Você está na página 1de 1

Autoestima das pessoas com deficiência intelectual

Por Rodrigo Freitas

A deficiência intelectual possui fator longitudinal, ela acompanha o individuo por toda a vida. A
pessoa apresenta um atraso no desenvolvimento, dificuldades para aprender e realizar tarefas
do dia a dia e interagir com o meio em que vive. Ou seja, existe um comprometimento
cognitivo, que acontece antes dos 18 anos, e que prejudica suas habilidades adaptativas. A
criança com deficiência intelectual quando se percebe diferente das demais, encontra
dificuldades no fortalecimento da autoestima.

Grande parte, em sua infância, não consegue identificação em um grupo social. O que
percebemos é uma luta constante por aceitação e por corresponder expectativas familiares e
sociais. Saliento a importância da autopercepção das pessoas com deficiência intelectual.
Conhecer o seu diagnóstico é um passo libertador tanto para estas como para suas famílias.
Muitas famílias entendem que ao esconder do individuo a deficiência estarão poupando o
mesmo de um sofrimento, não percebem que justamente a informação trará perspectivas para
o rompimento de uma vida permeada por este sentimento.

Entender a deficiência e os sintomas relacionados proporciona autoconhecimento e


empoderamento das características peculiares, pontos fortes e também fragilidades, alicerces
da autoestima humana. Todos os indivíduos típicos também possuem certas áreas que
necessitam de treinamento e estimulação constante. Integrar a pessoa com deficiência
intelectual numa rotina de atividades que fortaleçam a cognição e a autonomia, assim como
potencializar suas características, é uma forma assertiva de inclusão, demonstração de
empatia e valorização dos direitos humanos.

Você também pode gostar