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SISTEMA DIGESTÓRIO

Amanda C. De Camargo Lívia G. Vilas Boas


Ana C. C. Manzato Lucas F. Da Silva
Beatriz E. Amaral Mike R. S. Ribas
Bruna E. R. Mendes Natália F. Faconti
Gabriela C. C. Granussi Thalia Carvalho
Íris P. De Oliveira William C. Moraes
INTRODUÇÃO

 Alimento levado até a boca


 Estímulo da produção de saliva
 Dentes e língua trituram alimento
 Passa pela faringe e esôfago
 Chega no estômago
 Local onde o bolo alimentar se direciona
 Alimentos que são aproveitas são levados pelo
sangue
 O quimo vai para o intestino delgado
 O que será eliminado é chamado de fezes.
ESÔFAGO
Epitélio estratificado
pavimentoso
 Função: transporte de alimento para o estômago.
 Revestido por epitélio pavimentoso estratificado
Lâmina própria
não corneificado.
 As glândulas esofágicas auxiliam no transporte de
Glândulas alimento e protege a mucosa
esofágicas  Glândulas esofágicas da cárdia, secretam muco.
na submucosa
 Na porção distal do esôfago a camada muscular
consiste em células musculares lisa e estriada
esquelética. Na porção proximal, fibras
Músculo estriado
musculares estriadas esqueléticas. O restante do
esquelético
esôfago é revestido por tecido conjuntivo.

Figura 1. Fotomicrografia de um corte na região proximal do esôfago


(Coloração: hematoxilina-eosina. Pequeno aumento) (Imagem de P. Gama)
ESTÔMAGO

Células mucosas do colo:


 Formato irregular
 Núcleo na base das células
 Grânulo de secreção na superfície apical
 Responsáveis pela produção de um muco mais
viscoso
 Localizadas entre as células parietais no colo das
glândulas gástricas.
Figura 2. Células mucosas do colo, responsáveis pela produção de muco na
porção glandular.
(Coloração: hematoxilina-eosina. Grande aumento) (Imagem de P. Gama) Células mucosas do colo
Células parietais (oxínticas):
 Observadas principalmente no istmo e colo das
glândulas gástricas
 Redondas ou piramidais
 Núcleo esférico e central
 A atividade secretora de células parietais é
estimulada por mecanismos, como o estímulo
parassimpático (terminações nervosas colinérgicas),
histamina e um polipeptídio denominado gastrinas
Figura 3. Células parietais, produtoras de HCl  Secretam ácido clorídrico e cloreto de potássio
(Coloração: hematoxilina-eosina. Grande aumento) (Imagem de P. Gama)

Células parietais
Células zimogênicas (principais):
 Predominam na região basal das glândulas
gástricas
 Responsáveis pela produção de pepsina e lipase
 Os grânulos em seu citoplasma contém um pró
enzima, o pepsinogênio. Sendo rapidamente
convertido na enzima pepsina após ser secretado
Figura 4. Células zimogênicas, produtoras de pepsinogênio
no ambiente ácido do estômago
(Coloração: hematoxilina-eosina. Grande aumento) (Imagem de P. Gama)

Células zimogênicas
Células enteroendócrinas:
 Localizadas próximo da base das glândulas gástricas
 Produtoras de gastrina, que estimula a secreção das células
parietais.
 Gastrina  importante para funções gástricas

Figura 5. Fotomicrografia de um corte da mucosa gástrica submetido à imuno-


histoquímica para localização de células X/A like produtoras de ghrelina.
(Pequeno, médio aumento) (Imagem de N.M. Bittar-Rodrigues e P. Gama)
Piloro (antro pilórico):
 Contém fossetas gástricas profundas, nas quais as glândulas
pilóricas tubulosas simples ou ramificadas se abrem
 A região pilórica apresenta fossetas mais longas e glândulas
mais curtas do que a região cárdia.
 Essas glândulas secretam muco
 Contém muitas células G, intercaladas com células mucosas
 Estímulo parassimpático, presença de aminoácidos e aminas
no lúmen, que estimulam diretamente a atividade das células
G, liberando gastrina, que, ativa a produção de ácido pelas
células parietais.

Figura 6. Fotomicrografia de um corte da região antro pilórico do estômago.


