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Módulo 1: PSICOLÓGIA DO DESPORTO Sumário:

ƒ 1ª Parte
- Características psicológicas dos intervenientes
- Motivação dos participantes
- Motivação através de sentimentos de
Universidade de Coimbra

Faculdade de Ciências do
Preparação Psicológica no competência e confiança
Desporto e Educação Física

Desporto
ƒ 2ª Parte
Federação de Patinagem
de Portugal - Compreendendo os ambientes de prática
desportiva
- Qual o contributo efectivo da psicologia do
Prof. Doutor José Pedro Leitão Ferreira
Mestre Pedro Miguel Gaspar desporto?
- Qual o papel do treinador?
FCDEF-UC
CURSO DE TREINADORES DE HÓQUEI PATINS – NIVEL III
15 de JANEIRO de 2006

Os intervenientes
1ª Parte
oDesenvolvimento da personalidade
o Pesquisa e instrumentos de avaliação

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Algumas questões:

ƒ Quais as características da personalidade dos


grandes atletas?

ƒ O que motiva as pessoas a participar no desporto e a


frequentar ambiente de prática desportiva?

ƒ Porque razão algumas pessoas estão fortemente


motivadas para a competição e outras sentem “um
medo de morte”?

ƒ Como é que nos preparamos psicologicamente para


alcançar uma performance óptimal?

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Porquê compreender a personalidade? Personalidade do desportista

ƒ Como definir personalidade?


ƒ Para nós que trabalhamos no terreno com atletas
é fundamental compreender o que os faz actuar
ou comportar-se como indivíduos
Personalidade – característica
ƒ Para os próprios atletas é igualmente que torna cada pessoa única
fundamental compreenderem porque motivo(s)
reagem de determinada forma em determinada
situação

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Compreender a personalidade Núcleo ou cerne

Estrutura
ƒ Nível básico da personalidade, componente mais
profundo, inclui atitudes, valores, interesses,
ƒ Núcleo ou cerne motivos e crenças sobre cada um de nós e sobre a
ƒ As respostas típicas nossa auto-valorização
ƒ Os comportamentos associados aos papéis
ƒ Peça central da nossa personalidade, o “eu real” e
não “aquilo que eu quero que os outros pensem de
mim”

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Os comportamentos associados aos


As respostas típicas
papéis
ƒ Modo como cada um de nós se adapta ao
envolvimento, modo como respondemos ao mundo ƒ A forma como cada um se comporta com base na
que nos rodeia percepção da situação em que se encontra e do
papel social que desempenha
ƒ As nossas respostas típicas são um bom indicador
do cerne da nossa personalidade ƒ Diferentes situações requerem o desempenho de
diferentes papéis sociais
ƒ Ex: introversão versus extroversão

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Qual a importância da estrutura da
personalidade?
ƒ Os comportamentos associados aos papéis
constituem o nível mais externo e que sofre mais a
ƒ Os níveis da personalidade traduzem um influência externa do envolvimento
continuum de comportamentos internamente
originados e externamente originados (ex:
Bombom de cereja) ƒ A estabilidade e a mudança são desejáveis
simultaneamente, na personalidade

ƒ O cerne ou núcleo da nossa personalidade não é só


o mais interno dos três níveis como o mais difícil
de conhecer, aquele que é mais estável, i.e. o que
menos varia em função do tempo

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Traço de personalidade
ƒ Traço predispõe o indivíduo a actuar de uma
certa forma independentemente da situação ou
ƒ Ou personalidade traço – unidade fundamental das circunstâncias
da personalidade, relativamente estável,
duradoura e consistente ao longo da vida do
ƒ O conhecimento do traço de personalidade não
indivíduo
implica sempre uma previsão do modo como o
indivíduo se vai comportar numa situação
ƒ Considera que as causas do comportamento específica
residem habitualmente no indivíduo,
minimizando o papel situacional ou dos factores
do envolvimento

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Personalidade estado Abordagem interactiva

ƒ Considera a situação e o indivíduo como como co-


ƒ O comportamento é determinado em grande parte
pela situação ou pelo envolvimento, a influência do determinantes do comportamento, como variáveis
que em conjunto determinam o comportamento
envolvimento é demasiado elevada e os efeitos do
traço de personalidade são minimizados
ƒ Conhecer os traço de personalidade e a situação
particular é importante para compreender o
ƒ A personalidade estado tal como a traço não
comportamento individual
consegue prever verdadeiramente o
comportamento do indivíduo

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Avaliação da personalidade traço e Medidas da personalidade traço e
estado estado
Situações gerais Situações de prática desportiva:
ƒ State-Trait Anxiety Inventory – STAI ƒ Sport Competition Anxiety Test – SCAT (Martens,

