Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Emprego
Trabalho
O EMPREGADO
Jus Variandi
Jus Resistentiae
Direito de o empregado resistir às ordens
manifestamente ilegais ou imorais emanadas
do empregador.
JUSTA CAUSA
JUSTA CAUSA. DESÍDIA. VIGILANTE NOTURNO. DORMIR EM SERVIÇO. CARACTERIZADA. O reclamante foi
contratado para exercer a função de vigilante. Dessa forma, a conduta desidiosa reveste-se de maior gravidade,
eis que, ao dormir durante a jornada de trabalho, colocou em risco o patrimônio que deveria guardar por força
da função exercida. Saliente-se, outrossim, que o episódio que motivou a dispensa por justa causa não se trata
de um simples "cochilo", pois o reclamante abandonou seu posto para recolher-se mais comodamente no sofá,
além de ser reincidente em tal conduta. Assim, existindo comprovação da falta grave cometida pelo obreiro,
correta a dispensa por justa causa (TRT-2 - RO: 00020667220145020036 SP, Relator: SORAYA GALASSI LAMBERT,
Data de Julgamento: 14/10/2015, 16ª TURMA, Data de Publicação: 20/10/2015)
JUSTA CAUSA. ÔNUS DA PROVA. Em razão do princípio da continuidade da relação de emprego (Súmula 212 do
TST), cumpre ao empregador a comprovação da desídia cometida pelo obreiro no exercício do contrato de
trabalho. Não configurada a falta grave, deve ser rechaçada a justa causa
(TRT-1 - RO: 00108308520135010561 RJ, Relator: CLAUDIA REGINA VIANNA MARQUES BARROZO, Data de
Julgamento: 20/05/2015, Sétima Turma, Data de Publicação: 16/06/2015)
JUSTA CAUSA. Na justa causa, o "onus probandi" é do empregador e, como máxima penalidade no contrato de
trabalho, exige motivação plausível e certeza quanto à responsabilidade do ato apontado como faltoso,
mostrando-se irregular o exercício do poder disciplinar do empregador quando não comprovado o
cometimento das condutas tipificadas no artigo 482 da CLT. Se o empregador age sem observar a gradação da
pena e a proporcionalidade entre o ato do trabalhador e a punição, dá azo ao afastamento da justa causa. (TRT-
1 - RO: 00115312720145010071 RJ, Relator: RAQUEL DE OLIVEIRA MACIEL, Terceira Turma, Data de Publicação:
28/04/2017)
COMPROVADOS OS FATOS ENSEJADORES DA JUSTA CAUSA. A justa causa, por tratar-se de pena máxima que
fulmina o contrato de trabalho, desafia prova robusta do cometimento de atos faltosos por ambas as partes,
empregado e empregador, de tal monta, que torne insustentável a manutenção do vínculo laboral. No caso em
comento, a testemunha ouvida nos autos comprovou os fatos que ensejaram a justa causa. (TRT-1 - RO:
00107179720145010076 RJ, Relator: VALMIR DE ARAUJO CARVALHO, Data de Julgamento: 23/05/2018,
Gabinete do Desembargador Valmir de Araujo Carvalho, Data de Publicação: 05/06/2018)
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA ANTERIOR À LEI 13.467/2017. JUSTA CAUSA. ÔNUS DA PROVA. A ocorrência de
falta do empregado que justifique a resolução do contrato de trabalho deve ser comprovada pelo empregador,
a quem cabe o ônus da prova, a teor do art. 818 da CLT, c/c art. 373, II, do CPC/15. Considerando-se que a justa
causa constitui a penalidade máxima aplicada ao trabalhador, retirando-lhe vários direitos inerentes ao vínculo,
e, no caso, também, acarretando a perda da sua estabilidade provisória no emprego, sua comprovação não
pode ficar na superficialidade das alegações, das circunstâncias e dos indícios. É necessária a prova
incontestável do fato e do seu enquadramento nas hipóteses do art. 482 da CLT. No presente caso, não restou
suficientemente comprovada a conduta faltosa do reclamante, diversamente do que procura fazer crer a
reclamada. Recurso autoral conhecido e provido. (TRT-1 - RO: 01000261020175010017 RJ, Relator: SAYONARA
GRILLO COUTINHO LEONARDO DA SILVA, Data de Julgamento: 09/05/2018, Gabinete da Desembargadora
