Você está na página 1de 79

FISIOLOGIA

PORTAL NEONATAL 2011©

RESPIRATÓRIA

1
PORTAL NEONATAL 2011©

FUNÇÕ ES DO PULMÃ O
BÁ SICAS:
Fornecer oxigênio (O2) ao sangue para abastecer
as células
Extrair o gá s carbô nico (CO2), produto do
metabolismo celular

SECUNDÁ RIAS:
Equilíbrio térmico e hidrossalino
Manutençã o do PH
Filtrar êmbolos
Fonaçã o
Angiotensina 1 – Angiotensina 2 (ECA)
2
PORTAL NEONATAL 2011©

3
PORTAL NEONATAL 2011©

FUNÇÕ ES DO PULMÃ O
RESPIRAÇÃ O:
Ventilaçã o
Difusã o
Perfusã o
Regulaçã o da Ventilaçã o

4
PORTAL NEONATAL 2011©

MECÂ NICA RESPIRATÓ RIA


O processo cíclico da respiraçã o envolve trabalho
mecâ nico por parte dos mú sculos respirató rios
A pressã o motriz do sistema respirató rio é gerada
pela contraçã o muscular durante a inspiraçã o
Para encher os pulmõ es e movimentar a caixa
torá cica é preciso vencer forças elá sticas e
resistivas com boa interaçã o entre pulmõ es e caixa
torá cica

5
PORTAL NEONATAL 2011©

MOVIMENTOS RESPIRATÓ RIOS


INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO

Esforço muscular Relaxamento da mm

Expansão do tórax Retração do tórax

Diminui Ppl Aumenta Ppl

Palv < Patm Palv > Patm

Entrada de ar Saída de ar
6
PORTAL NEONATAL 2011©

FORÇAS DE OPOSIÇÃ O À
INSUFLAÇÃ O PULMONAR
FORÇAS ELÁ STICAS
 Oposiçã o elá stica dos tecidos
 Complacência pulmonar
 Tensã o superficial

FORÇAS DE ATRITO
 Resistência viscosa tecidual
 Resistência das vias aéreas

7
PORTAL NEONATAL 2011©

Propriedades Elá sticas


A elasticidade é uma propriedade da matéria que permite
ao corpo retornar à sua forma original apó s ter sido
deformada por uma força
Os tecidos dos pulmõ es e cx torá cica sã o constituídos por
fibras elá sticas, cartilagens, cél. epiteliais, glâ ndulas,
nervos, vasos sanguíneos e linfá ticos que possuem
propriedades elá sticas
Quanto maior a pressã o gerada pelos mm respirató rios,
maior será o volume inspirado
Quando a força aplicada sobre o tecido cessa, ele retorna a
posiçã o inicial

8
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR


É a mudança de volume por unidade de alteraçã o
de pressã o

Complacência = Volume
Pressã o

Relação: variação do vol/unidade de pressão


(Cp ESTÁTICA NL adulto = 70 -100 ml/cmH2O)

9
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

10
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

Pulmão c/ BAIXA complacência = “pulmão duro”


= resistente à insuflação = necessita MAIORES
pressões p/ atingir igual volume - comparado
ao pulmão nl.
Ex: atelectasias, edema alveolar,
fibroses, SDRA, pneumonias graves ↓ volume
pulmonar total.
Pulmão c/ complacência muito elevada =pulmão
“flácido” - alterações dos tec. elásticos (trama
elástica) – menor capacidade de recolhimento
expiratório ↑ volume residual .
Ex: idosos e enfisematosos.

11
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

-10 0 10

Antes da manobra de recrutamento observa-se áreas colabadas, áreas com edema


e áreas hiperinsufladas,
12
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

a medida que se aumenta a pressão nas vias aéreas pode começar a ocorrer abertura
das áreas colabadas,
13
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

com melhora da distribuição da ventilação,


14
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

e melhor homogeneização da ventilação,


15
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

redução da porcentagem de áreas colapsadas,


16
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

de forma a ocorrer uma melhor distribuição do volume corrente.


