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C4-Modelos Macroeconómicos

A Macroeconomia no Curto Prazo – Modelo


Keyenesiano
Contexto
DESCRIÇÃO
Contabilidade Nacional
(dados estatísticos)

INTERVENÇÃO EXPLICAÇÃO
Política Económica Teoria Económica

papel potencial da política


objetivo(s) macroeconómica na
Instrumento(s) redução da amplitude hipóteses
dos ciclos económicos ➔ simplificadoras)
Estabilização
macroeconómica MODELO KEYNESIANO
Modelo Keynesiano
Hipóteses simplificadoras No CP
as FLUTUAÇÕES DA
PROCURA
explicam o Produto (PIB)

MODELIZAÇÃO DA
Preços Rígidos PROCURA:
Curto Prazo (CP) para a determinação do produto
só interessa a procura (PIB pela
ótica da despesa)
Dados Exógenos:
Preços
POLÍTICAS DE
Taxas de Juro ESTABILIZAÇÃO
Macroeconómica atuam do
lado da PROCURA

O produto é inferior ao
produto natural/produto
potencial (caso
contrário, a capacidade
produtiva/oferta limita o
volume de produção)
Despesa Agregada

Despesa
Despesa Efetiva
Planeada/Procura
(D)
(Dp)

Y≡D NEM SEMPRE é igual a Y


Y ≡ C + G + I + (X-M) Y = Dp
Y: SSE
Produto/Rendimento/ EQUILÍBRIO
Oferta MACROECONÓMICO
≡ verifica-se SEMPRE
D: contabilizada ex- EQUILÍBRIO
post; PIB na ótica da MACROECONÓMICO?
despesa Distinção entre
Ip e Inp
D≡Y=C+G+ I +X–M

Investimento EFETIVO ou ex-post


I = Ip+ Inp

HIP: SÓ O INVESTIMENTO As empresas ajustam a


PODE DIFERIR produção quando o Inp 0
DO PLANEADO

Ip = Inp:  INVOLUNTÁRIA/
FBCF + NÃO PLANEADA
DE STOCKS
 VOLUNTÁRIA/PLANEADA DE STOCKS

as empresas planeiam um determinado nível de produção (e consequentemente de

Investimentos) apoiadas nas previsões (expectativas) que fazem sobre a procura que

se irá dirigir aos seus produtos.


Equilíbrio Macroeconómico
OFERTA de bens e serviços (Y) (PIB ≡ despesa efetiva)
=
PROCURA/DESPESA PLANEADA de bens e serviços (Dp)

c
Y = Dp

C + G + I + X – M = C + G + Ip + X – M

I c= Ip

(variações não planeada/involuntária de stocks = Inp = 0)


Equilíbrio Às empresas NÃO TÊM
Macroeconómico INCENTIVO para alterarem a
Y = Dp  Inp = 0 produção

I  Ip  Inp  0 I = Ip+Inp
( de stocks NÃO PLANEADA)
DESEQUILÍBRIO entre a OFERTA (PIB, representado por Y) e a PROCURA (
despesa planeada, Dp)

PROCESSOS DE AJUSTAMENTO
nos períodos seguintes

Se as EMPRESAS PRODUZEM MAIS Se as EMPRESAS PRODUZEM MENOS


do que os agentes económicos pretendem do que os agentes económicos pretendem
adquirir adquirir
 
ACUMULAÇÃO INVOLUNTÁRIA DE STOCKS DIMINUIÇÃO INVOLUNTÁRIA DE STOCKS
 
Inp > 0 Inp < 0
NO PERÍODO SEGUINTE  PRODUÇÃO NO PERÍODO SEGUINTE  PRODUÇÃO
Modelo Keynesiano Simples
Famílias e Empresas

(II)
(I) Forma (III)
Forma Reduzida do (IV)
Características
Estrutural do Modelo e Multiplicador
do Equilíbrio
Modelo Representação
Gráfica

Economia Fechada Sem Estado


Famílias e Empresas
(I)
Forma Estrutural do modelo
Equação de
Y = Dp
EQUILÍBRIO

Equação de Dp = C + Ip
DEFINIÇÃO (componentes da despesa
planeada)

Equação de
COMPORTAMENTO C = 𝐂ത + c Y

Equação de
COMPORTAMENTO Ip = 𝐈ҧ

VARIÁVEIS ENDÓGENAS (determinadas de acordo com o


VARIÁVEL EXÓGENA: Ip (investimento
modelo): C (consumo), S (poupança), Dp (procura/despesa
planeado)
agregada prevista), Y (oferta agregada ou rendimento, PIB)
(I) Forma Estrutural do Modelo
Famílias e Empresas

▪ Equação de Equilíbrio: Y = Dp

O equilíbrio é atingido quando oferta agregada de bens e serviços


(Y) (produção/rendimento/despesa efetiva) é igual à
procura/despesa agregada prevista de bens e serviços (Dp)

▪ Equação de Definição da Procura Agregada Planeada: Dp = C+ Ip

A procura/ despesa agregada planeada é constituída pela despesa


em bens de consumo por parte das famílias (C) e pela despesa de
investimento (planeado) por parte das empresas (Ip)
(I) Forma Estrutural do Modelo
Famílias e Empresas

▪ Equação de Comportamento dos Agentes Económicos enquanto


Consumidores: Função Consumo
C = 𝐂ത + c Yd → C = 𝐂ത + c Y com 0 < c <1

❖ a função consumo Keynesiana estabelece uma relação linear entre o rendimento


disponível (Yd) das famílias e o consumo privado (como o Estado não está
presente nesta versão do modelo, não há lugar a transferências nem impostos,
pelo que Y≡ Yd)
❖ 𝐂ҧ representa o consumo autónomo que é a parte do consumo que é influenciada
por todos os outros fatores que influenciam o consumo que não o rendimento
(disponível) e que pressupomos como constantes (hipótese de curto prazo);
exemplos desses fatores: expetativas dos consumidores quanto ao seu
rendimento futuro (se as famílias preverem um aumento/diminuição do nível do
seu rendimento, irão consumir mais/menos no presente; expetativas quanto aos
preços (se as famílias preverem um aumento/diminuição nos preços, vão
consumir mais/menos no presente);
❖ para o mesmo nível de rendimento, quanto maior for (𝐂ҧ ) maior será o consumo;
(I) Forma Estrutural do Modelo
Famílias e Empresas

C = 𝐂ത + c Yd → C = 𝐂ത + c Y com 0 < c <1

PROPENSÃO MARGINAL AO CONSUMO (PMgC): traduz a


variação nas despesas em bens de consumo das famílias
resultante de uma variação unitária no nível de rendimento
(disponível)
𝒅𝑪
𝑷𝑴𝒈𝑪 = 𝒄 = ≡𝒎 𝑪
𝒅𝒀𝒅

❖ PMgC = c > 0: as despesas de consumo variam no mesmo


sentido do rendimento (disponível): um acréscimo/
decréscimo no rendimento (disponível) provoca um
acréscimo/decréscimo nas despesas de consumo das
famílias
𝑷𝑴𝒈𝑪 = 𝒄 ≡ 𝒎 𝑪 > 𝟎
(I) Forma Estrutural do Modelo
Famílias e Empresas