(Coloração: hematoxilina-eosina. Pequeno aumento) (Imagem de P. Gama)
INTESTINO DELGADO

 Células epiteliais de revestimento fazem a absorção de


nutrientes
 Tem aproximadamente 5 metros e é dividido em:
duodeno, jejuno e íleo

Figura 7. Divisão do Intestino Delgado


Membrana Mucosa:
 Possui várias estruturas para aumentar a superfície de
absorção
 As vilosidades intestinais são projeções milimétricas
em direção ao centro do intestino
Vilosidade Intestinal
 Entre os vilos, existem as glândulas intestinais (criptas)

Glândulas intestinais
(criptas)

Músculo

Figura 8. Fotomicrografia da parede do intestino delgado. Figura 9. Esquema de vilosidades intestinais.


(Coloração: hematoxilina-eosina. Médio aumento) (Imagem de P. Gama)
Estrutura dos vilos:

Figura 10. Estrutura de um microvilo.


Como ocorre a renovação celular nas vilosidades:

Figura 11. O intestino delgado em aumento pequeno.

Figura 12. As criptas intestinais são revestidas por epitélio intestinal e células caliciformes.
Figura 13. O diagrama da vilosidade mostra o revestimento epitelial colunar com sua borda em escova, um
número moderado de células caliciformes e de linfócitos intraepiteliais.
Linfócito Intra-epitelial

Células Absortivas:
 São células colunares, altas, com núcleo oval
 No ápice de cada célula existe uma BORDA
ESTRIADA ou BORDA EM ESCOVA. A BORDA
ESTRIDA é vista com uma camada de
microvilosidade densamente agrupada - ME

Célula Caliciforme

Célula Absortiva
Figura 14. Fotomicrografia do epitélio de revestimento do intestino delgado. Numerosas células
absortivas com suas bordas em escova.
(Coloração: pararrosanilina e azul de toluidina. Grande aumento)
Figura 16. Microfilamentos de actina

Figura 15. Micrografia eletrônica de uma célula epitelial absortiva


Figura 17. Micrografia eletrônica do epitélio do intestino delgado. Microvilos abundantes no polo
apical das células podem ser observados, formando a borda em escova
Microvilosidade:
 Consiste em membrana celular envolvendo um eixo de
microfilamentos de actina associados a outras proteínas
do citoesqueleto
 A presença de pregas, ociosidade e microvilosidade
aumentam muito a superfície de revestimento intestinal.
 Função: é absorver as moléculas nutrientes produzidas
durante a digestão

Figura 18. Estrutura de um microvilo


Célula Caliciforme

Células Caliciformes:
 Estão distribuídas entre as células absortivas
 Produzem glicoproteína ácidas do tipo mucina =
origina o muco, onde a função é proteger e lubrificar o
intestino

Figura 19. Fotomicrografia do epitélio de revestimento do intestino delgado. Células epiteliais


colunares absortivas com borda em escova intercaladas com células caliciformes.
(Coloração pelo ácido periódico de Schiff e hematoxilina. Médio aumento)
Células de Paneth:
 São células exócrinas com grandes grânulos de
secreção eosinofilicos em seu citoplasma.
 Lisozima: enzima capaz de digerir a parede de algumas
bactérias.

Figura 20. As criptas intestinais são revestidas por epitélio intestinal e células caliciformes
Célula Caliciforme
Figura 22. Fotomicrografia da porção basal de duas criptas do intestino delgado.
(Corte seminífero. Grande aumento)

Figura 21. Preparação histológica para demonstração de presença de lisozima em células


