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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, 3º ano, 2º semestre
Cadeira: Fiscalidade
Trabalho do 3º Grupo
Tema: Imposto Sobre Valor Acrescentado (IVA)
Docente:
Lic. Jemusse Basilio
Discentes:
Edson Rocha
Emelda Edgar
Sarneta Mavale
Isabel Florindo
INTRODUÇÃO
O presente trabalho ira trazer-nos uma breve abordagem acerca do imposto sobre o
valor acrescentado (IVA), que segundo O artigo 1 da Lei n.º 32/2007 do código do
imposto sobre valor acrescentado, este imposto incide sobre o valor das transmissões
de bens e prestações de serviços realizadas no território nacional, a título oneroso, por
um sujeito passivo agindo como tal, bem como sobre as importações de bens.
Incidência do Iva
Isenções do Iva
Regimes de Tributação
Apuramento do imposto
Liquidação do imposto
Pagamento do imposto
INCIDÊNCIA
Âmbito de aplicação
O artigo 1 da Lei n.º 32/2007 estabelece que Estão sujeitas a imposto sobre
o valor acrescentado, IVA:
As importações de bens.
Regime de Isenção
Regime Normal
Regime Simplificado
Regime de isenção
O regime de isenção é aplicável a um conjunto de operações que, por razões de ordem
económica, social ou ambiental, estão isentas do IVA.
O artigo 35 da Lei n.º 32/2007 estabelece que:
1. Beneficiam de isenção do imposto os sujeitos passivos que, não possuindo nem
sendo obrigados a possuir contabilidade regularmente organizada, para efeitos de
tributação sobre o rendimento, nem praticando operações de importação,
exportação ou actividades conexas, tenham atingido, no ano civil anterior, um
volume de negócios igual ou inferior a 750 000,00MT.
2. No caso de sujeitos passivos que iniciem a sua actividade, o volume de negócios a
tomar em consideração é estabelecido de acordo com a previsão efectuada relativa
ao ano civil corrente e constante da declaração de início de actividade, após
confirmação pela Direcção Geral de Impostos.
REGIME DE ISENÇÃO
3. Quando no ano de início de actividade o período de referência, para efeitos
dos números anteriores, for inferior ao ano civil, deve o volume de negócios
relativo a esse período ser convertido num volume de negócios anual
correspondente.
Direito à dedução
O artigo 36 do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado diz que:
Os sujeitos passivos que beneficiem da isenção do imposto nos termos do
número 1 do artigo anterior estão excluídos do direito à dedução.
REGIME NORMAL
O regime Normal é aplicável a todos os sujeitos passivos do IVA que não se encontrem
enquadrados no regime simplificado ou no regime de isenção. Os sujeitos passivos do
regime Normal estão obrigados a liquidar o IVA sobre todas as operações tributáveis
que realizem.
Direito à dedução
Os sujeitos passivos do Regime Normal que tenham direito à dedução estão
autorizados a deduzir o IVA suportado nas suas aquisições de bens e serviços a título
oneroso, desde que estes bens e serviços sejam utilizados para a realização de
operações tributáveis.
OPÇÃO PELO REGIME NORMAL
Facturação
O artigo 39 do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado estabelece que:
Os sujeitos passivos isentos nos termos do n.º 1 do artigo 35, quando emitam facturas
por bens transmitidos ou serviços prestados no exercício da actividade comercial,
industrial ou profissional, devem apor-lhe a menção “IVA – Regime de Isenção”.
REGIME DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADO
Âmbito de aplicação
O artigo 42 da Lei n.º 32/2007 estabelece que:
1. Ficam sujeitos ao regime de tributação simplificado, previsto nesta subsecção, os
contribuintes com volume anual de negócios superior a 750 000,00MT e inferior a 2
500 000,00MT, que não possuindo, nem sendo obrigados a possuir, contabilidade
regularmente organizada para efeitos de tributação sobre o rendimento, não
efectuem operações de importação, exportação ou actividades conexas.
2. Os contribuintes referidos no número anterior apuram o imposto devido ao Estado
através da aplicação de percentagem de 5% ao valor das vendas realizadas ou
serviços realizados, com excepção das vendas de bens de investimento corpóreos
que tenham sido utilizados na actividade por eles exercida.
REGIME DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADO
Facturação
O artigo 45 d do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado estabelece que:
As facturas ou documentos equivalentes emitidos por contribuintes sujeitos ao regime
de tributação simplificado previsto no artigo 42 não conferem ao adquirente o direito à
dedução, devendo delas constar expressamente a menção “IVA – Não confere direito
dedução”.
APURAMENTO E LIQUIDAÇÃO DO
IMPOSTO
Segundo o n.º1 do artigo 18 do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado diz que:
Para o apuramento do imposto devido, os sujeitos passivos deduzem ao imposto
incidente sobre as operações tributáveis que efectuaram, o IVA dedutível que lhes foi
facturado na aquisição de bens e serviços por outros sujeitos passivos.
Valor Tributável
Segundo o n.º1 do artigo 15 do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado Diz que:
O valor tributável das transmissões de bens e das prestações de serviços sujeitas a
imposto é o valor da contraprestação obtida ou a obter do adquirente, do destinatário ou
de um terceiro.
PAGAMENTO DO IMPOSTO
O artigo 6 do Regulamento do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado
estabelece que:
os sujeitos passivos são obrigados a entregar às entidades competentes, e
simultaneamente com a declaração relativa às operações efectuadas no exercício da
sua actividade no decurso do mês precedente, com a indicação do imposto devido ou
do crédito existente e dos elementos que serviram de base para o seu cálculo.
CONCLUSÃO
Em gesto de conclusão podemos dizer que o IVA é um imposto indirecto que incide
sobre o consumo de bens e serviços. Em Moçambique, o IVA é um dos principais
impostos que contribuem para a receita do Estado.
O IVA em Moçambique é um imposto geral, o que significa que incide sobre uma ampla
gama de bens e serviços. A taxa do IVA é de 16%, mas existem algumas isenções e
reduções.
As principais isenções do IVA em Moçambique são:
Bens e serviços essenciais, como alimentos, medicamentos e transporte público;
Bens e serviços fornecidos por entidades públicas;
Exportações de bens e serviços.
CONCLUSÃO
O IVA é um imposto importante para o Estado moçambicano, pois contribui para a sua
receita e para a redistribuição de riqueza. O IVA também ajuda a promover a
concorrência, pois todos os contribuintes pagam o mesmo imposto, independentemente
do seu tamanho ou sector de actividade. No entanto, o IVA também pode ter um
impacto negativo nos consumidores, pois aumenta o preço dos bens e serviços. Por
isso, é importante que o IVA seja utilizado de forma eficaz para promover o crescimento
económico e o bem-estar social.
A redução da taxa do IVA de 17% para 16%, que entrou em vigor em 1 de Janeiro de
2023, é um passo positivo para tornar o IVA mais competitivo e reduzir o seu impacto
nos consumidores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lei n.º 32/2007, de 31 de Dezembro (Colectânea de Legislação Fiscal de Moçambique)
Decreto-Lei nº 22/2022, de 28 de Dezembro.