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FISCALIDADE

Joana Canelas

23 a 26 de Outubro de 2017
Conteúdos

• Aspectos Gerais dos Impostos


• Imposto Industrial
• Imposto sobre o Rendimento de Trabalho
• Imposto sobre a Aplicação de Capitais
• Imposto Predial Urbano
• Imposto de Selo
• Imposto de Consumo
• Outros Impostos e Regimes Especiais
Noção de Imposto

• Prestação unilateral, definitiva, pecuniária ou patrimonial

– estabelecido por lei a favor do Estado ou de outra pessoa colectiva pública

– sem carácter de sanção

– com vista a cobertura de despesas públicas ou a prossecução de


objectivos de ordem económica e social
Objectivos dos Impostos

• Vários objectivos associados:


– Objectivos Fiscais - os impostos visam a obtenção de receitas para financiamento
das despesas públicas, isto é, «a satisfação das necessidades financeiras do
Estado».
– Objectivos sociais - Os impostos visam a repartição justa da riqueza e dos
rendimentos, a diminuição das desigualdades, tendo em conta as necessidades e os
rendimentos do agregado social, operando-se assim uma verdadeira redistribuição
de riqueza
Classificação dos impostos

• Directos e indirectos;

• Sobre o rendimento, sobre o património e sobre a despesa;

• Reais e Pessoais;

• De prestação fixa e impostos de prestação variável

• Periódicos e de obrigação única

• Principais e acessórios
Classificação dos impostos

• Directos e indirectos;

– Impostos Directos
 Aqueles em que existe uma identificação concreta do contribuinte,
sobre o seu património colectável ou rendimento tributável.
 EX: Imposto Industrial, Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, …

– Impostos Indirectos
 Aqueles que surgem com a ocorrência de certas despesas ou
aquisições de bens para o consumo ou utilização.
 Tributem INDIRECTAMENTE o rendimento

 EX: Imposto de selo, Imposto de Consumo


Classificação dos impostos

• Reais e Pessoais:

– Impostos Reais
 Objectivos ou Não Personalizados

 não atendem à situação pessoal do contribuinte.

 Ex: Imposto de Consumo

– Impostos Pessoais
 Subjectivos ou Personalizados

 atendem à situação pessoal do contribuinte

 Ex: IRT
Classificação dos impostos

• De prestação fixa e impostos de prestação variável:

– Prestação Fixa
 Valor único

– Prestação Variável
 Proporcionais

 Progressivos

 Regressivos
Classificação dos impostos

• Periódicos e de obrigação única:

– Impostos Periódicos
 aqueles que se renovam nos sucessivos períodos de tributação
(geralmente anuais).
 Ex: IRT, Imposto Industrial, Taxa de Circulação

– Impostos de obrigação única


 aqueles que tributam actos ou factos isolados, dando origem a uma
única obrigação tributária, que não se renova.
 Ex: SISA, Imposto sobre as Sucessões e Doações
Conceitos associados aos impostos

• Incidência:
– Objectiva – factos sobre os quais incide o imposto
– Subjectiva – Sujeitos sobre os quais recai a obrigação de pagar o imposto

• Matéria Colectável
– Valores sobre os quais vai incidir a taxa de imposto

• Colecta
– Valor do imposto a pagar resultante da aplicação da taxa de imposto à matéria
colectável
Imposto Industrial

• Imposto Industrial:
– Aprovado pela Lei Nº19/2014 de 22 de Outubro
– Pretende tributar de uma forma unitária o rendimento das pessoas colectivas
– Características:

 Imposto sobre o rendimento


 Directo (tributam manifestações directas ou imediatas da riqueza)
 Pessoal (visa a tributação dos rendimentos das pessoas colectivas atendendo à
sua situação pessoal
 Estadual (O Estado é o sujeito activo)
 Proporcional (a taxa mantém-se constante)
 Global (incide sobre o conjunto dos rendimentos)
Imposto Industrial

• Incidência [objectiva] – Artº1º:


– O imposto industrial incide sobre os lucros imputáveis ao exercício de qualquer
actividade de natureza comercial ou industrial, ainda que acidentais.
– Consideram-se actividades de natureza comercial ou industrial:

 Exploração agrícola, aquícola, avícola, pecuária, piscatória e silvícola


 Mediação, agência ou representação na realização de contratos de qualquer
natureza;
 Actividades reguladas pela entidade de supervisão de seguros, entidade de
supervisão de jogos, pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e pela Comissão do
Mercado de Capitais;
 Gestão de carteiras de imóveis, de participações sociais de títulos;
 Actividades desenvolvidas por fundações, fundos autónomos, cooperativas e
associações de beneficiência.
Imposto Industrial

Sujeitos passivos Incidência de Imposto Industrial

As sociedades comerciais ou civis sob forma


comercial, as cooperativas, fundações, associações,
fundos autónomos, empresas públicas e as demais
pessoas colectivas de direito
público ou privado, com sede ou direcção efectiva em
território angolano
Lucros realizados em Angola
As entidades desprovidas de personalidade jurídica, Incidência de Imposto Industrial
com sede ou direcção efectiva em território e no estrangeiro
angolano, cujos rendimentos não sejam directamente
tributáveis em sede de Imposto Industrial na
titularidade de pessoas singulares ou colectivas.

Sucursais de sociedades não residentes


Imposto Industrial

Sujeitos passivos Incidência de Imposto Industrial

Lucros imputáveis ao estabelecimento estável


situado em Angola;

Lucros imputáveis às vendas em Angola, de


Pessoas colectivas não residentes em
mercadorias da mesma natureza ou de natureza
território angolano que detenham
similar, vendidas pelo estabelecimento estável;
estabelecimento estável em Angola.
Lucros imputáveis a outras actividades comerciais
em Angola, da mesma natureza ou de natureza
similar às exercidas pelo estabelecimento estável.

Pessoas colectivas não residentes em Serviços prestados em território angolano – as


território angolano, ainda que não pessoas colectivas serão colectadas, em sede de
possuam estabelecimento estável no Imposto Industrial, à taxa liberatória, através do
País. regime de tributação de serviços acidentais.
Imposto Industrial

• Grupos de Tributação– Artºs 7º a 11º

Grupo Sujeitos passivos Incidência de Imposto

Empresas públicas e entes equiparados;


Sociedades com capital social igual ou
superior a AKZ 2.000.000;
Sociedades cujos proveitos totais anuais Matéria colectável determinada
sejam de valor igual ou superior a AKZ a partir da contabilidade e
A 500.000.000;
Associações, fundações e cooperativas, cuja
apurada em conformidade com
os ajustamentos fiscais
previstos nos termos do Código
actividade gere proveitos adicionais às do Imposto Industrial.
dotações e subsídios recebidos dos seus
associados, cooperantes ou mecenas;

Sucursais de sociedades não residentes


Imposto Industrial

• Grupos de Tributação– Artºs 7º a 11º

Grupo Sujeitos passivos Incidência de Imposto

Todos os sujeitos passivos não abrangidos


pelo Grupo A; Matéria colectável determinada
a partir da contabilidade e
apurada em conformidade com
os ajustamentos fiscais
previstos nos termos do Código

B
do Imposto Industrial;
Contribuintes que devem imposto somente
pela prática de alguma operação ou acto Ou
isolado de natureza comercial ou industrial.
Matéria colectável
correspondente ao volume
de vendas de bens e serviços
prestado
Imposto Industrial

• Determinação Matéria Colectável – Artºs 12º a 50º


– O lucro tributável corresponde ao saldo revelado pela conta de resultados do
exercício, consistindo na diferença entre todos os proveitos ou ganhos realizados e
os custos ou gastos incorridos no exercício, uns e outros, eventualmente corrigidos
nos termos do Código do Imposto Industrial
– Determinado com base na declaração fiscal – Modelo 1 e nas Demonstrações
Financeiras da entidade
– Quando necessário a AGT pode recorrer a métodos indirectos de apuramento (artº12
Nº2)
Imposto Industrial

• Determinação Matéria Colectável – Artºs 12º a 50º


– PROVEITOS:

 Ganhos resultantes de vendas e prestações de serviços, bónus, comissões e


descontos conseguidos
 Ganhos resultantes de operações de caracter social
 Juros, dividendos e similares
 Variações Patrimoniais positivas
 Mais – valias realizadas
 Indemnizações
 Ganhos resultantes da propriedade industrial e outros direitos
 Etc, etc
Imposto Industrial

• Determinação Matéria Colectável – Artºs 12º a 50º


– CUSTOS:

 Encargos relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ou serviços, tais


como materiais utilizados, mão-de-obra, energia e outros gastos gerais de
fabricação, conservação e reparação.
 Encargos de distribuição e venda, incluindo transporte, seguros, publicidade e
colocação de mercadorias;
 Juros e outros custos financeiros
 Encargos de natureza administrativa: remunerações, ajudas de custo, rendas,
consumíveis, etc.
Imposto Industrial

