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CUIDADOS PALIATIVOS NA

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AVANÇADA

Rafael Paes de Barros


SOBRE O ARTIGO
• BASE DE DADOS: Sociedade Brasileira de Cardiologia

• DESCRITORES: Insuficiência Cardíaca; Cuidados Paliativos.

• MOTIVAÇÃO:
1.Relevância Clínica: A insuficiência cardíaca é uma doença prevalente e impactante na cardiologia, afetando milhões
de pessoas em todo o mundo. A compreensão dos cuidados paliativos nesse contexto é importante para melhorar a
qualidade de vida dos pacientes em estágio terminal, aliviar o sofrimento e oferecer suporte também às suas famílias.
2.Necessidade de Abordagens Integradas: A abordagem multidisciplinar dos cuidados paliativos na insuficiência
cardíaca pode ser vital para o atendimento adequado dos pacientes em fase avançada. Explorar as possibilidades de
cuidados paliativos pode destacar a importância de integrar tratamentos médicos com apoio psicológico e espiritual
para proporcionar um tratamento mais holístico.
3.Oportunidade de Melhoria da Prática Clínica: O artigo científico relatando um estudo de caso pode ter sido escolhido
para demonstrar como a implementação dos cuidados paliativos pode agregar valor ao tratamento de pacientes com
insuficiência cardíaca grave. Esse estudo pode apresentar práticas inovadoras ou ressaltar a importância de
considerar cuidados paliativos como uma opção válida para pacientes em estágio terminal.
CUIDADOS PALIATIVOS NA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AVANÇADA:
Relato de caso

APRESENTAÇÃO
RESUMO

• O artigo aborda a importância dos cuidados paliativos na insuficiência cardíaca avançada,


por meio de um relato de caso de um paciente com IC crônica em estágio terminal.
Discute-se a implementação dos cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida,
aliviar sintomas físicos e traumas psicológicos do paciente, além de fornecer suporte à
família.

• O estudo destaca a relevância de uma abordagem multidisciplinar para atender às


necessidades do paciente terminal. Os cuidados paliativos são vistos como complemento
aos tratamentos tradicionais da IC grave, proporcionando suporte integral para o paciente
em fase avançada da doença.
OBJETIVOS

• Caracterizar a importância dos cuidados paliativos na insuficiência cardíaca


avançada, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes em estágio
terminal.

• Relatar um caso de paciente com insuficiência cardíaca crônica em fase


terminal, destacando a relevância dos cuidados paliativos como abordagem
complementar ao tratamento médico tradicional.

• Discutir a implementação dos cuidados paliativos de forma multidisciplinar,


abrangendo aspectos físicos, psicológicos e espirituais, para proporcionar
suporte adequado ao paciente e à família.
MÉTODOS

• A metodologia adotada no artigo consistiu em uma abordagem exploratória sobre "Cuidados


Paliativos na Insuficiência Cardíaca Avançada". Foram realizados levantamentos bibliográficos
em bases de dados acadêmicos, selecionou-se um estudo de caso de um paciente com
insuficiência cardíaca crônica em estágio terminal e coletaram-se dados por meio de anamnese,
exames físicos e radiografias de tórax.

• O referencial teórico foi embasado em literatura científica atualizada. Os dados coletados foram
analisados e discutidos, enfocando os benefícios dos cuidados paliativos e sua abordagem
multidisciplinar para melhorar a qualidade de vida do paciente em estágio terminal. A
metodologia permitiu exemplificar a aplicação prática dos cuidados paliativos, destacando seu
papel no suporte integral ao paciente e à família durante a doença.
INTRODUÇÃO

• O artigo aborda a relevância da insuficiência cardíaca (IC) como uma enfermidade complexa e comum
na cardiologia, apresentando seus principais sintomas e características. Destaca-se que mais de 26
milhões de pessoas são afetadas pela IC em todo o mundo.

• O artigo traz um relato de caso de um paciente com IC crônica em estágio terminal devido a um
infarto agudo do miocárdio ocorrido há 26 anos. Além disso, discute-se a importância da
implementação dos cuidados paliativos nesse paciente, visando melhorar a qualidade de vida, aliviar
dores físicas e traumas psicológicos e fornecer suporte à família.

