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CONTROLE E PREVENÇÃO DE

INFECÇÕES ASSOCIADAS A
PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS
Aula nº 4

Biossegurança e Técnicas Aplicadas a Estética


URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO
CENTRO ESTÉTICO
Urgências e emergências em centros de estética são situações mais comuns do
que se possa parecer, por conta do número de ocorrências, medidas, normas e
métodos de prevenção foram desenvolvidas, para que seja garantida a resolução
correta mediante a ocorrências de emergência e urgência.

Para que essas medidas sejam colocadas em prática, é necessário do


profissional, um olhar mais global e não somente clínico.
CASO CLÍNICO
Exemplo:
“Uma Cliente sofreu reação alérgica após sessão de peeling”

Quais são as perguntas que o profissional


precisará fazer para estudar o meio de
restauração e reestruturação que será
utilizado nessa intercorrência?

1) O que deveríamos ter percebido antes da sessão para que isso não ocorresse?
2) Mas uma vez ocorrido, qual seria o melhor procedimento?
3) Quais as possíveis complicações?
O PROFISSIONAL DE ESTÉTICA DEVE ESTAR
PREPARADO PARA LIDAR COM SITUAÇÕES DESSE
TIPO, QUE SÓ PODEM SER SANADAS OU EVITADAS
COM EMBASAMENTO CIENTÍFICO E ATENÇÃO.
As queimaduras são um exemplo.
Alguns outros tipos de intercorrências:

Queimaduras com ácido;

Queimaduras com o uso de óleo essencial;

Queimaduras com manta térmica .

São dados da prática clínica pouco relatados em artigos, até porque existem
poucas publicações sobre o assunto. (Então pesquisem muito!!!)
ORIENTAÇÕES:
Algumas orientações que os profissionais da área precisam entender e seguir
sempre:

• Em alguns casos, o profissional não poderá agir imediatamente;

• Em TODOS os casos é imprescindível o estudo de caso, embasamento teórico e


compreensão do ocorrido para que seja tomada a melhor decisão;

• Podendo ser resolvido desde uma orientação de ministração de algum medicamento


no próprio centro estético (desde que seja permitido, ex. Antialérgico), até de
contatar o serviço de urgência médica.
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA
Emergência Urgência
 Esse termo é utilizado quando a  Esse termo é utilizado quando a
condição do paciente é considerada condição do paciente é considerada
CRÍTICA, com RISCO iminente de NÃO CRÍTICA, sem RISCO
morte e não há muito tempo de iminente de morte, mas, são
espero e cuidados. situações que requerem cuidados
especiais.
Exemplos de casos Emergenciais: Exemplos de casos Urgentes:
 Fraturas (que exijam intervenção
 Choque Anafilático;
cirúrgica);
 Infarto;
 Transtornos Psiquiátricos;
 Derrame
 Dor abdominal de intensidade
 Reação Alérgica Grave
moderada;
 Hemorragia
 Febre maior que 38 graus há mais
 Cortes e Queimaduras profundas
de 48 horas.
OCORRÊNCIAS MAIS COMUNS
NA ESTÉTICA Suas complicações e como solucioná-las

Dor no Peito;
Reações Alérgicas; Visão
Turva;

Sensação de Mal-Estar; Ansiedade e Agitação;

Emergência Hipertensiva; Tosse e Falta de Ar.

Tontura;

Queimaduras; Dor de cabeça e dor na nuca;


REAÇÕES ALÉRGICAS
• O processo alérgico é disparado
quando o indivíduo tem contato com
alguma substância alérgena
(substância causadora da alergia).

• Em seguida, o sistema imunológico


buscará o reconhecimento desse
alérgeno para poder defender nosso
organismo.

• A partir desse reconhecimento,


ocorrem diversas reações que levam
à produção de anticorpos específicos
pelas células do organismo contra o
alérgeno.
REAÇÕES ALÉRGICAS
IGE Citocinas
• Imunoglobulina E (IgE) é um anticorpo presente no • Polipeptídios produzidos em resposta a
soro sanguíneo em baixas concentrações. microrganismos e outros antígenos, que medeiam
e regulam reações imunológicas e inflamatórias.
Como funciona esse processo:
• Os linfócitos B (células do sistema imune) irão produzir os anticorpos específicos IgE para combate à tal substância alérgena...

