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LEIS: A LIBRAS, A

SURDEZ E A EDUCAÇÃO
DE SURDOS
Profa. Ma. Ingrid Cruz
Lei 8. 160/91

Dispõe sobre a caracterização de símbolo


que permita a identificação de pessoas
portadoras de deficiência auditiva.

Art. 1o É obrigatória a colocação, de forma


visível, do "Símbolo Internacional de
Surdez" em todos os locais que possibilitem
acesso, circulação e utilização por pessoas
portadoras de deficiência auditiva, e em todos
os serviços que forem postos à sua disposição
ou que possibilitem o seu uso.
Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas
portadoras de deficiências, para instruir os processos de
autorização e de reconhecimento de cursos, e de
credenciamento de instituições.

Parágrafo único. Os requisitos estabelecidos na forma do caput,


deverão contemplar, no mínimo:

Lei
1.679/99
c) para alunos com deficiência auditiva
Compromisso formal da instituição de proporcionar, caso seja
solicitada, desde o acesso até a conclusão do curso:
- quando necessário, intérpretes de língua de sinais/língua
portuguesa, especialmente quando da realização de provas ou
sua revisão, complementando a avaliação expressa em texto
escrito ou quando este não tenha expressado o real
conhecimento do aluno;
-flexibilidade na correção das provas escritas,
valorizando o conteúdo semântico;

-aprendizado da língua portuguesa,


principalmente, na modalidade escrita, (para o
Lei uso de vocabulário pertinente às matérias do

1.679/99 curso em que o estudante estiver matriculado);

-materiais de informações aos professores para


que se esclareça a especificidade lingüística dos
surdos.
Dispõe sobre a utilização de recursos visuais,
destinados as pessoas com deficiência auditiva, na
veiculação de propaganda oficial.

Lei 4. Art. 1º As comunicações oficiais de campanhas,


programas, informes, publicidades e atos da
304/04 administração direta e indireta do Estado, difundidas pela
televisão, deverão conter subtitulação (legendas) e terão
tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS), a fim de assegurar sua compreensão pelos
portadores de deficiência auditiva, em consonância com o
disposto no art. 19 da Lei Federal N.º 10.098/2000.
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e
dá outras providências.

Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e


expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros
Lei 10. recursos de expressão a ela associados.

436/02 Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de


Sinais – Libras a forma de comunicação e expressão, em
que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com
estrutura gramatical própria, constituem um sistema
lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de
comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Institui o Dia Nacional dos Surdos.

O Presidente da República Faço saber que o


Lei 11. Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
796/08 seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído o dia 26 de setembro de


cada ano como o Dia Nacional dos Surdos.
Regulamenta a profissão de tradutor e intérprete
da língua brasileira de sinais – LIBRAS.

Art. 1o Esta Lei regulamenta o exercício da

Lei 12. profissão de Tradutor e Intérprete da Língua


Brasileira de Sinais – LIBRAS.

319/10
Art. 2o O tradutor e intérprete terá competência
para realizar interpretação das 2 (duas) línguas de
maneira simultânea ou consecutiva e proficiência
em tradução e interpretação da Libras e da Língua
Portuguesa.
Art. 6o São atribuições do tradutor e intérprete, no exercício de suas
competências:
I –efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos,
surdos e surdos-cegos, surdos-cegos e ouvintes, por meio da Libras
para a língua oral e vice-versa;

Lei 12.
II –interpretar, em Língua Brasileira de Sinais – Língua Portuguesa,
as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas nas
instituições de ensino nos níveis fundamental, médio e superior, de
319/10 forma a viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares;
III –atuar nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino
e nos concursos públicos;
IV –atuar no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades das
instituições de ensino e repartições públicas; e
V –prestar seus serviços em depoimentos em juízo, em órgãos
administrativos ou policiais.
Art. 7o O intérprete deve exercer sua profissão com rigor técnico,
zelando pelos valores éticos a ela inerentes, pelo respeito à pessoa
humana e à cultura do surdo e, em especial:

I –pela honestidade e discrição, protegendo o direito de sigilo da


informação recebida;

Lei 12. II –pela atuação livre de preconceito de origem, raça, credo


religioso, idade, sexo ou orientação sexual ou gênero;
319/10 III –pela imparcialidade e fidelidade aos conteúdos que lhe couber
traduzir;
IV –pelas postura e conduta adequadas aos ambientes que
frequentar por causa do exercício profissional;
V –pela solidariedade e consciência de que o direito de expressão é
um direito social, independentemente da condição social e
econômica daqueles que dele necessitem;
VI –pelo conhecimento das especificidades da comunidade surda.
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)

Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa


com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência),

Lei 13. destinada a assegurar e a promover, em condições de


igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades

146/15 fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua


inclusão social e cidadania.

Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que


tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
Inclui a educação bilíngue na LBD, como modalidade de ensino
independente, antes incluída como parte da educação especial.

LBD – 9.394/96
"CAPÍTULO V-A

Lei 14. DA EDUCAÇÃO BILÍNGUE DE SURDOS

191/21 Art. 60-A. Entende-se por educação bilíngue de surdos, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida em Língua
Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e em português
escrito, como segunda língua, em escolas bilíngues de surdos, classes
bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de educação bilíngue
de surdos, para educandos surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva
sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com
outras deficiências associadas, optantes pela modalidade de educação
bilíngue de surdos.
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio educacional
especializado, como o atendimento educacional especializado
bilíngue, para atender às especificidades linguísticas dos
estudantes surdos.

Lei 14. § 2º A oferta de educação bilíngue de surdos terá início ao zero


ano, na educação infantil, e se estenderá ao longo da vida.

191/21 § 3º O disposto no caput deste artigo será efetivado sem


prejuízo das prerrogativas de matrícula em escolas e classes
regulares, de acordo com o que decidir o estudante ou, no que
couber, seus pais ou responsáveis, e das garantias previstas na
Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com
Deficiência), que incluem, para os surdos oralizados, o acesso a
tecnologias assistivas.
Art. 60-B Além do disposto no art. 59 desta Lei, os
sistemas de ensino assegurarão aos educandos surdos,
surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes,
surdos com altas habilidades ou superdotação ou com
Lei 14. outras deficiências associadas materiais didáticos e

191/21 professores bilíngues com formação e especialização


adequadas, em nível superior.

OBS: a importância de jogos pedagógicos


adaptados e a importância da formação
continuada.
Art. 78-A Os sistemas de ensino, em regime de colaboração,
desenvolverão programas integrados de ensino e pesquisa, para
oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos estudantes
surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes,
surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras
deficiências associadas, com os seguintes objetivos:
Lei 14.
191/21 I - proporcionar aos surdos a recuperação de suas memórias
históricas, a reafirmação de suas identidades e especificidades e
a valorização de sua língua e cultura;

II - garantir aos surdos o acesso às informações e conhecimentos


técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades
surdas e não surdas.
Art. 79-C A União apoiará técnica e financeiramente os
sistemas de ensino no provimento da educação bilíngue e
intercultural às comunidades surdas, com desenvolvimento
de programas integrados de ensino e pesquisa.

Lei 14. 191/21 § 1º Os programas serão planejados com participação das


comunidades surdas, de instituições de ensino superior e de
entidades representativas das pessoas surdas.

§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos no


Plano Nacional de Educação, terão os seguintes objetivos:
I - fortalecer as práticas socioculturais dos surdos e a Língua
Brasileira de Sinais;

II - manter programas de formação de pessoal especializado,


destinados à educação bilíngue escolar dos surdos, surdo-cegos,

Lei 14.
com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades
ou superdotação ou com outras deficiências associadas;

191/21 III - desenvolver currículos, métodos, formação e programas


específicos, neles incluídos os conteúdos culturais correspondentes
aos surdos;

IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático


bilíngue, específico e diferenciado.
§ 3º Na educação superior, sem prejuízo de outras ações, o
atendimento aos estudantes surdos, surdo-cegos, com deficiência
auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação
ou com outras deficiências associadas efetivar-se-á mediante a

Lei 14.
oferta de ensino bilíngue e de assistência estudantil, assim como de
estímulo à pesquisa e desenvolvimento de programas especiais.

191/21 Obs: Será efetivado o atendimento aos estudantes surdos


1) Ensino bilíngue
2) Assistência estudantil
3) Realização de pesquisa e criação de programas especiais
IMPORTANTE DESTACAR!

1) A mudança na escrita das leis no


decorrer dos anos, em relação a
palavra “portador” e “surdo.

2) A dualidade na interpretação da
lei. (Apoiadores e contrários).

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