• A introdução conclui ressaltando que os cuidados paliativos devem ser uma abordagem habitual em
casos de IC grave, não apenas para o paciente, mas também para a conscientização e apoio à família.
REVISÃO DE LITERATURA

• Segundo Ponikowski et al. (2016), a insuficiência cardíaca é uma doença multifatorial definida pela incapacidade do coração de fornecer sangue de forma

eficaz ao organismo. Os sintomas típicos da IC incluem dispneia, fadiga, cansaço ao esforço, ortopneia e dispneia paroxística noturna (Comitê Coordenador

da Diretriz de Insuficiência Cardíaca, 2018).

• Estima-se que mais de 26 milhões de pessoas são afetadas pela IC no mundo (Ponikowski et al., 2016). No Brasil, o controle inapropriado de doenças crônicas

como hipertensão arterial e diabetes, além da não adesão ao tratamento básico para IC, tem contribuído para o aumento das hospitalizações relacionadas à

IC (Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca, 2018).

• Stuart (2007) destaca que a IC permanece incurável na maioria dos casos, e os cuidados paliativos podem ser uma abordagem habitual em pacientes com IC

grave. A Organização Mundial de Saúde define cuidados paliativos como uma forma de auxílio visando aumentar a qualidade de vida do paciente e sua família

frente a uma enfermidade que ameace a vida, através do alívio do sofrimento físico, psicossocial e espiritual (Sepúlveda et al., 2002).

• Os cuidados paliativos devem ser uma intervenção complementar ao tratamento médico tradicional da IC, beneficiando pacientes candidatos a transplantes

cardíacos ou de órgãos sólidos (Weeks et al., 1998). Além disso, os cuidados paliativos podem ajudar a reduzir o estresse do paciente e da família, prolongar

a vida e melhorar o bem-estar do paciente em estado terminal (Connor et al., 2007).

• A abordagem dos cuidados paliativos deve ser realizada de forma multidisciplinar, incluindo suporte psicológico e espiritual para o paciente e a família,

visando a aceitação da morte como um seguimento natural da vida (Carvalho; Parsons, 2012).
RESULTADOS

• Os resultados do artigo demonstraram a relevância e eficácia dos cuidados paliativos na insuficiência cardíaca avançada. O estudo de caso do

paciente M.M.F., com insuficiência cardíaca crônica em estágio terminal, evidenciou a aplicação prática dos cuidados paliativos em seu tratamento.

• Durante a internação, o paciente recebeu uma terapia otimizada para a IC, incluindo medicamentos como Rivaroxabana, Sinvastatina,

Espironolactona, Carvedilol, Sacubitril-Valsartana, Furosemida, Dobutamina e nebulização com Brometo de Ipratrópio. Esses cuidados médicos

tradicionais foram complementados com cuidados paliativos, visando melhorar sua qualidade de vida e reduzir o desconforto causado pela doença.

• A implementação dos cuidados paliativos resultou em melhorias no quadro clínico do paciente, com redução dos sintomas como dispneia paroxística

noturna, tosse, chieira, edema, astenia e dispneia. O suporte psicológico e espiritual proporcionado também contribuiu para diminuir a ansiedade e

a depressão durante o estágio terminal da doença.

• Seguindo os princípios dos cuidados paliativos da Organização Mundial de Saúde, o atendimento integral não se restringiu apenas ao paciente, mas

estendeu-se ao suporte oferecido à família durante todo o processo da doença, facilitando a aceitação da condição terminal (Sepúlveda et al.,

2002).

• A abordagem multidisciplinar dos cuidados paliativos mostrou-se efetiva, permitindo que diferentes profissionais de saúde trabalhassem em conjunto

para atender às necessidades do paciente e fornecer um tratamento personalizado e humanizado (Connor et al., 2007).
DISCUSSÃO

• A discussão do artigo enfatiza a importância dos cuidados paliativos na insuficiência cardíaca avançada e reforça os benefícios dessa abordagem para melhorar a qualidade de

vida do paciente e proporcionar suporte à família.

• Conforme mencionado por Stuart (2007), os cuidados paliativos devem ser uma conduta habitual em pacientes com IC grave, agregando-se aos tratamentos tradicionais da

doença. Nesse contexto, a abordagem dos cuidados paliativos busca não apenas aliviar os sintomas físicos, mas também oferecer suporte psicológico e espiritual ao paciente

e à família, como preconizado pela Organização Mundial de Saúde (Sepúlveda et al., 2002).

