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CPJ

Centro Protocolar de Formação


Profissional para o Sector da Justiça

UFCD INTRODUÇÃO À
7247 GESTÃO DO DESPORTO
Formador: Tiago Machado
813189 - TÉCNICO DE APOIO À GESTÃO DESPORTIVA 813 . DESPORTO

OBJETIVOS (MÓDULO 7247)


▪ Caracterizar os principais aspetos influentes da origem e evolução da Gestão do Desporto;

▪ Identificar e caracterizar os diferentes contextos de intervenção das organizações desportivas;

▪ Reconhecer a estrutura, a cultura e os valores predominantes das diferentes organizações desportivas;

▪ Distinguir modelos de gestão adequados às características de cada organização desportiva;

▪ Interpretar as diferentes funções do gestor de desporto e as atividades de apoio à gestão;

▪ Caracterizar a gestão do desporto como área de intervenção profissional, identificando as principais

funções e competências associadas;

▪ Caracterizar as organizações representativas do setor profissional nacional e internacional.


CONTEÚDOS (MÓDULO 7247)
1. CONCEITOS DE GESTÃO

2. ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES DESPORTIVAS

3. DIFERENTES TIPOS DE ESTRUTURAS

4. FATORES CONDICIONANTES DA ESTRUTURA

5. O GESTOR DESPORTIVO
1. CONCEITOS DE GESTÃO
1. CONCEITOS DE GESTÃO

CONCEITO DE GESTÃO

▪A Gestão é o processo que visa atingir os


objetivos e as metas de uma organização, de
forma eficiente e eficaz, através de
organização (organizing), planeamento
(planning), liderança (leading/influencing) e
controlo (control) dos recursos disponíveis.

▪ Visa encontrar soluções para resolver


problemas.

▪A Gestão do Desporto é essencial pois há ou


surgem problemas imprevisíveis para os quais é
necessário encontrar respostas originais.
1. CONCEITOS DE GESTÃO

APARECIMENTO DO CONCEITO - GESTÃO

▪Crise do desporto moderno;

▪Grande e rápida mudança no ambiente que nos rodeia “era da incerteza”;


▪Complexidade da dinâmica social “Desporto para Todos”
(práticas desportivas) – generalização da prática desportiva;

▪Aumento de instalações desportivas;

▪Aumento de eventos desportivos;


1. CONCEITOS DE GESTÃO

GESTÃO DESPORTIVA

▪A gestão desportiva era inicialmente tratada de


uma forma empírica pelos dirigentes desportivos
que valorizavam preferencialmente o «fazer» e
muito pouco o «saber fazer» ou «como fazer»
(Pires, 2001)

▪ Atualmente, a dimensão atingida pelo desporto e as


necessidades da sociedade neste contexto exigem cada
vez mais profissionalismo e conhecimentos na gestão dos
contextos desportivos.
1. CONCEITOS DE GESTÃO

GESTÃO DESPORTIVA

▪A gestão desportiva, como qualquer modelo de


gestão, trata essencialmente de decisões, rotinas,
processos e práticas eficazes; existe para solucionar
problemas pela aplicação de teorias e ferramentas
de gestão já sistematizadas em outras áreas do
conhecimento, agora adaptadas à realidade do
mundo multidisciplinar e dinâmico do desporto.

▪As principais funções da gestão são a conceção, a


coordenação, a operacionalização e a liderança.
1. CONCEITOS DE GESTÃO

GESTÃO DESPORTIVA

▪Em muitas das situações, a gestão do desporto, em função da sua dimensão, não permite a existência de
profissionais, tendo as organizações desportivas de recorrer ao trabalho voluntário ou mesmo aproveitar a
disponibilidade de outros agentes desportivos para que, de forma cumulativa, permitam a superação das
tarefas em falta.
2. ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES
DESPORTIVAS
2. ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES DESPORTIVAS

CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
DESPORTIVA

▪A organização desportiva, porque geralmente está


associada a produtos ou a serviços desportivos que
possuem características próprias, situa-se no espaço de
diferentes formas consoante essas mesmas características
e o posicionamento.

