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Escola Superior de Educação de Lisboa

Mestrado em Educação Especial

A família
Alexandra Frias - afrias@eselx.ipl.pt
Sandra Leal - Psicóloga Educacional
O conceito de família
Partilha

Dinâmica de apresentação: objeto


representativo

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indicado e registe as suas conceções de família.
CONCEITO DE FAMÍLIA

A família é "...uma rede complexa de relações e


emoções que não são passíveis de ser pensadas
com os instrumentos criados para o estudo dos
indivíduos isolados (...), a simples descrição de
uma família não serve para transmitir a riqueza
e complexidade relacional desta estrutura."
(Gameiro, 1992)
Estrutura Número de elementos, estatuto
familiar socioeconómico, composição,...

Interação

Modelo
familiar
Diferentes subsistemas em
função da coesão, adptabilidade

familiar Funcionamento
familiar
e comunicação.

sistémico Funções da
Atividades e tarefas de cada um
no cumprimento das suas
família
necessidades.

Diferentes tarefas ao longo do


Ciclo Vital
ciclo de vida.
Infância
0 - 5 anos
Obter um diagnóstico preciso;
Informar irmãos e família;
Procurar serviços;
Procurar um significado para a situação "especial";
Ciclo de Vida
Lidar com o estigma;
Criar expectativas positivas.

Estabelecer rotinas para concretizar as funções da família;


Procurar recursos comunitários/atividades extracurriculares;
Idade Escolar
Esclarecer-se relativamente à colocação em estruturas
6-12 anos
escolares próximas ou de referência, ponderar integração em
escolas "especiais".

Lidar com a possibilidade de rejeição e isolamento;


Adolescência
Planeamento do desenvolvimento vocacional e da carreira;
12-21 anos
Lidar com alterações físicas e emocionais da puberdade.

Planear a possibilidade da necessidade de cuidados;


Avaliar a necessidade de residência na fase adulta;
Adulto Ajuste emocional à possibilidade e implicações de qualquer
21 em diante dependência;
Avaliar a necessidade de oportunidades de socialização fora da
família.
Estádios do processo de Luto
Trabalho de grupo

1. Ordenem as etiquetas das diferentes fases do processo


de luto;
2. Reflitam acerca dos principais sintomas e
comportamentos em cada um desses estádios;
3. Partilhem com a turma as vossas perceções.
Estádios do processo de luto
comportamentos/sintomas associados

Choque/negação/ Raiva/ Negociação/ Depressão/ Aceitação


pânico Ressentimento Exigência Desânimo
Perceção de que se
Vergonha; Projeção da revolta Aiar a aceitação Sentimentos de pode fazer algo mais;
Culpa; na escola, nos racional do impotência; Adaptações do estilo
Desmotivação; familiares, nos outros inevitável; Sentimentos de de vida;
Sobrecompensação; parentes...; Trabalhar com frustração; Vontade de
Procura por Abuso verbal para determinação. Tristeza pela perda envolvimento ativo.
diferentes respostas com os profissionais. do filho idealizado.
médicas.
Fases do luto
1. Choque/negação/pânico
2. Raiva/ressentimento
3. Negociação/exigência
4. Depressão/desânimo
5. Aceitação
A evolução do papel da família

Anos 60 - ator Anos 70 - agente Anos 80 - autor


Faz o que lhe dizem; Segue um programa; Tem competência;
Quando lhe dizem; Assume-se como um Produz saber;
Como lhe dizem. prolongamento dos Aprende com os
profissionais. outros;
estabelece uma
relação de igualdade
com os profissionais.
O papel da família no DL 54/2018
Um dos princípios orientadores deste normativo:
"g) Envolvimento parental, o direito dos pais ou encarregados de educação à
participação e à informação relativamente a todos os aspetos do processo
educativo do seu educando" (artigo 3º)

"1 - Os pais ou encarregados de educação, no âmbito do exercício dos poderes e deveres que lhes foram
conferidos nos termos da Constituição e da lei, têm o direito e o dever de participar e cooperar ativamente
em tudo o que se relacione com a educação do seu filho ou educando, bem como a aceder a toda a
informação constante no processo individual do aluno, designadamente no que diz respeito às medidas de
suporte à aprendizagem e à inclusão.

2 - Nos termos do disposto no número anterior, os pais ou encarregados de educação têm direito a:

a) Participar na equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva, na qualidade de elemento variável;


b) Participar na elaboração e na avaliação do relatório técnico -pedagógico, do programa educativo
individual e do plano individual de transição, quando estes se apliquem;
c) Solicitar a revisão do relatório técnico -pedagógico, do programa educativo individual e do plano
individual de transição, quando estes se apliquem;
d) Consultar o processo individual do seu filho ou educando;
e) Ter acesso a informação adequada e clara relativa ao seu filho ou educando."

(artigo 4º, revisto pela lei 116/2019)


ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO COM A FAMÍLIA

Respeitar o estádio de processo de luto em que se encontra a


família, de modo a adequar a sua intervenção:
Criar expectativas realistas;
Não sobrevalorizar os resultados.

Reconhecer a família como entidade que melhor conhece o caso:


Saber "ouvir";
Considerar as prioridades da família;
Ajudar a família a redefinir prioridades, se necessário.

Não emitir juízos de valor.

Trabalhar em equipa!
Caso 1 - O João
O João tem 14 anos e uma PDI. Tem adquirida a
leitura, a escrita e o cálculo simples. É adequado no
comportamento, mas não tem qualquer iniciativa: no
refeitório espera sempre que o sirvam; que o ajudem
na troca de equipamento para a Ed. Física; ou que lhe
dêem o braço para andar na rua.
É o 2º filho de uma fratria de dois, sendo o irmão já
adulto. Ambos os pais trabalham, embora a mãe a
tempo parcial.
Qual deve ser o enfoque da intervenção com este
aluno?
Qual o papel da família nessa intervenção? Que
estratégias para aumentar a eficácia da família?
Caso 2 - O Pedro

O Pedro tem 3 anos e é filho e neto único. A


educadora está preocupada porque ele gosta de
brincar sozinho, não responde a instruções dadas ao
grupo, tem dificuldade em cumprir as regras da sala
e utiliza pouco a linguagem verbal para comunicar.
Como abordar a família?
Caso 3 - O Tiago
O Tiago tem 8 anos e o diagnóstico de PEA. Tem temas
que são do seu especial agrado e sobre os quais
demonstra um profundo conhecimento, mas em
contexto escolar não participa nas aulas e recusa
frequentemente realizar as tarefas propostas. A equipa
educativa elaborou um PEI com adaptações curriculares
significativas, mas a EE recusa-se a assinar, visto que
considera que o filho tem competências para adquirir
os conteúdos curriculares.
Que cuidados a ter na abordagem desta situação com a
EE?
Escola Superior de Educação de Lisboa
Mestrado em Educação Especial

Obrigada!
Alexandra Frias - afrias@eselx.ipl.pt
Sandra Leal - Psicóloga Educacional

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