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CÓDIGO DE ÉTICA DOS REVISORES OFICIAIS DE

CONTAS
(2011)

Aprovado em Assembleia Geral Extraordinária de 29/09/2011


com o
Parecer favorável do CNSA de 20/09/2011

Gabriel Correia Alves


CÓDIGO DE ÉTICA DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS
(2011)
ESTRUTURA

Preâmbulo
Capítulo 1 – Âmbito de aplicação
Capítulo 2 – Princípios fundamentais
Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas
Capítulo 4 – Independência
Capítulo 5 – Documentação
Capítulo 6 – Disposições finais
Anexo 1 – Exemplos de circunstâncias que podem criar ameaças
Anexo 2 – Exemplos de salvaguardas
Gabriel Correia Alves
CÓDIGO DE ÉTICA DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS
(2011)
Capítulo 1 - Âmbito de Aplicação

- Todos os profissionais inscritos na OROC


- Todos os colaboradores de ROC ou SROC, incluindo membros
estagiários
- Sócios não revisores

A forma de exercício e a natureza jurídica da sociedade é


irrelevante

Utilização generalizada das expressões “auditor” e “auditores”


Gabriel Correia Alves
CÓDIGO DE ÉTICA DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS
(2011)
Capítulo 2 - Princípios Fundamentais

Secção 1 - Introdução

Princípios:
• Integridade (correção/honestidade)
• Objetividade (sem ambiguidades, conflitos de
interesses, influências indevidas)
• Competência e zelo profissional
• Confidencialidade
• Comportamento profissional
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais
Secção 2 - Estrutura concetual
Tem por objetivo:
• Identificar ameaças ao cumprimento dos princípios
fundamentais
• Avaliar a importância das ameaças identificadas
• Aplicar as salvaguardas necessárias
Se as ameaças não puderem ser eliminadas ou reduzidas a um
nível aceitável o auditor deve recusar ou descontinuar o
trabalho ou, quando necessário, renunciar ao mandato.
Se necessário deve consultar a OROC.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais
Secção 3 - Resolução de um conflito ético
Fatores que podem ser relevantes para a resolução:
- relevância dos factos;
- aspetos éticos envolvidos;
- princípios fundamentais relacionados com a questão;
- procedimentos internos estabelecidos;
- medidas alternativas
Devem ser determinadas as ações a adotar;
Quando estiver em causa um conflito com uma entidade ou numa
entidade deve ser avaliada a consulta aos órgãos de governação.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais

Secção 3 - Resolução de um conflito ético

Se o conflito não puder ser resolvido o auditor pode considerar


a obtenção de aconselhamento profissional junto da OROC;

O auditor não deve ficar associado à matéria que cria o conflito,


devendo avaliar se deve afastar-se da equipa, do trabalho ou
mesmo da firma.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais
Secção 4 - Integridade
(Correção, honestidade, conduta pessoal e profissional idónea
e responsável)
Um auditor não deve ficar conscientemente associado a relatórios,
declarações, comunicações ou outra informação quando acreditar que
existem informações falsas ou materialmente erróneas, informações ou
declarações produzidas de forma descuidada ou omissões relevantes
suscetíveis de induzir em erro.

Não há violação quando o relatório for modificado

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais

Secção 5 - Objetividade
(O julgamento profissional não pode ser comprometido por preconceitos, conflitos de
interesse, influência indevida de outrem)
O auditor deve determinar se existem ameaças, avaliar a importância das
ameaças identificadas e aplicar salvaguardas.
Exemplos de salvaguardas:
- Sair da equipa de trabalho;
- Aplicar procedimentos de supervisão;
- Terminar o relacionamento financeiro ou comercial que dá origem à
ameaça;
- Discutir a questão com os responsáveis superiores;
- Discutir a questão com os encarregados da governação dos clientes.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais

Secção 6 - Competência e zelo profissional

O auditor deve manter conhecimentos e competências profissionais no


nível exigido e atuar com diligência de acordo com as normas técnicas e
profissionais aplicáveis.

