A sociologia estuda os fenómenos sociais, isto é, as

interacções que se desenvolvem

entre os indivíduos na sociedade; sociedade essa que
influencia as decisões dos
indivíduos de forma coerciva.

“A Sociologia trata apenas de

questões colectivas e nunca
individuais”
 A sociologia é uma forma específica e
cientificamente fundada de conhecimento
sobre o mundo e a realidade social.

A perspectiva sociológica é uma forma própria de

ler a realidade social e incide particularmente sobre
as sociedades contemporâneas.

A sociologia é um código de entendimento, de

interpretação, de tentativa de explicação e de
compreensão da modernidade.
Resumindo as primeiras linhas da Sociologia
 IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA:

A sociologia implica uma

forma de “ler” a realidade
social, indissociável de um
trabalho de curiosidade
sociológica.
Wright Mils, propõe mesmo a expressão,
amplamente citada, de imaginação sociológica: uma
procura constante de cruzamento entre as biografias,
isto é, as histórias de vida individuais e as
circunstâncias em que elas se desenrolam
(económicas, políticas, sociais e culturais).
O objecto da sociologia e de todas as ciências sociais é
o estudo da realidade social, ou seja, o conjunto de
fenómenos que se produzem e reproduzem no interior
da sociedade – fenómenos sociais é com efeito, o
objecto real sobre o qual se debruçam as várias ciências
sociais

Características da Realidade Social

una , indivisível e complexa, pois não pode ser dividida
em compartimentos separados.
Pelo contrário, a realidade social constitui uma unidade
indivisível e complexa, cuja análise pode ser efectuada
segundo perspectivas disciplinares diferentes.
 O conceito de fenómeno social total surgiu com
Marcel Mauss em 1920, quando ele utilizou esta
designação para fazer perceber que os comportamentos e
experiências sociais eram complexos e pluridimensionais.
Ele rejeitou a ideia até aí vigente, de que as várias ciências
sociais estudariam um conjunto de fenómenos
perfeitamente distintos e absolutamente separados de
quaisquer outros.

Os fenómenos sociais resultam da interacção não só

entre os homens, mas também entre o homem e a natureza.
Por isso, nenhum fenómeno pode ser explicado
isoladamente, separado dos que o rodeiam e aos quais está
ligado – “o todo não pode ser reduzido à soma das partes”,
até porque são conjuntos de elementos interdependentes.
 Deste modo, em qualquer fenómeno social existe
unidade, complexidade e totalidade e os diferentes
conhecimentos não se podem desligar uns dos outros,
como se fossem domínios estanques e sem qualquer
relação entre si.

Em resumo, só é possível compreender totalmente os

fenómenos sociais dentro de uma totalidade
(característica inerente ao próprio conceito), que só é
conseguida com o recurso à análise efectuada por
diversas ciências sociais e com o posterior intercâmbio de
informações e conhecimentos (acção conjugada entre
elas), pois os fenómenos sociais são um todo, só que
plurifacetado.
 Economia – alterações
Desempreg no mercado de trabalho e
a sua influência na
o procura de bens e serviços

Demografia – avaliar
o volume de pessoas que
atinge e a sua distribuição
regional

História – estabelecer
ciclos e especificidade
temporal
Interdependência das Ciências Sociais – Como a realidade
social é muito complexa, ela é constituída por múltiplos
aspectos que não são mais do que diferentes aspectos de uma
só realidade e que não existem à margem uns dos outros, logo
eles interferem uns nos outros (são, portanto,
interdependentes).

As diversas Ciências Sociais possuem o mesmo objecto de

estudo: a realidade social, e, por isso, a distinção entre elas
deriva dos diferentes códigos de leitura do concreto, pois cada
uma analisa a realidade segundo o seu prisma e o seu ponto
de vista.
Assim, cada ciência fornece-nos uma visão parcial e
incompleta da realidade, cuja complexidade não se esgota
numa única explicação (complementaridade das Ciências
Sociais).
Em conclusão, a distinção entre as diferentes
Ciências Sociais está na configuração das
suas matrizes, nas interrogações que
formulam, nos problemas que trabalham, nos
conceitos e teorias que constroem e nos
métodos e técnicas que accionam (objecto
científico), ou seja, encaram a realidade
social de uma forma diferenciada e têm
objectivos de análise diferentes.
 A INTERDISCIPLINARIDADE COMO ATITUDE
METODOLÓGICA

É uma atitude metodológica que procura integrar o

contributo de várias ciências sociais, no sentido de
encontrar uma explicação e um entendimento mais
profundo da realidade social.
Assim, reconhecida a interdependência entre as várias
Ciências Sociais, a complementaridade de perspectivas e o
intercâmbio de saberes e conhecimento científicos a
interdisciplinaridade torna-se um processo indispensável.
 SOCIEDADE. Estrutura formada pelos grupos
principais, ligados entre si, considerados como
uma unidade e participando todos de uma
cultura comum (Ficher).
SANÇÕES. A palavra "sanções" tem duplo sentido. Em
primeiro lugar, e de uso mais comum, "aplicar sanções"
significa aplicar penalidades por determinadas condutas
que violem disposições legais, regulamentos, usos ou
costumes, ou criar restrições e proibições que cerceiam a
liberdade de conduta. Num segundo sentido, entendeu-se
por "sanção" qualquer forma de aprovação de um acto ou
forma de conduta determinados, ou a aprovação com que
se ratifica a validez de algum acto, uso ou costume.
CIVILIZAÇÂO. Grau de cultura bastante avançado no
qual se desenvolvem bem as Artes e as Ciências, assim
como a vida política (Winick). Características
essenciais da civilização: as hierarquias sociais
internas, a especialização, as cidades e as grandes
populações, o crescimento das matemáticas e a
escrita (Childo).
•CULTURA. Forma comum e aprendida da
vida, que compartilham os membros de uma
sociedade, e que consta da totalidade dos
instrumentos, técnicas, instituições, atitudes,
crenças, motivações e sistemas de valores que o
grupo conhece (Foster).