(Spielberg et al., 1970) 1977) – Ansiedade traço competitiva


ƒ Competitive State Anxiety Inventory
ƒ Profile of Mood States – POMS

(McNair et al., 1971) CSAI-2 (Martens et al., 1982) – Ansiedade estado


pré-competitiva
ƒ Eysenck Personality Inventory – EPI
ƒ Trait-State Confidence Inventory – TSCI
(Eysenck & Eysenck, 1968)
(Vealey, 1986) – Confiança desportiva

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Atletas versus não atletas Iceberg Profile (POMS)

Personalidade dos atletas de desportos colectivos


ƒ Menos raciocínio abstracto, mais extrovertidos,

mais dependentes, menos egocentricos

Personalidade dos atletas de desportos individuais


ƒ Maior nível de objectividade, mais dependentes,

menos ansiosos, menos pensamento abstracto

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Iceberg Profile (POMS) Iceberg Profile (POMS)

ƒ Saúde mental positiva está ƒ O perfil traduz-se no facto de


directamente relacionada com o todos os traços negativos estarem
sucesso desportivo e as elevadas a baixo da superfície e os traços
performances positivos acima da superfície
(relativamente à norma da
população)
ƒ Um atleta de elite com sucesso
apresenta níveis de vigor acima da ƒ Atletas com menor sucesso
média da população e níveis de apresentam valores próximo ou
tensão, depressão, frustração, fadiga abaixo do percentil 50 na maioria
e confusão abaixo da média dos factores psicológicos

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Estratégias cognitivas Estratégias cognitivas

ƒ Atletas de sucesso lidam melhor com


situações de ansiedade, utilizam mais a ƒ Utilizam a auto-reflexão positiva
imagética, utilizam mais a auto-reflexão ƒ Aumentam o nível de atenção imediata
positiva ƒ Sentem-se mais bem preparados para enfrentar
circunstancias negativas inesperadas
ƒ Mantêm elevados níveis de confiança ƒ Utilizam com maior frequência a prática mental
centrando a sua atenção na competição e
recuperam mais facilmente dos erros ƒ Utilizam o planeamento mental
cometidos

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Estratégias de planeamento mental Estratégias de planeamento mental

ƒ Não se preocupar com os outros competidores antes


ƒ Utilização de planos específicos contemplando
adversidades durante a competição para aumentar da competição – concentrar-se naquilo que consegue
a confiança controlar

ƒ Utilização de rotinas para enfrentar circunstâncias ƒ Utilização de ensaios mentais antes da competição
inesperadas
ƒ Desenvolver planos detalhados da competição
ƒ Concentração no momento da prestação que se
aproxima bloqueando todos os outros eventos
secundários ƒ Aprender a controlar a ansiedade e o arousal

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Motivação

O que é e como se desenvolve?


o

o Motivação para a prática desportiva e


motivos de participação

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O que é a motivação? Determinantes da motivação:
ƒ “a motivação é simplesmente a direcção e a
intensidade do esforço individual” Motivação

(Sage, 1977)

Activação Direcção
ƒ “a motivação pode-se definir como a totalidade dos
factores que determinam a actualização de formas
de comportamento dirigido a um determinado
objectivo”
(Samulski, 1990)
Intensidade Persistência Intenção Orientação meta

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Motivação Direcção do esforço:

ƒ “ é caracterizada por um processo activo,


ƒ Tem a ver com o facto de um
intencional e dirigido a uma meta, o qual depende
indivíduo procurar, aproximar-se
da interacção de factores pessoais (intrínsecos) e
ou sentir-se atraído por
de factores ambientais (extrínsecos)”
determinadas situações

(Samulski, 1990)

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Intensidade do esforço: Relação direcção-intensidade do


esforço:

ƒ Conceitos distintos mas relacionados


ƒ Tem a ver com a quantidade de esforço que
o indivíduo coloca para realizar uma
situação particular Ex: Atletas que chegam frequentemente atrasados
aos treinos ou que faltam com frequência, têm
uma maior tendência a exibir baixos níveis de
intensidade de esforço quando se encontram a
treinar

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O que motiva as pessoas? Orientação centrada no traço
(participantes)

Motivação - Três orientações gerais: ƒ A motivação é função das características individuais

ƒ Orientação centrada no traço ƒ Personalidade e os objectivos individuais do aluno,


ƒ Orientação centrada no estado atleta ou praticante são determinantes primários do
ƒ Orientação interaccional comportamento motivado

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Orientação centrada no traço Orientação centrada no estado


(participantes) (situação)