C = 𝐂ത + c Yd → C = 𝐂ത + c Y com 0 < c <1

❖ PMgC = c <1: o aumento do consumo é menos que

proporcional ao aumento do rendimento disponível que lhe


deu origem, pois PARTE DO AUMENTO DO RENDIMENTO
DISPONÍVEL É POUPADO

❖ exemplo: c = 0,7<1: sempre que o rendimento disponível

(Yd) varia 1 u.m., o consumo (C) varia 0,7 u.m. no mesmo


sentido; as restantes 0,3 u.m. serão variações na poupança
(S); o que não é consumido é poupado (Yd = C+S)
(I) Forma Estrutural do Modelo
Famílias e Empresas

C = 𝐂ത + c Yd → C = 𝐂ത + c Y com 0 < c <1

Propensão Média ao Consumo (PMdC) é o consumo por


unidade de rendimento, isto é, traduz a parte do rendimento
disponível das famílias que é afeto às despesas em bens de
consumo
𝑪
𝑷𝑴𝒅𝑪 = 𝒄𝒐𝒎 𝟎 ≤ 𝑷𝑴𝒅𝑪 ≤ 𝟏
𝒀𝒅
❖ PMdC é DECRESCENTE com o nível de rendimento
disponível: à medida que o rendimento disponível aumenta,
o nível das despesas em bens de consumo aumenta, só que
a proporção do rendimento (disponível) que é consumida é
cada vez menor, pois uma fração maior do rendimento é
poupada
Dedução da Função Poupança (S) das Famílias
Famílias e Empresas

S = Y - C onde C = 𝐂ത + cY com Yd = Y e 0 < c <1


Sfamílias = Y – (𝐂ത + c Y)
Sfamílias = Y - 𝐂ത - cY
Sfamílias = - 𝐂ത + (1 - c)Y
Sfamílias = ഥ
𝑺 + sY com 0 < s <1

▪ Poupança Autónoma: ഥ 𝑺=-𝑪 ഥ


▪ Propensão Marginal à Poupança:
𝒅𝑺
𝐏𝐌𝐠𝐒 = 𝒔 = = 𝟏 − 𝐜 = 𝟏 − 𝐏𝐌𝐠𝐂 ⇔ 𝑷𝑴𝒈𝑪 + 𝑷𝑴𝒈𝑺 = 𝟏
𝒅𝒀

▪ Propensão Média à Poupança:


𝑺 𝒀−𝑪 𝑪
𝑷𝑴𝒅𝑺 = = = 𝟏 − = 𝟏 − 𝑷𝑴𝒅𝑪 ⇔ 𝑷𝑴𝒅𝑪 + 𝑷𝑴𝒅𝑺 = 𝟏
𝒀 𝒀 𝒀
(I) Forma Estrutural do Modelo
Famílias e Empresas

▪ Equação de Comportamento dos Agentes Económicos


(empresas) enquanto Investidores:

𝐈𝐩 = 𝐈ҧ
O investimento planeado
é uma variável exógena
(é determinada de forma externa ao modelo)

Relembrar: Ip = FBCF +  planeada/voluntária de stocks


Condição de
Equilíbrio Famílias e Empresas

Y = Dp 𝟏
𝒀𝒆 = ഥ + 𝑰ത
× 𝑪
ou 𝟏−𝒄
S = Ip

O valor do RENDIMENTO DE EQUILÍBRIO,


“Ye”, é aquele que faz com que:

a despesa agregada efetiva/rendimento (Y) (II)


seja igual à despesa agregada planeada (Dp)
FORMA
 REDUZIDA
a poupança gerada na economia (S) seja
do Modelo
igual ao investimento planeado (Ip)
Y = Dp  Y = C + 𝐈ҧ Y = Dp  Y = C + 𝐈ҧ

 Y = (𝐂ത + c Y) + 𝐈ҧ  Y = (𝐂ത + c Y) + 𝐈ҧ

Y (1- c) = 𝐂ത + 𝐈ҧ  −𝐂ത + (1- c) Y = 𝐈ҧ

ഥ 𝐈ҧ  ഥ𝑺 + sY = 𝐈ҧ
𝑪+
 𝐘𝐞 =
𝟏−𝒄  S = 𝐈ҧ
𝟏
⟺ 𝐘𝐞 = × 𝐂ത + 𝐈ҧ ⟺ 𝐘𝐞 =
𝟏
× 𝐂ത + 𝐈ҧ
𝟏−𝒄 𝟏−𝒄

Em equilíbrio o Irealizado é igual ao


As condições de equilíbrio Y = Dp e S = 𝐈ҧ
Investimentoplaneado que, por sua
SÃO EQUIVALENTES, e como tal, conduzem
vez, é igual ao volume de Splaneada e
ao MESMO RENDIMENTO DE EQUILÍBRIO Ye Srealizada na economia
(II) Forma Reduzida do Modelo Famílias e Empresas

𝟏
𝐘𝐞 = × 𝐂ത + 𝐈ҧ
𝟏−𝒄

𝟏 … 𝐃𝐩𝐀 = 𝐂ത + 𝐈ҧ
𝒀𝒆 = × 𝑫𝒑𝐀 𝐜𝐨𝐦 …
𝟏−𝒄 DESPESA PLANEADA
AUTÓNOMA

O rendimento de equilíbrio Ye
é tanto MAIOR quanto …

… MAIOR for a PMgC (c) … MAIOR for a DpA


 
… MENOR for a PMgS (s = 1-c) quanto MAIOR for 𝐂ത 𝒆 𝐈ҧ (= 𝑰𝒑)
Representação do Equilíbrio a partir da
CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO
Y = Dp
A curva Y = Dp ( bissetriz
que parte da origem) é o Dp = = C + 𝐈ҧ :
Y = Dp
lugar geométrico dos
Procura; Despesa
Dp Planeada
PONTOS DE POSSÍVEL
EQUILÍBRIO C = 𝐂ത + c Y
E
Ye = Dp
Ye é o ÚNICO NÍVEL DE
RENDIMENTO capaz de gerar
um valor para as despesas de
consumo que, adicionado às
DpA = 𝐂ത + 𝐈ҧ 𝐈ҧ despesas de investimento
planeado, gera um valor para
𝐂ത a DESPESA
PREVISTA/PROCURA IGUAL
45º AO DA OFERTA

Ye Y
Representação do Equilíbrio a partir da

CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO

S = 𝐈ҧ
S,I

S = - 𝐂ത + (1 - c)Y

E
Uma vez que as
despesas de
𝐈ഥ 𝐈 = 𝐈ҧ
investimento são
autónomas, o
investimento é
representado 0 Y
pela reta Ye
horizonta 𝐈 = 𝐈ҧ
Ye é o único nível de rendimento que
permite gerar a POUPANÇA
- 𝐂ത necessária ao FINANCIAMENTO dos
PLANOS DE INVESTIMENTO DAS
EMPRESAS
Famílias e Empresas
(III)
CARACTERÍSTICAS DO
ESTABILIDADE Y Ye  𝐈ҧ  S
do  ajustamentos???
Equilíbrio Y= Ye  𝐈ҧ = S
EQUILÍBRIO

Ye  Y* (YP)
Rendimento de EQUILÍBRIO
versus 
Rendimento de PLENO
EMPREGO EQUILÍBRIO COM
DESEMPREGO

Papel PROCURA AGREGADA


da determina
PROCURA AGREGADA Ye
Famílias e Empresas
(III)
ESTABILIDADE do Equilíbrio

