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As origens do Estado
Maquiavel (séc XVI) = difusão do termo “Estado”
O Príncipe (1532): defende a centralização do poder
político.
Estado-Nação surge a partir do século XVI. Está
presente em todas as formas ocidentais de governo.
Nação “Um povo que vive sob um único governo
central, suficientemente forte para manter sua
independência diante de outras potências”.
Nação, portanto, está indissociavelmente ligada a
Estado.
O nome da coisa
Estado nome novo para coisa nova: o Estado
moderno.
Coisa nova segundo a definição weberiana: “a
presença de um aparato administrativo com a função
de prover à prestação de serviços públicos e o
[reivindicado] monopólio legítimo da força”.
Violência legítima:
Transgressões pontuais da ordem;
Questões mais amplas, ameaçadoras da autoridade
estatal – guerra.
O Feudalismo
Feudalismo ruralidade / autarquização
econômica
Lei Feudal costume e tradição
Rompimento Sistema Feudal
progressiva centralização do poder
Instância territorial mais ampla, que compreende
o âmbito completo das relações políticas
O rompimento
Primeiro – Estado Absolutista
Mundo moderno interdependência econômica
Surgimento do Estado moderno =
racionalização da gestão do poder e da própria
organização política, imposta pela evolução das
condições históricas materiais (interdependência
econômica)
Centralização / especialização administrativa
Centralização do Poder
Inglaterra rompimento com o papado foi
fundamental para efetivar a centralização, necessária ao
comércio.
Estado Absolutista
Absorção das unidades políticas menores e fracas.
Governo supremo sobre um território e sua população.
Ordem legal efetiva sobre esses território e população.
Soberania única.
Pequeno número de Estados que competiam entre si.
Soberania e Ordem
Soberania supremacia dentro do território e
reconhecimento disto por outros Estados.
“É necessário ver que a humanidade e a justiça somente
são possíveis numa sociedade onde alguma autoridade
central possa conseguir obediência. Se o poder de uma
autoridade estabelecida se abala com uma força rival,
depara-se sempre com a desordem e a anarquia” (R.H.S.
Crossman).
Ordem a violência do Estado se justifica para mantê-
la.
Características do Estado Moderno
Introdução do exército permanente.
Centralização do poder administrativo.
Formalização das relações entre os Estados mediante
o desenvolvimento da diplomacia e das instituições
diplomáticas desenvolvimento do sistema inter-
estatal .
Criação de novos mecanismos para elaboração e
execução de leis = regimes e formas de governo.
Alteração e extensão dos poderes fiscais do Estado.
Moeda própria.
Estado x poder
“Estado” e “política” têm em comum = referência ao
fenômeno do poder.
Análise do Estado = análise dos poderes que
competem ao soberano.
Poder do governante sobre os governados
“O uso da força física é condição necessária para a
definição do poder político, mas não condição
suficiente” (Bobbio, p.80).
Não é o direito de usar a força, mas a exclusividade
deste direito sobre um determinado território.
Direito
Para o direito, o Estado tem sido definido a partir de 3
elementos constitutivos:
Povo
Território
Soberania
Estado = “ordenamento jurídico destinado a exercer o
poder soberano sobre um determinado território, ao
qual estão necessariamente subordinados os sujeitos a
ele pertencentes” (Mortati, 1969 apud Bobbio, p.94).
Governo x Estado
Formas de governo = Monarquia e República
Formas de Estado = feudal, absoluto, representativo
Estado absoluto: processo paralelo de concentração e
centralização do poder num determinado território.
Estado representativo:
baseado na ideia de consenso
Representação de indivíduos singulares (e não
corporações ou categorias)
Reconhecimento da igualdade natural entre os homens
= direitos do homem.
Hobbes e o uso da força
Exclusividade do uso da força como característica do
poder político = tema hobbesiano por excelência.
Passagem do estado de natureza para o Estado =
passagem da condição na qual cada um usa da força
indiscriminadamente contra todos os demais para uma
situação na qual o direito de usar a força cabe apenas
ao soberano. Contrato social.
Em nome do que? Paz, segurança.
O Leviatã (1651): uso da força para garantir a ordem /
poder absoluto justificável;
Estado Liberal
Século XVIII
Foi uma reação ao Estado Absolutista
Pregou a defesa da liberdade política e econômica
Dissociação entre Estado e economia, que deveria ser
regulada pelo próprio mercado avanço do
capitalismo;
Locke (pai do liberalismo): critica o absolutismo, defende
o liberalismo. Devem existir limites ao poder do soberano.
Parlamento deve controlar o Executivo.
Defesa da propriedade como fonte de legitimação do
Estado moderno. Dois tratados sobre o governo (1689)
Estado Liberal
Weber: Estado como “entidade política, com uma
‘Constituição’ racionalmente redigida, um Direito
racionalmente ordenado, e uma administração
orientada por regras racionais, as leis, e administrado
por funcionários especializados” (Florenzano,
2007,p.71).