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Audiência de conciliação

Art. 334 – Petição 30 dias – citação Autor - intimado


apta – audiência de do réu com 20
conciliação dias no mínimo Réu - citado

REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA
a) Autor – na petição inicial, manifesta desinteresse;
b) Réu – na contestação ou por petição apresentada 10 dias antes da
audiência;
c) O direito não admitir transação

NÃO COMPARECIMENTO NA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO


Injustificado – ato atentatório à dignidade da Justiça – multa de até 2% do valor da
causa que será revertida em favor da União ou do Estado – art. 334, § 8º.
Núcleos permanentes de métodos consensuais de
solução de conflitos – Art. 7º da Resolução 125/2010
- Núcleo é o órgão pensante e a cabeça do sistema e deve manter-se
independentemente a fim de atender ao princípio da continuidade
sem ser afetado politicamente a cada dois anos com a mudança nas
gestões administrativas dos tribunais.
ATRIBUIÇÕES
Desenvolver no âmbito do tribunal a política judiciária de solução de conflitos
Planejar, implementar, manter e aperfeiçoar as ações voltadas ao cumprimento da política
judiciária
Atuar na interlocução com outros tribunais e com órgãos públicos e privados
Instalar Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania
Promover capacitação, treinamento e atualização permanente dos servidores
Criar e manter cadastro de conciliadores e mediadores
Regulamentar, se for o caso, a remuneração de conciliadores e mediadores
Incentivar a realização de cursos e seminários sobre mediação e conciliação
CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos e
Cidadania – art. 8º da Resolução 125/2010

- locais onde exista mais de um juízo


- juizado especial
Instalação - vara cível
obrigatória - previdenciária
- fazendária
- família
ADMINISTRAÇÃO

Servidores – dedicação
exclusiva com capacitação
em métodos consensuais
de solução de conflitos

Juiz coordenador –
designado pelo Tribunal
com atribuição de
administração e supervisão
dos serviços dos
conciliadores e mediadores
Servidor – com capacitação
em triagem para
encaminhamento dos casos
COMPOSIÇÃO

Setor de conflito processual – recebimento de processo


já distribuídos

Setor de conflito pré-processual – recebimento informal


CEJUSC e sem distribuição de qualquer demanda passível de ser
recebida no CEJUSC

Setor de cidadania – serviços de informação, orientação


jurídica, emissão de documentos, serviços psicológicos,
assistência social, entre outros
Setor de conflito de conflito processual - serão
recebidos processos já distribuídos e despachados
pelos magistrados, que indicarão o método de solução
de conflitos a ser seguido, retornando sempre ao órgão
de origem, após a sessão, obtido ou não o acordo, para
extinção do processo ou prosseguimento dos trâmites
processuais normais.

OBS: somente o juiz do processo pode homologar


eventual acordo realizado no CEJUSC, em face do
princípio do juiz natural.
Setor de conflito pré-processual - comparecendo o interessado
ou remetendo pretensão via e-mail com os dados essenciais, o
funcionário colherá seu pedido, sem reduzi‑lo a termo,
emitindo, no ato, carta convite à parte contrária, informando
os documentos necessários, a data, hora e local da sessão de
conciliação ou mediação, sendo recomendável sua realização
no prazo de 30 (trinta) dias.

Realização da sessão – dura de acordo com a complexidade da


causa. Concluída a sessão e obtido o acordo, será esse homologado
por sentença do Juiz Coordenador, após a manifestação do
representante do Ministério Público, se for o caso, com registro em
livro próprio, mas sem distribuição. O termo do acordo poderá ser
arquivado em meio digital e os documentos restituídos aos
interessados.
Setor de cidadania - prestará serviços de
informação, orientação jurídica, emissão de
documentos, serviços psicológicos e de assistência
social, entre outros; podendo, para a
disponibilização desses serviços, o Juiz
Coordenador firmar convênios com o Poder
Executivo, Tribunal Regional Eleitoral, Polícia
Federal ou com instituições de ensino. Muito
comum tem sido, por exemplo, a instalação do
CEJUSC ligado ao Poupatempo ou CIC do Estado de
São Paulo.
ASPECTOS GERAIS DO CEJUSC
O setor pré-processual deverá, obrigatoriamente, receber causas cíveis e de família.
No CEJUSC não há custas processuais e limite de valor da causa.
As partes poderão ser representadas por advogado ou alguém com procuração
específica para realizar o acordo.