▪Do ponto de vista das organizações, pretende-se que cada


membro atinja os seus objetivos, além de criar e manter um
clima de entusiasmo interno, de capacidade de superação de
situações de conflito e frustração e o desenvolvimento de um
2. ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES DESPORTIVAS

ORGANIZAÇÃO DESPORTIVA - AUTARQUIAS

▪A organização dos serviços municipais do desporto, é retirada do contexto geral da estrutura hierarquizada da
organização municipal atualmente em vigor, sendo entendida para este efeito, como a configuração que define
a maneira como estão organizadas as unidades de trabalho, a distribuição dos recursos humanos com as
respetivas linhas de autoridade e de comunicação.

▪O Vereador do Desporto é o responsável pela definição e programação das políticas desportivas municipais em
conformidade com a delegação e subdelegação de competências provenientes do presidente da câmara municipal,
assumindo genericamente todos os seus despachos e orientações sobre os assuntos relativos a esta área de intervenção.
2. ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES DESPORTIVAS

ORGANIZAÇÃO DESPORTIVA - AUTARQUIAS

▪O Departamento de Gestão Organizacional (DGO) insere-se na estrutura nuclear da organização dos serviços
municipais, sendo responsável pela coordenação e desenvolvimento da gestão intermédia de todos os
processos referentes à intervenção municipal na área do desporto e atividade física, nomeadamente:
▪Gestão dos recursos humanos afetos;

▪Manutenção e gestão das instalações desportivas municipais;

▪Cedência regular e pontual das diferentes instalações desportivas;

▪Apoio ao associativismo desportivo local;

▪Promoção e desenvolvimento de projetos e programas de atividade física e desportiva para a população em geral;

▪Colaboração no apoio ao desporto no sistema educativo;

▪Outros processos inerentes.


2. ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES DESPORTIVAS

ORGANIZAÇÃO DESPORTIVA - AUTARQUIAS

▪A Unidade de Gestão do Desporto (UGD), corresponde a uma unidade orgânica de 3.º grau que integra a
estrutura flexível dos serviços municipais;
2. ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES DESPORTIVAS

ORGANIZAÇÃO DESPORTIVA - PORTUGAL

▪Os modelos organizativos do desporto são uma área de


interesse que perpassa pelas preocupações de todos os
que se interessam pela eficácia das políticas públicas,
nomeadamente o papel do estado e das organizações
desportivas (OD"s) e o seu papel no rendimento
desportivo e à prática num modelo devidamente
estruturado:

▪Centrais (federações);

▪Territoriais (associações);

▪Locais (clubes).
3. DIFERENTES TIPOS DE ESTRUTURAS
3. DIFERENTES TIPOS DE ESTRUTURAS

3.1 – ESTRUTURAS DE MINTZBERG

3.2 – ESTRUTURAS FORMAIS/INFORMAIS

3.3 – ESTRUTURA SIMPLES & FUNCIONAL

3.4 – ESTRUTURA DIVISIONADA

3.5 – ESTRUTURA POR PROJETOS E MATRICIAL

3.6 – ESTRUTURA EM REDE

3.7 – ESTRUTURA POR UEN (UNIDADES ESTRATÉGICAS DE NEGÓCIOS)


3.1 – ESTRUTURAS DE MINTZBERG

COMPONENTES DE
MINTZBERG

▪Mintzberg define Estratégia através de


5 componentes:

▪Estratégia como Plano;

▪Estratégia como Pretexto;

▪Estratégia como Padrão;

▪Estratégia como Posição;

▪Estratégia como Perspetiva.


3.2 – ESTRUTURAS FORMAIS/INFORMAIS

Toda a organização possui dois tipos de estrutura: formal e informal.