• Determinação Matéria Colectável – Artºs 12º a 50º


– CUSTOS:

 Encargos com análises, racionalização, investigação, consulta e formação do


pessoal.
 Amortizações – dentro de certos limites especificamente estipulados num
decreto próprio
 actualmente em vigor Decreto Presidencial Nº207/15 de 5 de Novembro
 Indemnizações e prejuízos resultantes de eventos cujo risco não seja segurável
 Encargos com assistência social
 Créditos incobráveis
Imposto Industrial

• Determinação Matéria Colectável – Artºs 12º a 50º


– CUSTOS NÃO DEDUTÍVEIS:

 O Imposto Industrial, IPU, IRT, o Imposto sobre a Aplicação de Capitais, e outros


impostos
 As multas e todos os encargos pela prática de infracções de qualquer natureza
 Correcções da matéria colectável relativas a exercícios anteriores
 Seguros dos ramos vida e saúde cujo benefício não seja atribuído à
generalidade do pessoal da empresa
 Juros de empréstimos dos sócios
 Donativos que não cumpram as regras estabelecidas na Lei do Mecenato
 Despesas Confidenciais
 Custos não documentados nos termos do Regime Jurídico das Facturas e
Documentos Equivalentes (RJFDE).
Imposto Industrial

• Determinação Matéria Colectável – Artºs 12º a 50º


– Requisitos das facturas segundo o Regime Jurídico das Facturas e Documentos
Equivalentes (RJFDE):
 Facturas emitidas por um sistema informático de facturação
 Data (do documento e do vencimento)
 Numeração sequencial
 Nome, NIF e morada do fornecedor ou prestador de serviços
 Quantidade e descrição dos bens ou serviços
 Preço final em moeda nacional (com todos os elementos)
 Taxas e impostos quando aplicável, etc..
Imposto Industrial

• Determinação Matéria Colectável – Artºs 12º a 50º


– Tributações Autónomas:

 Valores a acrescer à matéria colectável

Custos Definição Taxa

Custos Custos em que a documentação de suporte da


indevidamente despesa apenas identifica o nome ou entidade legal 2%
documentados e o respectivo NIF do beneficiário do pagamento.
Custos em que não existe documentação válida de
Custos não
suporte, mas em que a ocorrência e natureza da 4%
documentados
despesa são materialmente comprováveis
Custos em que não existe documentação válida de
Despesas
suporte e em que a ocorrência e a natureza da 30%/50%
confidenciais
despesa não são materialmente comprováveis
Imposto Industrial

• Determinação Matéria Colectável – Artºs 12º a 50º


– Deduções à Matéria Colectável:

 Proveitos ou ganhos sujeitos a IPU e a Imposto sobre Aplicação de Capitais


(IAC
 Prejuízos fiscais
 até 3 anos anteriores*
 Benefício fiscal dos lucros levados a reservas de reinvestimento
 até 3 anos seguintes devem ser reinvestidos*
Imposto Industrial

• Taxas – Artº 64º

Rendimento Taxa

Matéria colectável apurada nos termos do Código do Imposto


30%
Industrial
Rendimentos provenientes de actividades exclusivamente agrícolas,
15%
aquícolas, avícolas, piscatórias e silvícolas
Liquidação provisória sobre prestações de serviços 6,5%

Liquidação provisória sobre vendas 2%

Tributação liberatória sobre serviços acidentais prestados por não


6,5%
residentes sem estabelecimento estável em Angola
Imposto Industrial

• Liquidação e Pagamento – Artºs 66º a 76º

Declaração Grupo Informação a acompanhar Prazo

• Demonstração de resultados por


natureza
• Balanço;
• Balancete do razão e balancete geral
analítico, antes e depois do
Modelo 1 em apuramento de resultados, e
A 31 de Maio
duplicado respectivos anexos, devidamente
assinados pelo contabilista
responsável pela sua elaboração;
• Mapa de amortizações e
reintegrações de bens do activo
imobilizado
Imposto Industrial

• Liquidação e Pagamento – Artºs 66º a 76º

Declaração Grupo Informação a acompanhar Prazo

• Balanço;
• Balancete geral analítico antes e depois dos
lançamentos de rectificação ou regularização e
Modelo 1
de apuramento de resultados
• Demonstração de Resultados e anexos;
• Relatório técnico.

B • Os contribuintes do Grupo B que não disponham 30 de Abril


de contabilidade organizada apresentarão a
Declaração Modelo 2, em duplicado,
relativamente ao conjunto de actividades
Modelo 2
exercidas no ano anterior, assinada por
contabilista, que permita o apuramento integral
das vendas e prestações de serviços ou das
compras efectuadas e serviços contratados
Grandes Contribuintes

• Regime de tributação de grupos de sociedades


 Os grupos societários que sejam dominados por um Grande Contribuinte poderão
optar pela sujeição a tributação pela soma total dos resultados fiscais positivos e/ou
negativos das empresas que o constituem.

• Requisitos
 As sociedades que sejam detidas pela sociedade dominante, directa ou
indirectamente, em mais de 90% (ou desde que tal participação lhe confira mais de
metade dos direitos de voto);
 As sociedades dominadas e dominante devem ter sede e direcção efectiva em
Angola;
 A participação da sociedade dominante na sociedade dependente deve ter uma
antiguidade superior a dois anos (com excepção das sociedades constituídas pela
própria sociedade dominante);
Grandes Contribuintes

• Requisitos
– A sociedade dominante não pode ser detida por nenhuma outra sociedade com sede
ou direcção efectiva em Angola, com condições de integrar o grupo de sociedades
– As sociedades dominantes e dominadas não podem:

 estar inactivas há mais de um ano ou contra si terem pendente acções ou


processos de insolvência, liquidação, dissolução ou execução fiscal
 Ter registado prejuízos fiscais nos últimos dois exercícios fiscais anteriores à
data do pedido de inclusão no regime
 Ser beneficiárias de incentivos fiscais atribuídos ao abrigo da Lei de Bases do
Investimento Privado
Exercícios

• Exercícios 
• 6 e 7 do Manual
• Página 45
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Imposto Industrial:
– Aprovado pela Lei Nº18/2014 de 22 de Outubro
– Pretende tributar de uma forma unitária o rendimento das pessoas singulares
– Características:

 Imposto sobre o rendimento


 Directo (tributam manifestações directas ou imediatas da riqueza)
 Pessoal (visa a tributação dos rendimentos das pessoas colectivas atendendo à
sua situação pessoal
 Estadual (O Estado é o sujeito activo)
 Progressivo (à medida que aumenta o rendimento, aumenta a taxa)
 Global (incide sobre o conjunto dos rendimentos)
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Incidência - Artºs1º a 4º
– Objectiva:

 Rendimentos por conta própria ou por conta de outrem, expressos em dinheiro,


ainda que auferidos em espécie, de natureza contratual ou não contratual,
periódicos ou ocasionais, fixos ou variáveis, independentemente da sua
proveniência, local, moeda, forma estipulada para o seu cálculo e pagamento .
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Incidência - Artºs1º a 4º
– Subjectiva:

 Pessoas singulares residentes e não residentes em território angolano, cujos


rendimentos derivem de serviços prestados, directa ou indirectamente, a pessoas
singulares ou colectivas com domicílio, sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável em Angola.
 Consideram-se sempre obtidos em território angolano os rendimentos derivados de:
 Actividades de tripulantes de navios ou aeronaves pertencentes a empresas que
possuam no território nacional sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável
 Actividades dos titulares de cargos de gerência, administração e órgãos sociais
de sociedades que tenham a sua sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável em Angola.
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Incidência Objectiva - Artº1º

Rendimentos sujeitos a IRT

Ordenados, vencimentos, salários, honorários, avenças, gratificações,


subsídios, prémios, comissões, senhas de presença, emolumentos,
participações em multas, custas, margens, rendimentos comerciais e
industriais, bem como outras remunerações acessórias

Abonos para falhas, subsídios diários de representação, de viagens ou


deslocações e quaisquer outras importâncias da mesma natureza

Remunerações dos detentores de participações sociais pelo desempenho de


trabalho nas respectivas sociedades
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Incidência Objectiva - Artº1º

Rendimentos sujeitos a IRT

Remunerações dos membros de órgãos estatutários das pessoas colectivas e


entidades equiparadas

Aumentos patrimoniais e despesas efectivamente realizadas sem a devida


comprovação da origem do rendimento

Remunerações pagas por partidos políticos e outras organizações de


carácter político ou social.
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Incidência Objectiva - Artº2º