Y = Ye  Y = Dp  S = 𝐈ҧ

DESEQUILÍBRIO Y  Ye

EXCESSO DE PROCURA EXCESSO DE OFERTA


Y < Ye Y > Ye
 Dp > Y  Y > Dp
 𝐈ҧ > S  S > 𝐈ҧ

𝐘 ≠ 𝐘𝐞 ⇒ 𝐚𝐣𝐮𝐬𝐭𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐝𝐮𝐳𝐞𝐦 𝐚𝐨 𝐞𝐪𝐮𝐢𝐥í𝐛𝐫𝐢𝐨 𝐘 = 𝐘𝐞


AJUSTAMENTOS DESENCADEADOS
ESTABILIDADE do Equilíbrio
EXCESSO DE PROCURA

Y < Ye  𝐈ҧ > S
a CURTO PRAZO as empresas
reagem ao excesso de procura
a poupança das famílias é
recorrendo às suas existências:
INFERIOR ao investimento
DIMINUIÇÃO INVOLUNTÁRIA de
desejado pelas empresas
𝐈ҧ > S stocks: Inp < 0

Com o tempo, as empresas


as famílias estão a gerar
AUMENTAM A PRODUÇÃO, admitem
uma PROCURA SUPERIOR À
MAIS EMPREGADOS e intensificam a
PREVISTA pelas empresas
utilização da sua capacidade
(excesso de procura, Dp >Y)
produtiva, e o PRODUTO AUMENTA
ATÉ Ye
ESTABILIDADE do Equilíbrio

Famílias e Empresas
Y = Dp

Dp = (𝐂ത + c Y )+ 𝐈ҧ
C, Dp, I

Y1 > Ye:
E Excesso Oferta
Procura (Dp) < Oferta (Y)
 Y até Ye
Inp>0

DpA = = 𝐂ത + 𝐈ҧ Y0 < Ye
Excesso Procura
Procura (Dp) > Oferta (Y)
 Y até Ye
Inp < 0
45º
Y0 Ye Y1 Y
ESTABILIDADE do Equilíbrio

Famílias e Empresas
S,I

S = -a + sY
E
𝐈ҧ 𝐈 = 𝐈ҧ

0 Y
Y0 Ye Y1

Y0 < Ye Y1 > Ye:


–a Excesso Procura Excesso Oferta
𝐈ҧ > S 𝐈ҧ < S
 Y até Ye  Y até Ye
Inp < 0 Inp>0
Ye  Y* (YP) ▪ Uma economia pode estar sobre o seu nível de
rendimento de equilíbrio (Ye), mas isso NÃO
 SIGNIFICA QUE O RENDIMENTO DE EQUILÍBRIO
EQUILÍBRIO COM E O RENDIMENTO DE PLENO (YP = Y*)
DESEMPREGO EMPREGO COINCIDAM

Y = Dp
Dp Dp = 𝐂 + 𝐈ҧ : Procura

C = 𝐂ത + c Y
E

▪ Se nada suceder, a
ESTABILIDADE que caracteriza o
DpA = = 𝐂ത + 𝐈ҧ 𝐈ҧ equilíbrio IMPEDE A ECONOMIA
DE, POR SI SÓ, DE SE
APROXIMAR DO PLENO
𝐂ത EMPREGO
45º

Ye Y* (produto Y
potencial)
PROCURA AGREGADA
determina
Ye
Famílias e Empresas

▪ A curto prazo é a procura agregada (despesa prevista ou

planeada, Dp) que determina o rendimento de equilíbrio (Ye):

𝟏 ഥ + ത𝑰
𝑫𝐩𝑨 = 𝑪
𝐘𝐞 = × 𝑫𝐩𝑨 𝒄𝒐𝒎 ቊ
𝟏−𝒄 𝒄 = 𝑷𝑴𝒈𝑪

Se o produto (Y) é função da procura autónoma


(exógena), DpA ➔ Como reage o produto de
equilíbrio (Ye) a uma variação exógena da
procura?
PROCURA AGREGADA
determina
Ye Famílias e Empresas

▪ EQUILÍBRIO COM DESEMPREGO:


Y = Dp
Dp1 = = C + 𝐈ҧ + 𝐈ҧ
Dp

Dp0 = = C + 𝐈ҧ
E1

Um AUMENTO DE
𝐈ҧ
APROXIMA
DpA1 = 𝐂ത + 𝐈ҧ + ∆𝐈ҧ
𝐈ҧ E0 Ye de Y*

DpA0 = 𝐂ҧ + 𝐈ҧ Ye: rendimento de equilíbrio


Y*: rendimento de pleno
45º emprego

Ye0 Ye1 Y* (produto Y


potencial)
Modelo Keynesiano
Famílias e Empresas

(IV) Multiplicador

Um multiplicador dá-nos a variação do valor de equilíbrio


duma variável endógena provocada por uma variação unitária
de certa variável exógena ou de certo parâmetro,
considerando que todas as outras variáveis exógenas e
parâmetros se mantêm constantes (hipótese ceteris paribus).
MULTIPLICADOR (SOBRE Ye) DO INVESTIMENTO AUTÓNOMO (PLANEADO)
𝑲𝒀𝒆, ത𝑰

traduz a variação no RENDIMENTO DE EQUILÍBRIO (variável


endógena) em resultado de uma VARIAÇÃO UNITÁRIA NO VALOR
DO INVESTIMENTO PLANEADO (variável exógena)

𝟏 1
𝐘𝐞 = × 𝐂ത + 𝐈ҧ com 𝐾𝑌𝑒, 𝐼 ҧ = >1
𝟏−𝒄 1−c

𝟏
∆ 𝐘𝐞 = × ∆Iҧ ⇔ ∆ 𝐘𝐞 = 𝐾𝑌𝑒, 𝐼 ҧ × ∆Iҧ com 𝐾𝑌𝑒, 𝐼 ҧ = 1
>1
𝟏−𝒄 1−c

∆ 𝒀𝒆
𝐾𝑌𝑒, 𝐼 ҧ =
∆𝑰ത

𝝏 𝒀𝒆
𝐾𝑌𝑒, 𝐼 ҧ =
𝝏𝑰ത
Efeito Multiplicador (Exemplo )

Suponhamos a seguinte caracterização de uma economia:


C = 0,8 Y + 20
𝐈ҧ = 50 u.m.
Y = Dp = 350 u.m. : Ye = 350 u.m.
Consideremos agora que o INVESTIMENTO PLANEADO PASSOU
PARA O NÍVEL DE 150 U.M. Qual é o acréscimo de rendimento de
equilíbrio provocado por esta variação de 100 u.m. na procura
autónoma? 𝟏 𝟏
 Ye = KYe,𝐈ҧ   ത𝑰 com KYe,𝐈ҧ =   Ye =   ത𝑰 
𝟏−𝒄 𝟏−𝟎,𝟖

 Ye = 𝟓  ത𝑰

  Ye = 𝟓  100= 500 u.m.


Efeito Multiplicador (Exemplo )
C = 0,8 Y + 20

Vagas Acréscimos Acréscimos Acréscimos Acréscimos


de de de de de
Despesa Investimento Rendimento Consumo Poupança
I Y C S

1 100 100 80 20
2 - 80 64 16
3 - 64 51,2 12,8
. . . . .
. . . . .
. . . . .
n - 0 0 0
σ = 500 σ = 𝟒00
෍ = 𝟏𝟎𝟎
𝟏 5000,8
× 𝟏𝟎𝟎 500 - 400
𝟏 − 𝟎, 𝟖 5000,2
▪A PMgC (c) tem um SIGNIFICADO
Efeito Multiplicador IMPORTANTE:
(Exemplo ) representa a fração do aumento de
rendimento que se reflete num aumento
da procura de bens produzidos
internamente, e, portanto, num novo
aumento da produção e do rendimento.

