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KUNSCH, 2007(p. 172) diz que as relações públicas comunitárias autênticas, são muito mais
do que um trabalho para a comunidade no molde tradicional, por meio de ações paternalistas;
Ele tem que estar inserido dentro da comunidade, conhecer sua realidade, seus
ideais, e adaptar seus instrumentos a realidade da comunidade que esteja inserido,
trabalhando de forma conjunta para o bem estar da coletividade;
Escudero (1999) considera que no relacionamento comunitário têm de haver por parte do
profissional de relações públicas e a comunidade um interesse de superar o conflito.
Cont.
As relações públicas podem contribuir muito nas comunidades e nas organizações
populares através de:
levantamento de dados ou diagnósticos, para subsidiar a ação a ser planejada;
no planejamento, para a implementação de programas ou políticas públicas,
no incremento da comunicação, e articulação dentro da própria comunidade;
na elaboração de cartazes, faixas murais, boletins informativos e releases, e;
também na organização de eventos educativos, culturais, feiras, exposições artísticas e na
preparação de pesquisa de opinião (PERUZZO, 1989).
Cont.
Kunsch (1984, p. 9) integrados numa visão critica da realidade,
podemos juntamente com os grupos com quem estamos trabalhando,
sugerir plano de ação e escolher quais instrumentos de relações públicas
que mais atende os objetivos propostos na fase do diagnostico da
situação.
Cidadania, Globalizacao e Organizacao
Cidadania (do latim civitas, que quer dizer cidade) corresponde, no direito ao vínculo jurídico que traduz a
condição de um indivíduo enquanto membro de um Estado ou de uma comunidade política, a que designamos
cidadão, constituindo-o como detentor de direitos e de deveres perante essa mesma entidade num determinado
território que este administra, e ao exercício da sua prática;
Estes direitos e deveres devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica
necessariamente numa obrigação com outro cidadão. São esses recursos e práticas que, segundo Dalmo de
Abreu Dallari, "dão à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida social e do governo de seu
povo“.
Cont.
T. H. Marshall (1893–1981), a cidadania moderna é um conjunto de direitos e
obrigações que compreendem três grupos de direitos.
Os direitos civis característicos do século XVIII;
1. Comércio e transações financeiras;
4. A disseminação de conhecimento onde os países relevantes se integram para dar força ao capital transnacional.
Cont.
Os desafios ambientais, como a mudança climática,
poluição do ar e excesso de pesca do oceano, estão
ligados à globalização. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o)
Organização é uma palavra originada do grego "organon", que significa instrumento, utensílio.
Em Administração, o termo "organização" pode ter três sentidos:
1. Associação de pessoas que combinam esforços individuais e em equipe com a finalidade de realizar propósitos
colectivos.[2] Exemplos: empresas, associações, órgãos do governo, entidades públicas, privadas e do terceiro sector
. A estrutura de uma organização é representada pelo seu organograma, um gráfico que mostra seus componentes,
suas subdivisões, sectores e departamentos.
2. Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho. Abrange um conjunto de procedimentos e processos
sequenciados em um fluxograma.
Oliveira e Fernandes Sítima (2005), uma organização é constituída por pessoas – para que ela
mude, também as pessoas têm que mudar.
Relacoes Publicas no Terceiro Sector
As inúmeras mudanças do século XXI contribuíram para o crescimento das desigualdades sociais
e impotência do sistema no Brasil;
A função do Relações Públicas passou a ser cada vez mais necessária dentro dele, para ajudar a
consolidar e contribuir para a construção da cidadania;
Relacoes Publicas no Terceiro Sector
O profissional de Relações Públicas possui um papel relevante no Terceiro Setor.
Como a sociedade exige cada vez mais atitudes por parte do governo e este incentiva a participação das
organizações nas comunidades onde estão inseridas, cabe ao relações-públicas promover ações de
integração e participação social.
As comunidades que recebem apoio dessas empresas desenvolvem-se solucionando suas carências
socias (como educação, habitação, saúde, meio ambiente, segurança, entre outros).
Cardoso (1997, p.9) representa um espaço de participação de novos modos de pensar e agir
sobre a realidade social. Rompe a dicotomia entre público e privado, dicotomia na qual
público era sinônimo de estatal e privado de empresarial. Vê-se o surgimento de uma
esfera pública não- estatal e de iniciativas privadas com sentido público.
ACOTTO; MANZUR, apud MONTAÑO (2002, p.55) terceiro setor como composto por
Organizações não– governamentais (ONGs), Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP’s), fundações, associações comunitárias, movimentos sociais, instituições
filantrópicas, entre outras entidades, configuradas como “organizações privadas, não-
governamentais, sem fins lucrativos, autogovernadas, de associação voluntária”.