• Os anticorpos IgE, depois de produzidos, ligam-se aos receptores dos mastócitos


e/ou basófilos (células de defesa), fazendo com que esses dois tipos de células
criem uma memória de defesa contra o alérgeno, ou seja, os mastócitos/basófilos
agora estarão preparados para o reconhecimento desse determinado alérgeno em
um próximo contato para eliminá-lo do organismo.
REAÇÕES ALÉRGICAS
• Quando esse alérgeno entra no organismo pela segunda vez,
ligando-se ao anticorpo do mastócito, ocorrerá uma cascata de
respostas chamada degranulação (liberação dos grânulos presentes
nessas células), síntese e secreção de mediadores lipídicos e de
citocinas.

• Na degranulação, há a liberação de histaminas, as quais provocam vasodilatação e


consequente aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos. Há, também,
liberação de proteases que podem provocar lesão no tecido local e de citocinas, as
quais atraem os leucócitos (células de defesa) para o local onde está ocorrendo a
reação alérgica, e que também serão responsáveis por uma resposta tardia do
processo alérgico

• Em um centro de estética, alguns produtos podem provocar alergias.


 Mesmo com as testagens dermatológicas a fim de evitar processos alérgicos,
qualquer substância pode apresentar um potencial alergênico. Por isso, de
forma geral, não conseguimos ter um controle de tudo que é passível de
desencadear um processo alérgico.
REAÇÕES ALÉRGICAS
Afinal, como amenizar os riscos de uma possível reação alérgica no meu cliente?

 Identificar na ficha de ANAMNESE, possíveis alergias e sensibilidades que seu cliente possa
ter;

 Avaliar a integridade dessa pele;

 Observar passo a passo e a cada etapa do procedimento, se a epiderme está íntegra;

 Analisar se o cliente já realizou esse procedimento anteriormente;

 Perguntar TUDO ao seu cliente.


CLASSIFICAÇÃO DAS
REAÇÕES ADVERSAS
• A literatura específica traz alguns relatos de reações adversas a cosméticos. Segundo Viglioglia e Rubin
(1991), elas são classificadas em:

Reações irritativas: Dermatites por fotossensibilização – fototoxia ou fotoalergia:


• Imediatas (ex.: hidróxido de sódio) ou • (presentes em alguns produtos como protetores solares (Fotoprotetores)
acumulativas (ex.: tensoativos). ou anti-inflamatórios não esteroidais).

Reações alérgicas ou sensibilizantes: Reações sistêmicas por inalação:


• Dermatite de contato (por alguns • (ex.: fragrâncias) ou por absorção percutânea (ex.: persulfato de
princípios ativos ou conservantes de amônio).
produtos cosméticos) ou granuloma
alérgico (ex.: zircônio). Reações físicas e outras – por oclusão:
Ação carcinogênica : • (ex.: foliculite por óleos).

• Estimula o aparecimento de células


cancerígenas no organismo.
CLASSIFICAÇÃO DAS
REAÇÕES ADVERSAS
Reações irritativas: Ação carcinogênica : Reações sistêmicas por inalação:

Reações alérgicas ou sensibilizantes: Reações físicas e outras – por oclusão:

Dermatites por fotossensibilização – fototoxia ou fotoalergia:


QUEIMADURAS
A queimadura é uma lesão que acontece por contato com meios que promovem calor ou frio.
Pode ser causada por produtos químicos, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais ou
plantas.
Segundo o Ministério da Saúde, podemos classificar as queimaduras em relação à profundidade:

GRAU I:

 Atinge as camadas mais superficiais da pele, causando vermelhidão, inchaço e


dor local, mas sem a formação de bolhas.
QUEIMADURAS
GRAU II:

 Atinge as camadas mais profundas da pele.


Normalmente causa vermelhidão, bolhas, dor,
inchaço, desprendimento de camadas da pele e
possível estado de choque (oxigenação
insuficiente dos órgãos vitais).

