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SISTEMA DIGESTÓRIO
Disciplina: Patologia geral
Monitora: Maria de Fatima Araujo da Fonseca
Esôfago
Aspectos anatômicos
Regiões do esôfago:
• esôfago cervical
• esôfago torácico Relações
porções superior, anatômicas do
média e inferior esôfago.
• esôfago abdominal.
Esôfago
Caracteristicas gerais
Epitélio estratificado pavimentoso não ceratinizado reveste a mucosa do esôfago e confere a ela uma tonalidade mais clara na endoscopia
devido a menor visualização dos vasos da lâmina própria.
Isso é evidente no aspecto endoscópico a está na mucosa do esôfago e b na mucosa gástrica.
Epitélio de
revestimento
fovéola
lp
glândulas
mm
sm
plexo
mioentérico
muscular
externa
adventícia
Corte transversal do terço médio do esôfago (menor aumento; H&E)
adventícia
Esôfago
Maior aumento Muscular própria
h
mucosa
submucosa a
f
c b
e
d
g
a=epitélio
b=lâmina própria
c=muscular da mucosa
d= submucosa
g e=muscular interna circular
f
f= muscular externa longitudina
e g= plexo mioentérico (de
Campo microscópico
da figura anterior em Auerbach)
maior ampliação h=adventícia
Esôfago
Glândulas da camada submucosa
epitélio
Submucosa Lamina
própria
Muscular
da mucosa
Muscular interna
Plexo mioentérico
Corte longitudinal do esôfago corado com azul de Alcian para mostrar glândulas mucosas na
submucosa (coradas em azul predomínio de mucinas ácidas).
Esôfago
Glândulas com ácinos mucosos
b
Corte transversal do esôfago corado
por H&E. c
Observar as glândulas com ácinos
mucosos.
Aspecto macroscópico da mucosa gástrica Aspecto macroscópico da mucosa gástrica na visão endoscópica
Visão na peça retirada na necropsia e visão na endoscopia.
Observar as pregas.
Estômago
Fovéolas e a rede vascular da microcirculação.
Aspecto da mucosa gástrica normal em endoscopia de alta resolução mostrando as fovéolas e a rede vascular da
microcirculação.
Estômago
Estrutura histológica do estômago
Mucosa
Epitélio prismático simples
Lâmina própria rica em TLAM
Glândulas tubulares simples ou compostas que se
abrem nas fovéolas
Muscular da mucosa
Tecido muscular liso
Submucosa
Tecido conjuntivo denso, com vasos, nervos e
gânglios (plexo submucoso)
Muscular própria
Camada interna e externa com disposição mais
helicoidal.
Plexo mioentérico entre as camadas musculares
Serosa
Revestimento peritoneal com mesotélio sobre
quantidade variável de tecido conjuntivo com células
adiposas.
Estômago
Fovéolas
A microscopia eletrônica de varredura mostra de modo evidente as fovéolas gástricas onde as glândulas gástricas
se abrem.
fovéolas
Visão em microscopia eletrônica de
varredura :
menor aumento
maior aumento
MU
MM
Esquema tridimensional SM
da mucosa gástrica para
mostrar as fovéolas. MP SE
Estômago
Fovéolas e glândulas gástricas
Esquema tridimensional da
mucosa gástrica mostrando as
fovéolas e as glândulas. As
glândulas gástricas são tubulares
e se abrem nas fovéolas. Uma
fovéola pode receber mais de
uma glândula (setas pretas na
figura ao lado)
Estômago
Regiões do estômago e as variações na mucosa especialmente em relação ás fovéolas e glândulas gástricas.
Fovéolas profundas;
Fovéolas menos profundas e glândulas mais
glândulas tortuosas
mu retilíneas
fundo
mm
cárdia
sm
corpo
mu
antro
mm
sm
mu Fovéolas mais
profundas e glândulas
mm tortuosas;
sm
Estômago
Fovéolas, epitélio e camadas da região da cárdia
CCK=colecistoquinina
GIP=peptídeo inibidor gástrico
GLP-1peptídeo glucagon símile
NPY= neuropeptideo Y
PP= polipeptídeo pancreático
PYY=polipeptídeo YY
VIP= peptídeo intestinal vasoativo
EC=células enterocromafins
ECL=células enterocromoafin símile
Fígado e vias biliares
Aspectos anatômicos
Lâminas de Ramo
de veia
hepatócitos hepáti
ca
Canal
biliar
sinusoides
Ramos não
v. porta dicotômicos
a. hepática
v. central
O sangue que entra na veia porta e na artéria hepática é lançado nos sinusoides que estão no parênquima hepáticos, entre as
laminas de hepatócitos devido ramos não dicotômicos formados pelos vasos hepáticos.
A fig 4 B mostra o espaço porta em corte transversal para dar ideia de como os ramos não dicotômicos chegam ao parênquima
hepático (sinusoides).