A diligência abrange a responsabilidade para agir de acordo com os


requisitos de um trabalho de forma cuidada, completa e em tempo útil.

A formação profissional contínua aplica-se a todos os técnicos de


auditoria . O trabalho deve ser supervisionado.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais

Secção 7 - Confidencialidade

Este princípio impõe a obrigação do auditor se abster de:


- divulgar informação confidencial recolhida em resultado de
relações profissionais, a menos que esteja autorizado por
escrito pela entidade a que respeite a informação ou exista
um direito ou um dever legal ou profissional de divulgar;
- De usar a informação para vantagem pessoal ou de terceiros

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais

Confidencialidade

Atenção à divulgação inadvertida!

O dever de confidencialidade aplica-se a todos os


colaboradores. E mantém-se para além da cessação de funções.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 2 - Princípios Fundamentais

Secção 8 - Comportamento profissional

Obrigação de cumprir as leis e regulamentos e evitar qualquer


situação que contribua para o descrédito da profissão.

Comportamento profissional irrepreensível – ser honesto,


verdadeiro, não pôr em causa o bom nome da profissão

Tratar com respeito clientes, colegas e organismos profissionais.


Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas
Secção 1 - Introdução

Categorias de ameaças
- de interesse pessoal
- de auto - revisão
- de representação
- de familiaridade
- de intimidação
Categorias de salvaguardas
- criadas pela profissão, legislação ou regulação
- estabelecidas no contexto do trabalho
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 2 - Nomeação profissional


- Aceitação do cliente
Actividades ilegais? Desonestidade? Práticas
questionáveis de relato financeiro/políticas
contabilísticas agressivas?
Contratos reduzidos a escrito

- Aceitação do trabalho
Competência para o executar? Envolvimento de
peritos?
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 2 - Nomeação profissional


- Designação de novo auditor
Razões da mudança?
Num processo de substituição, por termo do mandato ou por
cessação antecipada, o novo auditor deve contactar por escrito o
auditor substituído, devendo este responder no prazo de 8 dias. O
auditor substituto deve comunicar à OROC.

Não deve ser aceite o compromisso de auditoria se a recusa


do auditor anterior se deve a motivos justificados de ordem
profissional.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 2 - Nomeação profissional

Substituição de um auditor efetivo pelo auditor suplente.

Não é permitida a subcontratação de qualquer tarefa


abrangida no âmbito das competências exclusivas dos auditores que
possam constituir derrogação ou condicionante dos princípios
fundamentais.

Sendo permitida a subcontratação as partes estão obrigadas à


celebração de contrato escrito.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 3 – Conflitos de interesses

O auditor deve adoptar medidas que permitam identificar as


circunstâncias que possam dar lugar a conflito de interesses.
Tais circunstâncias podem dar criar ameaças.

Antes de aceitar ou continuar um relacionamento profissional


com um cliente ou um trabalho específico o auditor deve
avaliar a importância de quaisquer ameaças criadas por
interesses ou relacionamentos com o cliente ou um terceiro.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 3 – Conflitos de interesses

Possíveis salvaguardas face às circunstâncias do conflito:


- notificar o cliente do interesse ou atividades da firma que
possam representar um conflito de interesses, e obter o seu
consentimento para atuar em tais circunstâncias;

- notificar, com igual objetivo, todas as entidades relevantes


conhecidas de que o auditor está a atuar para outras entidades em
matérias em que pode existir conflito e obter consentimento;

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 3 – Conflitos de interesses

Possíveis salvaguardas face às circunstâncias do conflito:


- notificar o cliente de que o auditor não trabalha em
exclusivo para um só cliente na prestação dos serviços propostos
e obter o seu consentimento para assim atuar.

Quando um conflito de interesses constituir uma ameaça a um ou


mais princípios fundamentais que não possa ser eliminada ou
reduzida o auditor não deve aceitar o trabalho ou deve sair do
compromisso.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 3 – Conflitos de interesses

Quando for recusado o consentimento solicitado pelo auditor, este deve


deixar de atuar numa das entidades relativamente à matéria geradora do
conflito em causa.