GRAU III:

 Atinge todas as camadas da pele e até os ossos. Os


que sofrem esse tipo de queimadura quase não
apresentam dor, pois as terminações nervosas da
pele (que fica branca ou carbonizada) foram
destruídas.

 Caso a queimadura atinja mais de 10% do corpo em crianças ou 15% em adultos,


existe um alto risco de complicações mais severas.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA

 Quando falamos em pressão alta, estamos correlacionando a quantidade de sangue que


passa nas artérias e a resistência que as artérias apresentam mediante esse fluxo sanguíneo.
Este fenômeno é um dos mais comuns na população idosa, mas que também acomete
jovens.
 As medidas da pressão arterial são dadas em
milímetro de mercúrio (mmHg). Na pressão
considerada normal, temos a leitura de 120 x 80
mmHg, por exemplo..
 Isso significa que quando o coração se contrai, a
pressão nas artérias está em 120 milímetros de
mercúrio (chamamos de pressão sistólica) e,
quando relaxa, a pressão fica em 80 milímetros
de mercúrio (chamamos de pressão diastólica).
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
 Os principais sinais e sintomas da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) são:

o SENSAÇÃO DE MAL- o ANSIEDADE E


ESTAR AGITAÇÃO

o TONTURA o DOR DE CABEÇA E/OU DOR NA NUCA

o TOSSE E FALTA DE AR o DOR NO PEITO o VISÃO TURVA


EMERGÊNCIA DIABÉTICA
 O diabetes é subdivido em duas formas: diabetes tipo I e tipo II..

 Tipo I:
• é uma condição genética, que se dá pela
incapacidade da produção de insulina pelo pâncreas.

 Tipo
•II: é conhecido como o diabetes adquirido, ou seja, a pessoa
adquire a deficiência da produção de insulina com o
passar do tempo, normalmente relacionado aos maus
hábitos de vida, como sedentarismo e alimentação
inadequada, além da propensão genética. A insulina é o
hormônio responsável por levar a glicose para dentro das
células, para que seja transformada em energia. Quando
há um desequilíbrio nessa produção energética, o
indivíduo passa a desenvolver diversos problemas de
saúde.
EMERGÊNCIAS
NEUROLÓGICAS
 Problemas neurológicos muitas vezes tornam necessário atendimento de emergência. Dentre
os principais, vamos abordar aqui:

 CONVULSÃ
O:
• De acordo com a Associação Brasileira de Epilepsia, uma atividade elétrica
anormal ou excessiva do cérebro pode levar à convulsão.
• Se for leve, até passa despercebida, mas, em casos mais graves, pode
produzir alteração ou perda dos sentidos. As convulsões geralmente são
imprevisíveis, provocam a contração involuntária da musculatura e variam
de acordo com sua duração, gravidade e número de repetições.

 VERTIGEM:
• A vertigem, mais conhecida popularmente como tontura, ocorre quando a
pessoa tem a sensação de que está em movimento mesmo estando parada,
ou seja, a falsa sensação de movimento.
EMERGÊNCIAS
NEUROLÓGICAS
 SÍNCOPE :

• A síncope (ou desmaio) ocorre quando há perda transitória da consciência.


Normalmente está associada à incapacidade em manter-se de pé. Está
associada à diminuição da circulação sanguínea no cérebro, o que leva a
pessoa a ter dificuldade de manter-se de pé. As causas podem ser variadas:
queda da pressão arterial abrupta, mudança repentina de decúbito (que
também tem relação com a variação da pressão arterial – pressão
ortostática), entre outras.

 PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA:
• Numa emergência cardíaca vamos observar a parada cardiorrespiratória
(PCR), que consiste na parada dos batimentos cardíacos e do processo
respiratório. Esse tipo de emergência pode acontecer a qualquer hora ou
momento, de forma súbita. Por isso, o profissional deve conhecer os
conceitos básicos de identificação e reanimação para que a vítima tenha
alguma chance de vida.
MAS, COMO TRATAR UM
PROCESSO ALÉRGICO?