FORMAL: Deliberadamente planeada e formalmente INFORMAL: Surge da interação social das pessoas, o que significa
representada, em alguns aspetos pelo seu organograma. que se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se
• Ênfase a posições em termos de autoridades e reúnem. Representa relações que usualmente não aparecem no
responsabilidades. organograma.
• É estável. • A autoridade flui na maioria das vezes na horizontal.
• Está sujeita a controle. • É instável.
• Está na estrutura. • Não está sujeita a controle.
• Líder formal. • Está sujeita aos sentimentos.
• Líder informal.
• Desenvolve sistemas e canais de comunicação.
3.3 – ESTRUTURA SIMPLES & FUNCIONAL

ESTRUTURA SIMPLES & FUNCIONAL


A Estrutura Simples é pouco elaborada, apresenta uma baixa A estrutura funcional é a clássica estrutura organizacional que
complexidade e reduzida centralização. utiliza a função como maneira de dividir áreas de
responsabilidade e autoridade. É a estrutura típica em que a
maioria das empresas se organiza.
3.4 – ESTRUTURA DIVISIONADA
ESTRUTURA DIVISIONADA

▪A Estrutura divisionada é composta por unidades


semiautónomas que se encontram juntas mediante
uma estrutura administrativa comum.

▪ Este tipo de estruturas encontra geralmente no sector privado


da economia, sendo disso exemplo empresas industrial de
grandes dimensões, podendo ainda encontrar-se em
universidades e hospitais dispersos, com sede central.

▪Proporciona maior autonomia para cada unidade permitindo


assim maior agilidade e menos burocracia. Maior velocidade
de resposta.

▪O Diretor Geral administra estrategicamente cada divisão e o


responsável pela divisão gere as operações de sua unidade.
3.5 – ESTRUTURA POR PROJETOS E MATRICIAL
ESTRUTURA POR PROJETOS E MATRICIAL

▪Cada agrupamento de recursos tem duas


linhas de subordinação:

▪ Uma com o superior funcional (staff


corporativo);

▪E outra com o superior divisional que gere a


unidade de negócios.
3.6 – ESTRUTURA EM REDE

A Estrutura em Rede, ou Organização em Rede, é um tipo de macroestrutura organizacional que

funciona segundo uma lógica de organigrama circular ou em forma de estrela, no centro da qual está a

organização principal.
3.7 – ESTRUTURA POR UEN (UNIDADES ESTRATÉGICAS DE NEGÓCIOS)
UEN (UNIDADES ESTRATÉGICAS DE NEGÓCIOS)

▪Adequada a grandes empresas, com uma grande variedade de operações, num número restrito de negócios.
5. O GESTOR DESPORTIVO
5. O GESTOR DESPORTIVO

FUNÇÕES BÁSICAS DO GESTOR

▪Planeamento: envolve a definição dos objetivos e das metas, a decisão sobre as


tarefas a realizar e a seleção dos recursos (Humanos, Financeiros, Materiais,
Tecnológicos) necessários para atingir as metas / objetivos delineados.

▪Organização: traduz a forma como a empresa vai desenvolver a sua atividade para
concretizar o que planeou; consiste na atribuição de tarefas, no agrupamento das tarefas
em órgãos, na delegação de autoridade e responsabilidade e na distribuição de recursos
pela empresa.

▪Liderança: consiste em dirigir, influenciar e motivar os membros da organização para


que todos contribuam para que as metas e objetivos delineados sejam atingidos.

▪Controlo: monitorização de atividades e das pessoas afetas a essas atividades,


verificação do atingimento de metas e objetivos (ou se estão em vias de), fazer as
correções.
5. O GESTOR DESPORTIVO

COMPETÊNCIAS CLÁSSICAS DE UM GESTOR


(SKILLS)

▪Conceptuais: capacidade de ver e agir na organização como um todo, as suas


componentes e relações entre elas; requer a capacidade de pensar
estrategicamente; são fundamentais na gestão de topo.

▪Humanas: capacidade de trabalhar com outras pessoas quer individualmente quer


e também como um membro integrado de uma equipa; fundamentais na gestão de
topo.