• A aplicação dos cuidados paliativos no estudo de caso do paciente M.M.F. demonstrou resultados positivos na melhoria do quadro clínico, aliviando sintomas como dispneia

paroxística noturna, tosse, chieira e edema. Além disso, a atenção integral fornecida ao paciente e à família durante o processo da doença contribuiu para a adaptação à

condição terminal (Carvalho; Parsons, 2012).

• A abordagem multidisciplinar dos cuidados paliativos foi essencial para atender às demandas do paciente, abrangendo aspectos médicos, psicológicos e espirituais (Connor et

al., 2007). Essa equipe interdisciplinar de profissionais de saúde trabalhou em conjunto para garantir um tratamento personalizado e humanizado, levando em conta as

preferências e prioridades do paciente (Macdonald, 2002).

• A implementação dos cuidados paliativos foi benéfica tanto para o paciente quanto para a família, pois reduziu o estresse e melhorou o bem-estar geral do paciente em

estágio terminal (Rodrigues et al., 2010). Além disso, a conscientização sobre a aceitação da morte como uma parte natural da vida permitiu uma abordagem mais

compassiva e confortável durante o processo de doença (Sepúlveda et al., 2002).


CONCLUSÕES

• A aplicação prática dos cuidados paliativos no estudo de caso do paciente M.M.F. demonstrou melhorias significativas em sua

qualidade de vida, aliviando sintomas e proporcionando suporte emocional.

• Os resultados obtidos reforçam a importância de incluir os cuidados paliativos como parte integrante do tratamento da insuficiência

cardíaca avançada. Essa abordagem complementar aos tratamentos médicos tradicionais se mostrou benéfica tanto para o paciente

quanto para a família, oferecendo um atendimento integral e humanizado durante o processo da doença.

• A discussão multidisciplinar e o suporte psicológico e espiritual foram essenciais para atender às necessidades do paciente em estágio

terminal, permitindo uma adaptação mais adequada à condição de saúde. Além disso, a aceitação da morte como um seguimento

natural da vida e o conforto espiritual contribuíram para uma abordagem mais compassiva durante o processo da doença.

• Em resumo, ressalta-se que a implementação dos cuidados paliativos na insuficiência cardíaca avançada é uma abordagem essencial

para melhorar a qualidade de vida do paciente, aliviar sintomas e fornecer suporte integral ao paciente e à família durante o estágio

terminal da doença. Essa conduta deve ser considerada como parte integral do tratamento, visando oferecer um cuidado humanizado

e empático em todas as fases da doença.


REFERÊNCIAS

Carvalho, RT, Parsons, HA. Manual de Cuidados Paliativos. Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). p.56-71, 2012.
Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cárdio. v.111, n.3,
p.436-539, 2018.
Connor SR, Pyenson B, Fitch C, Spence C, Iwasaki K. Comparing hospice and nonhospice patient survival among patientswho die within a three year
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Freitas AKE, Cirino RHD. Manejo Ambulatorial Da Insuficiência Cardíaca Crônica. Rev. Med. UFPR. v.4, n.3, p.123-136, 2017.
Macdonald N. Redefining symptom management. Journal of Palliative Medicine. v.5, n.2, p.301304, 2002.
Murray SA, Kendall M, Boyd K, Sheikh A. Illness trajectories and palliative care. BJM. v.330, n.7498, p.1077-1011, 2005.
Organização Mundial da Saúde. Cuidados Paliativos. INCA. Brasília: Ministério da Saúde (BR); 2002.
Ponikowski P, Voors AA, Anker SD, Bueno H, Cleland JGF, Coats AJS. 2016 ESC Guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart
failure. European Heart Journal. v.37, n.27, p.2129–2200, 2016.
Rodrigues A, Guerra M, Maciel MJ. Impacto do stress e hostilidade na doença coronária. Rev. SBPH. v.13, n.1, p.107-135, 2010.
Sepúlveda CMD, Marlin AMPH, Tokuo YMD, Ullrich AMD. Palliative Care: The World Health Organization’s Global Perspective. Journal of Pain and
Symptom Management. v.24, n.2, p.91-96, 2002.
Stuart MDB. Palliative Care and Hospice in Advanced Heart Failure. Journal of Palliative Medicine. v.10, n.1, p.210-228, 2007.
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Treatment Preferences. JAMA. v.279, n.21, p.1709-1715, 1998.

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