???
EMERGÊNCIAS
• Antes de qualquer providência, é preciso identificar o problema e confirmar
se se trata, de fato, de uma alergia e de qual tipo é: leve, moderada ou grave.
• Em caso de alergia leve, normalmente acompanhada de
pequenas manchas vermelhas e prurido, um antialérgico – pode
ser um anti-histamínico – é capaz de resolver (ex. Loratadina,
Allegra, Hystamin etc). De qualquer forma, deve-se induzir o
cliente a buscar serviço médico para receitar o medicamento.

• Se for um processo alérgico moderado, deve-se aconselhar


acompanhamento especializado para solução do problema.

• Em casos mais graves, o profissional de estética deve chamar


imediatamente os serviços de urgência e emergência médica,
pois provavelmente esse indivíduo necessitará de cuidados
especiais, como a utilização de epinefrina ou adrenalina
endovenosa e intubação.
• Na confirmação do processo alérgico, o profissional de estética deverá registrar o produto utilizado e, se possível,
guardá-lo para o caso de ser necessário obter informações mais detalhadas no tratamento do indivíduo (pode ser
solicitado pelo médico, por exemplo, em casos graves, para identificação do possível causador da enfermidade).
EMERGÊNCIAS
• Em casos mais graves, com edema de glote (na obstrução das vias aéreas), e quando não
há possibilidade de socorro médico, torna-se necessária a realização, por um médico, de
traqueostomia de emergência, para liberação das vias aéreas.
São estes os procedimentos a adotar em caso de processos alérgicos graves:

1. Chamar um serviço de emergência (192).

2. Observar se a pessoa está consciente e respirando. Se ela desmaiar e deixar de


respirar, deve-se iniciar a massagem cardíaca (trataremos desse assunto mais à
frente).

3. Caso a pessoa esteja respirando, deitá-la e levantar suas pernas para facilitar a
circulação sanguínea.
CONDUTA PROFISSIONAL EM
CASOS DE QUEIMADURAS
• A primeira coisa a se fazer é colocar a região queimada em água corrente fria (em jato
suave), para resfriar a região e equilibrar a temperatura local. Esse processo deve
ocorrer por cerca de 10 minutos.
• Caso não haja água corrente no local, pode-se aplicar compressas úmidas e frias.
• Caso a queimadura seja de 2° grau, o ideal é conduzir o cliente para atendimento em um
posto médico, pois muitas vezes há necessidade de prescrição de medicamentos.

O que nunca deve ser feito em caso de queimaduras:


• Tocar a queimadura com as mãos, pois isso pode provocar infecção.
• Furar as bolhas.
• Descolar tecidos grudados na pele queimada, pois isso pode provocar
sangramentos e maior exposição a agentes infecciosos.
• Aplicar manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a
queimadura.
COMO IDENTIFICAR
INFECÇÃO NA ÁREA
QUEIMADA
• Alguns sinais indicam que a área queimada está em processo de infecção:

• A ÁREA AFETADA APRESENTA CHEIRO FÉTIDO


• MUDANÇA NA COLORAÇÃO DA REGIÃO AFETADA
• APROFUNDAMENTO DA LESÃO
• EDEMA NAS BORDAS DA FERIDA
• UMIDIFICAÇÃO DA ESCARA (FERIDA) :

AUMENTO DA QUEIXA DOLOROSA


• Caso o profissional esteticista que esteja acompanhando o processo de cicatrização da
queimadura identifique algum desses sinais, ele deve sugerir ao cliente que busque ajuda
médica, para adequação do tratamento e prescrição de medicamentos, como
antibioticoterapia, por exemplo.
CUIDADOS NO CENTRO DE
ESTÉTICA PARA EVITAR
QUEIMADURAS
• A maioria dos incidentes em centros de estética, relacionados às queimaduras, ocorre em
máquinas que emitem calor ou frio. Historicamente, seja por descuido do profissional ou
utilização de técnica inadequada, as queimaduras, além de serem as maiores causas de
incidentes em centros estéticos, também geram muitos processos judiciais.

• As queimaduras provocadas por criolipólise, radiofrequência e por bronzeamento


(natural e artificial), também têm seu destaque. Apresentaremos a seguir os devidos
cuidados a adotar nessas situações.
CONDUTA PROFISSIONAL EM
PROCESSOS HIPERTENSIVOS
• Primeiramente, a pessoa que identificar e vivenciar uma situação de crise hipertensiva
deverá acionar a equipe de socorro (bombeiros, SAMU ou resgate local).