17
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

Com o pulmão mais homogêneo evita-se a distribuição desigual do volume


corrente e a hiperexpansão das áreas não dependentes,
18
PORTAL NEONATAL 2011©

COMPLACÊ NCIA PULMONAR

bem como o fechamento das áreas dependentes na expiração,


desde que se mantenha um PEEP maior que o volume de fechamento destas áreas.
19
PORTAL NEONATAL 2011©

TENSÃ O SUPERFICIAL

O pulmã o contém milhõ es de alvéolos que sã o revestidos


por uma película fina de líquido. Essa interface gá s-líquido
produz forças de tensã o superficial
Tensã o superficial de um líquido resulta das forças
coesivas entre as suas moléculas o que permite que elas
sejam mantidas juntas
Moléculas com atividade de superfície exercem menor
força de atraçã o sobre outras moléculas, elas diluem as
moléculas do líquido e diminuem sua tensã o superficial -
surfactante

20
PORTAL NEONATAL 2011©

TENSÃ O SUPERFICIAL
Lei de Laplace:

Pressão = 4 X tensão superficial


raio
A tensão nas paredes será duas vezes
maior para um balão cujo raio seja duas
vezes maior.

SURFACTANTE
Mantém a estabilidade alveolar
Reduz esforço muscular para insuflar os pulmões

21
PORTAL NEONATAL 2011©

FORÇAS DE ATRITO
RESISTÊ NCIA VISCOSA DOS TECIDOS:
É a impedâ ncia do movimento causada pelo deslocamento
dos tecidos durante a ventilaçã o
Inclui os pulmõ es, a caixa torá cica, o diafragma e os ó rgã os
abdominais.
Responsável por somente cerca de 20% da resistência total
à insuflaçã o
Fatores como obesidade e fibrose pulmonar podem
aumentar essa resistência

22
PORTAL NEONATAL 2011©

FORÇAS DE ATRITO

RESISTÊ NCIA DAS VIAS AÉ REAS:


É a diferença das pressõ es (obtidas na boca menos a
pressã o intrapleural) dividida pelo fluxo
R = Pressão
Fluxo
Resistência normal no adulto = 2 - 4 cm H2O/l/seg
Depende do fluxo de ar no interior dos pulmõ es

Dificuldade da passagem do ar através de um tubo ( = vias aéreas).


23
PORTAL NEONATAL 2011©

FLUXO DE AR
PADRÕ ES DO FLUXO:
Laminar: As correntes do fluxo sã o paralelas. Ocorre em
bronquíolos terminais
Transicional: Com o aumento da taxa de fluxo, ocorre um
irregularidade (redemoinho), principalmente nas
ramificaçõ es
Turbulento: Taxas mais altas de fluxo provocam uma
desorganizaçã o completa da correnteza de ar. Ocorre na boca,
traqueia e brô nquios principais

24
PORTAL NEONATAL 2011©

FLUXO DE AR
A pressã o para produzir um certo fluxo varia diretamente
com o comprimento(l) do tubo e inversamente com a quarta
potência do raio
Lei de Poiseuille:

Portanto, se o comprimento do tubo é aumentado em duas


vezes, a pressã o também deve ser aumentada duas vezes para
manter o fluxo constante, mas se o raio do tubo diminui para
a metade, a pressã o deve aumentar 16 vezes para manter o
fluxo constante
P=Pressão de Impulsão.
R= Raio.
R=8nl/πr4
N=viscosidade.
L=comprimento. 25
PORTAL NEONATAL 2011©

FLUXO DE AR

A relatively large driving pressure is


required to sustain turbulent flow.
Driving pressure during turbulent flow
is in fact proportional to the square of
the flow rate such that to double the
flow rate one must quadruple the
driving pressure.
26
PORTAL NEONATAL 2011©

FLUXO DE AR

When flow is low velocity and through


narrow tubes, it tends to be more
orderly and streamlined and to flow in a
straight line. This type of flow is called
laminar flow. Unlike turbulent flow,
laminar flow is directly proportional to
the driving pressure, such that to
double the flow rate, one need only
double the driving pressure.

27
FLUXO DE AR
PORTAL NEONATAL 2011©

Air Flow
Air flow occurs only when there is a difference between pressures. Air will flow from a region of high
pressure to one of low pressure-- the bigger the difference, the faster the flow. Thus air flows in during
inspiration because the alveolar pressure is less than the pressure at the mouth; air flows out during
expiration because alveolar pressure exceeds the pressure at the mouth such that to double the flow
rate one must quadruple the driving pressure.
When air flows at higher velocities, especially through an airway with irregular walls, flow is generally
disorganized, even chaotic, and tends to form eddies. This is called turbulent flow, and is found mainly
in the largest airways, like the trachea.