▪Técnicas: compreensão e proficiência de tarefas específicas (métodos, técnicas,


outros conhecimentos); têm um menor peso na gestão de topo.
5. O GESTOR DESPORTIVO

NOVAS COMPETÊNCIAS DE UM GESTOR

▪Às competências clássicas anteriores acrescentam-se as seguintes,


relacionadas com as novas formas do exercício de tarefas, com a
diversidade de competências e de culturas das pessoas, e com a
necessidade de mudança (adaptação da organização):

▪ Liderança partilhada (dispersed leadership)

▪ Delegação de poderes (empowering)

▪ Estabelecimento de relações de colaboração (collaborative relationships)

▪ Construção de equipas (team-building)

▪ Aprendizagem (learning organization)


5. O GESTOR DESPORTIVO

GESTOR DESPORTIVO - PERFIL

Aptidões:

▪ Conceptual (ver a organização como um todo);

▪ Técnica (usar conhecimentos, métodos ou técnicas


específicas);

▪ Relações humanas.
5. O GESTOR DESPORTIVO

GESTOR DESPORTIVO - PERFIL

Local de trabalho:

▪ Estado (poder central ou local – autarquia);

▪ Federações/associações desportivas;

▪ Iniciativa privada;

▪ Clubes.

▪ No contexto autárquico terá de estar preparado


para lidar simultaneamente com os políticos e
com a população (clubes, cidadãos, instituições,
etc.) e assumir-se como elo de ligação entre as
necessidades (população) e as possibilidades
(poder político).
5. O GESTOR DESPORTIVO

GESTOR DESPORTIVO - PERFIL

Áreas de atuação

▪ 1. Ajustamento das políticas desportivas autárquicas a fatores como:

▪ proximidade regional;

▪ procura desportiva;

▪ tendências demográficas.

▪ 2. Sujeição do ordenamento das instalações desportivas a fatores como:

▪ necessidades das populações;

▪ complementaridade;

▪ rentabilidade.

▪ 3. Formação de equipas municipais ou intermunicipais de gestão e manutenção de


instalações e equipamentos desportivos:

▪ equipas de tratamento de águas de piscinas;

▪ equipas de manutenção de pisos artificiais;

▪ equipas de manutenção de pisos naturais.


5. O GESTOR DESPORTIVO

GESTOR DESPORTIVO - PERFIL

Nível de intervenção (Mintzberg):

▪ Gerir implica decidir! A tomada de decisão é a


Decisões estratégicas (Presidente) verdadeira essência da gestão e está contida em
cada um dos três níveis de gestão.

▪ Centro operacional;

▪ Linha hierárquica;

Funções da gestão ou fatores de ▪ Vértice estratégico.


desenvolvimento (gestores da
linha intermédia)

Nível de desempenho:

▪ Organização, planeamento e coordenação;


Gestores de 1ª linha (Treinadores) ▪ Controlo, direção e avaliação.
5. O GESTOR DESPORTIVO

GESTOR DESPORTIVO - PERFIL

Ações e contextos:

▪ Gestão de Recursos Humanos;

▪ Gestão de Projetos;

▪ Gestão de Instalações Desportivas;

▪ Gestão de Eventos;

▪ Gestão Financeira;

▪ Marketing;

▪ Administração;

▪ Turismo Desportivo.
5. O GESTOR DESPORTIVO

GESTOR DESPORTIVO – O ESSENCIAL

▪Uma boa gestão é uma ferramenta essencial ao sucesso de qualquer organização.


▪ O gestor é alguém com capacidades e aptidões específicas que tem por objetivo contribuir para a satisfação das necessidades da
organização, dos seus colaboradores e dos seus clientes, através das suas decisões.

▪ As organizações estão inseridas num ambiente em constante mudança, que as influencia.


VIDA DIFÍCIL
UFCD 7247

INTRODUÇÃO À GESTÃO DO DESPORTO

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