Rendimentos NÃO sujeitos a IRT Limite

Prestações sociais pagas pelo Instituto Nacional da


Segurança Social, no âmbito da protecção social Sem Limite
obrigatória

As gratificações de fim de carreira devidas no âmbito Sem Limite


da relação jurídico-laboral
5% do ordenado
Abonos para falhas base do
trabalhador
100% do ordenado
Gratificações de férias e subsídio de Natal base do
trabalhador
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Incidência Objectiva - Artº2º

Rendimentos NÃO sujeitos a IRT Limite

Abono de família, pago pela entidade empregadora 5% do ordenado


privada base do
trabalhador

Contribuições para a Segurança Social Sem Limite

50% do valor do
Subsídios de renda de casa, pago pela entidade contrato de
empregadora privada arrendamento

Compensações pagas por rescisão contratual Limites máximos


independentemente de causa objectiva previstos na LGT
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Incidência Objectiva - Artº2º

Rendimentos NÃO sujeitos a IRT Limite

Salários e outras remunerações devidas aos


trabalhadores eventuais agrícolas e aos trabalhadores
domésticos contratados directamente por pessoas Sem Limite
singulares ou agregados familiares

Subsídios atribuídos por lei aos cidadãos nacionais


portadores de deficiências motoras, sensoriais e Sem Limite
mentais
Subsídios diários, subsídios de representação, Limites definidos
subsídios de viagem e deslocação atribuídos aos por Legislação
funcionários do Estado Própria
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Incidência Objectiva - Artº2º

Rendimentos NÃO sujeitos a IRT Limite

Subsídios diários de alimentação e transporte, 30.000akz – valor


atribuídos a trabalhadores dependentes mensal global

Reembolso de despesas incorridas pelos trabalhadores


dependentes de entidades sujeitas a Imposto
Industrial ou a outros regimes especiais de tributação,
quando deslocados ao serviço da entidade patronal, Sem Limite
desde que estas despesas se encontrem devidamente
documentadas nos termos do Código do Imposto
Industrial e legislação complementar
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Grupos de Tributação – Artº 3º

Grupo Rendimentos

Todas as remunerações auferidas por trabalhadores por conta de outrem e

A
pagas por entidade patronal por força de vínculo laboral
Rendimentos dos trabalhadores cujo vínculo de emprego se encontra
regulado pelo regime jurídico da função pública
Remunerações dos trabalhadores por conta própria que desempenhem,
de forma independente, actividades constantes da lista de profissões

B anexa ao Código do IRT


Rendimentos auferidos pelos titulares de cargos de gerência ou
administração ou pelos titulares de órgãos sociais de sociedades

C Remunerações decorrentes de actividades industriais e comerciais,


constantes da tabela de lucros mínimos
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Isenções – Artºs 5º e 6º

Rendimentos isentos de IRT

Rendimentos dos agentes das missões diplomáticas e consulares


estrangeiras em condições de reciprocidade
Rendimentos do pessoal dos serviços de organizações internacionais, nos
termos dos acordos ratificados pelo órgão competente do Estado
Rendimentos do pessoal ao serviço das organizações não governamentais
ou similares, nos termos estabelecidos nos acordos com entidades
nacionais, com o reconhecimento prévio por escrito do Director Nacional
dos Impostos
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Isenções – Artºs 5º e 6º

Rendimentos isentos de IRT

Rendimentos auferidos pelos deficientes físicos e mutilados de guerra, cujo


grau de invalidez ou incapacidade seja igual ou superior a 50%
Rendimentos auferidos pelos cidadãos nacionais com idade superior a 60
anos derivados do trabalho por conta de outrem
Rendimentos auferidos pelos antigos combatentes, deficientes de guerra e
familiares de combatente tombado ou perecido no exercício das
actividades previstas nos Grupos de tributação A e B

Rendimentos exclusivamente derivados da prestação de serviço militar e


paramilitar nos órgãos de Defesa e Ordem Interna
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Determinação da Matéria Colectável – Artºs 7º a 9º


– Grupo A

Rendimento Colectável

Soma de todas as remunerações

Deduções ao Rendimento Colectável

- Contribuições obrigatórias para a Segurança Social


- Componentes remuneratórias não sujeitas ou isentas
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Determinação da Matéria Colectável – Artºs 7º a 9º


– Grupo B

 remunerações pagas por pessoas colectivas ou pessoas singulares com


contabilidade organizada

Rendimento Colectável

Valor Pago

Deduções ao Rendimento Colectável

30% do rendimento bruto pago


Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Determinação da Matéria Colectável – Artºs 7º a 9º


– Grupo B

 remunerações pagas por outras entidades

Rendimento Colectável
Determinado com base na contabilidade ou registos contabilísticos do
sujeito passivo ou com base nos registos disponíveis sobre compras e
vendas e serviços prestados ou, ainda, com base nos dados que a
administração fiscal disponha
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Determinação da Matéria Colectável – Artºs 7º a 9º


– Grupo B

 remunerações pagas por outras entidades

Deduções ao Rendimento Colectável

- 30% do rendimento bruto de contribuintes que não possuam


contabilidade organizada

- Custo real, até ao limite de 30%, com renda de instalação, remuneração


do pessoal permanente (não superior a 3), consumo de água e energia
eléctrica, comunicações, seguros, trabalhos laboratoriais em
estabelecimentos diferentes dos afectados ao exercício da actividade do
contribuinte, outras despesas indispensáveis à formação do rendimento, no
caso de contribuintes com contabilidade organizada
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Determinação da Matéria Colectável – Artºs 7º a 9º


– Grupo B

 remunerações recebidas por titulares dos cargos de gerência e administração ou


titulares de órgãos sociais de sociedades

Rendimento Colectável

Soma de todas as remunerações

Deduções ao Rendimento Colectável

- Contribuições obrigatórias para a Segurança Social


- Componentes remuneratórias não sujeitas ou isentas
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Determinação da Matéria Colectável – Artºs 7º a 9º


– Grupo C

 volume de facturação do contribuinte é inferior a 4 vezes o valor máximo previsto


na tabela dos lucros mínimos

Rendimento Colectável

Valor constante da tabela de lucros mínimos

Deduções ao Rendimento Colectável

Não Aplicável
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Determinação da Matéria Colectável – Artºs 7º a 9º


– Grupo C

 volume de facturação do contribuinte é igual ou superior a 4 vezes o valor


máximo previsto na tabela dos lucros mínimos

Rendimento Colectável
Volume de vendas de bens e serviços não sujeitos a retenção na fonte no
decorrer do exercício

Deduções ao Rendimento Colectável

Não Aplicável
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Determinação da Matéria Colectável – Artºs 7º a 9º


– Grupo C

 serviços prestados pelo trabalhador sujeitos a retenção na fonte, nos termos do


Código do Imposto Industrial

Rendimento Colectável

Valor do serviço

Deduções ao Rendimento Colectável

Não Aplicável
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Taxas – Artº 16º

Grupos de Tributação Taxa

Rendimentos do Grupo A Tabela anexa

Rendimentos do Grupo B Taxa única de 15%

Rendimentos do Grupo C
- sujeitos a retenção na fonte
- iguais ou superiores a 4 vezes o valor máximo 6,5%
previsto na tabela dos lucros mínimos

Rendimentos do Grupo C
- Imputáveis às actividades industriais e comerciais 30%
constantes da tabela de lucros mínimos
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Taxas – Artº 16º

TABELAS REFERENCIA PARA DESCONTOS - GRUPO A


Nº Limite Inferior Limite Superior Valor Fixo Excesso %IRT
1 - 34 450,00 - - 0%
2 34 451,00 35 000,00 - 34 450,00 5%
3 35 001,00 40 000,00 550,00 35 000,00 7%
4 40 001,00 45 000,00 900,00 40 000,00 8%
5 45 001,00 50 000,00 1 300,00 45 000,00 9%
6 50 001,00 70 000,00 1 750,00 50 000,00 10%
7 70 001,00 90 000,00 3 750,00 70 000,00 11%
8 90 001,00 110 000,00 5 950,00 90 000,00 12%
9 110 001,00 140 000,00 8 350,00 110 000,00 13%
10 140 001,00 170 000,00 12 250,00 140 000,00 14%
11 170 001,00 200 000,00 16 450,00 170 000,00 15%
12 200 001,00 230 000,00 20 950,00 200 000,00 16%
13 230 001,00 25 750,00 230 000,00 17%
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Liquidação e Pagamento – Artºs 10º a 11º

Grupo Responsável Forma de Liquidação Prazo

A Entidade empregadora Retenção na fonte

Entidade pagadora dos


rendimentos quando se
Retenção na fonte Até ao fim
trate de pessoa colectiva ou
pessoa singular com do mês
contabilidade organizada; seguinte ao
B do
Entidade pagadora – pagamento
rendimentos atribuídos a
cargos de gerência ou Retenção na fonte
administração ou órgãos
sociais de sociedades
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Liquidação e Pagamento – Artºs 10º a 11º

