de deficiência.
• Um problema potencial em relação à inclusão é que as
crianças com deficiências de aprendizagem podem ser
avaliadas por padrões irrealistas, fazendo com que sejam
reprovadas e obrigadas a repetir de série.
• As escolas que adaptam o ensino às capacidades dos
alunos obtêm melhores resultados do que aquelas que
tentam ensinar todos os alunos da mesma maneira.
(PAPALIA; OLDS ; FELDMAN, 2006.)

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