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Processos de Independência

nas Américas (Aula I)


Componente: História
Professora Janaina Jardim
Professor Mediador Carlos Néri
Equipe Centro de Mídias
COPED/SEDUC-SP
(EF08HI11) – Identificar e explicar os protagonismos e a
atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas
de independência no Brasil, na América espanhola e no
Haiti.

Disponível: Site EFAPE. Currículo Paulista.


https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/
sites/7/download/EF%20anos%20finais%202020%20-%20Caderno%20do
%20Aluno%20-%20Vol%202/SPFE%208%20ano%20EF%20vol
%202%20PARTE%202.pdf
Objetivo

Refletir acerca do protagonismo dos diferentes grupos sociais e


étnicos, identificando suas atuações e influências nas lutas pela
independência no Brasil e na América Latina.
O que é Protagonismo?

₢ Pixabay
De maneira geral, o conceito de Protagonismo tem relação com o
nível de participação do indivíduo em diversos aspectos da vida
social. Considerando o seu cotidiano escolar e a atuação na sua
comunidade.
Você conhece esse monumento?

Acesse o chat do CMSP.

Paulisson Miura/Wikimedia Commons. Disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A_Grande_M%C3%A3o_e_o_Sal
%C3%A3o_de_Atos_(Memorial_da_Am%C3%A9rica_Latina)_(5613971409).jpg
É um monumento com sete metros de altura, criado
por Oscar Niemeyer e localizado no Memorial da América
Latina, do qual é um dos principais símbolos.
A obra remete ao sangue dos mártires latino-americanos
que perderam sua vida em prol da liberdade no continente.
No relevo da palma, há uma representação da América
Latina, em vermelho.
Sobre a obra, disse Niemeyer: “’Suor, sangue e pobreza
marcaram a história dessa América Latina tão desarticulada
e oprimida’. Agora urge reajustá-la, uni-la, transformá-la num
monobloco intocável, capaz de fazê-la independente e feliz".
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o_(Oscar_Niemeyer)
Processo de Independência nas Américas

A Independência do Brasil compartilha com uma


origem comum com a da América espanhola, uma
vez que ambas foram acionadas pela invasão
da Península Ibérica por Napoleão, em 1808.
Esses processos de independência dos países da
América Latina são influenciados pelo clima político
e intelectual do movimento Iluminista que ocorria na
Europa e alcançou as classes mais ricas das colônias.

Adaptado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_de_independ%C3%AAncia_na_Am%C3%A9rica_espanhola


Processo de Independência nas Américas

• Europa enfraquecida com a chamada “Era das


Revoluções”.
• Colônias sentiram que seria a hora certa para lutar
pela sua independência.
• Espanha tomada pelo Exército francês de
Napoleão, que queria acabar com o intercâmbio
comercial do Reino Unido, para que a França se
tornasse a maior potência europeia.
Mapa do espaço espanhol na América em 1800
Jluisrs/Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Imperio_Espa%C3%B1ol_America_1800.png
Processo de Independência
na América Espanhola

Os dois grupos sociais coloniais que se destacaram nos processos da


independência espanhola foram os dois que tinham interesses e
opostos nestes processos revolucionários: os espanhóis e os criollos.
Grupos Sociais

Chapetones
Nascidos na Espanha, eram os mais favorecidos
pela administração colonial; ocupavam os postos
mais altos e eram muito fiéis à Coroa, de modo que
lutaram contra as tentativas de independência.
Grupos Sociais

Criollos
Eram filhos de espanhóis nascidos na América, que
cuidavam da produção mercantil; os brancos,
descendentes de espanhóis nascidos na colônia; os
proprietários de grandes terras. 
Grupos Sociais

Os povos indígenas
Submetidos à mita e à encomienda (“troca” de
instrução cristã), especialmente que a tornava
subordinada ao colonizador, pagando-lhes tributos
e realizando serviços.

Adaptado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_de_independ%C3%AAncia_na_Am%C3%A9rica_espanhola


Simón Bolívar
Pertencia ao grupo dos criollos, e que por
sua vez estava muito descontente com as
condições impostas ao seu grupo. Bolívar
nasceu na Venezuela, seus antepassados
chegaram à Venezuela em 1548. Apesar de
ter vivido boa parte de sua vida na
Espanha e na França, ele era considerado
criollo e, portanto, sem os privilégios dos
chapetones.

São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, 6º ano, vol. 2, p. 101.

Wilfredor/Galería de Arte Nacional/Wikimedia Commons. Disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Portrait_of_Sim%C3%B3n_Bol%C3%ADvar_by_Arturo_Michelena.jpg
Fonte 1

Carta da Jamaica
Os americanos no sistema espanhol, que está em vigor, eu quero com
mais força do que nunca, eles não ocupam outro lugar sociedade do que
a dos próprios empregados para o trabalho, e quando mais do que
simples consumidores; e ainda assim coagidos a restrições ofensivas; tais
são as proibições de cultivo dos frutos da Europa, o estanco das
produções que o Rei monopoliza; o impedimento das fábricas que a
Península não possui; os privilégios exclusivos do comércio, até dos
objetos de primeira necessidade, os entraves entre as províncias e
províncias americanas, para que não tratem, ajustem nem negociem;
enfim, você quer saber qual era o nosso destino? Os campos para cultivar
o anil (...), o café, a cana, o cacau e o algodão; nos prados solitários para
criar gado; nos desertos para caçar animais ferozes; as entranhas da terra
para escavar o ouro que não pode saciar essa nação abrangente (...).
Kingston, 6 de setembro de 1815, Simón Bolívar, Tradução Profª Pamella dePaula da Silva Santos.

São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, 6º ano, vol. 2, p. 99.
Na fonte que acabamos de analisar:
Simón Bolívar se queixa do forte domínio da Coroa
espanhola sobre a América e gostaria que houvesse
mais liberdade comercial.

São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, 6º ano, vol. 2, p. 100.
Fonte 2

Barranquilla, 9 de novembro de 1830.


A S. Ex.ª General Juan José Flores Meu caro General: V. Ex.ª sabe
que governei durante vinte anos e deles [do povo] obtive
poucos resultados. 1º) A América é ingovernável para nós. 2º)
Aquele que serve a uma revolução ara no mar. 3º) A única coisa
que se pode fazer na América é emigrar. 4º) Este país cairá
infalivelmente nas mãos da multidão desenfreada, para depois
passar a tiranos quase imperceptíveis, de todas as cores e
raças. 5º) Devorados por todos os crimes e extintos pela
ferocidade, os europeus não se dignarão a nos conquistar. 6º)
Se fosse possível para uma parte do mundo retornar ao caos
primitivo, este seria o último período da América.
Simón Bolívar
São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, 6º ano, vol. 2, p. 100.
Fonte 2 – Interação no chat

Quais eram os interesses e temores dos chapetones


e das elites criollas em relação à independência da
América Espanhola?

São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, 6º ano, vol. 2, p. 101.
Resposta:

As elites criollas e os chapetones temiam que o


movimento de independência assumisse as feições
revolucionárias como ocorreu no México e no Haiti.
Almejavam ser independentes da Coroa espanhola,
no entanto, sem perder seus privilégios sobre a
população da colônia.

São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, 6º ano, vol. 2, p. 101.
Resumo da aula

• Processo de Independência nas Américas.


• Processo de Independência na América Espanhola.
• Grupos Sociais – Chapetones e Criollos.
Avaliação da aula

A Independência da América Espanhola foi um


processo com protagonismo das elites locais ou
uma Revolução Social que atendeu aos anseios
dos escravos e trabalhadores?
Obrigada!

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