Grupo Responsável Forma de Liquidação Prazo

Até ao fim do mês


de Março do ano
Titular do rendimento, nos
B restantes casos
Autoliquidação seguinte àquele a
que respeitam os
rendimentos
Imposto s/ Rendimento do Trabalho

• Liquidação e Pagamento – Artºs 10º a 11º

Grupo Responsável Forma de Liquidação Prazo

Entidade pagadora dos


rendimentos (se trate de
pessoa colectiva ou pessoa Até ao fim do mês
singular com contabilidade Retenção na fonte seguinte ao do
organizada) no caso de pagamento.
rendimentos sujeitos a
retenção na fonte
C
Até ao fim do mês
de Fevereiro do
Titular do rendimento, nos ano seguinte
Autoliquidação;
restantes casos àquele a que
respeitam os
rendimentos.
Exercícios

• Exercícios 
• 8 e seguintes do Manual
• Página 48
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Imposto sobre a Aplicação de Capitais:


– Aprovado pela Lei Nº02/2014 de 20 de Outubro
– Pretende tributar os rendimentos resultantes de investimentos financeiros
– Características:

 Imposto sobre o rendimento


 Directo (tributam manifestações directas ou imediatas da riqueza)
 Pessoal (visa a tributação dos rendimentos das pessoas singulares/colectivas
atendendo à sua situação pessoal)
 Estadual (O Estado é o sujeito activo)
 Proporcional (a taxa mantém-se constante)
 Global (incide sobre o conjunto dos rendimentos)
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Incidência [objectiva] – Artº1º:


– O Imposto de Aplicação de Capitais incide sobre os rendimentos provenientes da
simples aplicação de capitais e divide-se em duas secções: A e B.

• Incidência [subjectiva] – Artº2º:


– O Imposto sobre a Aplicação de Capitais [IAC] é devido pelos titulares dos
respectivos rendimentos, sem prejuízo da sua exigência a outras entidades em
casos especialmente previstos no Código do IAC.
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Secção A – Artºs 3º a 8º:


– Juros dos capitais mutuados [ex: depósitos]
– Rendimentos provenientes dos contratos de abertura de crédito
– Rendimentos originados pelo diferimento no tempo de uma prestação ou pela mora
no pagamento, ainda que auferidos a título de indemnização ou de cláusula penal,
estipuladas nos contratos;
– Letras e livranças de natureza distinta de meros títulos de pagamento ou cujo
pagamento excedeu o prazo previsto, caso em que assumem a natureza de títulos
de colocação de capitais.
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Secção B – Artºs 9º a 11º:


– Lucros atribuídos aos sócios ou accionistas das sociedades comerciais ou civis sob
a forma comercial, bem como o repatriamento dos lucros imputáveis a
estabelecimentos estáveis de não residentes em Angola
– Importâncias ou valores atribuídos aos sócios das sociedades cooperativas, desde
que constituam remunerações do capital
– Juros, prémios de amortização ou reembolso e outras formas de remuneração das
obrigações, títulos de participação ou outros títulos análogos emitidos por qualquer
sociedade
– O saldo dos juros apurados escriturados em conta corrente
– Importâncias atribuídas a empresas singulares ou colectivas a título de indemnização
pela suspensão da sua actividade
– Juros dos depósitos à ordem e a prazo
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Secção B – Artºs 9º a 11º:


– Lucros que as pessoas singulares ou colectivas aufiram em regime de conta em
participação
– Emissão de acções com reserva de preferência na subscrição
– Royalties
– Juros, prémios de amortização ou reembolso e outras formas de remuneração dos
Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e Títulos do Banco Central
– O saldo positivo, apurado em cada ano, entre as mais-valias e menos-valias
realizadas decorrentes da alienação de participações sociais ou outros instrumentos
que gerem rendimentos sujeitos a IAC
– Prémios de jogo de fortuna ou azar, rifas, lotarias ou apostas, qualquer que seja a
sua natureza ou proveniência
– Quaisquer outros rendimentos derivados da simples aplicação de capitais, não
compreendidos na secção A
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Isenções [objectivas] – Artºs 12º a 14º

Secção Responsável

Juros das vendas a crédito dos comerciantes relativos a


produtos ou serviços do seu comércio ou indústria, bem como
o juro ou qualquer compensação da mora no pagamento do
respectivo preço
A Juros dos empréstimos sobre apólices de seguros de vida, feitos
por sociedades de seguros
Rendimentos das instituições financeiras e das cooperativas,
quando sujeitas a Imposto Industrial, ainda que dele isentas
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Isenções [objectivas] – Artºs 12º a 14º

Secção Responsável

Lucros ou dividendos distribuídos por uma entidade com sede


ou direcção efectiva em Angola a uma pessoa colectiva ou
equiparada com sede ou direcção efectiva em Angola sujeita a
Imposto Industrial, ainda que dele isenta, que detenha uma
participação no capital social da entidade distribuidora não
inferior a 25%, por um período superior a um ano antes da
B distribuição dos lucros;

Juros de instrumentos que se destinem a fomentar a poupança,


até ao limite do capital de AKZ 500.000 por pessoa
Juros das contas-poupança habitação criadas pelas instituições
financeiras
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Taxas – Artº 27º

Secção Rendimentos Taxa

A Todos os rendimentos desta secção 15%

- Saldo dos juros apurados ou escriturados em conta


corrente
- Prémios de jogo, fortuna ou azar, rifas, lotarias ou
B apostas, qualquer que seja a sua natureza ou
proveniência
15%
- Quaisquer outros rendimentos derivados da simples
aplicação de capitais, não compreendidos na Secção A.
Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Taxas – Artº 27º

Secção Rendimentos Taxa

- As importâncias atribuídas a empresas singulares ou


colectivas a título de indemnização pela suspensão da sua
actividade
- Juros, prémios de amortização ou reembolso e outras formas 15%
B de remuneração das obrigações de empresas privadas,
Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e Títulos do Banco
Central

Restantes rendimentos previstos na Secção B. 10%


Imposto s/ Aplicação de Capitais

• Liquidação e Pagamento – Artºs 28º a 34º

Rendimento Entidade Responsável Prazo

Até ao fim do
Rendimentos sujeitos a retenção na Entidade que efectuou a
mês seguinte ao
fonte (ambas as secções) retenção
do pagamento.

Até ao fim do
mês seguinte
Titular/ beneficiário dos
Restantes casos àquele a que
rendimentos
respeitam os
rendimentos.
Exercícios

• Exercícios 
• 8 e seguintes do Manual
• Página 48
Imposto Predial Urbano

• Imposto Predial Urbano:


– Aprovado pelo Diploma Legislativo Nº4044 de 13 de Outubro de 1970
– Actualizado pela Lei Nº18/11 de 21 de Abri
– Pretende tributar os rendimentos os rendimentos de prédios urbanos
– Características:
 Imposto sobre o rendimento
 Directo (tributam manifestações directas ou imediatas da riqueza)
 Pessoal (visa a tributação dos rendimentos das pessoas singulares/colectivas
atendendo à sua situação pessoal)
 Estadual (O Estado é o sujeito activo)
 Proporcional (a taxa mantém-se constante)
 Global (incide sobre o conjunto dos rendimentos)
Imposto Predial Urbano

• Incidência – Artºs 1º a 4º:

Situação do Imóvel Base tributável Sujeito Passivo

Valor da Renda, expresso Titulares do direito aos


Arrendados
em moeda corrente rendimentos dos prédios

Proprietário,
usufrutuário ou
Não Arrendados Valor Patrimonial
beneficiário do direito de
superfície

– O valor patrimonial será sempre o maior entre o valor patrimonial definido mediante
avaliação e o valor pelo qual o imóvel tenha sido alienado
Imposto Predial Urbano

• Isenções – Artº 5º:


– Estado, institutos públicos e associações que gozem do estatuto de utilidade pública
– Estados estrangeiros, quanto aos imóveis destinados às respectivas representações
diplomáticas ou consulares, quando haja reciprocidade
– Instituições religiosas legalizadas, quanto aos imóveis destinados exclusivamente ao
culto
Imposto Predial Urbano

• Matéria colectável e Taxas – Artºs 16º a 28º e 98º:

Situação do
Matéria Colectável Taxas
Imóvel
Rendas efectivamente
recebidas em cada ano,
Arrendados 25% [taxa efectiva de 15%]*
líquidas de 40% das despesas
relacionadas com o imóvel

Valor patrimonial inferior a


0%
AKZ 5.000.000
Não
Valor Patrimonial
Arrendados
Sobre o valor patrimonial
que exceda os AKZ 0,5%
5.000.000.
Imposto Predial Urbano

• Liquidação e Pagamento – Artºs 102º a 123º:

Situação do Entidade devedora da


Liquidação Prazos
Imóvel renda
Dispõe de Contabilidade Até ao dia 30 do
Retenção da Fonte
Organizada mês seguinte
Arrendados
Não dispõe de Autoliquidação por
Contabilidade Organizada parte do proprietário O IPU deve ser
pago em duas
prestações iguais
Não Autoliquidação por com vencimento
Valor Patrimonial
Arrendados parte do proprietário em Janeiro e Julho.
Exercícios

• Exercícios 
• 8 e seguintes do Manual
• Página 48
Imposto de Selo

• Imposto de Selo:
– Aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial 3/2014 de 21 de Outubro
– Pretende tributar os benefícios de contratos celebrados
– Características:

 Imposto sobre a despesa


 Indirecto (tributam manifestações indirectas da riqueza, através da despesa)
 Real (visa a tributação dos rendimentos das pessoas singulares e colectivas
sem atender à sua situação pessoal)
 Estadual (O Estado é o sujeito activo)
 Proporcional (a taxa mantém-se constante)
Imposto de Selo

• Incidência [objectiva] – Artº 1º:


– O Imposto do Selo incide sobre todos:

 Actos
 Contratos
 Documentos
 Títulos
 Operações
 Outros factos previstos em tabela anexa ou leis especiais
– Ocorridos em território nacional
Imposto de Selo

• Incidência [objectiva] – Artº 1º:


– São ainda sujeitos a Imposto de selo em Angola:

 Os documentos, actos ou contratos emitidos ou celebrados fora de Angola, nos


mesmos termos em que o seriam se no País fossem emitidos ou celebrados,
caso no mesmo sejam apresentados para quaisquer efeitos legais
 As operações de crédito e as garantias prestadas no estrangeiro a quaisquer
entidades com sede, filial, sucursal ou estabelecimento estável em Angola
 Actos notariais, Registo de marcas e patentes e Apostas de jogos
 Os juros, as comissões e as contraprestações cobradas por entidades sedeadas
no estrangeiro a quaisquer entidades com sede, filial, sucursal ou
estabelecimento estável em Angola
 Os seguros efectuados no estrangeiro cujo risco tenha lugar em Angola
Imposto de Selo

• Incidência [subjectiva] – Artº 2º:


– Notários e Conservadores dos Registos Civil, Comercial, Predial e de outros bens
sujeitos a registo, bem como outras entidades públicas
– Entidades concedentes de crédito e de garantias ou credoras de juros, prémios,
comissões e outras contraprestações derivadas de contratos de natureza financeira
– O locador, no âmbito de contratos de locação financeira ou operacional,
relativamente às contraprestações cobradas
– O locador e sublocador, nos arrendamentos e subarrendamentos
– Trespassante, no trespasse de estabelecimento comercial, industrial ou agrícola
Imposto de Selo

• Incidência [subjectiva] – Artº 2º:


– Instituições de crédito, sociedades financeiras ou outras entidades a elas legalmente
equiparadas residentes em território nacional que tenham intermediado operações
de crédito, de prestação de garantias ou juros, comissões e outras contraprestações
devidas por residentes no mesmo território a instituições de crédito ou sociedades
financeiras não residentes
– Empresas seguradoras ou segurados, consoante os contratos de seguro sejam
celebrados em Angola ou no estrangeiro
– Entidades emitentes de letras e outros títulos de crédito, entidades emissoras de
cheques e livranças ou, no caso de títulos emitidos no estrangeiro, a primeira
entidade que intervenha na negociação ou pagamento
Imposto de Selo

• Encargo do Imposto – Artº 3º:


– O imposto constitui encargo das entidades que, no âmbito das operações sujeitas a
Imposto do Selo, sejam consideradas as titulares do respectivo interesse económico.

– Portanto quem tem o interesse económico na operação fica obrigado a suportar o


custo do imposto
Imposto de Selo

• Encargo do Imposto – Artº 3º:

Operação sujeita Interesse económico

Aquisição de bens a título gratuito ou oneroso, do


direito de propriedade ou de figuras parcelares Adquirente
desse direito sobre imóveis

Concessão do crédito O utilizador do mesmo

Locação financeira ou operacional O locatário

Arrendamento e subarrendamento O locador


As entidades obrigadas à sua
Garantias
apresentação
Imposto de Selo

• Encargo do Imposto – Artº 3º:

Operação sujeita Interesse económico

Juros, comissões e restantes operações financeiras


realizadas por ou com intermediação de
O cliente destas entidades
instituições de crédito, sociedades ou outras
instituições financeiras

Seguros e actividade de mediação O segurado e mediador

Cheques O titular da conta

Letras e livranças e demais títulos de crédito O sacado, o devedor e o credor


Imposto de Selo

• Encargo do Imposto – Artº 3º:

Operação sujeita Interesse económico

A sociedade a constituir, a
Constituição de uma sociedade de capitais,
sociedade cujo capital é
aumento de capital social e transferência de sede
aumentado e a sociedade que é
para fora de Angola
transferida

Reporte O primeiro alienante

Trespasse O adquirente.
Em caso de interesse económico comum a vários titulares, o encargo do imposto é
repartido de forma solidária entre os mesmos
Imposto de Selo

• Isenções – Artº 6º:


– Os créditos concedidos até ao prazo máximo de 5 dias, o micro crédito e os créditos
concedidos no âmbito de “contas jovem” e “contas terceira idade” cujo montante
mensal não ultrapasse, em cada mês, AKZ 17.600, bem como os juros e comissões
cobrados no âmbito das respectivas operações
– Os juros provenientes de Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e Títulos do
Banco Central
– Os custos financeiros associados ao crédito à habitação (juros, comissões…)
– As comissões cobradas na abertura e utilização de quaisquer contas de poupança
– Os contratos de trabalho
– As comissões cobradas em virtude de subscrição, depósito ou resgate de unidades de
participação em fundos de investimento e fundos de pensões
– Entre outros…
Imposto de Selo

• Entidades isentas – Artº 6º:


– Estado
– Instituições públicas de previdência e Segurança Social
– Associações de utilidade pública
– Instituições religiosas legalmente constituídas
– excepto quando actuem no desenvolvimento de actividades económicas de natureza
empresarial
Imposto de Selo

• Taxas e Base Tributável – Artºs 8º a 14º:


– Tanto o valor tributável como as taxas estão publicados numa tabela anexa ao
Decreto Legislativo.

• Liquidação e Pagamento:
– Até ao final do mês seguinte àquele em que a obrigação tributária se tenha
constituído
Exercícios

• Exercícios 
• 8 e seguintes do Manual
• Página 48
Imposto de Consumo

• Imposto de Consumo:
– Aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial 3-A/2014 de 21 de Outubro
– Pretende tributar de forma equitativa o consumo de bens e serviços
– Características:

 Imposto sobre a despesa


 Indirecto (tributam manifestações indirectas da riqueza, através da despesa)
 Real (visa a tributação dos rendimentos das pessoas colectivas sem atender à
sua situação pessoal
 Estadual (O Estado é o sujeito activo)
 Proporcional (a taxa mantém-se constante)
Imposto de Consumo

• Incidência [objectiva] – Artº 1º:


– Produção e importação de mercadorias.
– Vendas efectuadas pelos serviços aduaneiros ou outros quaisquer serviços públicos.
– Utilização dos bens ou matérias-primas fora do processo produtivo.
– Consumo de água e energia.
– Serviços de telecomunicações.
– Serviços de hotelaria e similares.
– Aluguer e Estacionamento de viaturas.
– Serviços de turismo e viagens promovidos por agência de viagens ou equiparados.
– Serviços de gestão de estabelecimentos comerciais, refeitórios, dormitórios, imóveis
e condomínios.
Imposto de Consumo

• Incidência [objectiva] – Artº 1º:


– Acesso a espectáculos ou eventos culturais, artísticos ou desportivos
– Locação de máquinas ou outros equipamentos, excluindo aqueles que deem lugar
ao pagamento de royalties de acordo com o Código do Imposto sobre a Aplicação de
Capitais (IAC).
– Aluguer de áreas para conferências, colóquios, exposições, publicidade e outros
eventos.
– Serviços de consultadoria.
– Serviços fotográficos, filmes e informáticos
– Serviços de segurança privada
Imposto de Consumo

• Incidência [subjectiva] – Artº 2º:


– São sujeitos passivos as pessoas que:

 Pratiquem operações de produção, fabrico ou transformação de bens, quaisquer


que sejam os processos ou meios utilizados;
 Procedam à arrematação ou venda em hasta pública de bens
 Procedam à importação de bens
 Forneçam quaisquer outros dos serviços referenciados no âmbito de incidência
objectiva
Imposto de Consumo

• Encargo do Imposto – Artº 2º:


– Suporta o encargo do imposto os adquirentes dos bens ou serviços sujeitos a
Imposto de Consumo:
 Ex: Uma padaria que compra farinha e fabrica pão é sujeito passivo de Imposto
de Consumo, no entanto, irá cobrar o Imposto de Consumo aos clientes
(pessoas singulares ou colectivas) no acto da venda do pão.
 Ex. Um restaurante que compra matérias primas e fabrica refeições é sujeito
passivo de Imposto de Consumo, no entanto, irá cobrar o Imposto de Consumo
aos clientes (pessoas singulares ou colectivas) no acto da venda das refeições.
 Ex: Um mercado que vende produtos nacionais não é sujeito passivo de Imposto
de consumo pois não transforma, não importa nem fornece nenhum serviço
mencionado no âmbito da incidência objectiva.
Imposto de Consumo

• Não sujeição – Artº 3º:


– Não são sujeitos a Imposto de Consumo a seguinte produção de bens:

 Produtos agrícolas e pecuários não transformados


 Produtos primários da silvicultura
 Produtos de pesca não transformados
 Produtos minerais não transformados

 ATENÇÃO – empresas que só funcionam como intermediários, ou seja só compram


e vendem SEM TRANSFORMAR não estão sujeitas a este imposto, portanto não o
podem cobrar ao cliente.
Imposto de Consumo

• Isenções – Artºs 4º a 6º:


– Bens exportados, quando a exportação é feita pelo produtor ou entidade
vocacionada para o efeito
– Bens resultantes de processos artesanais
– Matérias-primas e materiais subsidiários, incorporados no processo de fabrico, os
bens de equipamento e peças sobresselentes, desde que certificado pelo Ministério
da tutela e com declaração de exclusividade
– Animais destinados à procriação
– Serviços que resultem de negócios jurídicos em que figurem como adquirente uma
sociedade investidora petrolífera, nacional ou estrangeira, que pratique operações
petrolíferas, exclusivamente nas áreas de concessão em fase de pesquisa ou
desenvolvimento, até à data da primeira produção comercial
– Bens importados por Organizações Internacionais e Missões Diplomáticas e
Consulares quando se verificar reciprocidade no tratamento
Imposto de Consumo

• Matéria Colectável – Artº 7º:


– Preço de custo para os bens produzidos no país
– Valor aduaneiro para os bens importados
– Valor de arrematação ou venda em hasta pública
– Valor do serviço para os serviços prestados sujeitos a imposto
Imposto de Consumo

• Taxas – Artº 10º:


– A Taxa geral de Imposto de Consumo é de 10%
– Alguns bens e serviços, de acordo com certas especificidades estão sujeitos a uma
taxa mais baixa ou a uma taxa mais agravada.
– Constam numa tabela anexa ao Decreto Legislativo Presidencial n.º 3-A14, de 21 de
Outubro e no Decreto Legislativo Presidencial n.º 5/15 de 21 de Setembro
Imposto de Consumo

• Taxas – produção e importação de bens:

Operações Taxa NOTA

Os produtos agrícolas, pecuários,


de pesca e minerais não
Produção Nacional e importação
2% transformados e os primários de
de bens sujeitos a taxa reduzida
silvicultura NÃO estão sujeitos a
este imposto.

Tipicamente produtos de luxo ou


que não assumem caracter de
Produção Nacional e importação
20%/30% primeira necessidade.
de bens sujeitos a taxa agravada
Ex: bebidas alcoólicas, perfumes,
tabaco, automóveis…
Imposto de Consumo

• Taxas – prestação de serviços:

Operações Taxa

Consumo de água e energia 5%

Serviços de comunicações electrónicas e telecomunicações,


5%
independentemente da sua natureza
Serviços de hotelaria e outras actividades similares 10%

Parques de estacionamento de veículos 5%


Locação de máquinas e equipamentos, desde que não estejam
5%
previstos no IAC (royalties)
Imposto de Consumo

• Taxas – prestação de serviços:

Operações Taxa

Aluguer de áreas preparadas para conferências, colóquios,


5%
exposições, publicidade e outros eventos
Serviços de consultoria jurídica, fiscal, financeiras, económica,
imobiliária, contabilística, informática, engenharia, arquitectura, 5%
auditoria, revisão de contas e advocacia.
Serviços fotográficos, de revelação de filmes e tratamento de
5%
imagem, de informática e construção de páginas na internet.
Serviços de segurança privada 5%
Serviços de turismo e viagens promovidos por operadores
5%
turísticos
Imposto de Consumo

• Taxas – prestação de serviços:

Operações Taxa

Serviços de gestão de estabelecimentos comerciais, refeitórios,


5%
dormitórios, imóveis e condomínios
Acesso a espectáculos ou eventos culturais, artísticos ou
10%
desportivos
Aluguer de viaturas 5%
Exercícios

• Exercícios 
• 8 e seguintes do Manual
• Página 48
ISSD - SISA

• ISSD - SISA:
– Aprovado pelo Diploma Legislativo Nº230, de 21 de Maio de 1931
– Actualizado pela Lei n.º 16/11 de 21 de Abril
– Pretende tributar as transmissões onerosas de imobiliários
– Características:

 Imposto sobre o Património


 Indirecto (tributam manifestações indirectas da riqueza, através da despesa)
 Real (visa a tributação dos rendimentos das pessoas colectivas sem atender à
sua situação pessoal
 Estadual (O Estado é o sujeito activo)
 Proporcional (a taxa mantém-se constante)
ISSD - SISA

• Incidência - Artºs 1º a 6º:


– O Imposto sobre as Sucessões e Doações e a Sisa sobre as Transmissões de
Imobiliários por Título Oneroso incidem sobre todos os actos que importem
transmissão perpétua ou temporária de propriedade imobiliária de qualquer valor,
espécie ou natureza, qualquer que seja a denominação ou forma do título.
– Ambos os impostos distinguem-se, essencialmente, pelo âmbito da sua aplicação/
incidência:
 A Sisa, em regra, é devida apenas pelas transmissões de propriedade imobiliária
 Imposto sobre as Sucessões e Doações é devido tanto transmissões de
propriedade imobiliária e mobiliária
ISSD - SISA

• Incidência - Artºs 1º a 6º:


– Contrato de compra e venda, escambo ou troca
– Transmissão de propriedade perpétua ou temporária, por título oneroso, das
concessões feitas pelo Governo para a exploração de empresas industriais de
qualquer natureza
ISSD - SISA

• Incidência específica:

SISA ISSD

Arrendamento a longo prazo, considerando-


O direito de habitação [por ser
se como tais os que forem feitos por 20 ou
equiparado ao usufruto
mais anos.

Transmissões por título gratuito de


Aquisição de partes sociais em qualquer
bens mobiliários, de qualquer espécie
sociedade que possua bens imóveis quando,
ou natureza, em determinadas
por via dessa aquisição, algum dos sócios
condições compreendendo dinheiro,
passe a deter 50% ou mais e se demonstre
títulos de dívida pública, acções e
que essa aquisição teve como principal
obrigações de bancos, companhias ou
objectivo a aquisição dos bens imóveis.
Sociedades anónimas.
ISSD - SISA

• Incidência específica:

SISA ISSD

Actos que importam a transmissão de


benfeitorias em prédios rústicos ou urbanos Transmissão mortis causa de títulos de
dívida estrangeira, de qualquer
natureza, do Estado ou corporação
administrativa, letras de câmbio e
Transmissão de propriedade imobiliária, em acções ou obrigações de companhias
acto de divisão, em tudo o que exceder o ou associações igualmente
valor da quota-parte que ao adquirente estrangeiras, quando essa transmissão
pertencer nos bens imobiliários. se efectuar por virtude de sucessão,
regida, liquidada ou inventariada
segundo as leis vigentes.
ISSD - SISA

• Incidência específica:

SISA ISSD

Transmissão intervivos dos mesmos


títulos, em favor de cidadãos nacionais
Remissão de bens nas execuções fiscais
ou estrangeiros quando esta tenha
lugar em Angola.

Transmissão mortis causa dos mesmos


Entregas de bens feitas directamente aos
títulos, quando se efectuar por um
credores, com obrigação de lhes pagar.
estrangeiro domiciliado em Angola.

