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Morro da Providência
O fim dos Cortiços
No final do século XIX, mais de 2000 casas foram derrubadas no centro do Rio de Janeiro.
E tudo com a prerrogativa de fazer uma reurbanização, saneamento básico e civilizar o centro da cidade
maravilhosa. Na verdade, foi uma dizimação completa da população miserável, que teve que subir o
morro e habitar a primeira favela.
Na época, o maior cortiço do centro carioca se chamava Cabeça de Porco. Nele, houve a
maior chacina por parte do estado para a reurbanização do Rio de Janeiro. O governo queria construir
um túnel que ligava o centro a orla carioca. Foi a destruição desse cortiço que inspirou Aloizio de
Azevedo a escrever a sua obra, O Cortiço, que retrata com maestria o comportamento dos moradores
destas comunidades “pré-favela”.
A História da primeira Favela
Dois fatores históricos importantes contribuíram para as primeiras ocupações na região: o
grande número de soldados vitoriosos da Guerra de Canudos, que desembarcaram no Rio sem moradia, e
a grande concentração de negros que lotavam a cidade após a abolição da escravatura. Com a lei do
ventre livre em 1871, a cidade do Rio se encheu de ex-escravos em busca de trabalho. Nessa época
começam a surgir uma grande quantidade de cortiços na região Central, que até então era considerada
área nobre da cidade.
O morro da Providência se tornou o local ideal para abrigar as famílias de baixa renda.
Cercado de um lado por uma pedreira, fábricas e pelas linhas da Estrada de Ferro Central do Brasil, e
tendo do outro um cemitério de protestantes e a região portuária, os terrenos estavam, então, bem
desvalorizados e livres.
As quatro maiores favelas do Brasil
Considerando todo o território nacional, existem no país hoje 13.151 favelas, nas quais
estão contidos mais de cinco milhões de domicílios, distribuídas em um total de 743 municípios, de
acordo com o IBGE. As quatro maiores favelas brasileiras, de acordo com o total de domicílios, e a sua
respectiva localização, estão listadas abaixo. Os dados são do IBGE.