During quiet breathing, laminar flow exists from the medium-sized bronchi down to the level of the
bronchioles. During exercise, when the air flow is more rapid, laminar flow may be confined to the
smallest airways.
Transitional flow, which has some of the characteristics of both laminar and turbulent flow, is found
between the two along the rest of the bronchial tree.
28
PORTAL NEONATAL 2011©

PONTO DE IGUAL PRESSÃ O: Ponto onde as


pressõ es intra e extra brô nquicas se igualam
durante a expiraçã o
CONSTANTE DE TEMPO: Indica com que velocidade
um alvéolo irá alterar o seu volume em funçã o de
uma dada mudança de pressã o
CT = Complacência X resistência
CT no adulto saudável = 0,3 seg

Tempo necessário para que ocorra um equilíbrio de pressões no


pulmão e não haja mais fluxo aéreo tanto na inspiração quanto
na expiração.

29
PORTAL NEONATAL 2011©

VENTILAÇÃO: INSPIRAÇÃO
FORÇAS AGONISTAS FORÇAS ANTAGONISTAS
Musculares Elá sticas
diafragma Elasticidade dos tecidos
Intercostais internos Tensã o superficial
Escaleno e
Esternocleido
Nã o elá sticas
Elá sticas Resistência ao fluxo
Elasticidade da caixa Resistência friccional
torá cica
30
PORTAL NEONATAL 2011©

VENTILAÇÃO: EXPIRAÇÃO
FORÇAS AGONISTAS FORÇAS ANTAGONISTAS
Elá sticas Nã o elá sticas
Elasticidade dos tecidos Resistência ao fluxo
Tensã o superficial Resistência friccional

Musculares Elá sticas


Intercostais internos Elasticidade da caixa
Mú sculos da parede torá cica
abdominal

31
PORTAL NEONATAL 2011©

32
PORTAL NEONATAL 2011©

VOLUMES PULMONARES no adulto

 VOLUME CORRENTE (VC): Volume de ar que os pulmõ es


movimentam durante uma respiraçã o em repouso (500 ml)
 VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓ RIO (VRI): Volume
má ximo de ar que pode ser inspirado além do volume
corrente (3000 ml)
 VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓ RIO (VRE): Volume
má ximo de ar expirado apó s uma expiraçã o normal (1000
ml)
 VOLUME RESIDUAL (VR): Volume de ar que permanece nos
pulmõ es apó s uma expiraçã o forçada (1200 ml)

33
PORTAL NEONATAL 2011©

CAPACIDADES PULMONARES no
adulto

CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT): É todo volume de ar


inspirado durante uma inspiraçã o má xima. É a soma dos
quatro volumes pulmonares. (5800 ml)
CAPACIDADE INSPIRATÓ RIA (CI): é a soma dos VC e VRI. É a
quantidade má xima de ar que pode ser respirada à partir do
nível expirató rio normal (3500 ml)
CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF): É a soma dos VRE
e VR. É a quantidade de ar que permanece nos pulmõ es no fim
da exp. normal. (2300 ml)
CAPACIDADE VITAL (CV): é o má ximo volume de ar expirado
apó s uma inspiraçã o má xima. É a soma dos VC, VRI e VRE
(4600 ml)

34
PORTAL NEONATAL 2011©

VOLUMES
PULMONARES

35
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

Volume corrente
(VT):
volume de ar inspirado e
expirado em cada ciclo
ventilatório normal.
(~500ml)

VT: “Tidal Volume”


36
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

Volume de reserva
inspiratória (VRI):
volume de ar que ainda pode
ser inspirado ao final da
inspiração do volume corrente
normal (~3.000ml)

Volume corrente
(VT):

37
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

Volume de reserva
inspiratória (VRI):

Volume corrente
(VT):

Volume de reserva
expiratória (VRE):
volume de ar que, por meio de
uma expiração forçada, ainda
pode ser exalado ao final da
expiração do volume corrente
normal
(~1.100ml) 38
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

Volume de reserva
inspiratória (VRI):

Volume corrente
(VT):

Volume de reserva
expiratória (VRE):

Volume residual (VR):


volume de ar que permanece nos
pulmões mesmo ao final da mais
vigorosa das expirações (~1.200ml).
Não pode ser medido por espirometria 39
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

VOLUMES
PULMONARES

CAPACIDADES
PULMONARES

40
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

Capacidade inspiratória
(CI): VT + VRI
Essa quantidade de ar é aquela
que uma pessoa pode inspirar,
partindo do nível expiratório basal
e enchendo ao máximo os
pulmões (~3.500ml).