∆𝑪 = 𝟎, 𝟖 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟖𝟎
Fator de Propagação: despesas de consumo
ΔC
∆𝒀 = ∆𝑪 = 𝟎, 𝟖 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟖𝟎
c·Δ
I = ΔDpA ΔY ΔY
Δ Δ ΔS c·Δ

(1-c)·Δ
∆𝑰 = 𝟏𝟎𝟎 = ∆𝑫𝒑𝑨 ∆𝒀 = 𝟏𝟎𝟎
∆𝑺 = 𝟎, 𝟐 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟐𝟎

O efeito multiplicador é atenuado pela PMgS

𝟏 𝟏
 Ye = KYe,𝐈ҧ   ത𝑰 com KYe,𝐈ҧ =   Ye =   ത𝑰 
𝟏−𝒄 𝟏−𝟎,𝟖
 Ye = 𝟓  ത𝑰
  Ye = 𝟓  100 = 500 u.m.
Modelo Keynesiano Simples
Famílias e Empresas
▪ Efeito Multiplicador (Exemplo )

1ª Vaga de Despesa:
▪ o acréscimo de despesas de investimento no montante de
100 u.m. gera um acréscimo de igual montante no
rendimento das famílias;

▪ este rendimento adicional conduz a um acréscimo nas

despesas de consumo no montante de 80 u.m. (0,8*100 =


80), sendo as restantes 20 u.m. canalizadas para a
poupança (100-80 =20)
Modelo Keynesiano Simples
Famílias e Empresas
▪ Efeito Multiplicador (Exemplo )

2ª Vaga de Despesa:
▪ o acréscimo das despesas de consumo no montante de 80
u.m. gera um acréscimo de igual montante no rendimento
das famílias;

▪ este rendimento adicional conduz a um acréscimo nas

despesas de consumo no montante de 64 u.m. (0,8*80 = 64),


sendo as restantes 16 u.m. canalizadas para a poupança
(80-64 =16)
Modelo Keynesiano Simples
Famílias e Empresas
▪ Efeito Multiplicador (Exemplo 1)
No final do processo:
▪ o acréscimo de 100 u.m. nas despesas de investimento acabou por

provocar um acréscimo no rendimento de equilíbrio no montante de


500 u.m.

▪ Destas 500 u.m., 400 u.m. correspondem a despesas em bens de

consumo e as restantes 100 u.m. a poupança

▪ um acréscimo do investimento gerou um processo de acréscimo


múltiplo do rendimento que conduziu à formação de poupança num
montante igual ao do acréscimo do investimento: o investimento
cria a sua própria poupança
Modelo Keynesiano Simples
Famílias e Empresas
▪ Efeito Multiplicador (Exemplo)

I, S

S = - 𝐂ത + (1 - c)Y

E1
ҧ =150
𝐈𝟏
E0  I = 100
ҧ =50
𝐈𝟎
 Ye

Ye0 Ye1 Y
350 850 = 350+500
- 𝐂ത
Modelo Keynesiano Simples
Famílias e Empresas
▪ Efeito Multiplicador

✓ processo do multiplicador
➢ FATOR DE IMPULSÃO/ESTÍMULO INÍCIAL
❖ constituído pelas despesas de investimento
➢ FATOR DE PROPAGAÇÃO
❖ constituído pelas despesas de consumo
▪ efeito DEPENDE da propensão marginal a consumir

✓ propagação faz-se
➢ no “espaço”, i.e. por todo o sistema económico
➢ no tempo, i.e. por períodos sucessivos
Modelo Keynesiano
Famílias , Empresas , Estado e Exterior
Modelo Keynesiano
Famílias, Empresas Estado e Exterior

(II)
(I) Forma Reduzida do
Forma Estrutural do Modelo e
Modelo Representação
Gráfica
(I) Forma Estrutural do Modelo

Y = Dp Equação de Equilíbrio
Componentes da despesa
planeada (despesa que os
Dp = C + Ip + G + (X- M) Equação de Definição
agentes económicos
desejam realizar)
C = 𝐂ത + c Yd Equação de Comportamento

Yd = Y - T + TR Equação de Definição

ഥ+tY
T=𝑻 Equação de Comportamento

TR = 𝑻𝑹 Equação de Comportamento


G=𝑮 Equação de Comportamento

Ip = 𝐈ҧ Equação de Comportamento


X=𝑿 Equação de Comportamento

ഥ mY
M = 𝑴+ Equação de Comportamento
Exercício
Suponha uma economia que apresenta as seguintes características:

• a função consumo depende linearmente do rendimento disponível, sabendo-se a esse


propósito que:
o o consumo autónomo assume o valor de 52 u.m.;
o quando o rendimento disponível varia adicionalmente, o consumo varia 75% no
mesmo sentido;
• o investimento é de 226 u.m.;
• os impostos autónomos ascendem a 80 u.m.;
• os gastos públicos são de 146 u.m.;
• as exportações têm o valor de 230 u.m.;
• o Estado transfere para as famílias 68 u.m.;
• as importações autónomas totalizam 133 u.m.;
• a taxa marginal de imposto e a propensão marginal de importação são, respetivamente,
12% e 30%.
Exercício-1) Escreva o modelo na forma estrutural

Y = Dp Equação de Equilíbrio
Dp = C + Ip + G + (X-M) Equação de Definição

C = 𝐂ത + c Yd  C = 52 + 0,75Yd Equação de Comportamento


Yd = Y - T + TR Equação de Definição
ഥ + t Y  T = 80 + 0,12Y
T=𝑻 Equação de Comportamento
TR = 𝑻𝑹  𝑻𝑹 = 68 Equação de Comportamento
ഥ𝑮
G=𝑮 ഥ = 146 Equação de Comportamento
Ip = 𝐈ҧ  𝐈ഥ= 226 Equação de Comportamento
ഥ𝑿
X=𝑿 ഥ = 230 Equação de Comportamento

ഥ + m Y  M = 133 + 0,3Y
M=𝑴 Equação de Comportamento
Condição de
Equilíbrio 𝟏
Y = Dp 𝐘𝐞 = DpA
ou
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦
S = Ip
DpA = 𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ −𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑

𝐝 𝐘𝐞 𝟏
(II)
𝐊 𝐘𝐞, 𝐃𝐩𝐀 = =
𝐝𝐃𝐩𝐀 𝟏 − 𝐜 + 𝐜𝐭 + 𝐦 FORMA
REDUZIDA
KYe,DpA: multiplicador
sobre o produto de
do Modelo
equilíbrio (Ye) da
despesa prevista/procura
autónoma (DpA)
(II) Dedução do Modelo na Forma Reduzida a partir de Y = Dp

Ye: Y = Dp  Y = C + Ip + G + X - M
ഥ + c Yd + 𝐈ҧ + 𝐆
Y=𝑪 ഥ+𝐗
ഥ -തതത
𝐌 - mY
ഥ +c (Y- 𝑻
Y=𝑪 ഥ - tY+ തതതത ഥ+𝐗
𝑻𝑹 )+ 𝐈ҧ + 𝐆 ഥ -തതത
𝐌 - mY
ഥ + 𝐈ҧ + 𝐆
 Y - cy + ctY + mY= 𝑪 ഥ -c𝑻
ഥ + c𝑻𝑹
തതതത +𝐗
ഥ-𝐌

 Y (1- c + ct+m) = 𝑪
ഥ + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ -c𝑻
ഥ + c𝑻𝑹
തതതത +𝐗
ഥ-𝐌

