Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
001
Emissão: 06/07/2020
PROTOCOLO CIUR Versão: 0
Revisão: 00/00/00
Página: 1 de 11
1. INTRODUÇÃO
O feto Pequeno para Idade Gestacional (PIG) tornou-se uma realidade cada vez
mais frequente e incluem uma proporção de fetos que são constitucionalmente
pequenos, mas saudáveis. Por outro lado, a Restrição de Crescimento
Intrauterino (RCIU) geralmente refere-se a um feto que falhou em alcançar seu
crescimento biológico por disfunção placentária. A diferença entre os dois casos,
torna-se difícil na prática tendo como principal limitação ao atendimento pré-natal
a identificação desses casos antes do nascimento. Porém, o diagnóstico da
RCIU é fundamental para definição de conduta obstétrica e redução da
A
morbimortalidade perinatal.
D
2. JUSTIFICATIVA
LA
Nortear os profissionais de saúde que lidam com essa patologia e uniformizar
condutas visando a excelência dos resultados.
O
3. OBJETIVOS
TR
Melhorar o diagnóstico e seguimento de fetos com Restrição de Crescimento
Intrauterino em âmbito ambulatorial e hospitalar, reduzindo a morbidade e
mortalidade fetal.
N
O
4. DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Feto Pequeno para a Idade Gestacional (PIG): Feto constitucionalmente
C
idade gestacional + Doppler normal (Em dois exames com intervalo mínimo de
02 semanas, podendo ser reclassificado durante o seguimento).
Ã
N
5. RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS
5.1. DIAGNÓSTICO:
5.1.1. Diagnóstico clínico:
A
D
Orientações:
Medir altura uterina em todas as consultas de pré-natal.
LA
A medida da altura uterina deverá chamar atenção para RCIU partir de 26
semanas caso a medida esteja menor ou igual ao Percentil 10.
Se altura uterina < Percentil 10 para a idade gestacional* + Não há
O
ultrassonografia (biometria) realizada nas duas semanas anteriores: Solicitar
ultrassonografia (biometria).
TR
Altura uterina:
N
Idade Gestacional P10
O
26 s 23 cm
28 s 25 cm
C
30 s 27 cm
32 s 28 cm
O
34 s 30 cm
36 s 31 cm
Ã
38 s 33 cm
N
40 s 34 cm
** Meler E Obstetrics Progresses Ginecologia 2005; 48: 480.
A
A
horas.
D
Análise bioquímica completa (com perfil hepático e renal)
Amniocentese para cariótipo molecular fetal:
LA
Indicações para realização:
- RCIU antes de 24 semanas
O
- RCIU antes de 28 semanas + um marcador maior de cromossomopatia do
segundo trimestre. TR
- RCIU antes de 28 semanas + > 2 marcadores menores de cromossomopatia
do segundo trimestre.
Investigar displasias esqueléticas:
N
- Biometrias ósseas: < 3 DP ou razão e CF/CA<16%;
O
amniótico se:
- IgG negativo + IgM positive;
A
5.2. CLASSIFICAÇÃO:
ESTÁGIOS CRITÉRIOS
Peso fetal estimado < Percentil 3
Relação cerebroplacentária < Percentil 5 [Confirmação após 24 h]
I IP médio da artéria umbilical > Percentil 95
IP da artéria cerebral media < Percentil 5 [Confirmação após 24 h]
IP médio das artérias uterinas > Percentil 95
A
5.3.1. Cardiotocografia: Realizar a partir de 28 semanas:
Se Estágio I (acompanhamento ambulatorial): 1x na semana;
D
Se Estágio I (Internamento por patologia materna) ou II: diariamente;
LA
Se Estágio III: a cada 12h.
O
mesmo observador).
Estágio I Semanal
N
A
Indicação obstétrica (Se via Se IP ACM <p5 o risco de
vaginal, deve ser garantido bom cesárea urgente é de 50%
D
I 37 semanas controle do bem estar fetal RCIU tardio: Progressão
intraparto) rápida para deterioração fetal
LA
grave e morte fetal.
II 34 semanas Cesariana eletiva. --
O
III 30 semanas Cesariana eletiva. --
Critério fetal:
O
Diastole reversa na AU
III IP DV > P95 28 semanas Cesariana eletiva.
Ó
Diastole zero no DV
IV Diastole reversa no DV 26 semanas Cesariana eletiva.