ƒ Atitudes pessoais com que predispõem os atletas


ƒ O nível de motivação é determinado
para o sucesso e para elevados níveis de motivação
primariamente pela situação
ou para o insucesso e para baixos níveis de
motivação (ex: “o espírito de vencedor” e o
“espírito de derrotado”) ƒ Porque encontramos indivíduos motivados para
participarem numa “peladinha” entre amigos MAS
não se encontram motivados para a competição?
ƒ Ignorar a influência do envolvimento na motivação
é algo irreal pelo que os psicólogos do desporto não
utilizam esta abordagem na prática profissional

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Orientação centrada no estado Orientação interaccional


(situação)/

ƒ A motivação é amplamente entendida no âmbito


ƒ Muitas vezes apesar da situação de competição ser
muito negativa (o último classificado jogar em casa da psicologia do desporto, numa perspectiva
interaccional envolvendo o participante por
do primeiro), porquê os atletas se mantém
altamente motivados? situação

ƒ A motivação não resulta apenas de factores


ƒ A orientação centrado no estado não é também a
associados aos participantes (personalidade
abordagem mais correcta para compreender e
necessidades, interesses e objectivos) nem resulta
intervir no desenvolvimento da motivação para a
apenas dos factores situacionais (estilo do
prática desportiva
treinador, rendimento da equipa, envolvimento
competitivo)
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Orientação interaccional
Compreender a motivação é analisar o modo como estes dois
conjuntos de factores interagem

Factores pessoais Factores situacionais Factores que influenciam a


motivação?
• Necessidades Interacção • Estilo de liderança
• Interesses participantes • Rendimento da equipa
•Objectivos por (record vitórias-derrotas)
• Personalidade situação • Facilidade de atracção

Motivação
do
FCDEF-UC participante FCDEF-UC

Traço e estado motivam as pessoas Motivos múltiplos de participação

ƒ Um baixo nível de motivação está associado a ƒ Compreender o porquê das pessoas participarem na
causas pessoais mas também a razões situacionais prática desportiva
ƒ Os atletas participam por mais de uma razão
ƒ Não vamos apenas centrar a nossa atenção apenas ƒ A existência de competição entre os motivos
numa dos grupos de motivos, considerar sempre a (conflitos de interesse)
sua interacção
ƒ Os atletas apresentam motivos individuais e
motivos comuns (partilhados por outros)
ƒ No entanto é mais fácil ao treinador/professor/ ƒ Os motivos variam com o tempo
instrutor proceder a alterações no envolvimento do
que nas características pessoais do indivíduo

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Motivos de participação (Portugal) Motivos de abandono (Portugal)

„ Motivos para a abandono da prática desportiva e da


„ Motivos para a prática desportiva e para a competição competição

[+] [+]
„ Gostar de fazer desporto/exercício „ Ter outras coisas para fazer
„ Gostar do espirito de equipa
„ Razões profissionais

[-]
[-]
„ Querer ter estatuto /ser reconhecido
„ Ênfase exagerada na vitória
„ Gostar de me sentir importante
„ Razões de ordem familiar

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Alterar o envolvimento para aumentar a Os lideres influenciam a motivação
motivação

COMO? ƒ A utilização de lideres ou de modelos, (professores,


treinadores outros atletas) exercem influência
Utilizando os conhecimentos relativos aos sobre a melhoria da motivação
participantes para alterar o envolvimento
– dê resposta às necessidades específicas
ƒ Ex: O caso do Figo junto dos miúdos duma escola
de futebol
USE
ƒ Competição ou recreação
ƒ Esta influência pode ser indirecta, no entanto
ƒ Proporcione oportunidades múltiplas poderá dar um importante reforço positivo ao
ƒ Integre os indivíduos nos grupos grupo

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Uso da modificação de comportamento para


alterar motivos de participação indesejados

ƒ Modificar o envolvimento e utilizar estratégias de


modificação comportamental para alterar eventuais
motivos de participação inapropriados Processo motivacional
e os sentimentos de controlo
ƒ Ex: Algo tem de ser feito em termos de modificação
do envolvimento e alteração do comportamento, (locus de controlo e motivação intrínseca)
quando os motivos que levam um jovem atletas a
participar na pratica desportiva se prendem com
agressões ou violência fortuita para com os
adversários ou para comos árbitros em situação de
competição
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Qual o papel das percepções de controlo e Os processos de motivação intrínseca têm


das expectativas individuais na utilizado a noção de controlo percepcionado
para ajudar a compreender e explicar as
modelação dos comportamentos face à variações verificadas ao nível da motivação e ao
prática desportiva? nível dos comportamentos

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Constructos psicológicos centrados no
Locus de controlo (LOC) (Rotter, 1954)
controlo:

Uma abordagem à teoria da personalidade segundo a


qual se pensava que as crenças gerais se
ƒ Auto-eficácia ** desenvolviam a partir das expectativas baseadas em
ƒ Locus de controlo reforços anteriores e a partir do valor atribuído a
ƒ Motivação intrínseca esses reforços, constituindo uma abordagem
ƒ Atribuições expectativa-valor para a motivação

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Resultados do LOC
Equaciona até que ponto o reforço
percepcionado está sob o seu próprio ƒ Praticantes versus não praticantes
controlo, ou é controlado por outros, ou
ainda é mera obrado acaso (sorte) Diferenças pequenas mas significativas, os praticantes
de desporto apresentam um nível de controlo mais
Controlo interno versus controlo externo do interno do que os não praticantes ou do que os
desistentes dos programas de prática de actividade
reforço
física, e estes também apresentam um nível de
controlo mais interno do que o grupo de controlo.

