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MICHEL FOUCAULT
HIPÓTESE:
-controlada
Produção de discurso - selecionada
- organizada PROCEDIMENTOS
- redistribuída
-Interdição: nem tudo pode ser dito em qualquer tempo e nem todos podem
falar de qualquer coisa.
Existem três tipos de interdição: tabu do objeto, ritual da circunstância e o di-
reito privilegiado e exclusivo do sujeito que fala.
“O novo não está no que é dito, mas nos acontecimentos a sua volta.” (p. 26)
Outros princípios de refração do discurso que são complementares a este primeiro:
-Autor: não é aquele quem fala o texto, mas aquele que fala através dele, o elemento
agrupador do discurso, que dá unidade e coerência às significações. Ele tem valor,
em especial, no discurso literário.
-Disciplina:
Se opõe ao princípio do autor:
“se define por um domínio de objetos, um conjunto de métodos, um corpus de
preposições consideradas verdadeiras, um jogo de regras e definições, de tecni-
cas e de instrumentos: tudo isto constitui uma espécie de sistema anônimo à
disposição de quem quer ou pode servir-se dele, sem que seu sentido ou vali-
dade estejam ligados a quem sucedeu ser seu inventor.” (p. 30)
GENEALÓGICA
Diz respeito à formação efetiva dos discursos, tanto dentro dos limites do
controle como no exterior
“Assim as descrições críticas e as descrições genealógicas
devem alternar-se, apoiar-se umas nas outras e se
complementarem. A parte crítica da análise liga-se aos
sistemas de recobrimento do discurso; procura detectar,
destacar esses princípios de ordenamento, de exclusão, de
rarefação do discurso. Digamos, jogando com as palavras,
que ela pratica uma desenvoltura aplicada. A parte
genealógica da análise se detém, em contrapartida, nas
séries da formação efetiva do discurso: procura apreendê-
lo em seu poder de afirmação, e por aí entendo não um
poder que se oporia ao poder de negar, mas o poder de
constituir domínios de objetos, a propósito dos quais se
poderia afirmar ou negar proposições verdadeiras ou
falsas.” (p. 70)