de Paneth do intestino delgado
Mitose Célula Enteroendócrina
Célula de Paneth
Fibroblasto
Células M (microfold):
 As células M são localizadas no íleo (placas de peyer), com uma
numerosa presença de linfócitos. Elas podem carregar antígenos e
transportar para macrófagos, sendo assim as células M tem uma
grande importância na defesa imunológica intestinal.
Células Endócrinas do Intestino:
 Elas liberam grânulos de secreção, sendo assim os hormônios podem
concluir efeitos locais (parácrinos) ou via sangue (endócrinos). Podem
conter dois tipos de formas, aberto e fechado, o aberto se encaixa a
microvilosidades que está em contato com o lúmen do órgão e o
Figura 23. Fotomicrografia de uma região do intestino em que o nódulo linfoide fechado é a célula recoberta de células epiteliais.
está recoberto pela mucosa intestinal.
Lâmina própria á Serosa:
 A lâmina é constituída por tecido conjuntivo frouxo, vasos
sanguíneos, fibras nervosas, fibras musculares e lisas. Ela completa as
vilosidades intestinais que são responsáveis pela movimentação e que
é importante para absorção dos nutrientes. A submucosa existe no
início do duodeno contendo glândulas duodenais e gândulas de
Brunner, que são secretoras e mucosas. As placas de Peyer são muito
importantes pois são nódulos linfóides. O intestino tem uma camada
mais desenvolvida que é a camada muscular.
Figura 24. A micrografia eletrônica de varredura da superfície intestinal após
remoção do epitélio da mucosa mostra a lâmina basal
Figura 25. Alguns aspectos da proteção imunológica do intestino.
INTESTINO GROSSO
Epitélio Simples Cilíndrico
 O epitélio encontrado será simples, cilíndrico e com mais
enterócitos colunares, irá conter também microvilosidades curtas e
irregulares, mas com muitas células caliciformes e com poucas
células enteroendócrinas e mais cristas intestinais, e bem mais
longas e profundas.
 Irá conter nódulos linfoides que se estendem até a submucosa
 Essa camada pode ser definida como a camada de tecido
conjuntivo que se encontra presente abaixo da mucosa. É um
tecido conjuntivo frouxo, e com vasos de maior calibre, algumas
vezes pode apresentar tecido adiposo e estruturas glandulares.
 A camada muscular: camada circular e longitudinal. Feixes da
camada longitudinal externa se unem para formar três faixas
longitudinais denominadas de Tênias do Cólon.
 A camada serosa possui conteúdo adiposo dentro, as apêndices
Figura 26. Fotomicrografia do epitélio do intestino grosso (Médio aumento)
epiploicos (pequenos sacos preenchidos com gordura ao longo da
superfície do colón e reto superior).
Figura 27. Fotomicrografia do intestino grosso (Grande aumento) Figura 28. Fotomicrografia do epitélio do intestino grosso (Médio aumento)
APÊNDICE

Mesotélio

Tecido  O apêndice é caracterizado por um lúmen irregular e estreito


conjuntivo devido as abundantes nódulos linfoides encontrado em sua
parede.
Capa muscular
 O epitélio se torna estratificado pavimentoso, a camada
circular interna de musculo liso Esfíncter.
Submucosa

Folículo linfoide
Figura 29. Microscopia da apêndice (Corte transversal)
PÂNCREAS

 Glândula mista que produz enzimas digestivas e


hormônios
 Porção exócrina: enzimas são armazenadas e
secretadas por células arranjadas em ácinos
 Porção endócrina: hormônios são sintetizados nas
Ilhotas de Langerhans

Figura 30. Ilhotas de langerhans e acinos pancreáticos


Ácino pancreático:
 Células serosas que circundam o lúmen secretam
proteínas
 O número de grânulos de secreção varia, sendo
máximo em animais em jejum

Figura 31. Ilustração da estrutura de um ácino pancreático


Figura 32. A fotomicrografia do pâncreas exócrino mostra seus principais componentes
(Coloração: pararrosanilina e azul de toluidina. Grande aumento.)

Figura 33. Micrografia eletrônica de uma célula acinosa de pâncreas de rato


FÍGADO
 É classificado como a maior glândula
 Função: processamento e armazenamento de nutrientes
e produção de proteínas plasmáticas
 Localizado na cavidade abdominal abaixo do diafragma
 Sua posição no sistema circulatório é ideal para captar,
transformar e acumular metabólitos e para a
neutralização e eliminação de substancias
 Sendo assim, ela atua como glândula exócrina
(liberando secreções) e glândula endócrina (liberando
substâncias no sangue e sistema linfático).
 O fígado participa também da regulação do volume
sanguíneo, possui importante ação antitóxica contra
substâncias nocivas ao organismo como o álcool, a
Figura 34. Corte de um fígado. O polígono delimita um lóbulo hepático, já as setas cafeína, gorduras, etc.
indicam veias centro lobulares. (Coloração Hematoxilina-Eosina. Pequeno aumento)
Lóbulo Hepático:
 O fígado é revestido por uma cápsula delgada de tecido
conjuntivo denso não modelado.
 O tecido conjuntivo da cápsula estende-se para o
interior do parênquima hepático, onde se observa
unidades estruturais chamadas lóbulos hepáticos.
 Na periferia dos lóbulos, existe uma massa de tecido
conjuntivo chamada de espaço porta. que apresentam
ramos da artéria hepática, da veia porta, dos ductos
biliares e vasos linfáticos.
 O parênquima hepático é constituído por hepatócitos.