Existe conflito de interesses sempre que um auditor exerça funções de


interesse público e simultaneamente mantenha vinculo laboral com
organismos ou entidades públicas em que exerça funções de inspeção,
fiscalização tributária ou de supervisão pública. O auditor deve, assim,
suspender o exercício de funções junto da OROC.
(Ver novo Estatuto da Ordem, artigos 71º e 89º)
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas
Secção 4 – Honorários e outras formas de remuneração
Os honorários devem ser apropriados face à dimensão e
complexidade do trabalho.

O problema dos honorários excessivamente baixos.

Não são permitidos honorários em espécie, honorários


contingentes ou variáveis em função do resultado do trabalho.

Ver novo Estatuto da Ordem, artigos 58º e 59º)


Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 4 – Honorários e outras formas de remuneração

Não é permitir receber de terceiros ou de colegas honorários


ou comissões por ter referenciado um cliente. Do mesmo modo
também não é possível pagar pela angariação de um cliente.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 5 – Publicidade de serviços profissionais

Um auditor pode divulgar a sua atividade profissional de forma


objetiva e verdadeira, desde que respeite os deveres
deontológicos, de confidencialidade e das normas legais sobre
publicidade e concorrência.

A procura de novos trabalhos através de anúncios ou de outras


formas de publicidade pode conduzir à existência de ameaças.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 5 – Publicidade de serviços profissionais


A reputação da profissão não ser posta em causa na
publicitação de serviços. Não deve exagerar na apresentação
nem fazer referências depreciativas em relação ao trabalho de
outros.
No caso de dúvidas sobre se é apropriada uma determinada
forma de publicitar o auditor deve aconselhar-se com a OROC
(Ver novo Estatuto da Ordem, artigo 83º)

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 3 – Ameaças e salvaguardas

Secção 6 – Ofertas

Podem criar ameaças. Aspetos a considerar: natureza; valor;


intenção da oferta.
A importância de quaisquer ameaças deve ser avaliada. Se não
puderem ser reduzidas o auditor não deve aceitar as ofertas.
Aplica-se a toda a equipa de auditoria.
(Ver artigo 71º, nº8, do novo Estatuto da OROC)

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência

Secção 1 – Introdução

A importância da independência em trabalhos de interesse


público.

Independência da mente e independência na aparência

(ver artigo 71º do novo Estatuto da OROC)

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência

Secção 2 – Interesses financeiros

Podem criar ameaças de interesse pessoal. A existência e


significado da ameaça dependem da função da pessoa que
detém o interesse, do facto do interesse ser directo ou
indirecto e da sua materialidade.
Não é possível qualquer membro da equipa de auditoria, um
membro íntimo da família ou a firma ter um interesse
financeiro significativo no cliente ou numa entidade que o
controle. Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência

Secção 2 – Interesses financeiros

As possíveis salvaguardas passam por retirar o profissional da


equipa de auditoria ou/e , se for o caso, o familiar íntimo
alienar o interesse financeiro.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência

Secção 3 – Empréstimos e garantias

Podem constituir uma ameaça à independência. Se o


empréstimo ou garantia (de um banco ou instituição similar)
for concedido segundo procedimentos ou condições fora dos
normais (de mercado) dificilmente existirão adequadas
salvaguardas. O empréstimo não deve ser aceite.
Em condições normais de mercado considera-se que não há
ameaça. O mesmo se aceita relativamente a situações de
depósitos ou aplicações financeiras.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência

Secção 4 – Relacionamentos empresariais


Incluem:
- interesse financeiro num empreendimento;
- acordos de venda/comercialização conjunta de
serviços e/ou produtos com um cliente;
Não existem, em princípio, adequadas salvaguardas, pelo que o
relacionamento não deve ser iniciado. Tratando-se de um
membro da equipa o mesmo deve ser substituído.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência

Secção 4 – Relacionamentos empresariais

A compra de bens e serviços a um cliente pela firma, por um


membro da equipa de trabalho ou por um familiar íntimo não
constitui, em princípio, qualquer ameaça significativa, se a
transacção for feita no âmbito da actividade normal e nas
condições correntes de mercado.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência

Secção 5 – Relações familiares e pessoais

As relações familiares e pessoais de qualquer membro da equipa de


auditoria e um quadro superior ou qualquer elemento chave do cliente
podem criar ameaças de interesse pessoal, familiaridade ou intimidação.

