Você está na página 1de 34

PEIM

(procedimento estético
injetável para microvasos)
PROF. ENF° IVISLEY CARLOS
Ivisley carlos
Enfermeiro
especialista: UTI; dermato e estética
experiencias profissionais:
Hospitalar ( PS e UTI)
Pré hospitalar ( SAMU 192 e Via Bahia)
Docência ( prof titular de enfermagem UNIP)
RT da Clínica Studio i
PEIM
Histórico das substancias
• 1682 (Suíça): introdução de ácido em veias – obter trombose;
• 1813 (Itália): sugestão do uso de álcool absoluto;
• 1849 (França): invenção da seringa e agulha. Percloreto de ferro –
aneurisma. Início dos tratamentos com esclerosantes;
• 1904: Fenol a 5%;
• 1906: iodeto de potássio;
• 1920: carbonato de sódio;
Histórico das substancias
• Açúcar de uva a 50%;
• Bicloreto de mercúrio a 1%;
• O sulfato de quinino a 12%;
• Várias foram as complicações e efeitos colaterais dessas soluções ➯
levou ao descrédito do método por vários anos;
• Meados do século XX: surgimento de novas substâncias e técnicas ➯
método ganhou novo impulso (melhores resultados alcançados),
• 2015: PEIM – glicose 50 a 75%
MECANISMO DO PROCEDIMENTO
• Injeção de produto químico dentro de microvasos prejudicados;
• Fibrose + irritação do endotélio = trombose, reorganização e
desaparecimento do microvaso,
• Endurecimento e obstrução do fluxo sanguíneo,
• Com a obstrução, o sangue buscará veias mais saudáveis para voltar a
fluir na região, melhorando o aspecto estético e proporcionando uma
aparência saudável. O sangue não pode mais penetrar por ali,
evitando a formação de novas telangiectasias no mesmo local.
SURGIMENTO DE MICROVASOS
• Varicoses são um conjunto de pequenas veias (telangiectasias e veias
reticulares) -> distúrbios vasculares mais comuns das extremidades
inferiores.
ORIGEM DAS VARIZES
• Veias dos membros inferiores:
1) Superficiais: ficam na camada de gordura abaixo da pele e são visíveis;
2) Comunicantes: ligam as duas,
3) Profundas: ficam no meio da musculatura da perna e não são visíveis,
• Válvulas: estruturas presentes nas veias. Sangue das pernas ➯ coração,
contra a gravidade. Sangue da veia superficial ➯ profunda (através da
veia comunicante). Impedem que o sangue faça um caminho errado,
mesmo quando a pessoa está de pé ou sentada. Válvulas doentes ➯
inversão no caminho ➯ aumento do volume de sangue dentro da veia
superficial ➯ dilatação e aparecimento de varizes.
FORMAÇÃO DE VASOS E MICROVASOS
CAUSAS
• Pré-disposição familiar;
• Predominante no sexo feminino;
• Terapia hormonal (estrógenos);
• Posição ereta prolongada;
• Exposição a fontes de calor;
• Insuficiência venosa;
• Traumas;
• Sobrepeso,
• Obesidade.
APRESENTAÇÃO TELANGIECTASIA
• A) Simples;
• B) Arborizadas;
• C) Aracneiforme,
• D) Pápulas.
Procedimento Estético Injetável para
Microvasos (PEIM)
• Varizes e telangiectasias de membros inferiores: alto percentual de
acometimento na raça humana;
• Pesquisa de métodos que possam resolver o problema das
telangiectasias de forma eficaz e sem complicações,
• Opções estéticas: biotecnologias (laser ND YAG ou a Luz Intensa
Pulsada), agentes esclerosantes, e a associação de ambos - cada um
com suas características e indicações.
Objetivo ideal
• Idealmente, a fibrose induzida pela injeção da solução esclerosante
(nas suas diversas modalidades) deveria ocorrer sem ou com um
mínimo de trombose venosa. No entanto, normalmente essa
trombose ocorre, e às vezes de maneira intensa, podendo resultar em
sequelas indesejáveis:
• 1) Hipercromia de pele,
• 2) Processos inflamatórios acentuados, etc. OBS: mais fácil de ocorrer
em vasos de maiores calibres e mais raramente em telangiectasias.
Glicose hipertônica a 75%
• Profissionais anteriormente adeptos a técnica de espuma ➯
substituição: bom rendimento quanto à capacidade esclerosante e
principalmente por ser praticamente isenta de efeitos colaterais.
Mecanismo de ação geral
Todos os agentes causam lesão vascular endotelial e levam à esclerose
do vaso alvo, mas através de diferentes mecanismos:
Soluções esclerosantes:
A intensidade e a extensão dessa lesão é que vão definir a capacidade
esclerosante da solução empregada.
Agentes esclerosantes
• Podem ser usados na atualidade em três grandes grupos, com base
em seus mecanismos de ação, todos com objetivo de causar uma
endoesclerose:
• 1) Irritantes químicos;
• 2) Detergentes,
• 3) Osmóticos.
Glicose a 50 e a 75%
Glicose hipertônica a 75%
• Glicose hipertônica a 75% - alta concentração de soluto;
• Mais utilizada no Brasil atualmente;
• É muito viscosa na concentração de 75%: dificulta sua injeção com
agulha de fino calibre - injeção lenta e com baixa pressão,
• Essa dificuldade se converte em grande vantagem ao prevenir a
ocorrência de úlceras pós-esclerose pois, a injeção rápida e com