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Resultados do LOC Motivação intrínseca

ƒ Das experiências do dia-a-dia preferimos ou estamos


mais motivados para situações nas quais existe uma
Foram encontradas relações significativas entre atitude hipótese de escolha, controlo e auto-determinação.
e exercício e entre envolvimento (participação) e Pelo contrário, preferimos não ser controlados ou
pressionados
exercício sugerindo que o exercício relaciona-se
positivamente com a atitude e inversamente com as
ƒ As relações entre percepções de controlo e
crenças nas influências do envolvimento, ao nível do comportamento motivado são fundamentais para a
controlo sobre a participação no exercício. motivação intrínseca

ƒ É a chave para manter o indivíduo envolvido na


actividade

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Motivação intrínseca Motivação extrínseca
ƒ É a motivação para fazer algo por sua própria
iniciativa ou vontade, na ausência de recompensas ƒ Refere-se à motivação decorrente de prémios,
externas (extrínsecas) dinheiro e pressão de factores externos

ƒ Envolve, gozo, divertimento e satisfação (actividades ƒ Se os prémios e a pressão externa fossem removidos,
recreacionais ou hobbies) está livre de prémios a motivação decresceria (desapareceria) na ausência
(dinheiro, prémios ou prestígio) e está desprovida de de qualquer interesse intrínseco
qualquer constrangimento ou pressão

ƒ O comportamento intrinsecamente motivado está


associado a sentimentos de auto-controlo e de
autodeterminação habitualmente designados por
AUTONOMIA
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Desenvolvimento da motivação

„ Teoria das auto-percepções e sua relação com a


Eu sou capaz! prática desportiva

„ Competências percepcionadas no domínio físico

Motivação através de sentimentos „ Teoria da auto-eficácia (SET – Self-Efficacy Theory)


de competência e confiança

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Autoestima e autoconceito físico


Teorias da motivação
(Fox & Corbin, 1989)

„ Autopercepções um papel central


Autoestima
„ Baseada em constructos como a auto-eficácia, as global
Autopercepções de valorização e de competência em 0,5 – 0,7
termos motivacionais, e ainda a percepções de sucesso
associadas ao estabelecimento de objectivos Auto valori-
zação física

Competência Atracção Condição


Força
desportiva corporal física

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Autoestima e autoconceito físico Abordagens à motivação para a prática
Versão Portuguesa do Physical Self-Perception Profile
desportiva
(Fonseca & Fox, 2002, Ferreira & Fox, 2002, 2003, 2004)

Autoestima
global
„ Teoria da competência motivacional
???
Auto valori-
zação física
„ Aquisição de objectivos e definição de
competências

Condição
Confiança Física Força
física

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Auto percepções e teoria da competência Auto percepções e teoria da competência


motivacional (Harter, 1978, 1984) motivacional
„ Os indivíduos estão motivados em domínios em que
„ Conceptualização multidimensional da competência possam demonstrar a sua competência,
em domínios específicos: escolástico e atlético especialmente se tiverem sentimentos
intrinsecamente orientados nessa área e
percepcionem um locus de controlo interno.
„ Domínios mais diferenciados com a idade

„ Elevados níveis de competência física percepcionada


„ Autopercepções de competência associadas à
estariam associados a maiores probabilidade de
orientação motivacional e às percepções de controlo envolvimento em prática desportiva.

„ Desenvolvimento de instrumentos de medida no „ Esta relação existe mas não e tão forte por influencia
domínio da competência
de outras variáveis

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Percepções de competência Competência e sucesso: Teoria do


estabelecimento de objectivos
„ PSPP – Physical Self-Perception Profile (Fox & Corbin,
1989) – 30 itens
- Sport - Body
- Condition - Strength „ Muito utilizada no âmbito desportivo e no
âmbito do estudo da actividade física em
„ PSDQ – Physical Self-Description Questionnaire crianças
(Marsh, et al., 1994) – 70 itens
- AC académico
- AC não académico
- AC físico
- AC social

