Centro Universitário Ingá REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE Considerações gerais • Reações de hipersensibilidade: são respostas imunes excessivas, indesejáveis (a resposta é desencadeada e mantida inapropriadamente) • São classificadas, segundo Gell e Coombs, de acordo com os mecanismos imunológicos envolvidos: – Tipo I – Tipo II – Tipo III – Tipo IV Tipo I: Hipersensibilidade Imediata
• Comumente chamadas de alergias ou atopias.
• Ocorrem nos primeiros minutos após contato com Ag (5-10
minutos) e tem seu pico após cerca de 30 minutos.
• Desencadeadas por citocinas produzidas por LyT CD4 do tipo TH2.
• Levam à produção de anticorpos IgE específicos que se ligam a
mastócitos, eosinófilos e basófilos. Tipo I: Hipersensibilidade Imediata • Fase de sensibilização: – Exposição ao antígeno* induz produção de IgE (IL-4 induz desvio isotípico) – IgE se liga a receptores na superfície dos mastócitos, eosinófilos e basófilos (FcεRI) – Mastócitos, eosinófilos e basófilos tornam-se sensibilizados ao antígeno
* Características genéticas podem tornar o indivíduo mais suscetível às
reações de hipersensibilidade imediata TH2 TH2 Tipo I: Hipersensibilidade Imediata • Fase efetora: segunda exposição – Contato com o alérgeno e ligação deste à IgE (já ligada aos receptores FcεRI na superfície dos mastócitos, eosinófilos e basófilos) – Liberação dos mediadores inflamatórios (histamina, prostaglandinas, leucotrienos, PAF, citocinas pró inflamatórias) – Aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação e contração da musculatura lisa – Manifestações locais ou sistêmicas
* Mastócitos estão presentes no tecido conjuntivo e sob o epitélio,
sendo aí o local mais evidente das reações de hipersensibilidade MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Indivíduos atópicos: forte polarização da resposta TH2. • Propensão: – Genes herdados – Natureza do antígeno (características químicas) – Histórico de exposição ao antígeno • RH tipo I manifesta-se de formas diferentes: – Pele (urticária, dermatite de contato) – Mucosas: • Sistema gastrintestinal (alergias alimentares) • Sistema respiratório (rinite, asma) – Sistêmica (anafilaxia) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Urticária: placas avermelhadas em relevo e com coceira
(picada de insetos, poeira, alimentos). • Dermatite de contato: irritação da pele pelo contato frequente com substâncias específicas. • Alergias alimentares: sintomas podem variar → manifestações de pele (vermelhidão, descamação), trato GI (diarreia e vômito) e respiratório (asfixia, sibilos). – Amendoim, nozes, mariscos, leite, ovos, trigo, soja, etc. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Rinite alérgica: inflamação da mucosa (espirros, congestão nasal, secreção ocular). • Asma: broncoconstrição e sibilos → podem ser desencadeados pela presença do alérgeno (atópica) ou não (não-atópica, ex: exercício físico). • Anafilaxia: reação sistêmica potencialmente fatal que envolve o sistema cardiovascular e respiratório acarretando arritmia e hipotensão. TRATAMENTO
• Retirar o estímulo antigênico.
• Abordagem farmacológica. • Dessensibilização: estímulo para diferenciação de LyT CD4 virgem → TH1 (citocinas do tipo 1 regulam a resposta TH2, reduzindo estímulo para produção de IgE). Referências
• Coico, R.; Sunshine, G. Imunologia. 6ª ed. Guanabara Koogan,