41
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

Capacidade inspiratória
(CI): VT + VRI

Capacidade Residual Funcional (CRF):


VRE + VR
Essa quantidade de ar (~2.300ml) é a
que permanece nos pulmões ao final da
expiração normal. Não pode ser
calculada por espirometria

42
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

Capacidade inspiratória
(CI): VT + VRI

Capacidade Vital (CV):


VRI + VT + VRE
É a maior quantidade de ar que
uma pessoa pode expelir dos
pulmões após tê-los enchido ao
máximo e, em seguida, expirado
completamente (~4.600ml)

Capacidade Residual
Funcional (CRF):
VRE + VR

43
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

Capacidade inspiratória
(CI): VT + VRI

Capacidade Vital (CV):


VRI + VT + VRE

Capacidade Pulmonar
Total (CPT):
VRI + VT + VRE + RV
É o maior volume que os pulmões
podem alcançar (~5.800ml) ao
final do maior esforço inspiratório
possível.
Capacidade Residual
Funcional (CRF):
VRE + VR

44
http://www.abacon.com/plowman/respit.html
PORTAL NEONATAL 2011©

FACTORS AFFECTING VENTILATION

Ventilação pulmonar = volume corrente x frequência respiratória


VP = 500 ml/incursão resp. x 12 ciclos/minuto = 6,0 litros/minuto

45
http://www.owensboro.kctcs.edu/gcaplan/anat2/notes/Notes4%20Function%20of%20the%20Respiartory%20System.htm
PORTAL NEONATAL 2011©

VENTILAÇÃO PULMONAR
VOLUME MINUTO (VE): é o volume de ar que
respiramos em um minuto

VE = VC X FR

VENTILAÇÃ O ALVEOLAR (VA): é a quantidade de


ar inspirado que chega aos alvéolos a cada minuto.
Depende de três fatores – FR, VC e EM

46
PORTAL NEONATAL 2011©

VENTILAÇÃO ALVEOLAR
FREQUÊ NCIA RESPIRATÓ RIA (FR):
1 sem = 30 – 40 ipm
1 ano = 20 – 30 ipm
3-5 anos = 15 – 25 ipm
5-12 anos = 15 – 20 ipm
> 12 anos = 12 – 18 ipm

VOLUME CORRENTE (VC):


400 – 600ml

ESPAÇO MORTO: Volume de ar que entra nos pulmõ es e


nã o participa das trocas gasosas

47
PORTAL NEONATAL 2011©

ESPAÇO MORTO
ESPAÇO MORTO ANATÔ MICO (EMA): volume de ar que
ocupa as vias aéreas desde a boca e narinas até os
bronquíolos terminais

ESPAÇO MORTO ALVEOLAR (EMalv): volume de ar alveolar


que nã o participa das trocas gasosas (alvéolo ventilado e
nã o perfundido)

ESPAÇO MORTO FISIOLÓ GICO (EMf): é a soma do EM e


EMalv

48
PORTAL NEONATAL 2011©

49
PORTAL NEONATAL 2011©

VENTILAÇÃO ALVEOLAR
EFETIVA
É o volume de ar alveolar que realmente participa das
trocas gasosas na unidade de tempo

VAe = (VC – EMf) X FR

ventilaçã o alveolar = hipoventilaçã o


ventilaçã o alveolar = hiperventilaçã o

50
PORTAL NEONATAL 2011©

DIFERENÇAS REGIONAIS DA
VENTILAÇÃO
As regiõ es inferiores do pulmã o ventilam mais que as
superiores
A pressã o intrapleural é menos negativa na base do
pulmã o, devido ao peso do mesmo
A base tem maior alteraçã o de volume e menor volume de
repouso do que o á pice, portanto, ventila melhor.
A posiçã o do indivíduo altera a ventilaçã o. Ventila melhor
as regiõ es dependentes (inferiores)