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da Silva, Data de Publicação: 23/05/2018)
JUSTA CAUSA. INDISCIPLINA. MANOBRA EM CARRO DE MORADORES PROIBIDA PELAS NORMAS DO CONDOMÍNIO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO CONHECIMENTO PELO
EMPREGADO DA ORDEM EMANADA PELO EMPREGADOR. Não foi demonstrado que o autor tenha cometido ato de indisciplina, pois não teve ciência da ordem. Ademais, houve
discriminação na penalidade aplicada, pois era praxe a manobra dos carros pelos porteiros, não tendo sido aplicada justa causa aos demais empregados que cometeram o mesmo ato. O
prejuízo ao veículo não é grave o suficiente para justificar a aplicação da pena máxima ao empregado. (...) (TRT-1 - RO: 00013578420125010052 RJ, Relator: Volia Bomfim Cassar, Data de
Julgamento: 06/11/2013, Segunda Turma, Data de Publicação: 14/11/2013)
JUSTA CAUSA. CONTEMPORANEIDADE. PUNIÇÃO POSTERIOR AO AJUIZAMENTO DA RECLAMAÇÃO: Insubsistência. Na hipótese vertente, em que pese a primeira ré ter afirmado que a
autora não mais compareceu ao serviço a partir de meados de novembro, somente convocou-a para retornar ao trabalho no dia 10 de janeiro de 2014, ou seja, quando já transcorridos
muito mais de trinta dias do afastamento e, ainda, quando já ajuizada a demanda sob exame. Logo, não há como afirmar que a autora tivesse a intenção de abandonar o emprego, se
antes do trintídio legal já havia ajuizado esta ação. Não bastassem tais aspectos, observa-se que a empresa não formalizou a ruptura do contrato de trabalho, como lhe competia, nem o
ajuizamento da competente ação de consignação em pagamento. Se o empregador, ciente da falta do empregado não a pune e só vem a fazê-lo após o ajuizamento da reclamação, há
violação à exigência de contemporaneidade entre a ciência da falta e sua punição, a qual está na fundamentação do princípio do perdão tácito. Relator: Juiz Convocado Eduardo Henrique
Raymundo von Adamovich Recorrente: Verzani & Sandrini Ltda. Recorridos: Ângela Tiago Santiago Condomínio Geral Norte Shopping (TRT-1 - RO: 00114068720135010073 RJ, Data de
Julgamento: 26/01/2016, Nona Turma, Data de Publicação: 01/03/2016)
JUSTA CAUSA. A justa causa é conceituada pela melhor doutrina como sendo todo ato faltoso grave, praticado por uma das partes na relação de emprego, que autorize a outra a resolver
o contrato de trabalho, sem ônus para o denunciante. Para ser acolhida judicialmente, a justa causa, como pena capital aplicável à relação subordinada de trabalho, deve ser
robustamente comprovada pelo empregador, o que não ocorreu na presente relação processual.
(TRT-1 - RO: 01002855520175010065 RJ, Relator: ALVARO LUIZ CARVALHO MOREIRA, Data de Julgamento: 27/11/2018, Gabinete do Desembargador Alvaro Luiz Carvalho Moreira, Data
de Publicação: 12/12/2018)
RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. RUPTURA CONTRATUAL. DISPENSA POR JUSTA CAUSA. CONDUTA TIPIFICADA NA ALÍNEA J, DO ARTIGO 482 DA CLT COMPROVADA. Tratando-se de imputação
que macula a vida profissional do trabalhador, deve ser cabalmente demonstrada, de forma que emerja dos autos, de forma cristalina, que sua conduta inviabilizou o prosseguimento da relação de
emprego. Nesse sentido, produzidas pela reclamada provas testemunhais que corroboram a tese alusiva à prática de falta grave pelo reclamante, suficiente à justa ruptura do contrato de trabalho,
observadas a imediatidade da punição e a proporcionalidade entre a falta e a sanção aplicada, imperiosa a manutenção da r. sentença. Recurso Ordinário do reclamante conhecido e não provido.
(TRT-1 - RO: 00113256520155010301, Relator: MARCIA LEITE NERY, Data de Julgamento: 31/01/2017, Quinta Turma, Data de Publicação: 08/02/2017)