O documento resume Os Lusíadas de Luís de Camões, a maior obra da literatura portuguesa. Apresenta o contexto histórico do século XVI e os movimentos culturais como o Humanismo e o Renascimento. Explica que Camões escreveu a epopeia seguindo o modelo clássico, com um herói coletivo, ação heroica e intervenção do maravilhoso. Finaliza descrevendo brevemente a vida e obra do autor.
O documento resume Os Lusíadas de Luís de Camões, a maior obra da literatura portuguesa. Apresenta o contexto histórico do século XVI e os movimentos culturais como o Humanismo e o Renascimento. Explica que Camões escreveu a epopeia seguindo o modelo clássico, com um herói coletivo, ação heroica e intervenção do maravilhoso. Finaliza descrevendo brevemente a vida e obra do autor.
O documento resume Os Lusíadas de Luís de Camões, a maior obra da literatura portuguesa. Apresenta o contexto histórico do século XVI e os movimentos culturais como o Humanismo e o Renascimento. Explica que Camões escreveu a epopeia seguindo o modelo clássico, com um herói coletivo, ação heroica e intervenção do maravilhoso. Finaliza descrevendo brevemente a vida e obra do autor.
Em Os Lusadas, Lus de Cames conta a histria gloriosa do povo portugus. Ambos, autor e obra, representam ao mais alto nvel a literatura portuguesa e marcaram, decididamente, a literatura universal. Contextualizao da poca Os Lusadas so uma obra do sc. XVI. Este sculo, caracteri!ado por uma grande viraem no pensamento !umano, marcado por trs grandes movimentos culturais" o "umanismo, o #enascimento e o Classicismo. "umanismo #o "umanismo$ o homem encontra$se no centro das aten%es, dando lugar ao antropocentrismo &antropos signi'ica (omem) *ue se ope ao teocentrismo &+eus no centro). ,rata$se de um movimento intelectual europeu *ue procurou vigorosamente descobrir e reabilitar a literatura e o pensamento da %ntiuidade Cl&ssica e *ue tem como interesse central o (omem, no pleno desenvolvimento das suas virtualidades e empenhado na ac%o, havendo a*ui a ntida oposi%o - concep%o hier.r*uica e 'eudalista do (omem medieval. #enascimento O #enascimento desenvolveu$se em pases da 'uropa Central e Ocidental$ como a /t.lia &passando sucessivamente de 0loren%a a 1iena e depois a 2oma, e alastrando posteriormente a toda a 3ennsula italiana), nos sculos XIV a XVI e veio a irradiar e a ter 'undas repercusses na cultura de praticamente todos os pases do continente europeu. As 'iguras de proa do movimento gostavam de se apresentar como crticos do (o)scurantismo* medieval, numa atitude de contesta%o - tradicional in'luncia da religio na cultura, no pensamento e na vida *uotidiana ocidental. O movimento renascentista come%a por ser uma contesta%o da ideologia dominante durante o milnio medieval" - civili!a%o crist contrape$se uma ideoloia antropoc+ntrica, revelando um dese4o de 'a!er renascer a %ntiuidade reco,latina, *ue, na interpreta%o ento prevalecente, se caracteri!ara precisamente por colocar o (omem no centro do 5niverso e representava um ideal de civili!a%o natural. Classicismo O Classicismo consiste num sentimento de admirao pela antiuidade cl&ssica e no dese4o de imita%o da cultura greco$romana e de retoma dos seus valores, re'lectindo$se em todas as artes como a pintura, a escultura e a literatura. Com base nos modelos cl.ssicos greco$romanos, este movimento tem como principais valores a !armonia, a simplicidade, o e-uil)rio, a preciso e o sentido das propores. 2e'ira$se, como e6emplo, na pintura Leonardo da Vinci e #a.ael. Os estudos das poticas de "or&cio e de %rist/teles disciplinam a desordem artstica medieval. O enri*uecimento 'ilos'ico e esttico *ue o'erece o estudo de 3lato, (omero, 1'ocles, 7s*uilo, Ovdio, 8irglio e 0dias d. aos valores ocidentais maior dignidade artstica e intelectual. A /t.lia, detentora dos valores cl.ssicos, latinos e gregos, considerada o ber%o deste movimento, com 0ante, 1etrarca e 2occaccio. Lus de Cames 345678 9 45:;< =oi durante o sculo XVI -ue viveu Lus de Cames. Concretamente$ com )ase documental$ sa)e,se muito pouco da sua !ist/ria. 3ensa$se *ue ter. nascido por volta de 4567. A sua 'orma%o acadmica 'oi reali!ada em Coim)ra. A sua vida 'oi especialmente marcada por duas actividades" as armas, serviu como soldado em Ceuta, por volta de 9:;<$9::9, a perdendo um olho, e as letras. ,er. sido na >ndia *ue o poeta iniciou a escrita do primeiro canto d=Os Lusadas. >ais tarde, em >acau, ter. composto mais seis cantos. Conta$se *ue durante uma viagem para ?oa, o barco em *ue Cames seguia, nau'ragou e o poeta salvou o