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CONTEXTUALIZAÇÃO

• Problema entre prática erudita e saber específico: é a classe


social a qual se dirige a sociedade e determinada prática
pedagógica, com vistas a manutenção do status quo, num viés
do materialismo dialético.
• O currículo é o espelho da sociedade: numa sociedade
burguesa a burguesia controla a construção e produção de
conhecimento bem como aquilo que é ensinado nas escolas;
• Os currículos escolares das escolas públicas são homogêneos.
•O ensino enquanto execução/transmissão de
tarefas/conhecimentos de técnicos, especialistas e profissionais
(pensar acrítico e disciplinador):
a) a divisão social e intelectual na modernidade é guiada pelos
aspectos ideológicos das elites dominantes;
b) o conhecimento para a produção e gerar lucro, as práticas e o
saber dos povos pré-modernos é esquecido por não conter a
essência racional e tecnicista Tyler como salientam Lopes e Macedo
(2011, p. 142) dissociada do cotidiano em “melhorar a vida das
escolas”;
c) O ideal de quadruvirum medieval se sobrepunha aos demais
“saberes-mestres” e hoje é substituído pela crença no mercado que
pela mão invisível de Smith dirige os currículos.
• Tecnicidade e racionalidade retiram do professor as qualidades de
sujeito politico e politizador reduzido a executor dos projetos ou
ações de governo e pouco dialoga com a comunidade escolar
alienada da escola;
• Não há o que Freire (1968; 1996) considera dialogicidade para a
construção da autonomia, afirma-se a acumulação de conteúdos
(educação “bancária”) paralisia de uma educação acrítica e a-
histórica:
PREFEITURA DO RECIFE PREFEITURA DE JABOATÃO DOS GUARARAPES
Professor que executa vários projetos impostos pela Execução de metas e plano de cargos e salários carreira
Secretaria de Educação e pela gestão escolar da unidade docente está atrelada índices de aprovação de alunos em
de ensino Escolas Técnicas Federais e Estaduais

Predomina no tempo de planejamento das aula- Professor executa atividades de manuais e cartilhas de
atividade reforço (matemática e português) para elevar os índices
anuais, com avaliação conservadora por médias
Formações continuadas com foco na execução de
projetos Formações continuadas desconectadas a realidade
pedagógica (encontros de professores)
• Os professores/professoras da “escola-fábrica” são o “corpo de
executores” mantem as hierarquias sociais ou imobilidade social do
alunado clientelista:
a) atua numa perspectiva “bancária” docente de vendedores de slogans ou
ideologias dominantes da sociedade (FREIRE, 1968);
b) a educação voltada para o pobre fica defasada no que Saviani (1991)
critica na pedagogia tradicional nas ausências de dialogo entre o
abstrato e o concreto que aleija a criticidade e defende o mercado de
trabalho e acumulação de capital para as elites e fortalecimento do
Estado;
c) ameaça a democratização escolar e “mercado dos saberes sociais”: o
mercado controlar o currículo escolar e reduzi-lo via BNCC, binômio
índice alto/bonificação, militarização das escolas públicas, reestruturar o
caráter instrutivo na rede pública (professor informador ou transmissor
como um guia turístico falando de um catálogo de visitação).
• A práxis do professor em seu saber-ser/saber-fazer enquanto atitude
transformador é fruto da ação e reflexão na visão de Freire (1968) construídos
dialogicamente, Tardif (2002, p. 51) trabalha nessa dimensão e considera-os
“saberes experienciais” ou saberes práticos adquiridos ao longo da
experiência entre educador e educando, mediado e interagido, normativas e
compromissos;
• Contextualizar a competência e saberes como prática consciente de trabalho
pedagógico:
a) reconhecer os mecanismos contraditórios e excludentes e realizar a sua
prática de ensino concernente aos sujeitos e comunidades escolares da
qual convive
b) Quais situações didáticas vão além dos conteúdos? O que é de fato útil na
realidade ao redor? Avaliar o menos por mais (identificar esforços).
Diversificar as formas e busca de espaços alternativos para atividades.
Reconhecer o saber socialmente adquirido e autodeterminação do
aluno/aluna.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 39ª. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 60ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2016.
LOPES, Alice Casimiro, MACEDO, Elizabeth. Teorias de currículo. São
Paulo: Cortez, 2011.
SAVIANI, Dermeval. A pedagogia histórico-crítica no quadro das tendências
críticas da Educação Brasileira. In: SAVIANI, Dermeval. Pedagogia
histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1991
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. In: TARDIF,
Maurice. Os professores diante do saber: esboço de uma problemática
do saber docente. Petrópolis: Vozes, 2002.

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