• A atitude a ser tomada é colocar a vítima em um ambiente confortável, sentada,


observar se a pessoa está respirando bem, se não há roupas dificultando a respiração e
acalmá-la até a chegada do atendimento especializado.

• É ideal que o profissional de estética aprenda a aferir a pressão arterial e que mantenha
um aparelho (esfigmomanômetro) sempre à disposição para uso em caso de emergência.
CONDUTA PROFISSIONAL EM EMERGÊNCIAS
DIABÉTICAS
• Em casos de descontrole do diabetes, pela falta ou excesso de glicose no sangue, os
pacientes podem ter desmaios. Estes estão associados à crise neurológica, pois pode
haver perda da consciência e convulsões
• Como medida preventiva, é importante ter à mão um aparelho para medir a glicemia.
Os valores normais são entre 75 e 99 mg/dl de glicose no sangue. Valores acima de 99
mg/dl já podem se caracterizar como possível diabetes e, abaixo de 75 mg/dl, como
hipoglicemia (mas são necessários exames complementares que somente um médico
pode realizar).
CONDUTA PROFISSIONAL EM
EMERGÊNCIAS

NEUROLÓGICAS
CRISE CONVULSIVA:
Ao presenciar uma crise convulsiva, o mediador deverá, primeiramente, acalmar as pessoas ao redor.
• Se possível, deverá evitar que a pessoa caia no chão ou procurar posicionar a pessoa em um
ambiente mais confortável e livre de objetos que possam trazer o risco da pessoa se machucar ao se
debate
• Posicionar a cabeça de forma que ela evite bater bruscamente com os movimentos, podendo ser
utilizados, por exemplo, travesseiros ou algum casaco dobrado.
• Posicionar a pessoa de lado é extremamente importante, porque assim evita-se que ela se sufoque
com o excesso de saliva ou vômito.
• Permanecer ao lado da vítima até que ela recubra a consciência.
• Caso a crise permaneça por mais de cinco minutos ou se a pessoa tiver um possível ferimento
devido à queda, chamar o socorro médico.
Após a crise, procure informar à vítima o que ocorreu. É preciso estar atento, pois alguns
procedimentos não devem ser adotados quando uma pessoa está em crise convulsiva:
1. Não impedir os movimentos da vítima – apenas certificar-se de que nada ao seu redor irá machucá-
la.
2. Nunca colocar a mão dentro da boca da vítima – as contrações musculares durante a crise
convulsiva são muito fortes e, inconscientemente, a pessoa poderá morder quem a está socorrendo.
3. Não jogar água no rosto da vítima.
CONDUTA PROFISSIONAL EM
EMERGÊNCIAS

NEUROLÓGICAS
SITUAÇÃO DE VERTIGEM :
Quando a pessoa relatar ou demonstrar sinais de tontura, deve-se abrigá-la em um local seguro
(como uma maca) ou sentá-la numa cadeira ou sofá, para que não corra o risco de uma queda de
própria altura. Deve-se ventilar o local e observar. Caso não haja melhora em alguns instantes,
aconselhar que a pessoa se desloque, sempre acompanhada, e procure um serviço médico.