Na figura 5, em três dimensões essa arquitetura vascular pode ser bem observada. Dos sinusoides o sangue é drenado para as
vênulas centrais (VC) que confluem e forma as veias hepáticas que desaguam na veia cava
Fígado e vias biliares
Aspectos anatômicos – hepatócitos
ep
Lóbulo hepático clássico: estrutura que tem a veia central
no seu centro (dai o nome ) e cinco ou seis espaços porta,
formando uma figura hexagonal não é um lóbulo ep
glandular verdadeiro pois recebe sangue de cinco ou seis
ep VC
espaços porta e um lóbulo em uma glândula deve ser uma
unidade circulatória.
S
S
Fig 3
Fígado e vias biliares
Aspectos anatômicos – Células de Kupffer
VC
ep
VC
2
ep
1
Fig 1 A
Fig 1 A e 1B.A figura 1 A é um corte de fígado corado por HE. E a figura 1 B é um desenho de um corte histológico corado pelo HE,
mas em menor ampliação. Nas duas figuras as indicações são idênticas. Os hepatócitos se distribuem em lâminas de duas células de
espessura que no corte aparecem como cordões (setas vermelhas).Entre os cordões de hepatócitos estão os sinusoides (espaços claros
indicados por setas pretas) nos quais se identificam células que são as células endoteliais e as células de Kupffer. O estroma do fígado é
bem observados nos espaços porta (ep) que contem a tríade portal: canal biliar (seta azul, veia porta (seta verde) e pequeno ramo da
artéria hepática (seta marrom), envoltos por tecido conjuntivo . Os sinusoides drenam para a veia central (VC) que na realidade são
vênulas de parede fina envoltas por tecido conjuntivo.
Fígado e vias biliares
Figuras para recapitulação
ep
vc
Fig 2
Fig 2. A sustentação das lâminas de hepatócitos é feita por um estroma reticular, denominado retículo , formado por fibras
reticulares que contem colágeno tipo III e do tipo IV , associadas a proteínas não fibrosas como laminina, entactina e
fibronectina.. Esse retículo não é visível na coloração pelo HE mas é bem evidenciado em impregnações pela prata (figura
2; as fibras reticulares estão coradas em preto e indicadas por setas pretas; os cordões de hepatócitos (setas vermelhas)
aprecem com coloração rósea mas sem aparecer o núcleo da células).
Fígado e vias biliares
Icterícia
• Impregnação dos tecidos pela bilirrubina (Bb), conferindo coloração amarelada à pele e às mucosas.
• Bb > 2mg/dL produz coloração observada com boa iluminução
• Bb>3 mg/dL é facilmente observada.
Fígado e vias biliares
Icterícia
Colestases
• Prurido devido a retenção de sais biliares que caem na circulação e liberam histamina de mastócitos .
• Depósitos na forma de rolhas
Aumento da bilirrubina não conjugada leva ao depósito de bilirrubina nos sistema nervoso central
produzindo lesões degenerativas e necróticas no tecido nervoso kernicterus complicação importante
da anemia hemolítica do recém nascido
Fígado e vias biliares
Consequências da Icterícia
As figuras 1 e 2 mostram fígado com colestase com depósito de pigmentos biliares nos hepatócitos (aspecto
granuloso, com grânulos pardos ou esverdeados), que apresentam degeneração hidrópica grave que pode levar á necrose. O
acúmulo de bile nos canlículos de Hering forma depósitos na forma de rolhas que deixam bem evidentes esses canalículos.
A fig 3 mostra impregnação dos núcleos da base em, um recém nascido falecido com anemia hemolítica por
incompatibilidade Rh. Em adultos a integridade da barreira hematoencefálica impede o kernicterus.
Muscular própria
Camada circular
serosa Camada longitudinal
Intestino delgado
Aspectos anatômicos e macroscópicos
Na figura C estão Esquematizadas
vilosidades em três dimensões e ao lado o
vikosidades aspecto histológico com as principais
enterócitos células encontradas no revestimento e no
(células absortivas)
capilar
epitélio glandular (das criptas).
Célula caliciforme
Epitéçio
de
revestimento
célula M
Vasos
linfáticos
Célula
neuro-
endódcrina
mm glândula
mm
(cripta)
Célula
de Paneth
Intestino delgado
Aspectos anatômicos e macroscópicos
• A parede do ID tem a estrutura básica da parede dos órgão ocos do tubo digestivo.
• No duodeno há glândulas (gl de Brunner) na submucosa , o que não existe no jejuno ou no íleo;
• Na submucosa ileal, o tecido linfático associado ás mucosas (TLAM) é muito desenvolvido (placas de Peyert).
Intestino delgado
Duodeno
Corte de duodeno (HE). Observar que as vilosidades estão cortadas em diversos planos (o corte não foi perpendicular a
superfície) Observar que o duodeno tem glândulas na submucosa (gl de Brunner). Cada quadrado está mostrado em maior
ampliação nas figura ao lado.
