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Método Tradicional e
Modelo Dinâmico
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Caso real – aplicação da análise
Liquidez é a capacidade de
pagamento de uma empresa, ou
seja, sua habilidade em cumprir
corretamente as obrigações
passivas assumidas.
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Importância da análise de liquidez
* Recordando:
As empresas precisam buscar o equilíbrio entre liquidez,
rentabilidade e risco;
A análise econômico-financeira envolve diferentes aspectos:
liquidez, endividamento, atividade, rentabilidade...
A análise de liquidez:
Funciona como um instrumento de avaliação da capacidade
financeira da empresa;
Auxilia na tomada de decisões dos usuários (internos e
externos) das demonstrações contábeis.
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Estrutura do Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
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Exemplo:
* Elaborado com base nas Demonstrações Financeiras Padronizadas da Cia. Hering, as quais estão disponíveis em:
https://ri.ciahering.com.br/informacoes-financeiras/divulgacao-de-resultados/. Acesso em 29 jun. 2021.
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2 - MÉTODO
TRADICIONAL
Características centrais do método
tradicional:
ATIVO PASSIVO
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Capital de Giro Líquido (CGL)
* Exemplos de análise:
- Em 2019, o valor do ativo circulante foi superior ao do passivo circulante em R$ 885.892.000,00.
- Em ambos os anos, a empresa teve bens e direitos de curto prazo suficientes para quitar suas dívidas de curto prazo.
- Houve uma piora no capital de giro líquido em 2020, uma vez que seu valor diminuiu.
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Indicadores (quocientes) de liquidez:
LC > 1 LC = 1 LC < 1
* Exemplos de análise:
- Em 31/12/2020, para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo a empresa possuía R$ 3,71 de ativos de curto prazo.
- Em ambos os anos, a liquidez corrente foi maior do que 1, o que indica que a empresa conseguiria quitar suas
obrigações de curto prazo utilizando apenas os ativos circulantes (e ainda “sobraria dinheiro”).
- O indicador de liquidez corrente diminuiu em 2020, o que indica uma piora na capacidade de pagamento de curto prazo.
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LS para a Cia. Hering
* Exemplos de análise:
- Mesmo desconsiderando os estoques e as despesas antecipadas, a empresa conseguiria quitar suas obrigações de
curto prazo utilizando os demais ativos circulantes (e ainda “sobraria dinheiro”), já que a liquidez seca foi maior que 1.
- Comparando com 2019, indicador de liquidez seca diminuiu em 2020, o que indica uma piora na capacidade de
pagamento de curto prazo desconsiderando os estoques e as despesas antecipadas.
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LI para a Cia. Hering
* Exemplos de análise:
- Em 31/12/2019, a liquidez imediata foi superior a 1, o que indica que a empresa conseguiria quitar suas obrigações de
curto prazo utilizando somente o seu saldo de disponibilidades.
- A liquidez imediata igual a 0,73 em 2020 significa que, para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa possuía
R$ 0,73 de caixa e equivalentes de caixa.
- Em 2020, a liquidez imediata diminuiu e o saldo de disponibilidades passou a não mais cobrir as dívidas de curto prazo.
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LG para a Cia. Hering
* Exemplos de análise:
- A empresa teve indicadores de liquidez geral superiores a 1, o que significa que ela conseguiria quitar todas as suas
dívidas com terceiros (de curto e de longo prazo) utilizando o seu ativo circulante e o realizável a longo prazo.
- O indicador de liquidez geral teve redução em 2020, o que indica uma piora na capacidade de pagamento geral da
empresa.
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Portanto, no método tradicional:
Os indicadores expressam uma relação entre contas (ou grupo de contas), para
evidenciar determinados aspectos da situação empresarial.
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3 - MODELO
DINÂMICO
A proposta do modelo dinâmico :
Ao invés de questionar:
“se essa empresa usar todos os seus recursos para pagar
as dívidas, o que sobra?”,
passa-se a fazer outro questionamento:
“como fazer essa empresa continuar funcionando e
pagando seus compromissos em dia”? Michel Fleuriet
* As contas ativas e passivas não circulantes mais o patrimônio líquido formam as contas permanentes (ou estratégicas).
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Reclassificação do Balanço Patrimonial:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Operacional (Cíclico) - ACO Circulante Operacional (Cíclico) - PCO
Contas a Receber Fornecedores a pagar
Cíclicas
A condição fundamental para que a empresa esteja em equilíbrio financeiro é que seu
saldo de tesouraria (T) seja positivo.
O saldo de tesouraria também pode ser obtido como o valor residual decorrente da diferença
entre o Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro, conforme a expressão abaixo:
T = CDG - NCG
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A necessidade de capital de giro (NCG)
ACO > NCG positiva: há uma NCG para a qual deve encontrar fontes
adequadas de financiamento.
PCO
Com base nos saldos obtidos nos cálculos das 3 variáveis do modelo dinâmico, é possível
estabelecer um quadro comparativo de 6 situações possíveis a serem vividas pela empresa:
* Exemplos de análise:
- Em ambos os anos, uma parte dos fundos permanentes da empresa é utilizada para financiar a sua necessidade de
capital de giro.
- Em 2020, houve redução no valor do capital de giro líquido da empresa (de R$ 885.892.000,00 para R$ 792.308.000,00),
o que representa uma piora na sua liquidez.
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NCG para a Cia. Hering
* Exemplos de análise:
- Tanto em 2019 quanto em 2020, a empresa possui uma necessidade de capital de giro positiva, para a qual deve
encontrar fontes adequadas de financiamento.
- Observa-se, em 2020, um aumento no valor da necessidade de capital de giro, o que é desfavorável para a empresa
uma vez que ela passar a precisar de mais fontes de financiamento para cobrir suas atividades.
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T para a Cia. Hering
* Exemplos de análise:
- Em ambos os anos, a empresa possui reservas financeiras para fazer frente a eventuais expansões da necessidade de
investimento operacional em giro.
- Ocorreu diminuição do valor do saldo de tesouraria em 2020, o que é desfavorável em termos de liquidez. Entretanto, a
empresa conseguiu manter o saldo de tesouraria positivo.
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Conclusões para a Cia. Hering
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Nas próximas aulas:
- ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
- FLEURIET, Michel; ZEIDAN, Rodrigo. O modelo dinâmico de gestão financeira. Rio de Janeiro: Alta
Books, 2015.
> COMPLEMENTAR:
- GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
- LEMES JÚNIOR, Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula Mussi Szabo. Administração
Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
- MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
- MARTINS, Eliseu; MIRANDA, Gilberto José; DINIZ, Josedilton Alves. Análise didática das demonstrações
contábeis. São Paulo: Atlas, 2014.
- PADOVEZE, Clóvis Luís; BENEDICTO, Gideon Carvalho de. Análise das demonstrações financeiras. 3. ed. rev. e
amp. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
Indicações adicionais:
https://www.youtube.com/watch?v=Su-0QqVlrgc&t=224s