𝐂ത+ 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ −𝑴ഥ −𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑
തതതത
 𝐘𝐞 =
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦
𝟏
 𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑
തതതത)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

𝟏
𝐘𝐞 = DpA
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦
(II) Dedução do Modelo na Forma Reduzida a partir de S =I

Sglobal
poupança agregada na
economia

Sf Sg
Sext
poupança das poupança do Estado
poupança externa
famílias ≡ SO

Sext = M – X = - BBS
Sf = Yd - C Sg = T – TR - G ignorando os fluxos
de rendimentos e
transferências
(II) Dedução do Modelo na Forma Reduzida a partir de S =I

Ye: S = I  Sf + Sg + Sext = 𝐈ҧ 

 - 𝑪ഥ +(1-c) (1-t) Y + (1-c) തതതത 𝑻𝑹 𝑮ഥ + 𝐌


𝑻𝑹 -(1-c)𝑻ഥ + 𝑻ഥ +t തതതത ഥ +mY-𝐗ഥ = 𝐈ҧ

𝟏
 𝐘𝐞 = DpA
𝟏−𝐜+𝐜𝐭+𝐦

DpA = 𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆ഥ + 𝑿ഥ − 𝑴
ഥ − 𝐜𝐓ഥ + 𝐜𝐓𝐑
തതതത
Exercício - 2) Determine o nível de rendimento de equilíbrio pela condição de
equilíbrio rendimento igual à despesa prevista.

Faça a representação gráfica do equilíbrio obtido.

Ye: Y = Dp  Y = C + Ip + G + X - M
ഥ + c Yd + 𝐈ҧ + 𝐆
Y=𝑪 ഥ+𝐗
ഥ -തതത
𝐌 - mY

ഥ +c (Y- 𝑻
Y=𝑪 ഥ - tY+ തതതത ഥ+𝐗
𝑻𝑹 )+ 𝐈ҧ + 𝐆 ഥ -തതത
𝐌 - mY

𝟏
 𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑
തതതത)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

𝟏
𝐘𝐞 = DpA
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

 𝐘𝐞 = 1,5625  512 = 800 u.m.


2) Representação gráfica do equilíbrio obtido.

Para fazer a representação gráfica do equilíbrio há que deduzir:


C (Y)
Dp (Y)
Para fazer a representação gráfica do equilíbrio há que deduzir:
C (Y)
Dp (Y)

ഥ+c Yd  C = 𝑪
C=𝑪 ഥ+c (0,88Y-12)
ഥ +c Yd
C=𝑪
ഥ - tY+ തതതത
Yd = Y- 𝑻 𝑻𝑹  C = 43+0,66Y

Yd = 0,88Y-12

Dp = C + Ip+ G + X - M

ഥ+𝑿
𝐃𝐩 = 𝐂 + 𝐈ҧ + 𝐆 ഥ−𝑴
ഥ − 𝐦𝐘

Dp = 512 + 0,36Y
Exercício - 3) Mostre que se verifica a condição de equilíbrio poupança igual ao
investimento planeado.
Faça a representação gráfica do equilíbrio.

S (poupança) global = Ip (= 𝐈)ҧ

Famílias: Estado Sexterna = -BC = -BBS


Sf = Yd - C BBS = X - M
Sg  SO = T - TR - G
Yd = - 12 + 0,88Y ഥ−𝑴
BBS = 𝑿 ഥ − 𝐦𝐘

Sg = T + ty - 𝑻𝑹 - 𝑮
C = 43 + 0,66Y BBS = 97-0,3Y

Sf = -55 + 0,22Y Sg = -134 + 0,12Y Sexterna = -97 + 0,3Y

Sglobal = Sf + Sg + Sexterna
S (poupança) global = Ip (= 𝐈)ҧ

Sf = - 55 + 0,22Y

Sg = -134 + 0,12Y Sglobal = -286 + 0,64Y

Sexterna = -97 + 0,3Y

Ye = 800  Sglobal = 226 = Ip = 𝐈ҧ


Ye = 800  Sglobal = 226 = Ip = 𝐈ҧ
Modelo Keynesiano
Famílias, Empresas Estado e Exterior

(III)
a importância da despesa planeada
(II) autónoma/procura autónoma (DpA)
Forma Reduzida do 𝐝 𝐘𝐞 𝟏
Modelo 𝐊 𝐘𝐞, 𝐃𝐩𝐀 = =
𝐝𝐃𝐩𝐀 𝟏 − 𝐜 + 𝐜𝐭 + 𝐦

KYe,DpA: multiplicador
sobre o produto de
equilíbrio (Ye) da ∆𝒀𝒆 = KYe, DpA × ∆ DpA
procura autónoma (DpA)
EXEMPLO: 𝐘𝐞 =
𝟏
(𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ −𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑
തതതത)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦
c = 0,8: PMgC
𝟏
𝐘𝐞 = DpA
t = 0,25: TMgT 𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

m = 0,1: PMgM 𝟏
𝑲𝒀𝒆, 𝑫𝒑𝑨 = =𝟐
𝟏 − 𝐜 + 𝐜𝐭 + 𝐦
 DAp = 100 u.m.

Quadro resumo dos efeitos de um aumento de 100 u.m. na procura autónoma (DpA) :

ΔDpA ΔY ΔT ΔYd ΔC ΔS ΔM
1 100,0 100,0 25,0 75,0 60,0 15,0 10,0
2 50,0 12,5 37,5 30,0 7,5 5,0 Fugas ao ciclo
3 25,0 6,3 18,8 15,0 3,8 2,5 cumulativo de
4 12,5 3,1 9,4 7,5 1,9 1,3 aumento do
5 6,3 1,6 4,7 3,8 0,9 0,6
rendimento e do
6 3,1 0,8 2,3 1,9 0,5 0,3
consumo
7 1,6 0,4 1,2 0,9 0,2 0,2
8 0,8 0,2 0,6 0,5 0,1 0,1
9 0,4 0,1 0,3 0,2 0,1 0,0
10 0,2 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0
… …
= 200,0

Para obtermos o valor exacto teríamos de somar um número infinito de parcelas…


Obteriamos:  Ye = KYe,DpA  DpA Ye = 2*100 = 200 u.m.
𝐝 𝐘𝐞 𝟏
𝐊 𝐘𝐞, 𝐃𝐩𝐀 = =
𝐝𝐃𝐩𝐀 𝟏 − 𝐜 + 𝐜𝐭 + 𝐦

pela taxa marginal de


imposto
(t)
uma parte do aumento do
produto é canalizada para o
Estado sob a forma de receita
fiscal, logo, O AUMENTO DO
CONSUMO ESTÁ INDEXADO AO
AUMENTO DE Yd, menor que o
propensão marginal à
o efeito poupança
aumento de Y
multiplicador
(s = 1- c)
é ATENUADO
pela:
pela propensão marginal a
importar
(m) os bens importados não são
produzidos internamente,
por isso, NÃO CONTRIBUEM
para o aumento
subsequente do produto e
do rendimento
Modelo Keynesiano
Famílias, Empresas Estado e Exterior

(IV)
MULTIPLICADORES
(II)
associados aos
Forma Reduzida do
Modelo INSTRUMENTOS DE POLÍTICA
ORÇAMENTAL
ഥ)
▪Gastos Públicos (𝑮
▪Transferências para as famílias (𝑻𝑹) INSTRUMENTOS DE
ഥ )
▪Impostos autónomos ( 𝑻
POLÍTICA ECONÓMICA
▪Taxa marginal de imposto (t)