Glândula intestinais
Luz do duodeno vilosidades (criptas de Lieberkhun)
Lamina própria
mucosaa
Glândulas intestinais
Glândulas de Brunner
Intestino delgado
Duodeno
As vilosidades estão cortadas em diversos planos
Duodeno tem glândulas na submucosa (gl de Brunner).
Glândula intestinais
(criptas de Lieberkhun)
Luz do duodeno vilosidades
mucosaa
Lamina própria
Glândulas intestinais
Muscular da mucosa
Glândulas de Brunner
Intestino delgado
Duodeno – aspectos microscópicos
Glândula intestinais
• Glândulas de Brunner: células tubulares tortuosas, se (criptas de Lieberkhun)
abrem na base de criptas e produzem uma secreção muito
alcalina, rica em mucinas, importante na alcalinização do
suco duodenal.
• Células de Paneth, existentes nas criptas de todo o Lamina própria
intestino, produzem peptídeos microbicidas especialmente
defensinas α (criptidinas ou HBDs Human Bowell
Defensins) e lisozima.
Muscular da mucosa
Glândulas de Brunner
Intestino delgado
Jejuno e íleo– aspectos microscópicos
• Parede do jejuno, menor aumento: observar as pregas circulares que tem projeções da submucosa, as vilosidades (V) e as glândulas (criptas
de Lieberkhun CL).
• Lâmina própria rica em leucócitos e vasos saguíneos e linfáticos (L)
• A submucosa é de tecido conjuntivo denso.
• A muscular interna é circular
• A muscular externa é longitudinal.
• Entre as duas está o plexo mioentérico (detalhe na fig 2).
• A serosa (peritônio visceral) tem quantidade variável de tecido adiposo e é revestida externamente pelo mesotélio (detalhe na fig 3).
Intestino delgado
Jejuno e íleo– aspectos histológicos
Detalhe da mucosa do jejuno mostrando o epitélio prismático
simples (epitélio absortivo) com borda em escova (setas
vermelhas).
Entre as células absortivas, existem células caliciformes produtoras
de muco (setas azuis).
No topo das vilosidades podem ser encontrados linfócitos
intraepiteliais (LI). As criptas (C, setas amarelas) são tortuosas e se
abrem entre vilosidades.
Na parede das criptas existem células secretoras , células de Paneth
(setas azuis), células neuroendócrinas e, no fundo, estão as células
tronco responsáveis por proliferar e originar os progenitores que
Irão se diferenciar nas células que revestem as vilosidades que se
descamam continuadamente (o epitélio intestinal se renova a cada
semana).
A lâmina própria (LP) tem abundante leucócitos que fazem parte
do TLAM.
Observar a muscular da mucosa (MM)
Intestino delgado
Jejuno e íleo– aspectos histológicos
A borda em escova é formada pelas microvilosidades das células
epiteliais , bem observadas na microscopia eletrônica (ME, Fig 4).
EAF
Células M
AIF
EAF
F Fo Fo
F
FGC
Taenia
coli
Mucosa
Fig 2
Intestino grosso
Aspectos histológicos
mm Fig 4
Intestino grosso
Aspectos histológicos
mm Fig 4
Apêndice cecal
Aspectos histológicos
O apêndice cecal tem a mesma estrutura geral do tubo digestivo: mucosa revestida com epitélio prismático simples, com
células caliciformes e células M (Microfold cells); criptas (glândulas intestinais) também com numerosas células
caliciformes, em número menor do que nos colos; lâmina própria, com abundante tecido linfático, formando numerosos
folículos (FL) com centros germinativos.; a submucosa com tecido conjuntivo denso, vasos e nervos; muscular própria com
camada circular interna e longitudinal externa; serosa formada pelo peritônio visceral com quantidade variável de tecido
adiposo.
epi
téli
o
criptas
mucosa
FL
Centro Detalhe da mucosa do apêndice
submucosa mostrando parte de um folículo
germinativo linfático com centro germinativo;
muscular
serosa o epitélio prismático mais baixo
tem numerosas células M
especialmente nas áreas sobre os
folículos;
Barreira intestinal Borda em ecova (MO)
Borda em ecova (ME)
Aspectos histológicos
O epitélio que reveste os intestinos representa uma barreira
que impede a passagem descontrolada de moléculas e a invasão
por microrganismos da microbiota. O primeiro componente
dessa barreira é representada pela camada de muco que reveste o
epitélio (que tem composição variável com a região do
intestino). Os enterócitos apresentam complexos juncionais
desenvolvidos (junções íntimas, junções aderentes que
dificultam a passagem de moléculas pelo espaço intercelular).
Na figura acima estão os esquemas dos complexos juncionais
dos enterócitos indicando as principais moléculas que deles
participam. Muitos agentes infecciosos que induzem diarreias
alteram a expressão dessas moléculas desarranjando assim a
permeabilidade intestinal.
Os enterócitos absorvem os alimentos digeridos
especialmente nos espaços entre as vilosidades, onde se
concentram as enzimas do suco entérico.
Reto e canal anal
Aspectos histológicos
A estrutura histológica da parede do reto é muito semelhante a
dos colos.