São criadas ameaças à independência quando existe um capacidade de


exercer influência significativa sobre a posição financeira, desempenho
financeiro e fluxos de caixa do cliente e sobre a preparação das DF sobre as
quais se vai emitir opinião;

Avaliação das ameaças e salvaguardas.


Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 6 – Quadro de um cliente em que foi auditor

Possíveis ameaças de familiaridade ou intimidação no caso de


um administrador ou quadro superior com capacidade de
exercer influência significativa sobre a preparação dos registos
contabilísticos ou das DF do cliente sobre as quais a firma vai
expressar uma opinião tiver sido membro da equipa de
auditoria ou sócio da firma (a independência está
comprometida).
(Ver artigo 72º do novo Estatuto da OROC)
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência

Secção 6 – Quadro de um cliente em que foi auditor

É criada uma ameaça de interesse pessoal quando um membro da


equipa de trabalho entra num processo de admissão/contratação por
parte do cliente . A firma deve ser notificada desse facto.
É criada uma ameaça de intimidação quando um ex-sócio ou ex-
administrador da firma for contratado por uma EIP para o
desempenho de funções de administração, gestão ou outras de
carácter relevante, incluindo a preparação dos registos contabilísticos
ou das DF . A independência considera-se comprometida a menos
que tenham passado três anos após a saída da firma.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência

Secção 7 – Auditor que foi quadro de um cliente

Podem ser criadas ameaças de interesse pessoal, auto revisão


ou familiaridade se um membro da equipa de trabalho tiver
sido administrador, gerente, quadro superior ou trabalhador do
cliente.
Face à impossibilidade de existirem adequadas salvaguardas tal
profissional não deve integrar a equipa de trabalho.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência

Secção 8 – Associação prolongada de profissionais com cargos de maior responsabilidade


(incluindo rotação de sócios) com um cliente de auditoria

Disposições gerais
Ameaças de familiaridade e interesse pessoal
A importância das ameaças depende de circunstâncias, tais como: duração do
período de intervenção do profissional; função; estrutura da firma; natureza do
trabalho de auditoria; eventual mudança da equipa de gestão do cliente; eventual
mudança da natureza ou complexidade dos assuntos de contabilidade e de relato do
cliente.

Possíveis salvaguardas: Rotação; Revisão do trabalho por quem não tenha


integrado a equipa de trabalho; Controlos regulares da qualidade do trabalho;

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência
Secção 8 – Associação prolongada de profissionais com
cargos de maior responsabilidade (incluindo rotação de
sócios) com um cliente de auditoria
Entidades de interesse público
Rotação obrigatória do sócio responsável
(7 anos; 2 anos afastado, pelo menos ; 7 anos,
Etc..)
A rotação é recomendada a outros a outros sócios que
possam ter associação prolongada com uma EIP.
(Comparar com artigo 54º do novo Estatuto da OROC)
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência

Secção 8 – Associação prolongada de profissionais com


cargos de maior responsabilidade (incluindo rotação de
sócios) com um cliente de auditoria
Entidades de interesse público
Se um cliente se tornar uma EIP o período já decorrido
é tomado em conta para efeitos da rotação;

A rotação pode não constituir uma salvaguarda


adequada no caso de firmas de pequena dimensão.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de outros serviços a clientes de
auditoria