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Fundamentos da teoria do estabelecimento de Motivação e competência: Teoria da auto-
objectivos - A motivação adquire-se de três formas: eficácia (SET)
Motivação orientada para o Ego (capacidades) – o „ Baseada nas percepções de auto-eficácia ao nível da
objectivo do comportamento é maximizar a pratica desportiva
probabilidade subjectiva de se atribuir uma elevada
capacidade a nós próprios (ego-goal orientation)
„ As percepções são um constructo de mais baixo nível de
especificidade, por isso as percepções traduzem o nível
„ Motivação orientada para a tarefa – o objectivo mais preciso e mais real de competência no desempenho
primordial é produzir um adequado produto ou resolver
um problema, em vez de demonstrar capacidades (task- de determinada modalidade ou actividade no domínio
goal orientation) físico, sendo mais facilmente influenciadas pelas
interacções do envolvimento
„ Motivação orientada para a aprovação social –
demonstração de conformidade com as normas em vez „ Respostas comportamentais influenciam a autoeficacia e
de demonstração de talento superior a autoestima
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Motivação e competência: Teoria da auto-eficácia


(SET)

Autoestima

Competência Aceitação Pausa para café !


física física

Auto-eficácia
física
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Sumário:
ƒ 1ª Parte
- Características psicológicas dos intervenientes
- Motivação dos participantes
- Motivação através de sentimentos de
2ª Parte competência e confiança

ƒ 2ª Parte
- Compreendendo os ambientes de prática
desportiva
- Qual o contributo efectivo da psicologia do
desporto?
- Qual o papel do treinador?
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Definição de competição e cooperação

Compreendendo os ambientes ƒ Competição – é uma situação na qual recompensas


são atribuídas de modo desigual entre os
de prática desportiva participantes. Os objectivos dos participantes estão
interdependentes de um modo negativo, se um
alcança o objectivo o outro não o pode alcançar.

Como é que as características ƒ Cooperação – é uma situação na qual os objectivos


psicológicas de um indivíduo dos participantes são mutuamente interdependentes,
influenciam o seu comportamento i.e., cada pessoa depende da outra para alcançar o seu
objectivo.
em contextos de prática (Deutsh, 1949)
desportiva?
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Competição e cooperação Competição e cooperação

ƒ As situações puramente competitivas ou puramente Modelo evolução social para uma abordagem à
cooperativas são raras, no entanto: competição (Martens, 1975)

- Desportos individuais – associados a situações ƒ Este modelo destina-se ao estudo específico da


predominantemente competitivas, envolvendo um competição em ambientes de prática desportiva
comportamento individual direccionado para o
objectivo que é a vitória ƒ Parte do pressuposto que existem muitas
influências sociais que têm impacto no
comportamento competitivo face à prática
- Desportos colectivos – mais associados a situações de
cooperação, envolvendo comportamentos direcciona- desportiva
dos para um esforço cooperativo de todos os ƒ A compreensão destas influências ajuda-nos a
envolvidos de modo a que se possa alcançar um estruturar o envolvimento da actividade de
objectivo comum, a vitória. No entanto, numa equipa forma a maximizar o desenvolvimento pessoal
os jogadores podem igualmente competir entre eles do participante.
pela titularidade ou por mais tempo de jogo
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Competição como um processo O processo competitivo


ƒ A competição é mais do que um simples evento, é um
processo que compreende quatro etapas:
ƒ Situação competitiva objectiva Situação
ƒ Situação competitiva subjectiva competitiva
objectiva
ƒ Respostas
ƒ Consequências Atitudes Características da personalidade

Situação
ƒ O processo competitivo será vivênciado de modo diferente por Consequências competitiva
diferentes indivíduos subjectiva
ƒ O indivíduo está no centro do processo e pode influenciar o Motivos Capacidades
relacionamento entre as diferentes etapas
ƒ Características pessoais: experiências anteriores, capacidades,
motivação e atitudes são exemplos de factores que poderão Respostas
influenciar as respostas individuais face à competição

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Etapa 2 - Situação competitiva subjectiva
Etapa 1 - Situação competitiva objectiva
ƒ Inclui a forma como cada um percepciona, aceita e
ƒ Inclui uma comparação standard com pelo menos outra avalia a situação objectiva de competição
pessoa ƒ As experiências anteriores e os atributos desempenham
ƒ Esta comparação pode ser relativa ao nível de um papel fundamental
performance individual, pode ser relativa ao nível ideal ƒ Factores como as capacidades percepcionadas, a
de performance ou pode envolver o nível individual de motivação, a importância da situação competitiva, os
performance de outrem adversários poderão influenciar a avaliação subjectiva do
ƒ Aquilo que distingue uma situação competitiva de outras envolvimento competitivo
situações de comparação é a existência de um critério de ƒ Pessoas com um elevado grau de competitividade
comparação conhecido pela pessoa responsável pela tendem a procurar situações competitivas e a estarem
avaliação da performance (exemplo da corrida 5Km-15min) mais motivadas para alcançar os objectivos quando
comparadas com pessoas com níveis mais baixos de
ƒ O facto de existir outra pessoa a conhecer o objectivo permite que os competitividade.
parâmetros exactos em que ocorre a competição fiquem bem ƒ O traço de competitividade não é preditor do modo como
definidos
cada um responderá em situação de competição
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Grau de competitividade Etapa 3 - Respostas


