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Educação Popular

Profa Pammella Carvalho


O que é Educar em Saúde?
• Educar não tem um significado único, pois existem diferentes
formas de ver e entender as práticas educativas

• Educação Sanitária x Educação Popular


Educação sanitária
• Saúde como a “ausência de doença”;
• A doença entendida como um fenômeno exclusivamente
biológico que ocorre na interação do ser humano com a
natureza;
• As ações educativas visam convencer as pessoas a aceitarem e
participarem do controle das doenças, por meio de medidas
preventivas, de profilaxia e de autocuidado, e da mudança dos
hábitos e comportamentos.
• O trabalho educativo na perspectiva higienista e sanitária se organiza-
se em um modelo campanhista, informativo e acontece, quase
sempre, de forma autoritária
• Para Paulo Freire, a educação deve ser
uma forma de politizar a classe
Somente no começo dos anos
trabalhadora para lutar por seus direitos
1950, com o desenvolvimento
e para buscar caminhos para a superação
da desigualdade social e exploração da medicina social e
humana. comunitária, surgiram
experiências de práticas
• Na perspectiva de Paulo Freire, a educativas que apostavam na
educação sanitária é uma forma de autonomia e na participação da
educação bancária, uma educação que população
acontece de modo unilateral, por meio
da transferência de conhecimento ou
conteúdo.
Educação Popular
ou
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa
Pedagogia do a si mesmo, os homens se educam entre si,
Oprimido mediatizados pelo mundo” (Freire, 2005)

• A educação popular pressupõe que todos detêm algum tipo de saber;


• Constitui-se de Práticas horizontais e participativas, que nos conectam
e nos colocam em diálogo para refletirmos sobre nossos problemas,
necessidades, desejos;

• Assume um lugar de questionamento e de proposição de práticas


educativas;

• Objetiva fortalecer a população para se organizar e lutar pelo direito à


saúde, à educação, à moradia, ao lazer, à alimentação, ao transporte,
à cultura, ao saneamento e a tantas outras coisas fundamentais para
se construir territórios e sujeitos saudáveis;
Reflexões
• Que educação estamos promovendo?
• Construímos espaços para a participação popular na gestão dos
serviços e ações de saúde?
• Ouvimos a população de fato?
• Quando ouvimos, o que fazemos com suas necessidades e desejos?
• Incentivamos a luta pelo direito à saúde?
• Respeitamos a diversidade de pessoas, suas escolhas e crenças?
Referências
• Silva, M.Z., et al. O cenário da Terapia Comunitária Integrativa no Brasil: história,
panorama e perspectivas. Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 16, n. esp. 1, p. 341-
359, set., 2020.

• Nespoli, G. Da educação sanitária à educação popular em saúde. In: Bornstein , V.J. (org).
Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde: textos de apoio. Rio de
Janeiro: EPSJV, 2016.

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