seu poema pico, nadando apenas com um bra%o e erguendo o outro 'ora da .gua. 3ensa$se *ue 'oi em >o%ambi*ue *ue terminou a epopeia, *ue veio a ser publicada em 45?6 com o apoio do rei 0. @e)astio. Esta obra , ho4e, mundialmente conhecida e Cames tornou$se o escritor portugus mais clebre. Apesar da sua grandiosidade, Cames viveu sempre com muitas di'iculdades e desiluses. A sociedade corrompida e decadente em *ue se inseria nunca o reconheceu. As pessoas do seu tempo no souberam valori!ar nem a obra nem o poeta. Aps v.rios anos amargurados pela doen%a e pela misria, o poeta morreu em 45:;, no dia 4; de Aun!o. Lus Vaz de Cames considerado o maior poeta de lngua portuguesa e dos maiores da (umanidade. O seu gnio compar.vel ao de 8irglio, +ante, Cervantes ou 1ha@espeare. +as suas obras, a epopeia Os Lusadas a mais signi'icativa. % epopeia cl&ssica Cames escreveu Os Lusadas sob a 'orma de narrativa pica ou epopeia$ 'orma muito utili!ada na %ntiuidade Cl&ssica e *ue Cames conhecia bem. Para saber 0e.inio de epopeia 5ma epopeia, 'orma liter.ria da %ntiuidade Cl&ssica, de'ine$se como uma narrativa, estruturada em verso, *ue narra, atravs de uma linguagem cuidada, os .eitos randiosos, de um heri, com interesse para toda a humanidade. %rist/teles, 'ilso'o grego *ue viveu durante o sc. /// a. C., descreveu os re-uisitos necess&rios B composio de uma epopeia. % epopeia de Lus de Cames Ao analisarmos Os Lusadas$ e depois de conhecermos os elementos constituintes de uma epopeia$ conclumos *ue Cames segue, em muitos aspectos, o modelo cl&ssico apresentado. 1rotaonista 9 O !er/i d Os Lusadas um !er/i colectivo e no individual, como nas antigas epopeias. O povo portuu+s o protagonista desta epopeia, Ao peito ilustre lusitanoB, simbolicamente representado por 8asco da ?ama, *ue, ao narrar a historia da p.tria ao rei de >elinde, revela a heroicidade do seu povo. %co 9 A aco d Os Lusadas plena de herosmo, pois narra a descoberta do caminho martimo para a Cndia, um acontecimento com interesse universal. A ac%o d= Os Lusadas apresenta -uatro -ualidades" /nser%o de considera%es do poeta no te6to 'strutura internaC $ proposi%o $ invoca%o $ dedicatria $ narra%o
'strutura externaC #arrativa em verso /nterven%o do maravilhoso D sobrenatural #arra%o in medias res %co $unidade $variedade $verdade $integridade 1rotaonista E "er/i 'popeia , unidade" um todo harmonioso, todos os 'actos esto intrinsecamente ligadosF , variedade" apresenta grande variedade de episdios" mitolgicos, blicos, lricos, naturalistas e simblicosF , verdade" o assunto *uase na totalidade real, com alguns momentos de verosimilhan%aF , interidade" a narrativa pode ser dividida em trs momentos determinantes G introdu%o & Canto /, estro'es 9 a 9H), desenvolvimento & Canto /, estro'e 9<, a Canto I, estro'e 9;;) e concluso &Canto I, estro'es 9;: a 9:J). Darrao 9 In medias res 3a meio da aco< #o inicio da narra%o &estro'e 9<, Canto /), a ac%o apresenta$se numa 'ase adiantada, in medias res 9AK. no largo Oceano navegavamBF mais adiante, atravs de uma analepse$ narram$se os preparativos da viagem, as despedidas em Lelm, o discurso do 8elho do 2estelo e a partida para a Cndia &Canto /8). Earavil!oso 9 n=Os Lusadas h. interven%o de entidades sobrenaturais pags, os deuses venerados na civili!a%o greco$latina, *ue 'avorecem os portugueses G adFuvantes$ como AGpiter e Vnus 9 ou os *ue pre4udicam G oponentes$ como 2aco$ *ue se revela o principal opositor dos marinheiros. ,rata$se do maravil!oso pao. (. tambm sMplicas 'eitas a +eus, - (0ivina 1rovid+ncia*. ,rata$se do maravil!oso cristo. 'strutura Interna 9 Os Lusadas dividem$se em *uatro partes" Ac%o unidade variedade verdade integridade Estrutura interna 3roposi%o /nvoca%o +edicatria #arra%o , 1roposioC o poeta e6pe os seus ob4ectivos &Canto /, estro'es 9 a N)F , InvocaoC Cames pede inspira%o -s ,.gides &nin'as do ,e4o) &Canto /, estro'es ; e :)F , 0edicat/riaC o poeta dedica a sua obra ao rei +. 1ebastio &Canto /, estro'es J a 9H)F , DarraoC a ac%o iniciada in medias res &Canto /, estro'e 9< at ao 'im). 'strutura 'xterna 9 Ouanto - estrutura e6terna, o poema est. dividido em de! cantos, com o total de 99PQ estro'es. As estro'es so oitavas, os versos so decassil.bicos. 3redominando o verso herico. A rima cru!ada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois Mltimos" abababcc. Consideraes do 1oeta 9 Cames 'a! algumas intervenes na narrativa, sobretudo no incio e no 'inal dos Cantos, mas so redu!idas.
?ruta de Cames em >acau Lom trabalhoR >aria 0ilomena 2uivo 0erreira 1antos