C
A
- RCIU estágio II, III e IV;
D
b) Contraindicado o repouso absoluto domiciliar;
c) Estimular eliminar fatores de riscos externos como tabagismo, uso de outras
LA
drogas ou obesidade.
6. INDICADORES
O
Não se aplica.
7. FLUXOS
TR
N
Fluxo 1 - Gestante com pré-eclâmpsia grave ou instabilidade clínica
O
PARTO
PFE < P3
PFE P3 - P10 +
O
IP ACM < P5
N
IP AUt> P95
II DZ - AU 24/24h 30 semanas Cesariana
DR - AU
A
DZ - DV
Discutir
DR - DV
Ó
viabilidade fetal
PFE: Peso fetal estimado; RCP: Relação cerebroplacentária; AU: Artéria umbilical; ACM: Arteria cerebral média; AUt:
Artéria uterina; DZ: Diástole zero; DR: Diástole reversa; DV: Ducto venoso.
A
SIM
genética Infecção neonatal Manejo Específico
D
LA
NÃO
O
PARTO
PFE < P3
I
PFE P3- P10 +
RCP < P5
TR
Semanal 37 sem Indicação
IP AU > P95 obstétrica
N
IP ACM < P5
IP AUt> P95
O
48/48h
II DZ - AU *Se restrito 34 sem Cesariana
C
tardio:24/24h.
DR – AU
O
Artéria uterina; DZ: Diástole zero; DR: Diástole reversa; DV: Ducto venoso.
A
PI
Ó
C
Não
ESTÁGIO IV: Onda A reversa – DV (persistente pelo Sim Sim
menos 12 horas) ≥ 26sem C
A
E
S
D
Á
Repetir 24/24 horas
LA
R
Não E
A
O
ESTÁGIO III: DR-AU ou DZ- DV ou IP do DV > P95 Sim Sim
≥ 30sem E
(persistindo pelo menos 12 horas). TR L
E
Repetir 48/48 horas* T
N
I
Não
O
V
RCIU ESTÁGIO II: DZ-AU (persistente pelo menos 12 Sim Sim A
C
≥ 34sem
horas).
O
Repetir 1 semana
I
Ã
N
N
Não
D
RCIU ESTÁGIO I: PFE < P3 ou PFE entre P3 –P10+ Sim Sim I
≥ 37sem
A
C
Doppler alterado: AU IP > P95 ou RCP IP <P5 ou ACM
A
PI
O
C
O
B
S
T
É
T
R
*Se restrito tardio; a cada 24h.
I
C
A
Não
ESTÁGIO IV: Onda A reversa – DV (persistente Sim Sim
pelo menos 12 horas) ≥ 26sem C
A
E
D
S
Á
LA
Repetir 12/12 horas
R
Não E
A
O
ESTÁGIO III: DR-AU ou DZ- DV ou IP do DV > Sim Sim
TR ≥ 28sem E
P95 (persistindo pelo menos 12 horas).
L
E
Repetir 24/24 horas
N
T
I
O
Não V
Sim Sim A
C
semana
N
Não I
N
RCIU ESTÁGIO I: PFE < P3 ou PFE entre P3 –P10+ Sim Sim
A
≥ 34sem D
Doppler alterado: AU IP > P95 ou RCP IP <P5 ou I
PI
Ç
Ã
C
O
O
B
S
T
É
T
R
I
C
A
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Figueras, F. PhD; Caradeux, J. MD; Gratacos, E. PhD. Diagnosis and
surveillance of late-onset fetal growth restriction. American Journal of Obstetrics
& Gynecology. Feb, 2018.
A
Figueiras F., Gratacós E. Stage-based approach to the management of fetal
D
growth restriction. Prenat. Diagn. 2014 Jul;34(7):655-9.
LA
McCowan L. M.; Figueras F.; Anderson. N.H. Evidence-based national
guidelines for the management of suspected fetal growth restriction: comparison,
consensus, and controversy. American Journal of Obstetrics & Gynecology. Feb,
O
2018.
TR
Bilardo C.M., Hecher K., Visser G.H., Papageorghiou A.T, Marlow N et al. Severe
fetal growth restriction at 26–32 weeks: key messages from the TRUFFLE study.
N
Ultrasound Obstet Gynecol 2017; 50: 285–290.
O
Hadlock FP, Deter RL, Harrist RB, Park SK. Estimating fetal age: computer-
PI
9. ANEXOS/APÊNDICE
9.1 Elaboradores do protocolo:
Laila França
A
Licemary Lessa
D
LA
Sérgio Matos
O
TR
Vanessa Camelo
N
O