Sport Orientation Questionnaire (SOQ) Gill & Deeter (1988)
ƒ Neste modelo do processo competitivo, após a pessoa
ƒ Permitiu identificar 3 tipos de orientações competitivas,
ou seja, 3 produtos subjectivos de uma situação de avaliar a situação decide enfrentá-la ou evitá-la
competição: Decide não competir
ƒ Competitividade – orientação direccionada para a diversão
através da competição e do desejo de obter sucesso em
ambientes de prática desportiva Não há resposta
ƒ Orientação para a vitória – centra-se na comparação ƒ A resposta pode ocorrer ao nível comportamental,
interpessoal e no desejo de ganhar em competição. É mais fisiológico ou psicológico
importante vencer os adversários do que melhorar a
performance pessoal Que tipo de adversário quero?
ƒ Orientação para o objectivo – centra-se nos valores de • FC aumenta Factores internos / externos • melhor – evoluir
performance individual. O objectivo é melhorar a • motivação, confiança e • pior – vencer
• FR aumenta
performance individual, não ganhar a competição, a vitória • Sudação aumenta capacidades percepcionadas • mesmo nível - desafio
vem por acréscimo • Mãos frias e húmidas • Instalações, tempo, adversários

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Etapa 4 - Consequências Utilização do modelo de Martens

ƒ Envolve a comparação entre a resposta do atleta e a ƒ Útil para demonstrar o modo como a competição pode
resposta standard ser influenciada ao longo das diferentes etapas
ƒ As consequências podem ser positivas (associadas ao
sucesso) ou negativas (associadas ao insucesso) ƒ Na situação objectiva de competição o indivíduo compete
ƒ A percepção que o atleta tem das consequências é mais sempre contra um valor standard de excelência, o qual
importante que o resultado das respostas (o produto pode centrar-se apenas no facto de se bater o adversário,
final, objectivo) Ex: Eu posso perder um jogo e sentir-me ou pode traduzir-se simplesmente numa melhoria da
satisfeito uma vez que tive um óptimo desempenho face performance individual
a um adversário de valia muito superior à minha
ƒ Os sentimentos de sucesso e de insucesso não ocorrem
isoladamente, eles têm um efeito de feedback,
influenciando o processo e afectando eventos
competitivos subsequentes
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Utilização do modelo de Martens
ƒ A competição não é boa nem má, é simplesmente um
ƒ Na situação subjectiva de competição o treinador pode processo e a qualidade da liderança determina,
manipular a situação, fazendo sentir a importância da grandemente, se essa experiência é positiva ou negativa
competição, a presença de pais ou de amigos na para o praticante
assistência pode aumentar os níveis de pressão e de
ansiedade do atleta, o treinador pode apelar ao espírito
cooperativo da sua equipa para vencer a partida, ƒ A competição põe a descoberto o melhor e o pior que há
encorajando os atletas a apoiarem-se e a motivarem-se em nós
uns aos outros
ƒ Por vezes a necessidade extrema de vencer, decorrente
ƒ Treinadores, pais e dirigentes deveriam conhecer o modo da competição leva alguns atletas a recorrerem a meios
como podem ajudar os seus atletas a percepcionar o
sucesso em ambientes de prática desportiva. A ilícitos
competição é um processo social apreendido e não inato,
muito influenciado pelo envolvimento social

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A psicologia do desporto envolve o


Qual o papel da psicologia do estudo científico das pessoas e dos seus
desporto no desporto (de comportamentos no desporto e a
aplicação prática desses conhecimentos
alto rendimento)?
(Gill, 1979)

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Será que a psicologia do desporto (e o


psicólogo do desporto) podem Não … e sim !
realmente ajudar a alcançar os
objectivos pré-estabelecidos?