51
PORTAL NEONATAL 2011©

52
PORTAL NEONATAL 2011©

DIFERENÇAS REGIONAIS DA
PERFUSÃO
A perfusã o é maior nas bases e decresce em
direçã o aos á pices

A postura também altera as á reas de perfusã o

53
PORTAL NEONATAL 2011©

54
PORTAL NEONATAL 2011©

DIFERENÇAS REGIONAIS DA
PERFUSÃO
ZONA I: zonas superiores do pulmã o, em que a perfusã o
capilar é diminuída em relaçã o à ventilaçã o devido a
pressã o alveolar ser maior que a capilar
ZONA II: a pressã o arterial é mais elevada do que a pressã o
alveolar, mas esta é maior do que a pressã o venosa.
ZONA III: regiõ es basais, onde a pressã o de perfusã o é maior
do que a pressã o alveolar e esta é menor do que a pressã o
venosa

55
PORTAL NEONATAL 2011©

ALTERAÇÕES V/Q

Shunt pulmonar: Quando há perfusã o e nã o há ventilaçã o


Efeito shunt: Predomínio da perfusã o sobre a ventilaçã o
Espaço morto: Quando há ventilaçã o alveolar e inexiste
perfusã o capilar
Efeito espaço morto: Predomínio da ventilaçã o sobre a
perfusã o

56
PORTAL NEONATAL 2011©

57
PORTAL NEONATAL 2011©

58
PORTAL NEONATAL 2011©

DIFUSÃO
Descrita pela lei de FicK:
A velocidade de transporte de um gá s através de uma
camada de tecido é proporcional à á rea do tecido e à
diferença na pressã o parcial do gá s entre os dois lados e
inversamente proporcional a espessura do tecido

Vgá s = A . D . (P1–P2) Vgá s = DL . (P1-P2)


E

A=á rea (50 a 100m2)


D=constante de difusã o – proporcional à solubilidade do gá s, mas inversamente
proporcional à raiz quadrada do seu peso molecular
E=espessura (0,5micron)
DL= capacidade de difusã o do pulmã o – inclui a á rea, a espessura e as
propriedades de difusã o da lâ mina e do gá s

59
PORTAL NEONATAL 2011©

60
PORTAL NEONATAL 2011©

ALTERAÇÕES DA DIFUSÃO
Diminuiçã o da á rea da membrana alvéolo-capilar (enfisema,
pneumectomias)
Alteraçõ es na estrutura acinar
 espessamento da cobertura alveolar
 espessamento do interstício
 espessamento da membrana capilar
Alteraçõ es da permeabilidade da membrana
Nú mero de eritró citos e conteú do de hemoglobina

61
PORTAL NEONATAL 2011©

62
PORTAL NEONATAL 2011©

TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
A quantidade de O2 transportado pelo sangue depende de:

Concentraçã o atmosférica de oxigênio


Eficá cia das trocas gasosas nos pulmõ es
Consumo de oxigênio
Oxigênio dissolvido no plasma
Oxigênio combinado à hemoglobina
Débito cardíaco

63
PORTAL NEONATAL 2011©

OXIGÊNIO DISSOLVIDO NO
PLAMA
Uma pequena porçã o de oxigênio permanece no plasma e é
transportado para os tecidos em soluçã o simples

Cada 100ml de plasma possui 0,3ml de O2 em uma PaO2


de100mmHg
Troca capilar (variáveis de oxigenação)
CaO2 =(Hb x SaO2 x 1,34) + (PaO2 x 0,0031)= 16-22 vol%
CvO2 =(Hb x SvO2 x 1,34) + (PvO2 x 0,0031)= 12-16 vol%
C(a-v)=CaO2 - CvO2 = 3-5 vol%
SvO2 = 60 – 80 % 64
PORTAL NEONATAL 2011©

OXIGÊNIO COMBINADO À
HEMOGLOBINA (Hb)
No repouso, mais de 95% do O2 é transportado em
associaçã o com a Hb (1/3 das hemá cias)
A proteína globina está conjugada com um composto ferro-
porfirina chamado heme que combina com O2, formando a
oxihemoglobina (HbO2)
Cada molécula de Hb, transporta no má ximo 4 moléculas
de O2
1g de HbO2 contém 1,34ml de oxigênio