Figura 35. Desenho esquemático de um lóbulo hepático


Suprimento Sanguíneo:
 O fígado recebe suprimento sanguíneo da veia porta
hepática e das artérias hepáticas. A veia porta supre
aproximadamente 75% do volume sanguíneo do fígado e
transporta sangue venoso drenado do baço, trato
gastrointestinal e seus órgãos associados.
 As artérias hepáticas fornecem sangue arterial para o
fígado, correspondendo aos 25% de volume restantes. As
veias hepáticas fazem a drenagem venosa do fígado, sendo
formadas pela união das veias centrais, e drenam
diretamente para a veia cava inferior, logo antes de ela
passar pelo diafragma.
 A oxigenação do órgão é realizada por ambas as fontes
sendo que aproximadamente 50% da demanda de oxigênio
do fígado é suprida pelo fluxo da veia porta hepática.
 O sangue transita pelos sinusoides hepáticos até a veia
central de cada lóbulo, que coalesce nas veias hepáticas,
Figura 36. Fotomicrografia do fígado. (Coloração: hematoxilina-eosina. Pequeno que por sua vez deixam o fígado e drenam para a veia cava
aumento)
inferior.
Hepatócito:
 Os hepatócitos são células poliédricas (com seis ou mais superfícies) com diâmetro
de 20-30 um
 Citoplasma  Eosinofílico (por possuir grande número de mitocôndrias, e alguns
retículos endoplasmáticos)
 A superfície de cada hepatócito está em contato com a parede do capilar sinusoide,
através do espaço de Disse, e com a superfície de outros hepatócitos, com muitos
microvilos.
 Sempre que dois hepatócitos se encontram, eles delimitam um espaço tubular entre si
conhecido como canalículo biliar, constituindo a primeira porção do sistema de
ductos biliares.
 Essas células são unidas por junções de oclusão, ou por junção comunicante do tipo
GAP, sendo importante para a comunicação intracelular, participando do processo de
coordenação das atividades fisiológicas dessas células.
 Os hepatócitos possuem um ou dois núcleos arredondados, contendo um ou dois
nucléolos.
 O hepatócito frequentemente pode conter também glicogênio. (deposito de glicose)

Regeneração Hepática:
Figura 37. A fotomicrografia do fígado mostra capilares sinusoides com suas
células endoteliais próximas dos hepatócitos. (Corte semi fino, coloração  O fígado possui uma regeneração extraordinária
pararrosalinina e azul de toluidina. Grande aumento)
Ducto biliar:
 Função: transmitir a bile entre a vesícula biliar e outros dutos
essenciais para a digestão.
 Reticulo Endoplasmático Rugoso: Forma agregados que dispersam no
citoplasma, estes são frequentemente denominados corpos
basofílicos. Diversas proteínas são sintetizadas em polirribossomos
nessas estruturas.
 Reticulo endoplasmático Liso: está distribuído difusamente pelo
citoplasma. Essa organela é responsável pelo processo de oxidação,
metilação e conjugação, requeridos para a inativação ou detoxificação
de varias substâncias antes da sua excreção pelo organismo.

Figura 38. O desenho ilustra a confluência dos canalículos biliares e a formação


dos ductulos biliares, que são revestidos por epitélio cúbico simples.
Trato Biliar:
 Produzida pelos hepatócitos
 Canalículos, ductos, ductulos biliares (canal de
Hering) se fundem e formam ductos hepáticos direito
e esquerdo

Figura 39. Corte da vesícula biliar com seu epitélio cilíndrico e reentrâncias epiteliais repousando
sobre o tecido conjuntivo. Este epitélio tem um sistema transportador de cloreto de sódio na Figura 40. Vesícula biliar epitélio cilíndrico sobre tecido conjuntivo, passa por esse epitélio
direção do tecido conjuntivo, que cria uma diferença osmótica, responsável pela concentração da cloreto de sódio na direção do tecido conjuntivo que cria uma diferença osmótica representada
bile (Pequeno aumento) pela concentração da bile

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