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Para que isto aconteça:
Ao nível da alta competição, o papel do
É necessário que atleta e treinador considerem
psicólogo do desporto é procurar compreender
importante e acreditem que a preparação e o
e ajudar os atletas de elite a alcançarem o seu
acompanhamento psicológico e mental do atleta
pico de performance, a satisfação pessoal e o
são facilitadores para alcançar mais facilmente o
seu desenvolvimento individual através da
pico de performance (e os objectivos pré-
prática do desporto
estabelecidos)

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Caso contrário … não existe campo de Qual o papel do treinador?


intervenção para o psicólogo do desporto
(psicologia do desporto)

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Quanto mais soubermos sobre a autoestima


Principal força
motivadora „ Melhor poderemos compreender e ajudar os
nossos atletas:
Autoestima
„ Na gestão das suas emoções

„ Nas estratégias que utilizam dentro e fora do


Procurar formas de nos sentirmos
Tentar evitar situações em que nos campo
possamos sentir inúteis ou
bem connosco próprios
com insucesso
O que é a autoestima e a autoconfiança?
Decréscimo da (auto) confiança

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Autoestima Autoconfiança Atletas com autoestima elevada (high achievers)
„ Confiáveis, seguros, sólidos, estáveis
„ É a nossa avaliação „ Sentimento de estar à „ Autoconfiantes mas discretos, determinados e
pessoal relativamente altura para responder criativos
ao nosso próprio valor às exigências impostas „ Sem medo de assumir os desafios ou o risco calculado
pela situação que está a „ Aprendem com o insucesso e encaram-no como algo
vivênciar positivo
„ Aceitam e compreendem tanto as suas virtudes como
Advém de sentimentos as suas limitações
É algo que pode afectar o modo associados à
como cada um encara a vida capacidade percepcionada de „ Podem nem sequer ser os melhores jogadores, mas
em geral, e a sua confiança na desempenhar uma tarefa têm características que o treinador aprecia
prática de uma determinada com sucesso
modalidade em particular É muito importante criar condições para o desenvolvimento
Depende muito da situação da autoestima

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Prática desportiva e desenvolvimento da


Atletas com autoestima baixa (low achievers) autoestima

„ Não confiáveis, inseguros e imprevisíveis „ Os jovens atletas necessitam de sentir duas coisas
„ Muito calados ou radiantes e fúteis para desenvolver um forte sentimento face a si
próprios:
„ Mais conservadores, gostam de jogar pelo seguro e
menos predispostos a arriscar e a tentar mudar as
coisas quando é mesmo necessário
„ Evitam o risco ou preferem aceitar desafios muito „ Sentirem-se capazes e competentes
elevados, nos quais têm poucas probabilidades de
alcançar sucesso
„ Evitam o insucesso a todo o custo
„ Sentirem que pertencem a um grupo, que
„ Humor variável e frequentemente reactivos são aceites e importantes para as pessoas
que os rodeiam

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Adolescentes Adolescentes
„ Período crítico – modelação de uma identidade „ Têm dificuldade em ultrapassar comentários
sólida
negativos
„ Rápidas mudanças morfológicas e ao nível da
sexualidade emergente „ Tendem a criticar os companheiros de modo a
elevarem-se a eles próprios
„ Problemas ao nível da confiança – a autoestima „ Tendem a concentrar os seus pensamentos em
é tradicionalmente baixa no início da situações de insucesso esquecendo as de sucesso
adolescência
(pessimistas quanto às suas capacidades)
„ Pode ser um processo traumático, o jovem
saltita de modalidade em modalidade à procura „ Sentem dificuldade em aceitar que “fazem parte
de “algo que valha a pena” da equipa” porque não se vêem como meritórios
contribuidores para o êxito da equipa
„ É neste período que os treinadores começam a „ Nunca se empenham de um modo máximal
aumentar as exigências face aos atletas pelo que
requerem grande quantidade de feedbacks Principais preocupações do treinador:
positivos - Convencer o jovem de que é aceite como um membro da equipa e que a equipa
conta com ele e necessita dele
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Bons treinadores Os atletas

„ Respeitam e apreciam “o ser-se jovem” „ Reagem de forma diferenciada mas ilógica à pressão
„ As reacções visão a satisfação das suas necessidades,
„ Comunicam com respeito e de forma sentimentos (sentir bem, sentir-se bem com os
positiva amigos)
„ Fazem os atletas sentir-se responsáveis „ Impressionar o treinador não é prioritário
pelos resultados alcançados „ A procura de níveis ajustados de autoestima e
“pertencer a um grupo” explicam na maioria das
„ Encorajam o insucesso e o risco vezes as suas decisões e atitudes
„ Transmitem aos atletas que estes são tão
importantes para eles quanto as suas
performances
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Bons treinadores

No mundo do desporto profissional muitos potenciais


bons atletas se perderão pelo caminho por
„ Respeitam e apreciam “o ser-se jovem”
incapacidade de ajustamento ao mundo dos adultos „ Comunicam com respeito e de forma
positiva
O papel do treinador é ajudar o atleta a superar esta „ Fazem os atletas sentir-se responsáveis
incapacidade momentânea de se relacionar com o
mundo dos adultos
pelos resultados alcançados
„ Encorajam o insucesso e o risco
„ Transmitem aos atletas que estes são tão
importantes para eles quanto as suas
performances