Cedência ou trespasse de propriedade Legados deixados a testamenteiros


ISSD - SISA

• Incidência específica:

SISA ISSD

Contratos celebrados entre herdeiros, ou


Distrate, renúncia, desistência ou
entre estes e terceiros, antes de feitas as
revogação de doações intervivos.
partilhas
Contratos de compra e venda, renúncia ou Contratos gratuitos de constituição de
cedência do direito e acção à herança servidão perpétua ou temporária
Os bens com que os sócios entrarem para o
As reduções gratuitas de foros, censos
capital social das sociedades, recaindo a SISA
ou pensões.
sobre o valor total dos bens.
ISSD - SISA

• Isenções - Artº 7º - ISSD:


– heranças, legados, donativos e aquisições com destino a museus, bibliotecas,
escolas, institutos e serviços de ensino, caridade e beneficiência que, pelos diplomas
legais da sua fundação venham a pertencer ao Estado
– pensões pagas pelos montepios, cofres de previdência, associações de socorros
mútuos e quaisquer estabelecimentos de beneficiência
– As concessões de terrenos do Estado, bem como a sua primeira transmissão depois
das concessões
– Actos de transmissão de propriedade literária ou artística
ISSD - SISA

• Isenções - Artº 7ºA - SISA:


– O Estado, institutos públicos e associações que gozem do estatuto de utilidade
pública
– Estados estrangeiros, quanto aos imóveis destinados às respectivas representações
diplomáticas ou consulares, quando haja reciprocidade
– Instituições religiosas legalizadas, quanto aos imóveis destinados exclusivamente ao
culto
ISSD - SISA

• Taxas - Artºs 8º e 9º:

Imposto Matéria colectável Taxa


SISA Valor dos bens transmitidos 2%

Até AKZ Mais de AKZ


Valor dos bens transmitidos
300.000 300.000

ISSD Entre cônjuges ou a favor de


descendentes e ascendentes 10% 15%

Entre quaisquer pessoas 20% 30%


Exercícios

• Exercícios 
• 8 e seguintes do Manual
• Página 48
Indústria Petrolífera

• Lei Nº13/04 de 24 de Dezembro:


– Tributação das Actividades Petrolíferas

• Lei Nº11/04 de 12 de Novembro:


– Regime aduaneiro do sector petrolífero

• Decretos Executivos Nºs 45/10 e 46/10 de 10 de Maio:


– Regulamentam o recrutamento, integração, formação e desenvolvimento pessoal de
quadros angolanos
– Regulamentam e limitam a contratação de pessoal estrangeiro
Lei Nº13/04 de 24 de Dezembro

• Âmbito - Artº 3º:


– A Lei sobre a Tributação das Actividades Petrolíferas aplica-se a todas as entidades,
nacionais ou estrangeiras que exerçam operações petrolíferas em território angolano
– Aplica-se também em outros territórios onde existam acordos que reconheçam poder
de jurisdição tributária a Angola.
Lei Nº13/04 de 24 de Dezembro

• Definições - Artºs 1º e 2º:


– Actividades Petrolíferas:

 Pesquisa
 Desenvolvimento
 Produção
 Armazenagem
 Venda
 Exportação
 tratamento e transporte de petróleo bruto e gás natural, bem como de nafta,
ozoterite, enxofre, hélio, dióxido de carbono e substâncias salinas, quando
provenientes das operações petrolíferas
Lei Nº13/04 de 24 de Dezembro

• Encargos Tributários - Artº 4º:


– Imposto sobre a produção do petróleo
– Imposto sobre o rendimento do petróleo
– Imposto de transacção do petróleo
– Taxa de superfície
– Contribuição para a Formação de Cargos Angolanos
Imposto sobre a Produção de Petróleo

• Incidência - Artº 12º:


– Incide sobre a quantidade de petróleo (e outras substâncias – artº1º) produzido
resultante das operações petrolíferas. Também chamado de Royalty.
– Em casos de negligência ou falha da parte do produtor que conduza a produção
menor que a expectável, considera-se produzida a expectável.
– Havendo contratos de partilha de produção, este imposto não se aplica.
Imposto sobre a Produção de Petróleo

• Taxas - Artº 14º:


– Taxa geral = 20%
– Pode ser reduzida até 10% quando:

 Exploração de petróleo em jazigos marginais


 Exploração de petróleo em áreas marítimas com coluna de Água superior a 750
metros.
 Exploração de petróleo em áreas terrestres de difícil acesso previamente
definidas pelo Governo

• Liquidação - Artº 15º:


– Feita em dinheiro ou espécie - opção do estado
Imposto sobre a Produção de Petróleo

• Valorização - Artº 6º:


– Valor do Petróleo calculado na base dos preços reais FOB obtidos nas vendas de
boa-fé a terceiros.
– Preços calculados com base em dados fornecidos pela Concessionária Nacional
[Sonangol, E.P.] e suas associadas, sendo estes objecto de análise por peritos do
Ministério dos Petróleos.
– Outras substâncias avaliadas pelo preço de venda realizado salvo necessidade dos
Ministérios dos Petróleos e das Finanças.
Imposto sobre o Rendimento de Petróleo

• Incidência - Artº 18º:


– Incide sobre o rendimento do petróleo apurado e auferido no exercício de qualquer
das seguintes actividades:
 Pesquisa, desenvolvimento, produção, armazenagem, venda, exportação,
tratamento e transporte de petróleo;
 Comércio por grosso de quaisquer outros produtos provenientes das operações
referidas no ponto anterior;
 Outras actividades das empresas que se ocupam das anteriores, resultantes de
acções ocasionais ou acessórias e que não tomem a forma de indústria ou
comércio.
 Este Imposto NÃO incide sobre os recebimentos da Concessionária Nacional,
prémios, bónus e excesso sobre o preço limite auferidos por esta
Imposto sobre o Rendimento de Petróleo

• Lucro Tributável - Artº 19º:


– O rendimento tributável deve reportar-se ao lucro apurado no final de cada exercício,
em obediência aos princípios contabilísticos, eventualmente corrigido nos termos da
lei.
– A legislação fiscal estabelece regras detalhadas para aferir os proveitos ou ganhos
tributáveis, custos ou perdas dedutíveis e não dedutíveis
Imposto sobre o Rendimento de Petróleo

• Custos ou Perdas Dedutíveis – Artº21º:


– Encargos com a actividade básica, acessória ou complementar, relativos à produção ou
aquisição de bens e serviços.
– Encargos de natureza administrativa referentes às despesas gerais incorridas em Angola
pelos contribuintes, quando operadores, relativos à manutenção dos seus escritórios,
instalações de apoio às operações petrolíferas e às residências afectas às mesmas.
– Reintegrações e amortizações.
– Rendas pagas a terceiros pela ocupação de imóveis afectos à execução das operações
petrolíferas.
– Custos de serviços de gestão de riscos, fundos de pensões e fundos de abandono.
– Despesas decorrentes de litígios ou serviços jurídicos inerentes a operações petrolíferas.
– Juros e encargos autorizados….
– Entre outros….
Imposto sobre o Rendimento de Petróleo

• Custos ou Perdas Não Dedutíveis – Artº22º:


– Despesas incorridas por falta grave, dolo ou negligência;
– Comissões pagas a intermediários;
– Despesas de comercialização, transporte de petróleo e de qualquer garantia
prestadas a favor da Concessionária Nacional;
– Despesas administrativas fora de Angola;
– Despesas com a formação do pessoal expatriado.
– Depreciação do CAPEX superior ao limite de 16,67% ao ano
– Entre outros…
Imposto sobre o Rendimento de Petróleo

• Taxas - Artº 41º:

Operação sujeita Taxa

Contrato de Partilha de Produção:


30%
Empresas petrolíferas angolanas associadas da
Concessionária Nacional

Restantes Empresas 50%

Outras formas de associação:

Empresas angolanas associadas da concessionária 30%


nacional

Restantes empresas 65,75%


Imposto de Transacção do Petróleo

• Incidência - Artº 44º:


– Incide sobre os rendimentos apurados nos contratos de sociedade comercial,
associação em participação, serviço com risco e outros. Excluem-se os rendimentos
apurados em sede dos contratos de partilha de produção.
– Os restantes impostos específicos da indústria petrolífera não são dedutíveis.

• Taxa - Artº 48º:


– Única de 70%

• ATENÇÃO:
– Este imposto tem como finalidade aumentar os rendimentos do estado nos anos em
que existam elevados níveis de lucro. Quando isso não acontece não é cobrado.
– Tipicamente só é cobrado no Bloco 0 de Cabinda.
Taxa de Superfície

• Incidência - Artº 50º:


– Área de concessão
– contratos de sociedade, associação em participação e serviços com risco
– Áreas de desenvolvimento
– contratos de partilha de produção

– Encargo dedutível para efeitos de cálculo do imposto de rendimento do petróleo.