As cartas expedidas pelo CEJUSC não podem ter caráter de intimação ou citação das
partes, apenas de “convite”.

O CEJUSC não pode expedir mandado de citação e intimação, pois não há como cobrar
das partes o pagamento de custas para as diligências dos oficiais de justiça, tampouco
há convênio para o Tribunal pagar por este serviço, pois não há abertura de processo e
sim reclamação pré-processual.

Os acordos homologados no CEJUSC valerão como títulos executivos judiciais e


poderão ser executados nos juízos competentes para julgamento das causas
originárias, mediante livre distribuição.
CÓDIGO DE ÉTICA DOS CONCILIADORES E MEDIADORES
Anexo III da Resolução 125/2010 do CNJ
Princípios – art. 1º
a) Confidencialidade - Dever de manter sigilo sobre
todas as informações obtidas na sessão, salvo
autorização expressa das partes, violação à ordem
pública ou às leis vigentes, não podendo ser
testemunha do caso, nem atuar como advogado dos
envolvidos, em qualquer hipótese;
b) Competência - Dever de possuir qualificação que o
habilite à atuação judicial, com capacitação na forma
da Resolução, observada a reciclagem periódica
obrigatória para formação continuada
c) Imparcialidade - Dever de agir com ausência de
favoritismo, preferência ou preconceito, assegurando
que valores e conceitos pessoais não interfiram no
resultado do trabalho, compreendendo a realidade dos
envolvidos no conflito e jamais aceitando qualquer
espécie de favor ou presente;
d) Neutralidade - Dever de manter equidistância das
partes, respeitando seus pontos de vista, com
atribuição de igual valor a cada um deles;
e) Respeito à ordem pública e as leis vigentes - Dever
de velar para que eventual acordo entre os envolvidos
não viole a ordem pública, nem contrarie as leis
vigentes.
f) Independência e autonomia - Dever de atuar com
liberdade, sem sofrer qualquer pressão interna ou
externa, sendo permitido recusar, suspender ou
interromper a sessão se ausentes as condições
necessárias para seu bom desenvolvimento, tampouco
havendo obrigação de redigir acordo ilegal ou
inexequível.

Regras de conduta (art. 2º) – são normas que devem


ser seguidas pelos conciliadores e mediadores durante
o procedimento da conciliação ou mediação:
Dever de esclarecer os envolvidos sobre o método de trabalho a ser
Informação
empregado, apresentando as regras de conduta e etapas do processo
Dever de respeitar os diferentes pontos de vista dos envolvidos,
Autonomia de assegurando-lhes que cheguem a uma decisão voluntária e não
vontade coercitiva, com liberdade para tomar as próprias decisões durante ou
ao final do processo
Ausência de Dever de não forçar um acordo e de não tomar decisões pelos
obrigação de envolvidos, podendo, quando muito, no caso da conciliação, criar
resultado opções, que podem ou não ser acolhidas por eles.
Dever de esclarecer aos envolvidos que atua desvinculado de sua
Desvinculação profissão de origem, informando que, caso seja necessária
da profissão orientação ou aconselhamento afetos a qualquer área do
de origem conhecimento poderá ser convocado para a sessão o profissional
respectivo, desde que com o consentimento de todos
Dever de assegurar que os envolvidos, ao chegarem a um acordo,
Teste de
compreendam perfeitamente suas disposições, que devem ser
realidade exequíveis, gerando o comprometimento com seu cumprimento

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