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Os atletas

„ Todo o atleta sabe quando comete um erro grave „ Qualquer demonstração séria de discordância quanto
„ Todo o atleta reage bem à crítica construtiva à performance apresentada por um atleta deve ser
feita em privado
„ Nenhum atleta se sente confortável após uma
repreensão em público ... e dando sempre a possibilidade
„ Nenhum jovem gosta de ser “humilhado em público”, ao atleta de poder responder às críticas
isso tem implicações sérias em termos do seu
rendimento futuro

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Bons treinadores Os atletas

A autoestima não se constrói apenas com


„ Respeitam e apreciam “o ser-se jovem” „

sentimentos de competência e de sucesso, mas


„ Comunicam com respeito e de forma também com sentimentos de responsabilidade pelos
positiva resultados alcançados
„ Fazem os atletas sentir-se responsáveis
pelos resultados alcançados „ Não é o “eu fiz” que é mais importante mas sim o “eu
fiz” que origina sentimentos positivos entre os jovens
„ Encorajam o insucesso e o risco
„ Transmitem aos atletas que estes são tão
importantes para eles quanto as suas
performances

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Bons treinadores

„ Bons treinadores encorajam os seus atletas a aferir o


seu nível de evolução e estão sempre prontos para „ Respeitam e apreciam “o ser-se jovem”
entregar o ónus dessa evolução a esses atletas „ Comunicam com respeito e de forma
positiva
Os atletas jovens necessitam de sentir que
„
„ Fazem os atletas sentir-se responsáveis
conquistaram sucesso e que esse sucesso é merecido
pelos resultados alcançados
„ Encorajam o insucesso e o risco
„ Transmitem aos atletas que estes são tão
importantes para eles quanto as suas
performances
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Os atletas

„ A forma mais fácil de distinguir os high achievers „ Bons treinadores encorajam os seus atletas a
dos low achievers é ver a forma como ambos cometerem erros e a arriscarem, ensinando-os de
reagem ao insucesso seguida a reagir a esses erros de um modo positivo,
isto é,

Low achievers – medo do insucesso, evitar o insucesso a


todo o custo ... a aprenderem com o erro cometido !

High achievers – aprendem com o insucesso e têm a


percepção que ele os tornou mais fortes

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Bons treinadores Os atletas

„ Respeitam e apreciam “o ser-se jovem”


„ A qualidade da relação treinador atleta é muito
„ Comunicam com respeito e de forma importante para fomentar a atitude de
positiva autovalorização por parte do atleta

„ Fazem os atletas sentir-se responsáveis


... O mais importante para o atleta jovem é o
pelos resultados alcançados “sentimento de apoio incondicional” do seu
„ Encorajam o insucesso e o risco treinador
„ Transmitem aos atletas que estes são tão
importantes para eles quanto as suas
performances
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O processo competitivo
Ansiedade
Os melhores treinadores são aqueles que através da
gestão da sua relação são capazes de transmitir ao Situação Traço
atleta que se preocupam com ele como indivíduo e competitiva
que ele faz parte do grupo (equipa), objectiva
independentemente do nível de performance Atitudes Características da personalidade
demonstrado
Situação
Consequências competitiva
subjectiva
Motivos Capacidades

Tomadas de decisão Autoestima


Respostas
Autoconfiança
FCDEF-UC FCDEF-UC Ansiedade Estado

Gaspar, P.M., Ferreira, J.P., & Ruiz Pérez, L.M. (in press). Tomadas de decisão
no desporto: O seu ensino em jovens atletas. Aceite na Revista Mackenzie de
Educação Física e Esporte. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo.

Gaspar, J.P., Miranda, N., Ferreira, J.P., & Ruiz Pérez, L.M. (in press).
Habilidades psicológicas em atletas de hóquei em patins: Um estudo
exploratório com atletas da primeira divisão. Aceite na Revista da Federação
Portuguesa de Patinagem.

Ferreira, J.P., & Gaspar, P.M. (2005). A importância da Autoestima e da


Autoconfiança no contexto da preparação desportiva: O contributo do treinador
no desenvolvimento da identidade do jovem atleta. Revista Treino Desportivo.

Obrigado!
Ferreira, J.P., Gaspar, P.M., & Ruiz Peres, L.M. (in press). Ansiedade e
performance:
Compreensão do fenómeno e sugestões para jovens atletas. In M.J. Coelho e
Silva (Ed.) Treino desportivo de jovens atletas. IDP.

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FACULDADE DE CIÊNCIAS DO DESPORTO E EDUCAÇÃO FÍSICA

pedroferreira@fcdef.uc.pt

Universidade de Coimbra

Portugal

Tel: (00351)239 802770 Fax: (00351)239 802779

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