Terceiro setor, comunicação e cidadania
Marketing Social
Marketing Social surgiu nos anos 70 quando Philip Kotler e Gerald Zaltman perceberam que os
princípios do Marketing tradicional, de venda de produtos, poderiam também ser usados
para causas sociais, na venda de ideias, atitudes e comportamentos.
Marketing Social é muito usado por órgãos públicos e empresas do terceiro setor, que trabalham
suas campanhas para conscientização, doações e afins.
Alguns exemplos de negócios baseados puramente no Marketing Social (com enfoque apenas no
bem da sociedade) são:
Médicos sem Fronteiras: organização humanitária internacional que fornece cuidados médicos para
pessoas envolvidas em graves crises humanitárias, como desastres ambientais, guerras civis e estados de
fome e miséria.
Doutores da Alegria: organização da sociedade civil sem fins lucrativos brasileira, criada há 25
anos, utiliza a arte do palhaço para ajudar crianças e adolescentes em hospitais públicos.
Fonte: https://bit.ly/2eEFjcJ
Instituto Chão: associação sem fins lucrativos baseada na Economia Solidária, articulando e integrando
cooperativas de produtores locais com consumidores por meio de uma feira, uma mercearia e um café de
produtos orgânicos e artesanais.
Fonte: https://bit.ly/1I8DtYR
Marketing Societal
Marketing societal é um tipo de marketing focado na responsabilidade social
corporativa, que leva em conta critérios éticos para promover a empresa;
Segundo o relatório 2019 Deloitte Global Human Capital Trends, nós vivemos a era
das “empresas sociais”: organizações que combinam a lucratividade com o
respeito e apoio ao meio ambiente e às pessoas com que se relacionam.
O marketing social tem um papel central nessa mudança de paradigma, como ferramenta de
transformação e promoção da responsabilidade corporativa
Pilares do marketing societal
Os 3 pilares do marketing societal formam a base para todas as ações orientadas à
comunidade:
Meio ambiente
Sociedade
Lucro.
Essas iniciativas não são “gastos” que reduzem a lucratividade da empresa, mas sim
investimentos em um futuro melhor para todos e na consolidação da marca.
Tipos de marketing societal
Marketing de filantropia - É um dos tipos mais comuns, que consiste na doação de parte dos lucros ou
quantias específicas para programas sociais governamentais, ONGs e instituições de caridade.
Também engloba as fundações criadas pelas empresas, que demonstram um senso de responsabilidade maior.
As fundações revelam um interesse maior da empresa em manter suas próprias iniciativas pela sociedade e
meio ambiente.
Doações como os US$ 4,6 bilhões de Bill Gates em 2017, para a Fundação Bill & Melinda Gates, são marcos
importantes na prática do marketing societal que inspiram empresas do mundo todo a fazerem sua parte;
Grupo de luxo francês LVMH, doou € 10 milhões para ajudar no combate aos incêndios na Amazônia em
agosto de 2019.
Cont
Marketing de campanhas sociais – abrange todas as iniciativas públicas em
favor de minorias, populações vulneráveis ou causas sociais;
Mario Humberg –
“o conceito de ética empresarial como disciplina organizada, envolvendo conceitos e temáticas de ação,
desenvolveu-se a partir da década de 70, nos Estados Unidos, como reação a casos de suborno de
autoridades pelos fornecedores de aviões, armas e equipamentos militares”. (2004, p. 60-61);
a) contribuir para o desenvolvimento social, pelo respeito ao ser humano, independente de suas opiniões
e crenças, pela valorização da diversidade cultural e pela defesa irrestrita da liberdade de pensamento
e expressão;
b) propiciar condições ideais de trabalho para os seus colaboradores, além da remuneração justa,
capacitação profissional, realização pessoal e estímulo ao diálogo e à participação no processo de
tomada de decisões;
c) assumir a transparência e a ética como atributos fundamentais, tomando o interesse coletivo como a
referência maior na condução dos negócios;
Cont.
d) preservar o meio ambiente, privilegiando a gestão de recursos e a oferta de
produtos não agressivos à natureza;
2. as empresas tendo em mente uma perspectiva de longo prazo, devem definir seus príncipios
organizacionais e empenhar-se para não se desviarem dos seus objetivos a fim de não perderem
a sua identidade e comprometerem a sua imagem institucional;
3. as instituições devem determinar formas de interação com seus públicos de interesse e com a
sociedade dentro da qual realizam suas ações de desenvolvimento social.
http://www.comunicacaoempresarial.com.br/revista/05/artigos/artigo_sandro-takeshi.pdf