Disposições gerais
- Serviços tradicionalmente prestados;
- Ameaças de auto - revisão, interesse pessoal e
representação ;
- Cuidados a ter antes da aceitação de um trabalho de
auditoria;
(Comparar com artigo 77º, nº 8 do novo Estatuto da OROC)
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Disposições gerais
Outros serviços podem ser prestados às seguintes entidades,
que não sejam clientes de auditoria, mas estejam relacionadas
com um cliente de auditoria:
- Com controlo directo ou indirecto sobre o cliente;
- Com influência significativa no cliente;
- Sob controlo comum com o cliente de auditoria;
Se for razoável concluir que os serviços não criam uma ameaça
de auto - revisão ou quaisquer ameaças podem ser eliminadas
ou reduzidas.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Preparação de registos contabilísticos e DF
Ameaça de auto – revisão
Actividades que fazem parte do processo normal de
auditoria (ajustamentos e reclassificações)
É expressamente proibida a prestação simultânea ao mesmo
cliente de serviços de auditoria e de quaisquer serviços de
contabilidade, incluindo serviços de processamento de salários, ou
de preparação de DF sobre as quais o auditor vai expressar uma
opinião, ainda que tais serviços sejam prestados, directa ou
indirectamente, por entidades que integrem a rede, associação ou
aliança. Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Preparação de registos contabilísticos e DF

Nas entidades que não sejam EIP podem ser prestados a título
excepcional, temporário e devidamente fundamentado,
assistência ou aconselhamento técnico ao cliente em matérias
contabilísticas quando for impraticável encontrar uma
alternativa e sejam aplicadas salvaguardas adequadas.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Avaliações
Ameaça de auto – revisão. A existência e a importância da ameaça
dependem de circunstâncias, tais como:
- efeito da avaliação (material?);
- envolvimento do cliente no processo de avaliação;
- metodologias já estabelecidas e orientações
profissionais;
- grau de subjectividade inerente ao item avaliado;
- fiabilidade e extensão dos dados;
- grau de dependência de acontecimentos futuros;
- Extensão e clareza das
Gabriel divulgações
Correia Alves nas DF.
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Avaliações
Deve ser avaliada a importância de qualquer ameaça identificada e aplicar as
salvaguardas apropriadas.
Equipas diferentes para diferentes trabalhos
Adequada revisão dos trabalhos
O serviço de avaliação num cliente de auditoria não deve ser aceite se existir um
efeito material nas DF e a avaliação envolver um grau significativo de
subjetividade .

Numa EIP a avaliação, em simultâneo com serviços de auditoria, é proibida se


os montantes do activo ou do passivo a avaliar forem materialmente relevantes
e a avaliação envolver um elevado grau de subjetividade. (ver nº 8 do artigo 77º
do novo Estatuto da OROC)
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria

Consultoria Fiscal

• Preparação de declarações fiscais e cálculo de impostos

• Planeamento fiscal e outros serviços

• Assistência na resolução de conflitos de natureza fiscal

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Consultoria Fiscal - Preparação de declarações fiscais e cálculo de
impostos
As declarações fiscais baseiam-se principalmente em informação
histórica e envolvem a análise e apresentação de tal informação segundo
a lei fiscal existente; em princípio não existem ameaças à independência
desde que a gestão assuma a responsabilidade pelas declarações.
Já o cálculo de impostos, correntes e diferidos, cria ameaça de auto –
revisão. Nas EIP o auditor não pode preparar tais cálculos com a
finalidade de preparar lançamentos contabilísticos se o efeito nas DF for
materialmente relevante.
(Comparar com o n.º 8 do Artigo 77º do novo Estatuto da OROC)
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria

Consultoria Fiscal – Planeamento fiscal e outros serviços


Dada a abrangência dos serviços e a possibilidade do
aconselhamento afectar matérias com reflexo directo nas DF
pode ser criada uma ameaça de auto – revisão.
Noutras circunstâncias a eficácia do tratamento fiscal proposto
pode depender de uma opção contabilística.
Nestas circunstâncias não existem salvaguardas apropriadas
pelo que uma firma não deve prestar tal aconselhamento a um
cliente de auditoria. Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria

Consultoria Fiscal – Assistência na resolução de conflitos de


natureza fiscal
Pode ser criada uma ameaça de representação ou de auto –
revisão quando a firma representa um cliente de auditoria na
resolução de um conflito fiscal logo que as autoridades fiscais
tenham notificado o cliente de que rejeitaram os seus
argumentos numa dada questão e a autoridade fiscal ou o
cliente intenta uma acção formal.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Consultoria Fiscal – Assistência na resolução de conflitos de
natureza fiscal
A existência e a importância de qualquer ameaça dependem de
circunstâncias como:
- O aconselhamento ter sido prestado pela firma;
- Efeito do desfecho nas DF;
- Extensão até à qual a matéria é suportada por lei,
regulamento fiscal ou outra fonte;
- Condução das acções em público e papel da gerência na
resolução do conflito.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Consultoria Fiscal – Assistência na resolução de conflitos de
natureza fiscal
Salvaguardas:
- Técnicos não envolvidos na equipa de auditoria;
- Revisão dos trabalhos;
- Esclarecimento prévio ou aconselhamento das autoridades fiscais.
Quando está em causa a atuação como representante do cliente em
Tribunal e as quantias em causa sejam materiais, o auditor não deve
aceitar este serviço, face ao significado das ameaças e à inexistência
de salvaguardas.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Auditoria interna
As atividades de AI podem incluir:
- monitorização do controlo interno;
- exame da informação financeira e operacional;
- revisão da economia, eficiência e eficácia (value for money)
- revisão do cumprimento de leis, regulamentos e outros
requisitos externos;
- revisão das políticas e diretivas da gerência e outros
requisitos internos.
Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Auditoria interna
A prestação de serviços de AI a um cliente de auditoria cria
uma ameaça de auto – revisão se a firma usar o trabalho da AI
na execução do trabalho.
A prestação de serviços de AI potencia a possibilidade dos
profissionais da firma assumirem responsabilidades de gestão.
Estas responsabilidades são incompatíveis pelo que não
podem ser aceites.

Gabriel Correia Alves


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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Auditoria interna
Para evitar assumir responsabilidades de gestão a firma apenas
deve prestar serviços de AI se tiver condições de assegurar que
no cliente é designado um responsável ao mais alto nível pelas
atividades de AI e pelo CI e que existe um comprometimento
da gerência e dos encarregados da governação em tudo o que
estiver relacionado com a AI.

A prestação de tais serviços exige a existência de aplicação de


salvaguardas adequadas.Gabriel Correia Alves
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Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Auditoria interna

No caso de EIP o auditor não deve prestar serviços de AI que se


relacionem com uma parte significativa dos CI, com sistemas
contabilísticos que geram informação relevante para as DF e
com quantias ou divulgações materialmente relevantes para as
DF sobre as quais a firma vai expressar uma opinião.
(Comparar com nº 8 do artigo 77º do novo Estatuto da OROC)

Gabriel Correia Alves


CÓDIGO DE ÉTICA DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS
(2011)
Capítulo 4 – Independência
Secção 9 – Prestação de out. serviços a clientes de auditoria
Sistemas de tecnologia de informação

Apoio a litígios

Recrutamento de pessoal

Consultoria em finanças empresariais

Gabriel Correia Alves


CÓDIGO DE ÉTICA DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS
(2011)
Capítulo 4 – Independência
Secção 10 – Honorários
Total de honorários de um cliente representa uma grande
proporção dos honorários da firma

Total de honorários de um cliente representam uma grande


proporção do rédito dos clientes de um sócio da firma ou de
um escritório da firma.
% definida quando estão em causa EIP: 15%.
(ver artigo 77º do novo Estatuto da OROC, nº 1 a 7)
O problema dos honorários devidos por um cliente.
Gabriel Correia Alves
CÓDIGO DE ÉTICA DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS
(2011)

Capítulo 4 – Independência
Secção 11 – Litígios reais ou potenciais

Da firma ou de qualquer elemento da equipa com o cliente

Ameaça de interesse pessoal e de intimidação

Salvaguardas

Gabriel Correia Alves


CÓDIGO DE ÉTICA DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS
(2011)
Capítulo 5 – Documentação

Relacionada com o cumprimento das disposições contidas no


Código de Ética.

Capítulo 6 Disposições finais

Entrada em vigor: 1 de Janeiro de 2012.

Gabriel Correia Alves

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