O Estado, através da POLÍTICA ORÇAMENTAL, pode intervir e


ATENUAR O CICLO ECONÓMICO (aproximar o PIB efetivo do PIB
potencial) através de uma POLÍTICA ORÇAMENTAL
(DISCRICIONÁRIA) CONTRA CÍCLICA
Instrumentos da política orçamental
Hip: PIB<PIBP

Governo leva a
cabo uma
POLÍTICA DE
ESTABILIZAÇÃO,
podendo …

… aumentar as
… aumentar a TRANSFERÊNCIAS A … diminuir os IMPOSTOS
DESPESA PÚBLICA FAVOR DAS FAMÍLIAS (diminuir a taxa de imposto

∆+ 𝑮 ∆+ 𝑻𝑹 ou os impostos autónimos)
∆− 𝑻ഥ 𝒐𝒖 ∆− 𝒕

como atuam sobre o Ye? efeito


multiplicador
Instrumentos da política orçamental
▪Gastos públicos (G)
▪Transferências para as famílias (TR)
+ഥ + + +
∆ 𝑮 ⇒ ∆ 𝑫𝒑 ⇒ ∆ 𝒀 ⇒ ∆ 𝑪 ▪Impostos Autónomos (T)
▪Taxa marginal de imposto (t)

∆+ 𝑻𝑹 ⇒ ∆+ 𝒀𝒅 ⇒ ∆+ 𝑪 ⇒ ∆+ 𝑫𝒑 ⇒ ∆+ 𝒀 ⇒ ∆+ 𝑪
efeito
multiplicador

∆− 𝑻ഥ 𝒐𝒖 ∆− 𝒕 ⇒ ∆+ 𝒀𝒅 ⇒ ∆+ 𝑪 ⇒ ∆+ 𝑫𝒑 ⇒ ∆+ 𝒀 ⇒ ∆+ 𝑪
.
𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

𝝏𝒀𝒆 𝟏

𝐊𝐘𝐞, 𝐆 = ഥ = ഥ × ∆𝑮
⇒ ∆𝒀𝒆 = 𝑲𝒀𝒆, 𝑮 ഥ
𝝏𝑮 𝟏−𝐜+𝒄𝒕+𝒎

𝝏𝒀𝒆 𝒄
𝐊𝐘𝐞, 𝐓𝐑 = = ⇒ ∆𝒀𝒆 = 𝑲𝒀𝒆, 𝑻𝑹 × ∆𝑻𝑹
𝝏𝑻𝑹 𝟏 − 𝒄 + 𝒄𝒕 + 𝒎
𝝏𝒀𝒆 𝒄
ഥ=
𝐊𝐘𝐞, 𝐓 =− ⇒ ∆𝒀𝒆 = 𝑲𝒀𝒆, ഥ × ∆𝑻
𝑻 ഥ

𝝏𝑻 𝟏 − 𝒄 + 𝒄𝒕 + 𝒎
𝝏𝒀𝒆 𝒄
𝐊𝐘𝐞, 𝒕 = 𝝏𝒕
= − 𝟏−𝒄+𝒄𝒕+𝒎 Y ⇒ ∆𝒀𝒆 = 𝑲𝒀𝒆, 𝒕 × ∆𝒕

MULTIPLICADORES associados aos

,
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ORÇAMENTAL
Algumas propriedades dos multiplicadores
𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

𝝏𝒀𝒆 𝝏𝒀𝒆 𝝏𝒀𝒆 𝝏𝒀𝒆 𝟏


ഥ = ഥ = = =
𝝏𝑮 𝝏𝑪 𝝏ത𝑰 ഥ
𝝏𝑿 𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

O multiplicador dos GASTOS PÚBLICOS é IGUAL ao


multiplicador do consumo autónomo, do investimento e das
exportações e simétrico do multiplicador das importações
autónomas

Estes multiplicadores são TANTO MAIORES QUANTO:


◆maior for a propensão marginal a consumir
◆menor for a taxa marginal de imposto
◆menor for a propensão marginal a importar
Algumas propriedades dos multiplicadores

𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

𝝏𝒀𝒆 𝒄 𝝏𝒀𝒆 𝟏
= < ഥ =
𝝏𝑻𝑹 𝟏−𝒄+𝒄𝒕+𝒎 𝝏𝑮 𝟏−𝐜+𝒄𝒕+𝒎

O multiplicador das TRANSFERÊNCIAS é INFERIOR ao


multiplicador dos GASTOS PÚBLICOS

PORQUÊ?
(veremos a seguir)
Algumas propriedades dos multiplicadores

𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

𝝏𝒀𝒆 𝒄 𝝏𝒀𝒆
=− =−

𝝏𝑻 𝟏 − 𝒄 + 𝒄𝒕 + 𝒎 𝝏𝑻𝑹

ഥ<𝟎
𝐊𝐘𝐞, 𝐓 ഥ = 𝐊𝐘𝐞, 𝐓𝐑
𝐊𝐘𝐞, 𝐓

O multiplicador dos IMPOSTOS AUTÓNOMOS é NEGATIVO e


igual ao SIMÉTRICO do multiplicador das
TRANSFERÊNCIAS
∆+ 𝑻ഥ ⇒ ∆− 𝒀𝒅 ⇒ ∆− 𝑪 ⇒ ∆− 𝑫𝒑 ⇒ ∆− 𝒀 ⇒ ∆− 𝑪 … .

∆+ 𝑻𝑹 ⇒ ∆+ 𝒀𝒅 ⇒ ∆+ 𝑪 ⇒ ∆+ 𝑫𝒑 ⇒ ∆+ 𝒀 ⇒ ∆+ 𝑪 … .
os impostos são “transferências negativas”

𝐌𝐮𝐥𝐭𝐢𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐨𝐬 𝐆𝐚𝐬𝐭𝐨𝐬 𝐏ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐨𝐬 𝐊𝐘𝐞, 𝐆

Papel do Estabilizador Automático Taxa Marginal de Imposto (t)

𝟏 𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ҧ + ഥ+𝑿
𝐈ҧ + 𝐆 ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑) 𝐘𝐞 = 𝟏− 𝐜 +𝐦
(𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

ഥ+tY ഥ
Com T = 𝑻
Com T = 𝑻
<
𝝏𝒀𝒆 𝟏
ഥ=
𝑲𝒀𝒆, 𝑮
𝝏𝒀𝒆
=
𝟏 ഥ
𝑲𝒀𝒆, 𝑮 = ഥ =

𝝏𝑮 𝟏−𝐜+𝒄𝒕+𝒎 𝝏𝑮 𝟏−𝐜+𝐦
… um aumento no rendimento terá
um aumento dos Gastos como consequência um Aumento
Públicos Autónomos tem um Automático nas Receitas de Impostos
menor impacto no rendimento por via da Taxa Marginal de Imposto:
com (t) porque … ∆ T = (t ∆ Y)

Os ESTABILIZADORES AUTOMÁTICOS correspondem às variáveis orçamentais, tanto


do lado da receita como da despesa, que atuam AUTOMATICAMENTE sobre o
rendimento, REDUZINDO o impacto de variações autónomas na procura agregada
sobre o rendimento de equilíbrio. No modelo em estudo a taxa marginal de imposto (t)
é o Estabilizador Automático.
Exercício - 4)
Suponha que o governo opta por uma política expansionista, com o objetivo de
diminuir o desemprego. Para tal AUMENTA OS GASTOS DO ESTADO em 100 u.m..
Qual será o impacto deste aumento sobre o rendimento de equilíbrio? Ilustre
graficamente a sua resposta.

𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

𝝏𝒀𝒆 𝟏
ഥ × ∆𝑮
∆𝒀𝒆 = 𝑲𝒀𝒆, 𝑮 ഥ ഥ=
𝐊𝐘𝐞, 𝐆 = 𝟏−𝐜+𝒄𝒕+𝒎 = 𝟏, 𝟓𝟔𝟐𝟓

𝝏𝑮

ഥ  ∆𝒀𝒆 = 𝟏, 𝟓𝟔𝟐𝟓 × 100 = 156,25 u.m.


ഥ × ∆𝑮
∆𝒀𝒆 = 𝑲𝒀𝒆, 𝑮

ഥ  ∆𝒀𝒆 = 125 u.m.  𝒀𝒆 (f) = 𝒀𝒆 (i ) + ∆𝒀𝒆


∆𝑮
𝒀𝒆 (f) = 𝟖𝟎𝟎+ 𝟏𝟓𝟔, 𝟐𝟓
𝒀𝒆 (f) = 𝟗𝟓𝟔, 𝟐𝟓 𝒖. 𝒎.
Exercício – 5) Mostre que um aumento do consumo público tem um impacto superior a
um aumento de montante idêntico (100 u.m.) das TRANSFERÊNCIAS CORRENTES DO
GOVERNO PARA AS FAMÍLIAS. Como justifica tal diferença?

𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦
𝝏𝒀𝒆 𝒄
∆𝒀𝒆 = 𝑲𝒀𝒆, 𝑻𝑹 × ∆𝑻𝑹 𝐊𝐘𝐞, 𝐓𝐑 = =
𝝏𝑻𝑹 𝟏 − 𝒄 + 𝒄𝒕 + 𝒎
𝝏𝒀𝒆
𝐊𝐘𝐞, 𝐓𝐑 = = 𝟏, 𝟏𝟕𝟏𝟖𝟕𝟓
𝝏𝑻𝑹

∆𝒀𝒆 = 𝑲𝒀𝒆, 𝑻𝑹 × ∆𝑻𝑹  ∆𝒀𝒆 = 𝟏, 𝟏𝟕𝟏𝟖𝟕𝟓 × 100 = 117,1875u.m.

ഥ =100  ∆𝒀𝒆 = 156,25 u.m


∆𝑮
PORQUÊ?

∆𝑻𝑹 =100  ∆𝒀𝒆 = 1117,1875 u.m


Exercício – 5) Mostre que um aumento do consumo público tem um impacto superior a
um aumento de montante idêntico (100 u.m.) das transferências correntes do governo
para as famílias. Como justifica tal diferença?

𝝏𝒀𝒆 𝟏 𝝏𝒀𝒆 𝒄
𝐊𝐘, 𝐆ത = = 𝐊𝐘𝐞, 𝐓𝐑 = =

𝝏𝑮 𝟏 − 𝒄 + 𝒄𝒕 𝝏𝑻𝑹 𝟏 − 𝒄 + 𝒄𝒕 + 𝒎

Resposta: ഥ
𝐊𝐘𝐞, 𝐓𝐑 < 𝐊𝐘𝐞, 𝐆

PORQUÊ?
▪ Gastos Públicos: AUMENTA A PROCURA AGREGADA DE FORMA DIRETA:
(𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒕𝒆𝒎 𝒊𝒏í𝒄𝒊𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝟏𝟎𝟎 𝒖. 𝒎. )

▪ Transferências: AUMENTA A PROCURA AGREGADA DE FORMA INDIRETA,


por via do rendimento disponível que influencia as despesas de consumo
(𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂 − 𝒔𝒆 𝒄𝒐𝒎 𝟕𝟓 𝒖. 𝒎. )

G=  TR
100 = 100

 Dp =  Yd = 100
100
 C = 75
Y= Primeiro Valor
Adicional do
100 Rendimento
Formado
 Y = 75

efeitos indiretos efeitos indiretos


resultantes de resultantes de
sucessivos aumentos
rendimento/consumo  sucessivos
aumentos
rendimento/consumo
Modelo Keynesiano
Exercícios
por exemplo, ver
ter em atenção: dispositivo seguinte

Cálculo do Ye
Cálculo dos
Forma Multiplicadores
Forma
Estrutural ……
Reduzida
do TODA A
do Modelo
Modelo
RESOLUÇÃO
DO EXERCÍCIO
Economia Fechada 𝟏
𝒀𝒆 = ഥ + 𝑰ത)
× (𝑪
Famílias + Empresas 𝟏−𝒄

3 hipóteses
Economia Aberta EQUAÇÃO DE COMPORTAMENTO
Famílias + Empresas +Estado PARA OS IMPOSTOS

ഥ + tY
▪ Com T = 𝑻
𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦

▪ Com T = tY
𝟏
𝐘𝐞 = 𝟏− 𝐜 + 𝐜𝐭+𝐦
(𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ−𝑴
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)


▪ Com T = 𝑻 𝟏
𝐘𝐞 = (𝐂ത + 𝐈ҧ + 𝐆
ഥ+𝑿
ഥ −𝑴
ഥ − 𝐜𝐓
ഥ + 𝐜𝐓𝐑)
𝟏− 𝐜 +𝐦
Exercício 1

Suponha uma economia que apresenta as seguintes características:

• a função consumo depende linearmente do rendimento disponível, sabendo-se a esse


propósito que:
o o consumo autónomo assume o valor de 52 u.m.;
o quando o rendimento disponível varia adicionalmente, o consumo varia 75% no
mesmo sentido;
• o investimento é de 226 u.m.;
• os impostos autónomos ascendem a 80 u.m.;
• os gastos públicos são de 146 u.m.;
• as exportações têm o valor de 230 u.m.;
• o Estado transfere para as famílias 68 u.m.;
• as importações autónomas totalizam 133 u.m.;
• a taxa marginal de imposto e a propensão marginal de importação são, respetivamente,
12% e 30%.
Exercício 1

1.1) Escreva o modelo na forma estrutural.


1.2) Determine o nível de rendimento de equilíbrio pela condição de equilíbrio
rendimento igual à despesa prevista. Faça a representação gráfica do equilíbrio
obtido.
1.3) Mostre que se verifica a condição de equilíbrio poupança igual ao investimento
planeado. Faça a representação gráfica do equilíbrio que evidencie esta condição.

1.4) Suponha que o governo opta por uma política expansionista, com o objetivo de
diminuir o desemprego. Para tal aumenta os gastos do Estado em 100 u.m.. Qual
será o impacto deste aumento sobre o rendimento de equilíbrio? Ilustre
graficamente a sua resposta

1.5) Mostre que um aumento do consumo público tem um impacto superior a um


aumento de montante idêntico (100 u.m.) das transferências correntes do governo
para as famílias. Como justifica tal diferença?
Exercício 1

1.6) Calcule o valor do saldo orçamental na situação de equilíbrio. Ilustre


graficamente o resultado obtido. Se rendimento de equilíbrio aumentar (por exemplo
para 1000 u.m.), sem qualquer manipulação das variáveis de política orçamental,
qual será o impacto sobre o SO? Ilustre graficamente a sua resposta.
1.7) Será que uma variação no investimento autónomo (por exemplo, um acréscimo
de 100 u.m.) tem algum impacto sobre o saldo orçamental? Quantifique esse
impacto.

