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Teatro na educação

A necessidade de narrar fatos ou acontecimentos e representar por


meio da ação dramática está presente em rituais de diversas culturas e
tempos.
O ser humano representa, desempenha vários papéis, assume diversas
fisionomias para conseguir o que deseja, representando motivados por
diversas necessidades. Homens e mulheres realizam atividades lúdicas
que partem do imaginário para chegar à verdade.
O TEATRO COMO EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO

• Participação e desenvolvimento nos jogos de atenção,


observação, improvisação, etc.
• Experimentação e articulação entre as expressões corporal,
plástica e sonora.
• Experimentação na improvisação a partir de estímulos
diversos (temas, textos dramáticos, poéticos, jornalísticos,
etc., objetos, máscaras, situações físicas, imagens e sons).
• Experimentação na improvisação a partir do
estabelecimento de regras para os jogos.
PCN ARTES
O TEATRO COMO PRODUÇÃO COLETIVA

Reconhecimento e integração com os colegas na elaboração de cenas e


na improvisação teatral.
• Reconhecimento e exploração do espaço de encenação com os
outros participantes do jogo teatral.
• Observação, apreciação e análise dos trabalhos em teatro realizados
pelos outros grupos.
• Compreensão dos significados expressivos corporais, textuais,
visuais, sonoros da criação teatral.
• Criação de textos e encenação com o grupo.
PCN ARTES
O TEATRO COMO PRODUTO CULTURAL E APRECIAÇÃO
ESTÉTICA
• Observação, apreciação e análise das diversas manifestações de
teatro. As produções e as concepções estéticas.
• Compreensão, apreciação e análise das diferentes manifestações
dramatizadas da região.
• Pesquisa e leitura de textos dramáticos e de fatos da história do
teatro.
• Elaboração de registros pessoais para sistematização das
experiências observadas e da documentação consultada.
PCN ARTES
Jogos teatrais

• Jogo (ludens) é uma função que se verifica tanto na vida humana


como na animal e é tão importante como o raciocínio (sapiens) e
a fabricação (faber) de objetos.
• Segundo Joan Huizinga (2010), a civilização surge e se
desenvolve no jogo e pelo jogo
• A sistematização de jogos teatrais no ensino do teatro foi
elaborada pioneiramente pela americana Viola Spolin nos
Estados Unidos da América, a partir de 1940. Spolin nasceu em
1906 em Chicago e é considerada como a avó norte-americana
do teatro improvisacional.
• O jogo teatral é uma ferramenta que estimula a expressão criativa
por meio da autodescoberta e da experiência pessoal; funciona como
uma chave para abrir a capacidade da auto-expressão criativa. Neste
jogo, desafios são lançados aos jogadores, por meio da
problematização, que devem lidar com suas dificuldades. Ou seja, o
jogador é desafiado a resolver um problema dado, de forma cênica,
mediante a construção física de uma ficção (SPOLIN, 1979).
A concentração (foco), o trabalho com objetos
imaginários, a busca da presença cênica, e a
exploração da diferença entre o mostrar
(vivenciar) e o contar (narrar), sempre com
ênfase na importância da ação para a
constituição do processo de conhecimento e
existência da personagem, são outros
componentes da ação dramática que também
fundamentam o método das ações físicas. Um
método que tem como objetivo desenvolver o
que os atores e atrizes devem realizar nas
situações propostas pelo autor, justamente,
em improvisações (idem, 2010).
Importante

Ao desenvolver os jogos teatrais, estar sempre muito atento(o) às


instruções sobre eles, pois é preciso mediá-las com clareza e, ao
mesmo tempo, com a criatividade e espontaneidade como centro
desse processo.
Esses jogos, devem adaptados ao universo dos alunos e alunas, após
um levantamento do repertório deles.
Propor problemas que façam sentido para os alunos e alunas; assim
eles elaboram respostas para estes problemas, por meio do uso de
elementos fundamentais da estrutura dramática: “quem?”, “onde?”, “o
quê?” (personagem, espaço e ação) e, posteriormente, também
“como?”, “por quê?”, “quando?”
A reflexão e análise crítica do que é apresentado sempre devem
acontecer após os jogos e constituem uma proposta de avaliação,
também a partir do foco que orienta o olhar dos jogadores no palco ou
público, elimina julgamentos de valor ou gosto pessoal e possibilita
muito prazer aos participantes, que se sentem pertencer ao espaço,
com voz e vez, trabalhando tanto o olhar teatral como a autonomia.
É necessário que a teoria seja pensada e alimentada pela prática, ou
seja, será por meio da interação com o seu grupo de crianças que o
professor terá condições de tomar decisões que estejam em sintonia
com o pensamento e com os sentimentos delas, significando, a partir
da ação delas, reais oportunidades construtivas.

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