65
PORTAL NEONATAL 2011©

66
PORTAL NEONATAL 2011©

67
PORTAL NEONATAL 2011©

DÉBITO CARDÍACO
Participa do transporte de O2 juntamente com a Hb. DC = 4-
7 l/min
Organismo possui reflexos que, estimulados em situaçõ es de
hipó xia ou aumento do consumo de O2 aumentam o DC para
suprir as necessidades celulares de O2
No exercício: consumo de O2, produçã o de CO2, liberaçã o
de calor, vasodilataçã o e perfusã o tissular. Através de
estímulos químicos e reflexos, haverá ventilaçã o, FC e DC.
A perfusã o pulmonar será mais uniforme e melhora os
distú rbios V/Q

Débito cardíaco
VS x FC = 4-7 L/min
68
PORTAL NEONATAL 2011©

69
PORTAL NEONATAL 2011©

CONTROLE DA VENTILAÇÃ O

Os três elementos bá sicos de controle da respiraçã o sã o:


SENSORES: coletam as informaçõ es
CONTROLE CENTRAL: coordena as informaçõ es e as envia
EFETORES: que realizam a ventilaçã o (mú sculos
respirató rios)

70
PORTAL NEONATAL 2011©

CONTROLE DA VENTILAÇÃO
CONTROLE CENTRAL
Ponte / bulbo

entrada saída

SENSORES EFETORES
Quimiorreceptores músculos
respiratórios
respiratórios

71
PORTAL NEONATAL 2011©

CONTROLE CENTRAL
TRONCO CEREBRAL: A natureza perió dica da
respiraçã o é controlada por neurô nios localizados
na ponte e bulbo

Três grupos principais de neurô nios sã o


reconhecidos:
 Centro respirató rio bulbar
 Centro apnêustico
 Centro pneumotá xico

72
PORTAL NEONATAL 2011©

CENTRO BULBAR
REGIÃ O DORSAL: responsável pela inspiraçã o. As células
desta regiã o sã o responsáveis pelo ritmo bá sico da
ventilaçã o. Geram grupos repetitivos de potencial de
açã o, que resultam em impulsos dirigidos aos mm
inspirató rios. Quando os potenciais de açã o cessam, o
tô nus cai até seu nível pré-inspirató rio
REGIÃ O VENTRAL: responsável pela expiraçã o

73
PORTAL NEONATAL 2011©

CENTRO APNÊUSTICO

Situado na porçã o inferior da ponte. Os impulsos desta


regiã o têm um efeito excitató rio sobre a á rea
inspirató ria do bulbo, tendendo a prolongar a rampa de
potencial de açã o

74
PORTAL NEONATAL 2011©

CENTRO PNEUMOTÁXICO

Situado na porçã o superior da ponte. Esta á rea inibi


a inspiraçã o, regulando assim o volume inspirató rio
e, secundariamente, a freqü ência respirató ria.

75
PORTAL NEONATAL 2011©

SENSORES

Um quimiorreceptor é um sensor que


responde a uma alteraçã o na composiçã o
química do sangue ou outro líquido à sua volta

76
PORTAL NEONATAL 2011©

QUIMIORRECEPTORES
CENTRAIS: PERIFÉRICOS
Situados pró ximo à superfície Situados na bifurcaçã o das
ventral do bulbo. Circundados artérias caró tidas comuns e
por líq extracelular cerebral e no arco aó rtico. Respondem a
respondem a alteraçõ es na diminuiçã o da PO2 arterial e
concentraçã o de H+ do PH e ao aumento da PCO2
arterial
H+ = estimula a ventilaçã o
H+ = inibe a ventilaçã o Hipoxemia = estimula a
ventilaçã o

77
PORTAL NEONATAL 2011©

RECEPTORES PULMONARES
DE DISTENSÃ O IRRITANTES
Localizam-se no interior da Localizam-se entre as células
musculatura lisa das vias epiteliais das vias aéreas
aéreas. Sã o estimulados por gases
Disparam em resposta a nocivos, fumaça de cigarro e ar
distensã o pulmonar, impede frio
excesso de insuflaçã o pulmonar Os impulsos caminham pelo
Chamado de reflexo Hering- nervo vago
Brewer Os efeitos reflexos incluem
Ativados quando o VC > broncoespasmo e taquipnéia
1,5litros

78
PORTAL NEONATAL 2011©

79

Você também pode gostar