1.8) Suponha que o objetivo do governo é equilibrar o saldo orçamental. Qual terá
que ser a variação na despesa pública autónoma necessária para atingir esse
objetivo? Interprete o valor obtido. Ilustre graficamente a alteração ocorrida no saldo
orçamental.

1.9) Suponha que a economia entra em recessão, com a queda do investimento


autónomo de 226 u.m. para 100 u.m.. Evidencie a importância do estabilizador
automático (t) no amortecimento da queda do produto.
Exercício 1

1.10) Calcule o saldo da Balança de Bens e Serviços (BBS). Ilustre


graficamente o resultado obtido

1.11) Suponha que o governo opta por uma política expansionista, com o objetivo
de diminuir o desemprego. Para tal aumenta os gastos do Estado em 100 u.m..
Analise, analítica e graficamente, o impacto desta política sobre o saldo da BBS.
Resolva o exercício recorrendo aos multiplicadores adequados.

1.12) Calcule a variação das exportações autónomas necessárias para equilibrar o


saldo da BBS. Analise o impacto desta variação sobre o nível de atividade
económica e sobre o volume das importações. Ilustre graficamente o impacto da
variação das exportações sobre a BBS.
Exercício 2
Comente as seguintes afirmações:
(sugestão: revisitar a resolução do Exercício 2)

2.1) Se as Transferências Autónomas aumentam (diminuem), o SALDO


ORÇAMENTAL piora (melhora), mas numa amplitude inferior ao aumento
(diminuição) das transferências.

2.2) Se os IMPOSTOS AUTÓNOMOS aumentam (diminuem), o SALDO ORÇAMENTAL

melhora (piora), mas numa amplitude inferior a esse aumento (diminuição).

2.3) Para aumentar o produto (de forma a que este se aproxime do produto
potencial), o governo pode: (1) aumentar os gastos públicos; (2) aumentar as
transferências; (3) diminuir a taxa de imposto; (4) diminuir os impostos
autónomos. Mas todas estas medidas, quando tomadas isoladamente, têm
um impacto negativo no SALDO ORÇAMENTAL e no saldo da BBS.
2.4) O aumento das exportações necessário para equilibrar

o SALDO da BBS é SUPERIOR ao valor, em termos

absolutos, desse défice.

2.5) A diminuição das IMPORTAÇÕES necessária para

equilibrar o SALDO da BBS é superior ao valor, em termos

absolutos, desse défice.


Exercício 3)

Comente a seguinte afirmação:

A abertura da economia reduz a eficácia da política

orçamental.

Sugestão: compare o
multiplicador sobre o Ye
dos gastos públicos numa
economia fechada e numa
economia aberta
Exercício 4)

Poderá o efeito multiplicador das exportações


(autónomas) sobre o produto de equilíbrio ser
inferior a 1 numa economia aberta? E numa
economia fechada?

Sugestão: avalie o
impacto da propensão
marginal a importar (m)
sobre o multiplicador da
despesa prevista
autónoma
Exercício 5

No quadro dos pressupostos habituais do modelo keynesiano, considere uma


economia cujo comportamento pode ser descrito pelas seguintes relações:

C = 480 + 0,6 Yd T = 0,2Y Ip = 1300

G = 800 X = 600 M = 300 + 0,08Y

5.1) Determine a variação no rendimento de equilíbrio associada a uma variação


unitária na despesa prevista (procura) autónoma. Interprete o significado
económico do valor obtido.
Exercício 5 (continuação)

5.2)

Suponha que, para combater o desemprego, o governo deste país deseja


implementar uma política orçamental de modo a que o produto na economia
aumente 5%.

Simultaneamente, condicionado por compromissos assumidos


internacionalmente, o governo quer assegurar a manutenção do saldo
orçamental atual.

Supondo a manutenção do valor das transferências públicas para as famílias,


serão estes dois objetivos compatíveis? Que medidas deverá o governo
adotar?

Quantifique e justifique adequadamente a sua resposta.


Exercício 6

No quadro dos pressupostos habituais do modelo keynesiano, considere uma


economia cujo comportamento pode ser descrito pelas seguintes relações :

C = 60 + 0,75Yd T = 70+0,1Y 𝑻𝑹=50 ഥ = 140


𝑮 ഥ = 200
𝑿

Ip = 𝐈ҧ =200 M = 100+0,3Y

6.1) Classifique as equações que integram o modelo na forma estrutural acima


indicadas.

6.2) Calcule os valores de equilíbrio do rendimento, do saldo orçamental e do


saldo da balança de bens e serviços.
6.3) Represente graficamente os valores de equilíbrio obtidos na alínea anterior
(o rendimento de equilíbrio definido pela igualdade entre a procura e a oferta).
Explique o declive das curvas SO e BBS.
6.4) Mostre a igualdade entre poupança global e o investimento.

6.5) Represente graficamente a situação de equilíbrio definida pela igualdade entre


a poupança global e o investimento.

6.6) Admita que o Estado optou por equilibrar o orçamento alterando os impostos
autónomos. Calcule a variação necessária nesta variável para cumprir o referido
objetivo. Qual é o impacto desta medida sobre o saldo da Balança de Bens e
Serviço? Explique, sem fazer qualquer cálculo, a razão desse impacto. Porque é
que a BBS continua com um défice?

6.7) Admita agora que a prioridade do governo é combater o desemprego, fazendo


acompanhar o aumento dos gastos públicos em 50 u,m.. Qual é o impacto desta
medida sobre o rendimento de equilíbrio e sobre o saldo orçamental, se for
acompanhada pela diminuição dos impostos autónomos em 40 u.m.?
6.8) Suponha que, por motivo de uma expansão generalizada nas economias dos
principais parceiros comerciais deste país, é previsível um aumento em 30% das
exportações desta economia. Qual o efeito deste facto sobre o nível de rendimento
de equilíbrio e os saldos orçamental e da balança corrente? Justifique os resultados
obtidos, acompanhando a sua resposta de uma representação gráfica adequada.
Exercício 7

Selecione a(s) alternativa (s) correta (s) e justifique a


sua resposta, recorrendo aos multiplicadores
adequados.

Os gastos públicos autónomos aumentam em 100 u.m.. , isto é,


ഥ = 𝟏𝟎𝟎. Neste caso:
∆+ 𝑮

▪ O saldo da BBS melhora.


▪ O Saldo da BBS deteriora-se.
▪ O Saldo da BBS não se altera porque BBS = X - M
▪ A variação no Saldo da BBS é, em valor absoluto, igual a 100 u.m.
▪ A variação no Saldo da BBS é, em valor absoluto, inferior a 100 u.m.
▪ A variação no Saldo da BBS é, em valor absoluto, superior a 100 u.m.
Exercício 8

Indique uma possível causa para:

▪ Um deslocamento no sentido descendente da curva SO;


▪ Um deslocamento no sentido ascendente da curva SO;
▪ Um deslocamento no sentido descendente da curva BBS;
▪ Um deslocamento no sentido ascendente da curva BBS;
▪ Um deslocamento para a direita da curva SO;
▪ Um deslocamento para a esquerda da curva SO;
▪ Um deslocamento para a direita da curva BBS;
▪ Um deslocamento para a esquerda da curva BBS;

Justifique as suas respostas.


Exercício 9

▪ Explicite o conceito de estabilizador automático.

▪ No quadro do Modelo Keynesiano estudado, qual é o


estabilizador automático e como é que se faz sentir a
sua influência em termos, por exemplo, do impacto de
uma variação do investimento autónomo sobre o
rendimento de equilíbrio? Recorra aos multiplicadores
adequados para justificar a sua resposta.

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