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Hormonioterapia adjuvante na pré

menopausa

Quando indicar supressão ovariana?

Mariane Carbonaro – Oncologia Clínica


Em pacientes que necessitam de QT e recuperam a função ovariana, a SO deve ser fortemente
considerada. (IA)

IA deve ser considerado em pacientes de alto risco, com SO mandatória, com controle
bioquímico dos níveis de estrogênio. (IA)

O papel da SO em pacientes <35 que não necessitam de QT não é claro, mas devido a piores
desfechos, sugere-se SO. (IIIA)

SO durante QT protege a função ovariana mas não deve ser a único método de preservação de
fertilidade. (IA)
SO deve ser indicada para pacientes de alto risco
• II/ III que recebem QT
• I/II com risco maior de recorrência, que podem receber QT

Não deve ser indicada no estadio I sem QT ou N0 < 1 cm


Ann Oncol 31:674, 2020
x5a

N = 4690

Text e Soft
Soft FUP 8a
E-SO
T-SO
T

< 35 anos/ 350 pacientes/ 94% QT


T - 67.7%
T-SO 78.9%
E-SO 83.4%
• FUP 13 anos – E + SO quando comparado a T + SO demonstra redução sustentada do risco de
recorrência e mortalidade, mais consistente em pacientes HER neg e naqueles de alto risco (QT
adjuvante / G3/ < 35 anos/ > 2 cm). Nenhum benefício de SG com E + SO em pacientes de baixo
risco sem QT.
DFS DRFI

OS ITT OS Her neg


DRFI

OS

Desfechos de acordo com status HER


OS
DRFI

Tam – 75.1%
1,8%
8,3%N+ 1,9%
57%N+

1,4% 2,4%
20,7% N+
OS

> 95%
0,7%

Tam – 78.9%

> 95%
2,6%
Composite Risk
• https://rconnect.dfci.harvard.edu/CompositeRiskSTEPP/
ASTRRA <45a
Qt adj
FSH < 30

5a 5a + SO 2a

Journal of Clinical Oncology 38, no. 5 (February 10, 2020) 434-443.


ASTRRA
DFS

40 a
N+ 55%
HER+. 14%
ASCO 2022

• FUP 8 ANOS
• DFS 80.2 X 85.4% HR 0,67 p 0.002
• SG 95.3 X 96.3. HR 0,78 p 0.3 (Necessita maior FUP)

• SO + T deve ser considerado para as pacientes que permanecem na pré menopausa ou que recuperam a
função ovariana após a quimioterapia
J Clin Oncol 41, 2023 (suppl 16; abstr 503)

• Redução na recorrência do câncer de mama em pacientes que passaram por ablação ou supressão ovariana: RI = 0,82; IC95 = 0,77 a 0,88; p < 0,0001;

• Redução na recorrência em mulheres em pré-menopausa no momento da supressão ovariana: RI = 0,70; IC95 = 0,63 a 0,78; p = 0,0003;

• Redução na recorrência em mulheres cujo status de menopausa era desconhecido: RI = 0,91; IC95 = 0,83 a 0,99; p = 0,03;

• Risco de recorrência em 15 anos para mulheres em pré-menopausa: 28,9% nas pacientes que passaram pela ablação ou supressão ovariana versus 41%
naquelas que não passaram pelo procedimento; p < 0,0001;

• Mortalidade em quinze anos em decorrência do câncer: 20,9% nas mulheres que passaram pela ablação ou supressão ovariana versus 28,9% naquelas que não
passaram pelo procedimento. RI = 0,69; IC95 = 0,60 a 0,80; p < 0,0001;

• Mortalidade geral em quinze anos: 26% nas mulheres que passaram pela ablação ou supressão ovariana versus 33,1% naquelas que não passaram pelo
procedimento; RI = 0,73; IC95 = 0,64 a 0,82; p < 0,0001;

• Redução na taxa de recorrência (mulheres em pré-menopausa com menos de 45 anos): RI = 0,63; IC95 = 0,55 a 0,72; p < 0,0001;

• Redução na taxa de recorrência (mulheres em pré-menopausa com idade entre 45 e 54 anos): RI = 0,84; IC95 = 0,70 a 1,00; p < 0,045;

• Ganho independente do status linfonodal.


Qual a duração ideal?
DFS SG
IIb
IIa e < 35 a
Conclusões

• SO reduz o risco de recidiva invasiva, à distância e de morte em pacientes pré menopáusicas com
alto risco de recidiva.

• Quando maior o risco, maior o ganho de IA em relação a TMX, atenção à aderência

• Preferir espectrometria de massa para avaliação dos níveis de estradiol em pacientes que usam IA

• Em paciente que falham na supressão com análogo, degarelix é uma opção (tempo médio para
supressão menor).
Obrigada

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