A Família do Aluno com Altas

Habilidades/Superdotação
DENISE DE SOUZA FLEITH
Instituto de Psicologia
Universidade de Brasília

12º ENCONTRO ISMART COM EDUCADORES DA REDE PÚBLICA

Superdotação não é um fenômeno:

• inato e cristalizado, mas flexível e dinâmico

• que considera apenas características do indivíduo, mas
destaca a interação indivíduo-ambiente como fator
fundamental ao desenvolvimento de comportamentos
superdotados.

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Características do Superdotado:
• Excelente memória
• Vocabulário avançado para a idade
• Habilidade para perceber discrepâncias entre ideias e pontos de vista
• Intensa curiosidade/ Interesse em explorar e fazer coisas de forma diferente
• Compreensão avançada de ideias abstratas, metáforas
• Interesse por jogos/brincadeiras de resolução de problemas
• Preocupação com problemas sociais, morais e injustiça/ Super sensibilidade
• Persistência
• Preferência por brincadeiras individuais
• Tendência a questionar regras/ não conformismo
• Grande bagagem de informações sobre temas de interesse/ paixão por
aprender

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 Família

.
• Práticas parentais influenciam as crenças, atitudes e valores dos filhos.
São modelos para os filhos.
• Pais funcionam como “intérpretes’ da família, ajudam a criança a
encontrar sua identidade, a descobrir interesses e pontos fortes, e a
manifestar suas potencialidades.
• Por outro lado, a dinâmica da família pode mudar a partir das demandas
do filho.
• Parceria Escola-Família é fundamental para o desenvolvimento do
talento.

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 Características de Famílias de Superdotados
.
• Centradas no filho
• Estilo parental authoritative
(com autoridade)
• Responsivas às necessidades
do filho
• Estimulam a sua autonomia
e autoconfiança
• Comunicam-se abertamente
com seus filhos
• Têm altas expectativas
• Monitoram o
comportamento do filho
por meio de regras e limites
• Relacionamento coeso,
harmonioso e afetuoso
entre os seus membros
• Ajustam-se a circunstâncias
inesperadas ou estressantes
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 Características de Famílias de Superdotados
• Dedicação aos filhos
superdotados
• Ajudam a organizar a rotina dos
jovens, monitoram suas
atividades e ajudam-nos a
superar eventuais dificuldades
• Atuam como modelos
ressaltando valores, como
trabalho árduo e dedicação à
atividade
• Oferecem ambientes enriquecidos,
com estímulos variados
• Combinam expectativas por altos
padrões de desempenho do filho
com afetividade, apoio e estímulo
• Ao mesmo tempo em que nutrem
os laços familiares, essas famílias
incentivam seus membros a
traçarem trajetórias únicas de
desenvolvimento e a buscarem o
crescimento individual.
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 Desafios Enfrentados por Famílias de Superdotados
• Mitos sobre o superdotado
• Falta de apoio da sociedade aos
serviços de identificação e
estimulação dessa clientela
(hostilidade)
• Expectativas conflitantes com
relação ao filho por parte dos pais
• Recursos financeiros limitados
• Falta de informações sobre recursos,
programas e serviços disponíveis
para o superdotado
• Confusão a respeito do papel da
criança na família
• Sentimentos de abandono ou
negligência familiar expressos por
outros filhos não identificados como
superdotados
• Dissonância entre as práticas
usualmente recomendadas para a
criação de um filho e a realidade
vivenciada com o filho superdotado.
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 A família desempenha um papel significativo no
desenvolvimento do superdotado desde a identificação
do talento, passando pela responsividade às
necessidades cognitivas e emocionais do indivíduo até à
promoção de oportunidades e experiências diversificadas
(Reichemberg & Landau, 2009).

Entretanto, em função dos desafios e barreiras com as quais

a família se depara, é preciso escutá-la e orientá-la.

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 Orientações para Famílias

• Reserve um tempo para cada filho separadamente. Não tome partidos.

• Estabeleça limites.
• Expanda e ressalte o/a papel/contribuição dos filhos para a família.
• Evite (ou minimize) comparações.
• Valide os sentimentos dos seus filhos.
• Seja responsivo às necessidades de seu filho.
• Incentive no filho uma atitude positiva em relação ao mundo, às habilidades para
ser bem sucedido, de superar obstáculos, a negociar riscos e desafios.
(Webb, Gore, Amend, & DeVries, 2007)

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 Orientações para Escolas
• Evite repetir conteúdo que o aluno superdotado já domina.
• Seja flexível.
• Não espere que o superdotado seja talentoso em todas as áreas.
• Não espere que o superdotado seja uma enciclopédia ambulante.
• Não deprecie o aluno quando ele falhar/cometer erros.
• Não compare o trabalho do superdotado com o de outros alunos.
• Evite utilizar o aluno superdotado como monitor ou assistente de professor.
• Atenção aos estereótipos de gênero no processo de identificação e atendimento
ao superdotado.
(Webb, Gore, Amend, & DeVries, 2007)

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 Orientações para Escolas

• Seja um conselheiro informal do seu aluno superdotado.

• Ajude o aluno a planejar experiências educacionais futuras.
• Cultura escolar: foco no desenvolvimento de potenciais, talentos, sucesso.
• Filosofia da escola em relação ao desenvolvimento e educação de alunos
superdotados?
• Atenção à expressão de altas habilidades em áreas não acadêmicas, como
liderança, relações interpessoais.
• Intervenha de forma a evitar experiências de bullying na escola.

(Silverman, 1993)

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