• SITUAÇÃO DE DESMAIO:
Quando houver uma situação de desmaio, deve-se procurar repousar a pessoa em um lugar mais
confortável e seguro, promover a ventilação do local e chamar o SAMU pelo número telefônico
192.
Alguns sinais antecedem desmaios ou síncopes:
• Pessoa sentiu-se zonza. • Sentiu o coração bater irregularmente,
• Teve perda de consciência momentânea. com sensação de vibração no peito
• Sofreu uma queda sem motivo aparente. seguida de tonteira
• Sentiu tontura.
• Sentiu-se sonolenta ou atordoada.
• Sentiu fraqueza ou instabilidade ao ficar
em pé.
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
CARDÍACA
A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma situação grave, em que atitudes imediatas devem
ser tomadas. Deve-se suspeitar de parada cardiorrespiratória quando a vítima é encontrada
desacordada; se não responde quando chamada; se não respira; se não tem pulso.
Sinais e sintomas presentes da parada cardiorrespiratória (podem estar todos juntos ou
não):
• Perda imediata ou não da • Pupilas dos olhos começam a dilatar
consciência. em poucos segundos. Respiração
alterada (aumentada ou diminuída).
• Perda do pulso.
• Dor no peito, abdome ou costas.
• Pressão Arterial (PA) diminuída.
• Temperatura da pele pode estar fria,
• Pele Pálida e acianótica (roxa). úmida ou pegajosa
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
CARDÍACA
Caso seja constatada a parada cardiorrespiratória, ligar imediatamente para uma um serviço de
urgência (192 SAMU) e iniciar imediatamente a manobra de ressuscitação cardíaca para que o
indivíduo tenha mais chances de sobreviver. Esta manobra é composta por dois procedimentos
igualmente importantes: a massagem cardíaca (compressões) e a ventilação(respiração).
VENTILAÇÃO (RESPIRAÇÃO
ETAPA 3: Por fim, colocar a boca com firmeza sobre a
ETAPA 1: Elevar o queixo. Com isso, há a
boca da vítima, fechar as narinas e assoprar até que se
facilitação da entrada do ar nas vias aéreas.
observe o movimento do peito. Se não houver a
possibilidade de realizar o processo através do boca-a-
boca, realizar boca-nariz (fechando a boca neste caso).
Repetir de 10 a 15 vezes por minuto.

ETAPA 2: Tracionar a mandíbula, o que faz com


que a boca se abra e caso os lábios se fechem.
POSICIONAMENTO PARA A
MASSAGEM CARDÍACA
1) Com a mão, localizar a margem inferior do rebordo costal da vítima.
2) Percorrer o rebordo costal até identificar o apêndice xifoide.
3) Colocar dois dedos acima do apêndice xifoide sobre o esterno. Atualmente, é preconizado
encontrar um ponto entre os mamilos sobre o esterno.
4) Apoiar a palma de uma das mãos sobre a metade inferior do esterno.

5) Colocar a outra mão sobre a primeira, de forma que ambas fiquem paralelas. Pode entrelaçar
os dedos ou mantê-los estendidos, mas não os apoiar sobre a caixa torácica. O objetivo é impedir
que a força de compressão seja efetuada sobre as costelas, podendo fraturá-las.
6) Alinhar os ombros sobre o esterno da vítima, mantendo os cotovelos estendidos. A força de
compressão deve ser provida pelo peso do tronco do socorrista e não pela força de seus braços.
MANOBRA DE MASSAGEM
CARDÍACA
1) Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura.
2) Coloque suas mãos sobrepostas no terço inferior do esterno.
3) Faça compressão sobre o esterno, de encontro à coluna. Essas compressões devem ser em média
de 100 a 120 por minuto. A cada trinta compressões, realizar duas insuflações pulmonares
(boca a boca) 30/2.
4) Após recuperação dos batimentos cardíacos, leve a vítima imediatamente ao hospital. Caso a
reanimação não ocorra nos dez primeiros minutos, as chances de sobrevivência são mínimas.

O profissional de estética, além de seus conhecimentos específicos relacionados aos tratamentos


dispensados aos clientes, precisa saber como atuar em casos de urgência e emergência.
Foi o que vimos até aqui. Mas um profissional mais completo precisa também saber como
proporcionar atendimentos seguros, eficazes, livres de risco à saúde do cliente.
Por isso, esse profissional precisa ter conhecimentos sobre gestão e qualidade..
PRÓXIMA AULA...
Valor: 3,0
 Seminário Avaliativo:
• Grupo1 com 4 | Grupo 2 com 3.
• Apresentação dos seguintes temas:
 Grupo 1: Gerenciamento e descarte de resíduos na Estética.
 Grupo 2: Meio Ambiente: Legislação ambiental e sanitária.
 Cada grupo terá 25 minutos para a apresentação.
 Slide explicativo, lista dos estudantes que participaram e qual a sua contribuição.

Data do seminário: 20/03

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