grande pressão, causa um fluxo retrógrado do agente esclerosante
para a rede arteriolocapilar, com destruição desta e,
consequentemente, ulceração isquêmica da pele.
Glicose a 75%
• Dor;
• Ardência local;
• Cãibras;
• Sintomas que duram minutos;
• Aplicar gelo antes e acrescentar lidocaína a 1% ou 2% sem vasoconstritor;
proporção de 1 mL em cada 10 mL de glicose;
• Altera a célula da parede do vaso, fazendo com que ele seja reabsorvido;
• Quando o líquido continua na circulação e atinge os vasos maiores, é
diluído pelo sangue e perde a concentração/efeito – minimizando efeitos
indesejáveis.
PEIM
Contraindicações
• Relativas: gravidez, longo período acamado, recente episódio de
tromboflebite superficial ou trombose profunda, diabete
descompensada, tumor maligno e doença da glândula supra-renal.
• Absolutas: Doenças hepáticas (hepatite virótica aguda, tóxico ou
droga induzida, cirrose), estado febril, alergia e bronquite asmática.
Doenças do coração (miocardites e endocardites).
Falha da técnica
• Injeção de volumes excessivos de esclerosante;
• Injeção fora do microvaso;
• Pressão exagerada na punção ➯ inflamação perivascular extensa ➯
angiogênese
Compressão após PEIM
• A compressão após o PEIM permite que as paredes dos vasos fiquem
próximas, permitindo que a destruição endotelial seja mais efetiva.
Melhora o apuramento clínico dos vasos e reduz a pigmentação pós
escleroterapia.
• Imediatamente após e de 3 dias até 3 semanas.
Compressão após PEIM
• Acima do joelho, coxa-alta e meia calça podem ser usadas de acordo
com as áreas de tratamento,
• Muitas veias aranhas localizadas na parte inferior da perna estão
associadas com uma veia reticular problemática que se estende acima
do joelho (tais como o sistema venoso lateral), e por isso o
tratamento e compressão de todo o sistema deve ser usado.
Recomendações para a compressão após
PEIM
• Somente telangiectasia – 15 a 20 mm Hg,
• A compressão ideal é de 2 a 3 semanas, o mais crítico e importante
são os 3 primeiros dias.
Resultados esperados
• Com a utilização de solução hipertônica de glicose pode levar até 2 a
5 sessões de tratamento para produzir resultados satisfatórios. Em
alguns pacientes, mais sessões podem ser necessárias.
Complicações
• Fosqueamento de telangiectasias: “blush" ou • Anafilaxia (não ocorre com
redes capilares finas depois do tratamento;
• Telangiectasias secundárias/angiogênese;
glicose);
• Hiperpigmentação; • Danos a nervos (safena e sural);
• Urticária;
• Edema temporário;
• Trombose venosa profunda;
• Formação de microtrombos; • Embolia pulmon
• Hematomas;
• Flebite (inflamação nas veias);
• Dermatite de contato;
• Bolhas de atrito; • Não desaparecimento;
• Necrose (úlcera); • Recidivas
• Foliculite;
• Injeção arterial;
Prevenção de varizes
• Meias elásticas;
• Evitar o sol e o calor;
• Evitar excesso de peso;
• Fazer exercícios físicos;
• Evitar o uso de anticoncepcionais hormonais;
• Evitar ficar sentado ou em pé por muito tempo;
• Não há cura!
Técnica
• Assepsia local;
• Gelo;
• Lidocaína associada;
• Líquido esclerosante: introdução da agulha com ângulo de 15º a 45º nos vasos de maior calibre,
até que o vasinho seja preenchido - iniciar injeção e observar desaparecimento imediato – poderá
ficar visível logo após;  Seringas de 1 mL e microagulhas 30G;
• Injetar até formar pequenas pápulas;
• Parar e iniciar em nova área;
• Comprimir as punções com micropore, esparadrapo ou faixa elástica;
• Sessões quinzenais;
• Não ultrapassar 10mL por sessão, independente da quantidade; Hematomas e inchaço:
pomadas – trombofob, heparina sódica, venalot ou hirudoid – 3 a 5x/dia,
• Desconforto inicial e coceira logo após – pedir para não coçar
Equimoses
Registro fotográfico
• Local com boa iluminação;
• Fundos uniformes, de preferência brancos;
• Fotografar os membros inteiros – anterior e posterior;
• Fotografar as áreas – ver melhor posição que evidencie,
• Buscar pontos que irão diferenciar os lados do corpo; como joelhos,
panturrilha e pés,
• Identificar o paciente a foto, para melhorar a busca nos arquivos.
Recomendações pós procedimento
• Imediatamente após: manter as pernas com compressão – meia elástica
indicada por profissional – usar todos os dias, principalmente nos 3 primeiros;
• Evitar grandes caminhadas e ficar em pé por longos períodos no dia do
tratamento;
• Evitar atividades de impacto ou carregar grandes pesos nas primeiras 24h;
• Não tomar banho muito quente durante o tratamento;
• Não se expor ao sol enquanto tiver vestígios e sinais da aplicação;
• Depilação, massagem e atividade física após 12-24h,
• Não comparar resultados com outras pessoas – respostas variam – seguir
recomendações.
VAMOS A PRÁTICA?

Você também pode gostar