• Taxa - Artº 52º:


– USD 300/km2
– Pago anualmente
Lei Nº11/04 de 12 de Novembro

• Regime aduaneiro especial na Industria Petrolífera:


– Importação de equipamentos destinados exclusiva e directamente para a indústria
petrolífera
 Isenção de Direitos Aduaneiros
 Isenção de Imposto de Consumo
 Sujeitos a imposto de selo
– Importação e exportação destes equipamentos a título temporária isenta de direitos
aduaneiros, IC e caução, desde que o prazo não exceda 2 anos.
Lei Nº11/04 de 12 de Novembro

• Regime aduaneiro especial na Industria Petrolífera:


– Exportação de petróleo produzido

 Isenção de Direitos Aduaneiros


 Isenção de Imposto de Consumo
 Sujeitos a imposto de selo
– Válido tanto para petróleo em estado natural como petróleo depois de processado.
Decretos Executivos Nºs 45/10 e 46/10 de 10 de Maio

• Contribuição para a Formação de Pessoal Angolano:


– Incidência

 Entidades que detenham uma licença de exploração


 Entidades que se encontrem na fase de prospecção e pesquisa
 Entidades que se encontrem na fase de produção
 Entidades que se dediquem à refinação e processamento de petróleo
 Entidades que colaborem com as entidades petrolíferas durante mais de um ano
 Entidades que se dediquem ao armazenamento, transporte, distribuição e
comercialização de petróleo
Decretos Executivos Nºs 45/10 e 46/10 de 10 de Maio

• Contribuição para a Formação de Pessoal Angolano:


– Não Sujeição

 Empresas Angolanas cujo capital social seja totalmente detido ou detido em


mais de 50% por cidadãos Angolanos
 Empresas sedeadas no estrangeiro que forneçam materiais, equipamentos e
quaisquer outros produtos às empresas operadoras de blocos ou áreas de
concessão
 Empresas de prestação de serviços e as construtoras de estruturas ou similares,
que realizem a totalidade ou maior parte do trabalho fora de Angola
 Empresas cujo objecto social não se reporte directamente à actividade
petrolífera
Decretos Executivos Nºs 45/10 e 46/10 de 10 de Maio

• Contribuição para a Formação de Pessoal Angolano:


– Taxas

Operação sujeita Taxa

Empresas em período de produção, bem como as


USD 0,15 por barril de petróleo
empresas que exerçam a actividade de refinação e
bruto
tratamento de petróleo
Empresas detentoras de uma licença de
USD 100.000 por ano
prospecção
Empresas em período de pesquisa USD 300.000 por ano

Entidades que colaborem com as entidades


petrolíferas durante mais de um ano e entidades 0,5% do valor do contrato ou do
que se dediquem ao armazenamento, transporte, volume de negócios
distribuição e comercialização de petróleo
Sector Mineiro

• Lei Nº31/11 de 23 de Setembro:


– Regulamentação de toda actividade mineira
– Regras de protecção ambiental
– Regras de concessão e exploração
– Tributação do sector mineiro
– Regime aduaneiro
Lei Nº31/11 de 23 de Setembro

• Âmbito - Artº 1º:


– Regime aplicável às seguintes actividades:

 Estudos geológicos e de cartografia geológica


 Reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação dos recursos minerais
 Exploração, lapidação e beneficiação dos recursos minerais
 Comercialização dos recursos minerais ou outras formas de dispor do produto
de mineração
 Restauração ou recuperação das áreas afectadas pela actividade mineira
 Reconhecimento, prospecção, pesquisa, avaliação, exploração, tratamento e
comercialização de águas minero-medicinais
 Reconhecimento, prospecção, pesquisa, avaliação, exploração e
comercialização de recursos minerais existentes no mar territorial, na plataforma
continental e na zona económica exclusiva
Lei Nº31/11 de 23 de Setembro

• Exclusões - Artº 3º:


– Reconhecimento
– Prospecção
– Pesquisa
– Avaliação
– Exploração
– de hidrocarbonetos, líquidos e gasosos
Lei Nº31/11 de 23 de Setembro

• Exclusões - Artº 3º:


– Reconhecimento
– Prospecção
– Pesquisa
– Avaliação
– Exploração
– de hidrocarbonetos, líquidos e gasosos
Lei Nº31/11 de 23 de Setembro

• Investimento Mineiro Artesanal – Artºs 167º a 187º:


– Desenvolvidas sem o recurso a mão-de-obra assalariada, e em que são usados
exclusivamente meios e métodos artesanais, sem intervenção de meios mecânicos
auto-propulsores ou de tecnologia mineira industrial.
– Regras específicas e benefícios fiscais
Lei Nº31/11 de 23 de Setembro

• Encargos Tributários – Artºs 238º a 266º:


– Imposto Industrial
– Imposto sobre o valor dos recursos minerais – royalties
– Taxa de Superfície
– Taxa Artesanal
Sector Mineiro – Imposto Industrial

• Incidência:
– Lucros decorrentes do exercício de actividades mineiras por entidades nacionais ou
estrangeiras que tenham adquirido direitos mineiros

• Isenções:
– Entidades sujeitas ao pagamento da taxa sobre o exercício da actividade mineira

• Taxa:
– 25% dos quais 5% revertem a favor da autarquia local onde se situa a mina

• Prejuízos Fiscais:
– Dedutíveis nos 5 anos seguintes, prazo que poderá ser alargado até 7 anos
Sector Mineiro – Imposto Industrial

• Amortizações:

Tipo de Activo Taxa de amortização

Equipamentos mineiros fixos 20%

Equipamentos mineiros móveis 25%


Ferramentas e utensílios de mineração 33,33%
Equipamentos de acampamento 20%
Bens incorpóreos, incluindo despesas de prospecção
25%
e pesquisa
Sector Mineiro – Imposto Industrial

• Provisão:
– Os titulares de direitos de exploração mineira devem constituir uma provisão
destinada a custear a restauração ou recuperação do ambiente. O montante deverá
ser fixado pelas autoridades competentes e deverá ser utilizada até ao termo da
concessão ou do contrato.
Sector Mineiro – Royalty

• Incidência:
– Valor dos minerais extraídos à boca da mina ou, quando haja lugar a tratamento,
sobre o valor dos concentrados
– Tratando-se de mineração artesanal, o Royalty incide sobre os seguintes valores:

 Diamantes – valor dos lotes adquiridos pelos órgãos públicos de


comercialização
 Outros minerais – valor dos minerais adquiridos pelos órgãos públicos de
comercialização e outros compradores autorizados

• Isenções:
– Aplicável aos minerais extraídos pelas entidades que exerçam apenas actividades de
prospecção e pesquisa, cujo valor comercial seja irrelevante.
Sector Mineiro – Royalty

• Taxas:

Tipo de Mineral Taxa

Minerais estratégicos 5%

Pedras e minerais metálicos preciosos 5%


Pedras semi-preciosas 4%
Minerais metálicos não preciosos 3%
Materiais de construção de origem mineira e outros
2%
minerais
Sector Mineiro – Taxa de Superfície

• Incidência:
– Imposta anualmente sobre a área de concessão

• Isenções:
– As actividades mineiras artesanais beneficiam de isenção de Taxa de Superfície
Sector Mineiro – Taxa de Superfície

• Taxas:

Tipo de Mineral Taxa

Diamantes USD 7 a USD 40 por Km2

Restantes minerais estratégicos USD 5 a USD 35 por Km2


Pedras e minerais preciosos USD 5 a USD 35 por Km2
Pedras semi-preciosas USD 4 a USD 20 por Km2
Minerais metálicos não preciosos USD 3 a USD 18 por Km2
Materiais de construção de origem mineira e
outros minerais USD 2 a USD 15 por Km2
Sector Mineiro – Taxa Artesanal

• Incidência:
– Imposta anualmente às entidades que exerçam a actividade de exploração mineira
artesanal de minerais não estratégicos

• Taxas:

Tipo de Mineral Taxa

Estabelecida por Decreto do Executivo, fixada


Minerais não estratégicos em salários mínimos, sendo distinta para
cada tipo de mineral explorado

Minerais estratégicos Royalty até 5% do valor dos minerais

Diamantes Royalty de 3%
Sector Mineiro – Fundo Ambiental

• As entidades que exerçam a actividade de exploração mineira estão sujeitas ao


pagamento de uma contribuição ao Estado que se destina à constituição de um
Fundo Ambiental
Sector Mineiro – Regime Aduaneiro

• Regime especial no Sector Mineiro:


– Importação de equipamentos destinados exclusiva e directamente às actividades do
sector mineiro
 Isenção de Direitos Aduaneiros
 Isenção de Imposto de Consumo
 Sujeitos a imposto de selo
– Importação e exportação destes equipamentos a título temporária isenta de direitos
aduaneiros, IC e caução, desde que o prazo não exceda 2 anos.
Sector Mineiro – Regime Aduaneiro

• Regime especial no Sector Mineiro:


– Exportação de amostras minerais destinados a análises e ensaios

 Isenção de Direitos Aduaneiros


 Isenção de Imposto de Consumo
 Sujeitos a imposto de selo
Sector Mineiro – Regime Aduaneiro

• Regime especial no Sector Mineiro:


– Exportação de recursos minerais legalmente extraídos e transformados

 Isenção de Direitos Aduaneiros


 Isenção de Imposto de Consumo
 Sujeitos a imposto de selo
Questões

• Questões ????
Agradecimentos

• Obrigado 
Bibliografia

 Legislação Fiscal – 6ª Edição – Plural Editores


 Cauxeiro, Isménia Jr., “Impostos – tudo o que precisa saber” – Plural Editores
Contactos

 Professora Joana Canelas


 E-mail: jcanelas.prof@gmail.com
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